Programa Adote uma Praça transforma 145 espaços públicos nos últimos seis anos
Incentivar a participação ativa do cidadão na comunidade e transformar espaços públicos são premissas do programa Adote uma Praça, do Governo do Distrito Federal (GDF). A iniciativa permite que pessoas físicas, empresas e entidades firmem parcerias com o Estado para dar vida nova a áreas antes degradadas ou abandonadas. Uma das condições é manter o espaço para uso livre da comunidade, sem restrições de acesso | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “O objetivo do programa é tornar o cidadão parte ativa da comunidade, contribuindo com o Estado para trazer qualidade de vida” Vanessa Félix, subsecretária de Desestatização da Secretaria de Projetos Especiais Desde sua criação, em 2019, o programa já viabilizou a inauguração de mais de 145 praças e espaços de lazer – uma média de duas por mês –, beneficiando praticamente todas as regiões administrativas do DF. Gerido pela Secretaria de Projetos Especiais (Sepe-DF), o Adote uma Praça permite que pessoas físicas, entidades e empresas assumam a responsabilidade de cuidar de áreas públicas por um período determinado. “O objetivo do programa é tornar o cidadão parte ativa da comunidade, contribuindo com o Estado para trazer qualidade de vida”, reforça Vanessa Félix, subsecretária de Desestatização da Sepe-DF. Para adotar um espaço, deve-se verificar a área desejada e fazer um pedido por meio de um requerimento disponível no site do programa ou diretamente nas administrações regionais. Após uma análise de viabilidade, o GDF e o adotante assinam um termo de cooperação com validade de até 48 meses. “Adotar um lugar é assumir a responsabilidade sobre o espaço, trazendo para si o cuidado e o compromisso com a manutenção da área pública”, enfatiza a subsecretária. “É importante ressaltar que todo projeto precisa de aprovação do governo e deve manter o local de uso livre para a comunidade, sem fins lucrativos ou restrições de acesso”. Qualidade de vida Um dos mais novos projetos do programa está em andamento, no Park Sul. O espaço, onde antes havia um beco abandonado, tomado por entulho e utilizado como estacionamento irregular, agora é uma nova praça de convivência. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o GDF e a administração do condomínio Novka, que apadrinhou a reforma de uma área de aproximadamente 659 m². O local, agora, passa a contar com bancos de concreto, gramado, lixeiras, postes de iluminação em LED e vegetação, garantindo mais qualidade de vida para os moradores da região. Além das praças, o programa também contempla jardins, balões rodoviários, estacionamentos, canteiros de avenidas, pontos turísticos, monumentos, parques infantis e pontos de encontro comunitário (PECs).
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Feriado da Independência impulsiona turismo no DF
Importante celebração da nação brasileira, o Dia da Independência do Brasil arrasta milhares de pessoas para as ruas. Neste ano, o tradicional desfile cívico de 7 de Setembro, quando ocorre o feriado, deve reunir 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, conforme expectativa do governo federal. O movimento de turistas e moradores do DF e Entorno reflete nos resultados econômicos da capital. Museu Nacional da República estará aberto na sexta-feira, das 9h às 18h30 | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília ?“Brasília tem vocação para o turismo cívico, e o maior símbolo disso é o 7 de Setembro”, avalia o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. “O feriado, além de fortalecer o espírito de pátria da população, também é um importante fomento para economia da cidade, que tem um leque variado de hotéis e restaurantes prontos para atender toda a população.”? [Olho texto=”?