Criadores de abelhas sem ferrão participam de curso da Emater-DF sobre produção de própolis
Meliponicultores da comunidade da Serrinha, na região do Lago Norte, participaram de um curso sobre produção e manipulação de própolis de meliponíneos, promovido pela Emater-DF. O curso, ministrado pelo extensionista rural Edilson Amaral, atendeu a uma demanda dos próprios produtores, que buscaram aprender técnicas adequadas para o aproveitamento do própolis, além do mel e do pólen, produzido por suas abelhas nativas. Curso promovido pela Emater-DF repassou a criadores de abelhas orientações técnicas sobre extração, higiene, conservação e uso correto do própolis | Fotos: Divulgação/Emater-DF A oficina foi realizada na propriedade da produtora Diana Schappo, que destacou o interesse crescente dos criadores locais em diversificar os produtos da meliponicultura (criação de abelhas nativas sem ferrão). “Já produzimos mel, mas queremos aproveitar melhor o própolis e o pólen, que também têm valor comercial e benefícios para a saúde. Este curso nos ajudou a entender como fazer isso com qualidade e segurança”, afirmou Diana. Na região da Serrinha há cerca de 70 meliponicultores, com mais de 30 colmeias. A capacitação, realizada nesta quarta-feira (2), teve orientações técnicas sobre extração, higiene, conservação e uso correto do própolis, respeitando a legislação e as características específicas dessas abelhas. A Emater-DF tem desempenhado papel fundamental no desenvolvimento da meliponicultura no Distrito Federal, oferecendo assistência técnica, capacitações e incentivo à organização dos produtores. Além do aspecto econômico, a atividade se destaca pelo papel ambiental: as abelhas nativas contribuem significativamente para a polinização de plantas nativas e agrícolas, tornando os meliponicultores agentes de preservação ambiental. Região da Serrinha tem potencial para ser uma rota turística e de atividades educativas relacionadas à meliponicultura, na avaliação da Emater-DF Os produtores são orientados a cultivar maior diversidade de plantas, garantindo fonte contínua de néctar, pólen, resina e cera para as colmeias, o que fortalece o ecossistema local. “Além de renda, a meliponicultura fortalece a biodiversidade. Apoiar esses produtores é apoiar a preservação das abelhas nativas e a sustentabilidade rural”, destacou Carlos Morais, um dos técnicos da Emater-DF que participou da atividade. O extensionista Ivan Marques falou da importância de organização dos produtores para divulgarem e comercializarem seus produtos. “A região tem potencial para ser uma rota turística e de atividades educativas por meio da meliponicultura e, para isso, a organização dos produtores e articulação com outras atividades produtivas locais geram oportunidades de comercialização e divulgação dos produtos”, disse. Como identificar o própolis na colmeia [LEIA_TAMBEM]O própolis de meliponíneos é uma resina escura que as abelhas utilizam para vedar frestas, proteger o interior da colmeia contra fungos e bactérias e estruturar o ambiente interno. Durante a aula, os produtores aprenderam a reconhecer os locais adequados para coleta do material, como as entradas da colmeia, sempre com o cuidado de não comprometer a organização e o funcionamento do ninho. Higiene e cuidado no momento da coleta A extração do própolis exige atenção à higiene. Os técnicos da Emater-DF reforçaram a importância do uso de luvas limpas, espátulas esterilizadas e recipientes adequados, como frascos de vidro ou aço inox. O material coletado deve ser armazenado em local fresco, limpo e protegido da umidade, evitando qualquer tipo de contaminação. Passo a passo para produção da tintura de própolis Durante o curso, os produtores também aprenderam a transformar o própolis bruto em tintura, forma mais comum de consumo. A receita básica foi apresentada na teoria e feita na parte prática do curso. O material deve ser macerado e deixado em infusão por 7 a 15 dias, com agitação diária, e depois filtrado e armazenado em frascos escuros, protegidos da luz. Os participantes foram orientados a usar álcool de cereais com grau alcoólico adequado e próprio para consumo humano, além de respeitar as medidas de segurança durante o manuseio, como evitar proximidade com fogo e trabalhar em ambientes ventilados. Incentivo à formalização e boas práticas Além da técnica, a capacitação também abordou questões legais e sanitárias relacionadas à produção e comercialização do própolis. A Emater-DF reforçou a importância de seguir as boas práticas de manipulação. *Com informações da Emater-DF
