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Melhoramento genético de gado aumenta produtividade e traz sustentabilidade a propriedades rurais do DF

À frente de uma propriedade no Núcleo Rural Jardim, no Paranoá, Valdeci de Castro é um dos 65 produtores do Distrito Federal beneficiados pelo programa +Pecuária Brasil, iniciativa que promove gratuitamente o melhoramento genético de rebanhos bovinos de corte e de leite por meio da utilização da biotecnologia reprodutiva. O projeto é uma parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares do Brasil (Conafer) firmada em maio de 2022 e executada desde janeiro de 2023. O objetivo é impulsionar a produção agropecuária dos pequenos produtores. Cabe à Emater selecionar os produtores e orientá-los em relação à sanidade, ao manejo e à nutrição dos animais | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Há um ano e meio entraram em contato comigo para me explicar o programa. Aceitei porque o melhoramento genético é algo muito bom”, afirma. Com isso, todas as 21 vacas do pequeno produtor têm passado pela técnica da inseminação artificial em tempo fixo (IATF) com sêmens de touros premiados, dando à luz bezerros geneticamente melhorados. “O grande diferencial é a qualidade dos bezerros. São maiores e têm uma genética melhor”, explica. Atualmente, a propriedade produz 180 litros de leite. Com o programa, a previsão é dobrar a produção. Cabe à Emater selecionar os produtores e orientá-los em relação à sanidade, ao manejo e à nutrição dos animais. A Conafer é responsável pelo serviço veterinário e materiais, bem como por todos os custos hormonais. Já os produtores têm como contrapartida identificar e garantir o cuidado aos animais. “Nosso objetivo é melhorar a qualidade genética dos animais, melhorando as matrizes leiteiras e de corte com os bezerros. É um convênio que tem várias etapas e várias mãos. Já são dois anos de atividades práticas e quase 500 bezerros nascidos só no DF”, comenta o técnico da Emater Douglas Mariz. Inicialmente, os profissionais fazem um trabalho para igualar o cio de todas as vacas da propriedade. Na sequência, levam o material genético melhorado ao local e concluem a inseminação. Depois, seguem acompanhando o processo, com direito até a ultrassonografia nos animais. Produtividade e sustentabilidade O principal resultado do melhoramento genético é o aumento da produtividade das propriedades. “No caso da produção de leite, uma vaca sem muita genética produz de oito a dez litros por dia, enquanto uma vaca modificada geneticamente pode produzir até 20 litros por dia. Então, nosso objetivo é dobrar a produtividade com a mesma quantidade de animais”, explica o coordenador técnico regional de Goiás e do Distrito Federal da Conafer, o veterinário Rafael Rodrigues. Além de possibilitar mais rentabilidade às propriedades, o programa também tem um olhar para a questão sustentável da pecuária brasileira. “Tem o contexto do crédito de carbono. Se temos animais mais produtivos, diluímos a produtividade de carbono na propriedade, dando mais sustentabilidade e qualidade de vida”, acrescenta Rodrigues. Desde o início das atividades até dezembro de 2024, o programa inseminou 858 vacas, resultando em 489 prenhezes e 486 nascimentos. A taxa de prenhez no DF é de 57%, valor acima da média nacional que fica entre 40% e 45%. “Falamos que a reprodução é a ponta da pirâmide. Para um resultado como esse, é preciso toda uma base bem-feita, com nutrição, sanidade, manejo e estrutura”, comenta o coordenador técnico regional de Goiás e do Distrito Federal da Conafer.

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Técnica que aprimora qualidade do gado é levada de forma gratuita a produtores rurais do DF

Antes restrito a grandes pecuaristas, o melhoramento genético virou uma realidade também para os pequenos produtores. Em execução no Distrito Federal há cerca de dois anos, o programa +Pecuária Brasil — fruto de parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) e a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares do Brasil (Conafer) — é o responsável por tornar acessível a técnica, que garante maior qualidade ao gado de corte e leiteiro. Trabalho é feito por técnicos que acompanham todo o processo, desde o nivelamento do cio das vacas até a inseminação | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília “Essa é uma tecnologia que, antigamente, se resumia só aos grandes e médios produtores, não chegava para o pequeno produtor, pelo custo, pelo processo de operação” Rafael Rodrigues, veterinário coordenador da Conafer Inicialmente, profissionais fazem um trabalho no sentido de igualar o cio de todas as vacas da propriedade para, na sequência, levarem o material genético melhorado ao local e concluírem a inseminação. Depois, seguem acompanhando o processo, com direito até a ultrassonografia nos animais. Tudo de forma gratuita. “Essa é uma tecnologia que, antigamente, se resumia só aos grandes e médios produtores, não chegava para o pequeno produtor, pelo custo, pelo processo de operação”, explicou o veterinário Rafael Rodrigues, coordenador regional da Conafer. “A gente veio quebrando algumas barreiras para fazer com que ela seja permissiva para todo mundo. Hoje, a gente está conseguindo levar essa genética para pessoas que talvez nunca teriam acesso, então, isso promove melhoramento no desempenho da produtividade da carne e da produtividade leiteira.” Bons resultados R$ 2 bilhões Valor bruto de toda a produção agropecuária do DF em 2023 Só no DF, foram 900 vacas inseminadas, das quais 550 ficaram prenhas — o que resulta em uma taxa de sucesso acima da média nacional. São 60 propriedades cadastradas, das quais 35 já estão com o programa em andamento. A indicação dos produtores é feita pela Emater-DF — parceria que, aliás, só acontece no Distrito Federal e à qual Rodrigues credita os bons números obtidos. “Por meio dos conhecimentos e da acessibilidade dos técnicos da Emater, a gente está tendo resultados espetaculares”, apontou o veterinário. Cláudia Coelho, técnica da Emater-DF: “Se a gente melhora o rebanho do produtor, automaticamente a gente melhora a renda, melhora a produtividade” A pecuária é peça fundamental na economia do DF. Para se ter ideia, ela representou 35,27% de toda a produção do setor agropecuário em 2023, com um valor bruto de mais de R$ 2 bilhões. Apenas os bovinos geraram R$ 161 milhões, sendo R$ 65 milhões de gado de corte (4,1 milhões de quilos de carne, de 1.051 produtores) e R$ 96 milhões de gado leiteiro (36,6 milhões de litros, de 1.739 produtores). “Para a gente, o mais importante é que esse melhoramento genético seja uma chave de mudança para o produtor, para a consciência dele de um modo geral, para ele começar a atender outros pontos”, indicou a técnica da Emater Cláudia Coelho. “Com a gente colocando o melhoramento genético, ele pode melhorar a instalação, pode melhorar a nutrição, porque esse material genético já é de qualidade. Então, se a gente melhora o rebanho do produtor, automaticamente a gente melhora a renda, melhora a produtividade, e isso dá uma carne e um leite de melhor qualidade, tanto na produção quanto na comercialização e para o próprio produtor”. Escolhida para participar do programa, a produtora Ana de Fátima Matias lembrou que o apoio da Emater-DF vem de longa data. Ao confirmar o resultado positivo da inseminação de suas vacas, ela comemorou: “Agora, com a confirmação de que deu certo o primeiro feito, eu pretendo continuar com esse programa com eles, porque vai ser um benefício muito bom para nós, agricultores que não temos condições. Quando você faz, fica meio na dúvida. Quando você vê que não tem mais dúvida, é uma felicidade que só quem passa é que sabe”.

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