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Agro do Quadrado: Produção de mel aumenta 146,9% em cinco anos
Maiores polinizadoras da natureza, as abelhas costumam aparecer mais na primavera, quando há maior diversidade de flores e frutos. Mas para quem faz a criação desses insetos, a boa produtividade é no ano inteiro. Aos que recebem apoio e incentivo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), a criação correta das abelhas também pode ser uma boa fonte de renda no comércio de mel e seus derivados. O cenário propício para criar esses insetos tem feito com que produtores se interessassem cada vez mais na prática, seja para consumo próprio, seja para comercialização. Para estimular ainda mais a procura, o Governo do Distrito Federal (GDF) regulamentou o manejo sustentável de abelhas sem ferrão (meliponicultura) entre produtores locais, além do comércio, da captura e do transporte dessas espécies. A Lei nº 7.311 entrou em vigor no dia 28 de julho de 2023. O GDF regulamentou a meliponicultura entre produtores locais, além do comércio, da captura e do transporte de abelhas sem ferrão | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília Os incentivos fornecidos pelo Executivo local refletiram em um aumento expressivo na produção de mel nos últimos cinco anos no DF. Em 2023, foram 34.189 kg produzidos, um número 146,9 % maior que os 13.826 kg registrados em 2019. Ao todo, são 290 produtores interessados no ramo, que somam 3.183 colmeias. A produção se concentra em várias regiões administrativas do DF, sendo a maior parte das colmeias localizadas no Paranoá (1.023), em Ceilândia (492) e em Sobradinho (468). Apesar de contar com 222 colmeias, o Gama representa a maior produção de mel, com mais de 7,7 mil kg em 2023. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Governo do Distrito Federal (@gov_df) Para quem trabalha com abelhas sem ferrão há mais de 30 anos, o que antes era considerado um hobby no quintal de casa passou a ser um negócio, como é o caso de Diana Schappo, 50 anos. “No começo era só uma graça que fazíamos aqui para consumo próprio. O mel da abelha sem ferrão é diferenciado, ele tem mais propriedades, além de ser um produto medicinal”, explica Diana. Diana Schappo: “O mel da abelha sem ferrão é diferenciado, ele tem mais propriedades, além de ser um produto medicinal” Em uma área de cinco mil metros quadrados, no Núcleo Rural do Palha, no Lago Norte, a meliponicultora dispõe de 49 colmeias. O resultado da criação das abelhas é vendido em embalagens de diferentes tamanhos de mel. E esse não é o único produto de comercialização. A produtora também disponibiliza pólen e colmeias, além de promover palestras educativas sobre a correta criação de abelhas sem ferrão. “A pessoa que decide entrar nesse ramo consegue ganhar dinheiro não necessariamente produzindo mel, mas pode ser vendendo iscas, fabricando caixas e outros atrativos relacionados com a prática”, revela o técnico Carlos Morais, da Emater-DF. A criação de abelhas com ferrão (policultura) também é uma prática promissora no DF. O produtor Edivaldo Leite da Silva, 63, mais conhecido como Bacabal ou Edmel, está no ramo há cerca de 30 anos. A propriedade dele, localizada no Assentamento Fazenda Larga, em Planaltina, segue uma série de recomendações para que possa produzir o mel sem oferecer riscos à comunidade vizinha. Edivaldo Leite da Silva tem produção de 3,5 toneladas de mel e, com o apoio da Emater, espera chegar a 5 toneladas “Aqui são 83 chácaras, mas nenhuma tem a capacidade de criar abelhas como a minha. Precisa ter 300 metros de distância das residências e 500 metros de equipamentos públicos, por exemplo. Hoje eu produzo 3,5 toneladas de mel por ano, mas, com o apoio da Emater, quero chegar a 5 toneladas”, afirma o policultor. De acordo com o técnico da Emater João Pires, os brasilienses são bons consumidores de mel: “O mercado consumidor que temos no DF é tão bom que os produtores de mel conseguem vender toda a produção diretamente ao cliente final. Então, se o profissional não quiser produzir apenas para consumo próprio, ele tem a possibilidade de criar um negócio maior, gerando emprego e renda”, defende o técnico. Benefícios para a saúde São muitas as vantagens que o mel pode trazer ao organismo quando incorporado de forma equilibrada no dia a dia. O alimento é rico em nutrientes, principalmente em vitamina C e minerais como cálcio, magnésio, fósforo, potássio e zinco. “O mel é bastante funcional justamente porque ele tem uma função anti-inflamatória no organismo” Danielle Amaral, nutricionista “O mel é bastante funcional justamente porque ele tem uma função anti-inflamatória no organismo. Uma excelente opção é comê-lo em alguma refeição de pré-treino porque ele tem uma rápida absorção e dá uma energia a mais para se exercitar. O consumo do mel no café da manhã também pode ser uma alternativa para quem busca mais disposição para as atividades do dia”, aconselha a nutricionista da Emater-DF Danielle Amaral. De acordo com a especialista, os consumidores precisam estar atentos à qualidade do mel a ser adquirido. “Comprar o produto diretamente de quem produz é mais benéfico porque ele passa menos tempo na embalagem. Quanto mais rápido for o consumo, melhor, porque tem algumas propriedades que são sensíveis à luz, como a vitamina C”, explica Danielle. “A Emater-DF trabalha junto aos produtores tanto nas boas práticas agrícolas, da produção em si, quanto nas boas práticas de manipulação. Essas atividades são importantes para garantir que o mel produzido pelos produtores cadastrados seja de boa qualidade e seguro para o consumo dos brasilienses”, defende. Confira algumas das vantagens do consumo equilibrado do mel ⇒ Possui ação antioxidante, que combate os radicais livres. Essas moléculas, quando em excesso, podem causar diversos problemas ao corpo humano, como o envelhecimento precoce e doenças degenerativas. ⇒ Auxilia na imunidade – Por ter propriedades antibacterianas, ele é muito usado contra doenças respiratórias infecciosas e como auxílio no aumento da imunidade. ⇒ Auxilia o funcionamento do sistema gastrointestinal – O mel também auxilia no alívio dos sintomas da gastrite e possui ação desintoxicante, que colabora para a limpeza do trato digestivo.
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Produtoras rurais aprendem sobre meliponicultura
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Meliponicultura se destaca como alternativa de geração de renda
Um grupo de 15 produtoras familiares dos núcleos rurais São José e Rio Preto, em Planaltina, participou, nesta quinta-feira (25), de uma aula sobre os benefícios da criação de abelhas sem ferrão. O objetivo do encontro foi introduzir as mulheres no universo da meliponicultura – como a atividade é chamada – e, assim, ampliar as alternativas de geração de renda das famílias. Mulheres que já atuam na agricultura puderam aprender mais sobre a lucrativa atividade de criação de abelhas | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A aula foi ministrada por equipes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Todas as participantes selecionadas trabalham com a produção de hortaliças e flores. O técnico Carlos Morais, da Emater-DF, incentiva a meliponicultura: “Nós temos casos que mostram que a introdução dessas abelhas ao ambiente aumentou a produtividade em 30% a 35%” “São mulheres que já mexem com agricultura em suas propriedades, e o objetivo foi que elas pudessem conhecer um pouco mais sobre essa criação, que é uma verdadeira arte”, detalha a extensionista rural Regina Lima. “Com este primeiro contato, o grande retorno que teremos é o empoderamento dessas mulheres, que passarão a ter, nas suas propriedades, uma alternativa de renda proveniente de uma produção só dela.” Além de ser uma alternativa de renda, a meliponicultura também traz impactos na produtividade das plantações. “Essas abelhas sem ferrão contribuem muito no processo de polinização”, explica o técnico Carlos Morais, da Emater-DF. “Nós temos casos que mostram que a introdução dessas abelhas ao ambiente aumentou a produtividade em 30% a 35%”. Referência O local escolhido para as aulas é uma propriedade meliponicultora referência no DF. Localizada no Núcleo Rural Córrego do Palha, no Lago Norte, a produção, coordenada por Diana Schappo,é conhecida pelo seu “Jardim do Mel” – uma trilha em que os visitantes podem ter contato com várias das espécies de abelhas sem ferrão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Atualmente consolidada na atividade, Diana relata que sua história na meliponicultura se confunde com a de várias produtoras participantes: “No começo, eu também tinha a meliponicultura como um hobby e, hoje, tenho uma renda com a produção que vale muito a pena. Queremos que essas produtoras possam levar para a propriedade delas um pouco do nosso trabalho”. A experiência de Diana serviu como inspiração para Valdete Oliveira, 54, uma das selecionadas para participar do encontro. “Era um sonho meu poder mexer com abelhas, e, devido à minha idade e problemas de saúde, está sendo muito difícil ficar na lavoura”, conta. “A meliponicultura vai se encaixar perfeitamente no que preciso; é uma produção que exige muito cuidado e atenção, mas não tanto esforço físico”.
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Abelhas ajudam a aumentar 30% produtividade de abóbora orgânica
Introduzir abelhas em áreas de plantio é uma estratégia barata e sustentável para melhorar o rendimento de diversas culturas agrícolas, em pequenas e grandes propriedades. Por isso, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) tem incentivado parcerias entre meliponicultores (criadores de abelhas sem ferrão) e produtores rurais. Na fazenda Malunga, de alimentos orgânicos, as abelhas da Schappo Jardim de Mel promoveram aumento de 30% na produtividade da abóbora em uma área experimental. A Emater-DF faz a capacitação e o acompanhamento de produtores rurais | Fotos: Divulgação/Emater-DF Segundo o extensionista rural da Emater-DF Carlos Morais, “trata-se de uma relação ganha-ganha, pois, por um lado, as abelhas contribuem para aumento da produtividade das propriedades e da biodiversidade e, por outro, há a produção de mel de alta qualidade, contribuindo para o aumento da renda dos produtores”. Em agosto, quando as abóboras estavam em floração, os meliponicultores Evandro Schappo e Diana Schappo fizeram parceria com a fazenda Malunga. Foram instaladas 10 caixas de abelhas Mandaguari próximo ao plantio de 1 hectare de abóbora e vários ninho-isca. Cinco caixas foram compradas pelo produtor Joe Valle, que quer também implantar um meliponário na propriedade a partir da multiplicação das abelhas. A Emater e os produtores Evandro e Diana vão contribuir assessorando sobre o manejo correto das colmeias e sobre as melhores espécies de flores e plantas que contribuem para o fornecimento de resina, néctar e pólen para as abelhas. Para Diana, a parceria contribui para demonstrar os resultados do trabalho das abelhas em uma área maior de cultivo. “Queremos ampliar nosso trabalho e montar meliponários nas propriedades com objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação ambiental e das abelhas para a produção de alimentos. Já temos mais de 20 meliponários na região da Serrinha (Lago Norte)”, diz. Na fazenda Malunga, de alimentos orgânicos, as abelhas da Schappo Jardim de Mel promoveram aumento de 30% na produtividade da abóbora em uma área experimental Para o produtor Joe Valle, “é uma iniciativa importante, tanto economicamente, com aumento da produtividade, quanto ambientalmente, para manutenção e aumento da biodiversidade da propriedade rural, ainda mais utilizando abelhas nativas da região. Quero implantar um meliponário para que as pessoas que visitam a propriedade também conheçam as vantagens de termos uma produção sustentável, com ambiente propício para as abelhas que, em contrapartida, nos ajudam com a produção agrícola”, conta. Meliponicultura As abelhas nativas sem ferrão são mais eficientes polinizadoras do que a exótica Apis mellifera (que tem ferrão) para grande parte das plantas cultivadas no DF, ajudando os produtores tanto na produção quanto na preservação ambiental de suas propriedades. As abelhas Jataí, por exemplo, polinizam até 90% das árvores e flores nativas da região e produzem um mel de maior valor agregado do que o de abelhas com ferrão. A produtividade das abelhas Jataí é de 0,5 kg a 1,5 kg de mel por caixa de abelha por ano, quantidade baixa se comparada à produção da abelha com ferrão, de 25 kg a 30 kg por ano por caixa. Entretanto, enquanto o mel da abelha com ferrão custa em média R$ 30 o litro, o mel de abelha sem ferrão é comercializado em pequenas porções e chega a atingir preços acima de R$ 300 o litro. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Emater-DF faz a capacitação e o acompanhamento de produtores rurais. Nos cursos realizados pela empresa, são apresentadas as principais espécies de abelhas nativas que podem ser criadas no DF, as características de cada uma, a importância biológica e econômica das abelhas, como montar e onde instalar iscas, as características das colmeias, entre outros temas. Preservação E para contribuir com a conservação das espécies nativas de abelhas sem ferrão, foi publicada neste ano a Lei 7.311 d, de 27 de julho de 2023. O objetivo é normatizar a preservação, o resgate, a captura, a remoção, a criação, a reprodução, o manejo, a exposição, o comércio e o transporte dessas abelhas. No Distrito Federal, existem 35 espécies de abelhas nativas, localizadas nas regiões dos rios Paranoá, Maranhão, São Bartolomeu e São Marcos, Descoberto e Corumbá e Rio Preto. Para o extensionista rural da Emater-DF, Carlos Morais, “todo criador de abelhas é um preservacionista, pois precisa manter as nascentes e florestas que alimentam as abelhas. E a regulamentação diminui o risco de extinção das espécies criadas, seja por hobby, preservação ou para fins econômicos ou zootécnicos dessa atividade, que é praticada há séculos por populações tradicionais”. *Com informações da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF)
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Produtores participam de curso sobre meliponicultura em Brazlândia
Nesta quinta-feira (17), produtores do Núcleo Rural Alexandre Gusmão, em Brazlândia, participaram de um curso de meliponicultura realizado pela unidade local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). A aula foi ministrada pela zootecnista da Emater-DF Michelle Oliveira Costa e pelo técnico agrícola Carlos Morais. Foram apresentadas as principais espécies encontradas no DF, onde as abelhas normalmente escolhem morada, como montar e instalar iscas, além de ensinarem sobre a transferência de enxames. Segundo Michelle, “o objetivo é incentivar a meliponicultura na região, de forma a ser mais uma atividade geradora de renda para o produtor e que contribua para o aumento da produtividade agrícola e da reprodução das plantas e flores nativas”. Foram apresentadas as principais espécies encontradas no DF, onde as abelhas normalmente escolhem morada, como montar e instalar iscas, além de ensinarem sobre a transferência de enxames | Foto: Divulgação/Emater-DF O agricultor André Luís Spinelli conta que pretende investir na atividade. “É uma atividade que tem um potencial de crescimento. Quero obter renda com a criação das abelhas, mas também aumentar minha produção de frutas. Hoje, tenho limão, abacate, manga e acredito que as abelhas ajudarão ainda mais na polinização”, conta. O Brasil conta com aproximadamente 250 espécies de abelhas sem ferrão descritas. Algumas delas são criadas para a produção de mel, que tem sido cada vez mais valorizado para fins gastronômicos por apresentar características de sabor, cor e odor diferenciados de acordo com a espécie de abelha manejada e as flores que as operárias usam para buscar o néctar. [Olho texto=”O Brasil conta com aproximadamente 250 espécies de abelhas sem ferrão descritas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A meliponicultura tem despertado muito interesse em diversos segmentos da sociedade, por estar relacionada à sustentabilidade nos âmbitos social, econômico e ambiental. E a Emater-DF tem incentivado a atividade devido à importância na reprodução das plantas e flores nativas, promovendo a polinização cruzada e, como consequência, a formação de frutos e sementes. “Elas também contribuem para a polinização de plantas utilizadas na alimentação humana. Alguns criadores de abelhas podem inclusive alugar caixas para produtores durante o período de florada de diferentes culturas”, diz Morais. Lei distrital [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para contribuir com a conservação das espécies nativas de abelhas sem ferrão, foi publicada a Lei 7.311, de 27 de julho de 2023, com o objetivo é normatizar a preservação, o resgate, a captura, a remoção, a criação, a reprodução, o manejo, a exposição, o comércio e o transporte dessas abelhas. No Distrito Federal, existem 35 espécies de abelhas nativas, localizadas nas regiões do Rio Paranoá, Rio Maranhão, Rios São Bartolomeu e São Marcos, Rios Descoberto e Corumbá e Rio Preto. Para Carlos Morais, extensionista rural da Emater-DF , “todo criador de abelhas é um preservacionista, pois precisa manter as nascentes e florestas que alimentam as abelhas. E a regulamentação diminui o risco de extinção das espécies criadas, seja por hobby, preservação ou para fins econômicos ou zootécnicos dessa atividade, que é praticada há séculos por populações tradicionais”. A Emater-DF faz a capacitação e o acompanhamento de produtores rurais. Só neste ano, foram realizados cerca de 16 cursos de meliponicultura no DF. *Com informações da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF)
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Evento discute a importância da meliponicultura para o Cerrado
A abertura oficial da Semana do Produtor Rural do Paranoá, nesta terça-feira (15), contou com uma apresentação sobre criação de abelhas, regulamentação, orientações sobre o manejo das melíponas (abelhas que não possuem ferrão) e a importância da meliponicultura para o Cerrado. O evento foi realizado na propriedade do casal de produtores Evandro José Shappo, 57 anos, e Diana Shappo, 50, no Núcleo Rural Córrego do Palha, região do Lago Norte. Recentemente, o GDF sancionou a Lei nº 7.311, de 27 de julho de 2023. A criação da norma foi comemorada pelos meliponicultores locais. A medida visa regulamentar o manejo sustentável das abelhas sem ferrão entre produtores locais, além do comércio, da captura e do transporte das abelhas. No Distrito Federal, existem 35 espécies de abelhas nativas, localizadas nas regiões do rios Paranoá, Maranhão, São Bartolomeu, São Marcos, Descoberto, Corumbá e Rio Preto. A Semana do Produtor Rural do Paranoá foi oficialmente aberta com atividades sobre criação de abelhas sem ferrão | Fotos: Emater/ Divulgação O extensionista da Emater-DF Carlos Morais explicou que as abelhas Jataí polinizam até 90% das árvores e flores nativas da região e produzem um mel de maior valor agregado do que o de abelhas com ferrão. A produtividade das abelhas Jataí é de 0,5 kg a 1,5 kg de mel por caixa de abelha por ano, quantidade baixa se comparada à produção da abelha com ferrão, de 25 kg a 30 kg por ano por caixa. Entretanto, enquanto o mel da abelha com ferrão custa em média R$ 30 o litro, o mel de abelha sem ferrão é comercializado em pequenas porções e chega a atingir preços acima de R$ 300 o litro. Comunidade integrada As abelhas Jataí polinizam até 90% das árvores e flores nativas da região, e produzem um mel de maior valor agregado do que o de abelhas com ferrão Com atividades como oficinas, palestras e um intercâmbio cultural para Olhos D´água, em Alexânia (GO), onde os produtores poderão conhecer mais sobre artesanato e turismo rural, a Semana do Produtor Rural do Paranoá segue até sexta-feira (18). De acordo com o gerente do Escritório da Emater-DF no Paranoá, Rafael Lima, o objetivo da semana é integrar a comunidade e mostrar o que a Emater-DF realiza na região. “É uma forma de a Emater-DF fazer um grande mutirão de capacitação e chamar a atenção dos produtores para outras oportunidades de cultivo e de criação que possam gerar renda para as famílias. Essas atividades são realizadas dentro da vocação de cada região e são importantes para ajudar os produtores a avançar um pouco mais e ampliar os negócios”, reforçou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O presidente do Parque Granja do Torto, Vilmar Angelo Rodrigues, ressaltou que as ações da Emater no auxílio aos agricultores, principalmente em regiões onde a regularização fundiária ainda não chegou, são importantes para levar segurança ao produtor rural. “A Emater-DF sempre é muito presente nas propriedades rurais e isso faz uma diferença muito grande para o produtor e para o desenvolvimento da agricultura local.” Interessados em participar da Semana do Produtor Rural do Paranoá devem entrar em contato com o escritório da Emater-DF no Paranoá pelo telefone 3311-9431. *Com informações da Emater-DF
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Criação de abelhas sem ferrão é alternativa para geração de renda
A criação de abelhas nativas sem ferrão para comercialização de produtos conta com o estímulo e apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Hoje, segundo a empresa, a prática conhecida como meliponicultura, conta com 70 produtores rurais cadastrados assistidos mensalmente pela entidade. Recentemente, o GDF sancionou a Lei nº 7.311, de 27 de julho de 2023. A criação da norma foi comemorada pelos meliponicultores locais. A medida regulamenta o manejo sustentável das abelhas sem ferrão entre produtores locais, além do comércio, da captura e do transporte dessas espécies. O GDF sancionou a lei que regulamenta o manejo sustentável das abelhas sem ferrão, além do comércio, da captura e do transporte dessas espécies | Fotos: Tony Oliveira/ Agência Brasília Entre os meliponicultores cadastrados, estão Evandro José Shappo, 57 anos, e Diana Shappo, 50. O casal faz da atividade o principal ganha pão há mais de 30 anos e, com a produção própria de mel e derivados, conquistou clientes e estimulou outros produtores familiares a seguirem o mesmo caminho. “Hoje temos até lista de espera de clientes interessados em comprar nossos produtos”, enfatiza Diana. “Nosso objetivo é incentivar outras pessoas a aliar, a partir da meliponicultura, a preservação ambiental diante da possibilidade de ganho econômico. Aqui, nós realizamos cursos, recebemos escolas e ensinamos a importância da prática para a conservação ambiental”, prossegue. Há mais de 30 anos, Evandro José Shappo produz mel e derivados [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para Evandro, o aumento da produção só foi possível graças à assistência prestada pelos técnicos da Emater. “Eu sempre gostei de ter abelha sem ferrão e mexo com isso há mais de 30 anos. Com a ajuda da Emater, nós conseguimos aperfeiçoar e aumentar a nossa produção. Hoje, produzimos desde mel até meliponários para outros produtores rurais”, explica. Carlos Morais, extensionista rural da Embrater, afirma que “o meliponicultor é essencialmente um preservacionista”. Ele ressalta o trabalho de acompanhamento realizado pela empresa junto aos produtores. “É uma atividade que permite produzir sem degradar. O primeiro resultado aos produtores é este consumo de mel, mas há todo um impacto ecossistêmico da atividade”, destaca o técnico.
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Publicada lei para disciplinar o manejo de abelhas nativas sem ferrão
A meliponicultura tem tido, nos últimos anos, uma atividade de interesse tanto por parte de pesquisadores, quanto de criadores conservacionistas e, principalmente, agricultores que, a partir dessa atividade, visualizam formas de aumentar sua renda e a biodiversidade das propriedades rurais. E para contribuir com a conservação das espécies nativas de abelhas sem ferrão, foi publicada, nesta sexta-feira (28), a Lei 7.311 d, de 27 de julho de 2023, de autoria do deputado distrital Roosevelt Vilela. O objetivo é normatizar a preservação, o resgate, a captura, a remoção, a criação, a reprodução, o manejo, a exposição, o comércio e o transporte dessas abelhas. No Distrito Federal, existem 35 espécies de abelhas nativas, localizadas nas regiões do Rio Paranoá, Rio Maranhão, Rios São Bartolomeu e São Marcos, Rios Descoberto e Corumbá e Rio Preto. Para Carlos Morais, extensionista rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) , “todo criador de abelhas é um preservacionista, pois precisa manter as nascentes e florestas que alimentam as abelhas. E a regulamentação diminui o risco de extinção das espécies criadas, seja por hobby, preservação ou para fins econômicos ou zootécnicos dessa atividade, que é praticada há séculos por populações tradicionais”. Nos cursos realizados pela empresa, são apresentadas as principais espécies de abelhas nativas que podem ser criadas no DF | Foto: Divulgação/Emater A lei prevê cadastro de criadores em órgão competente para a utilização, transporte e comércio de abelhas sem ferrão e de seus produtos. Os ninhos que estejam em árvores ou na terra não podem ser retirados da natureza ou destruídos, exceto em caso de resgate por queda de árvore ou outro empreendimento ou atividade passível de prévio licenciamento ambiental. Para o resgate, é preciso que seja feito por equipe especializada. A comercialização de ninhos de resgates ou remoções fica vedada. Entretanto, é permitida comercialização das colônias ou parte delas desde que sejam resultantes de métodos de multiplicação artificial ou captura por meio do uso de ninhos-isca. Os detalhes sobre os órgãos competentes para cadastro de criadores, autorização de manejo, entre outros pontos devem ser regulamentados no prazo de 90 dias. As abelhas nativas sem ferrão são mais eficientes polinizadoras do que a exótica Apis mellifera (que tem ferrão) para grande parte das plantas cultivadas no DF, ajudando os produtores tanto na produção quanto na preservação ambiental de suas propriedades. Segundo Morais, os agricultores podem se beneficiar da meliponicultura com o aumento da produtividade agrícola. “Além disso, gera mais emprego e renda aos agricultores familiares, aumenta a segurança alimentar e melhora a qualidade nutricional das famílias”, explica. Os detalhes sobre os órgãos competentes para cadastro de criadores, autorização de manejo, entre outros pontos devem ser regulamentados no prazo de 90 dias | Foto: Divulgação/Emater Na região do Lago Norte, um grupo de produtores vem investindo na criação de abelhas indígenas sem ferrão como alternativa de atividade produtiva aliada à preservação ambiental. As abelhas Jataí polinizam até 90% das árvores e flores nativas da região e produzem um mel de maior valor agregado do que o de abelhas com ferrão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A produtividade das abelhas Jataí é de 0,5 kg a 1,5 kg de mel por caixa de abelha por ano, quantidade baixa se comparada à produção da abelha com ferrão, de 25 kg a 30 kg por ano por caixa. Entretanto, enquanto o mel da abelha com ferrão custa, em média, R$ 30 o litro, o mel de abelha sem ferrão é comercializado em pequenas porções e chega a atingir preços acima de R$ 300, o litro. A Emater faz a capacitação e o acompanhamento de produtores rurais. Nos cursos realizados pela empresa, são apresentadas as principais espécies de abelhas nativas que podem ser criadas no DF, as características de cada uma, a importância biológica e econômica das abelhas, como montar e onde instalar iscas, as características das colmeias, entre outros temas. Só neste ano, foram realizados 12 cursos de meliponicultura no DF. *Com informações da Emater-DF
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Produtores de São Sebastião aprendem a criar abelhas sem ferrão
Aproximadamente 20 produtores de São Sebastião participaram de curso de meliponicultura oferecido pela Emater-DF e concluído nesta quinta-feira (27). O curso apresentou a criação de abelhas sem ferrão como uma oportunidade de complemento de renda e também como forma de contribuir para a conservação ambiental. Curso realizado nos dias 26 e 27 apresentou aos cerca de 20 produtores da região orientações para investir e obter vantagens na criação de abelhas sem ferrão | Foto: Divulgação/Emater-DF Iniciado na quarta-feira (26), o curso começou com a parte teórica e finalizou com a prática, na Chácara Tia Edy, no Núcleo Rural Aguilhada. Os participantes aprenderam a reconhecer as principais espécies com potencial de criação no DF, foram orientados sobre alimentação, principais recursos florais na meliponicultura, captura, transferência e divisão de colônias, entre outras práticas. [Olho texto=”“Eu vivo da agricultura familiar e busco introduzir na minha chácara projetos de baixo impacto ao meio ambiente, como esse curso que nos ensinou a cuidar desses insetos, que já cuidam de nós. As abelhas cuidam do meio ambiente, da diversidade da natureza, e são muito importantes”” assinatura=”Francisco Soriano, produtor rural” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Eu vivo da agricultura familiar e busco introduzir na minha chácara projetos de baixo impacto ao meio ambiente, como esse curso que nos ensinou a cuidar desses insetos, que já cuidam de nós”, disse o agricultor Francisco Soriano. “As abelhas cuidam do meio ambiente, da diversidade da natureza, e são muito importantes”, afirmou. O extensionista rural da Emater-DF Carlos Morais mostrou as vantagens de se investir na criação de abelhas sem ferrão. “O produtor pode extrair, além do mel, outros produtos das melíponas como própolis, pólen, cera e cerume. Essas são abelhas dóceis, de fácil manejo, o que possibilita que você tenha muitas caixas”, observa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A próxima capacitação sobre o assunto está prevista para o mês de julho, em área rural de Sobradinho. Interessados devem procurar o escritório local da Emater-DF mais próximo de sua propriedade. *Com informações da Emater-DF
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