“Embora possa haver um certo esvaziamento da cidade por conta do feriado prolongado, uma parte do comércio aposta naqueles que ficam e vê neste período uma oportunidade de incremento nas vendas” ” assinatura=”José Aparecido da Costa Freire, presidente da Fecomércio-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A expectativa é que mais de 200 mil pessoas circulem pelo Aeroporto Internacional de Brasília entre esta quarta (6) e a segunda-feira (11). De acordo com a Inframerica, empresa que administra o terminal, o movimento aéreo previsto para todo o feriado é de 1,5 mil pousos e decolagens, metade desses voos destinada a conexões com outras regiões do país. Voos e comércio O aumento nos embarques e desembarques também deve ser notado no tráfego internacional. Estão previstos 56 voos para o exterior, enquanto cerca de 8 mil passageiros devem embarcar e desembarcar no aeroporto brasiliense. ?Segundo o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido da Costa Freire, o feriado surte efeito também no comércio. Ele afirma que, mesmo que alguns brasilienses escolham sair do quadradinho nesta semana, a receita do setor ainda pode registrar acréscimos. [Olho texto=”“Esperamos uma movimentação local de brasilienses que, porventura, escolheram ficar em casa e vão aproveitar para passear em bares, restaurantes e áreas de lazer da cidade” ” assinatura=”Beto Pinheiro, presidente da Abrasel-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] ?“Embora possa haver um certo esvaziamento da cidade por conta do feriado prolongado, uma parte do comércio aposta naqueles que ficam e vê neste período uma oportunidade de incremento nas vendas”, estima Freire. “É o caso dos bares e restaurantes, do setor de eventos, do comércio de shopping e até dos vendedores ambulantes, que aproveitam o encontro cívico nos arredores da Esplanada para comercializar bebidas, alimentos, camisetas e bandeiras que deixam a festa ainda mais bonita.” O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-DF), Beto Pinheiro, também acredita que não pode haver uma potencial diminuição no fluxo de clientes durante o feriado, sobretudo devido aos pontos facultativos desta quarta e de sexta-feira. “Esperamos uma movimentação local de brasilienses que, porventura, escolheram ficar em casa e vão aproveitar para passear em bares, restaurantes e áreas de lazer da cidade”, sinaliza. Movimento nos hotéis ?No setor hoteleiro, a expectativa de ocupação neste ano é de 50%. “É um número positivo, apesar de ser menor do que os dos últimos anos devido à diferença de contexto que estamos vivendo. O 7 de Setembro não será marcado pelo cunho político, apenas pela data cívica; portanto, 50% é um número bastante razoável para uma cidade que se esvazia quando as atividades políticas não estão a pleno vapor”, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), Henrique Silverian. [Olho texto=”“Esperamos que a taxa de 50% de ocupação sirva de estímulo para que o GDF continue investindo no turismo cívico e trazendo atrações que possam contribuir em muito com a economia local”” assinatura=”Henrique Silverian, presidente da Abih” esquerda_direita_centro=”esquerda”] ?Em 2022, a taxa de ocupação na capital federal alcançou 73%, índice que, em 2021, foi de 84%. “É importante que a gente entenda que os últimos dois anos foram marcados por movimentação única e exclusivamente pelas questões políticas da época, tanto é que, em 2021, a hotelaria foi apanhada de surpresa, e não sabíamos que ia ter movimento”, pontua Silverian. A pesquisa deste ano foi iniciada no dia 1º e consolidada na segunda-feira (4) com base nas reservas já realizadas. No fechamento, a taxa de ocupação estava em 43%, com tendência de aumento conforme a aproximação do feriado. Participaram 20 hotéis – a maioria localizada no centro do Plano Piloto – que, juntos, somam 4.254 apartamentos. ?O presidente da Abih enfatiza ainda o empenho do governo em promover o turismo brasilense, para além do tradicional desfile: “Esperamos que a taxa de 50% de ocupação sirva de estímulo para que o GDF continue investindo no turismo cívico e trazendo atrações que possam contribuir em muito com a economia local”. ?O que visitar Espaço Cultural Renato Russo abre das 10h às 20h | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Após o desfile, não faltará opção de lazer. A Secretaria de Turismo do DF (Setur) e a Associação Amigos do Futuro promovem o Brasília Monumental, uma iniciativa turística que tem como foco a gastronomia do DF. Participarão 20 restaurantes da cidade com pratos exclusivos a partir de R$ 30. A programação será das 11h às 19h30 e terá atrativos infantis, shows musicais, apresentação da Orquestra Filarmônica de Brasília e mais. A entrada é franca mediante a retirada de ingresso no Sympla. ?Além do evento gastronômico, turistas e moradores podem aproveitar para conhecer palácios, museus, monumentos e instituições que fazem parte da história da democracia brasileira. A Rota de Turismo Cívico reúne 12 pontos representativos do tema, como o Memorial JK, o Museu do Catetinho e o Museu Vivo da Memória Candanga. Essas rotas estão disponíveis neste link. ?Quem for visitar algum desses locais deve estar atento aos horários. O Museu do Catetinho fecha nesta quarta e na sexta (8) e abre na quinta (7) e nos dias 9 e 10, das 9h às 17h. Já o Museu Vivo da Memória Candanga funcionará normalmente até o dia 10, das 9h às 17h, enquanto o Memorial JK estará fechado no dia 7 e aberto nos demais, das 9h às 18h. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Fora desses pontos citados no miniguia, o turista pode ir ao Museu Nacional da República, que estará aberto na sexta-feira, das 9h às 18h30. Outras possibilidades são a Biblioteca Nacional de Brasília, que abrirá nos dias 9 e 10, das 8h às 14h; o Museu de Arte de Brasília, aberto das 10 às 19h; a Concha Acústica, que funciona das 9h às 18h; e o Espaço Cultural Renato Russo, que estará de portas abertas das 10h às 20h. ?Suporte Unidade móvel do Centro de Atendimento ao Turista (CAT) estará na Torre de TV de quinta a domingo, das 9h às 17h | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Quem estiver passeando pela cidade e precisar de alguma informação pode procurar os centros de atendimento ao turista (CATs). A unidade instalada no aeroporto funcionará de segunda a sexta das 7h às 13h e das 16h às 22h, e no sábado e domingo das 8h às 18h. O CAT da Rodoviária do Plano Piloto abre de segunda a sexta das 7h às 19h e no final de semana das 8h às 18h, enquanto o da 308 Sul funcionará de segunda a quarta-feira das 8h às 18h, quinta e sexta das 9h às 15h e fecha sábado e domingo. Já a unidade móvel do CAT estará na Torre de TV de quinta a domingo, das 9h às 17h. ?Os demais CATs estarão fechados para que os atendentes possam atuar em eventos comemorativos como a ExpoAbra, Brasília Monumental e o desfile cívico.
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Nas galerias e a céu aberto, conheça a arte de Athos Bulcão em Brasília
São mais de 200 obras inventariadas no Distrito Federal. Presente em todos os cantos, o pintor, escultor e desenhista Athos Bulcão deu cor e movimento à capital do Brasil. Mesmo quem não o conhece já viu alguma de suas obras por aí: são os painéis de azulejos do Aeroporto Internacional de Brasília, do Parque da Cidade, da Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima e de muitos outros pontos. Um dos painéis do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck: marca registrada | Foto: Edgard Cesar/Fundação Athos Bulcão Falecido em julho de 2008, o artista completaria 105 anos neste domingo (2). Ele veio para Brasília em 1958, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer; tão logo chegou, criou os azulejos da Igreja de Nossa Senhora de Fátima (conhecida como Igrejinha da 308 Sul) e do Brasília Palace Hotel. Em 1962, após a inauguração da capital federal, passou a lecionar no Instituto Central de Artes da Universidade de Brasília (UnB). Painel em metal esmaltado no Plenário Ulysses Guimarães, no Congresso Nacional | Foto: Edgard Cesar/Fundação Athos Bulcão “A função principal de Athos em Brasília foi trazer cor para a arquitetura monocromática, e podemos ver que ele cumpriu a missão muito bem”, pontua o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Felipe Ramón Rodríguez. “A autoria dele já se dissolveu, é quase como se essas formas tivessem sido criadas por Brasília. Estão tão entranhadas no nosso imaginário que se confundem com a própria estética da cidade.” C?artões de visita Para quem chega a Brasília de avião, o primeiro contato com a obra de Athos Bulcão se dá já no aeroporto. No local, existem três painéis feitos pelo artista. Um é composto por azulejos estampados em amarelo e laranja e está localizado na Sala de Espera Nacional. O outro, também em azulejos, está na Sala de Espera Internacional e é todo feito em azul e verde. O terceiro painel, em metal, encontra-se na parede posterior do terraço do Aeroshopping. Imagem icônica do artista à frente de uma de suas mais famosas obras: o painel de azulejos da Igrejinha da 308 Sul | Foto: Mila Petrillo/Fundação Athos Bulcão ?Outras grandes obras estão na Esplanada dos Ministérios. Brasilienses e turistas podem ver de perto trabalhos de Athos na Catedral Metropolitana de Brasília, no Palácio da Alvorada, no Congresso Nacional e nos ministérios, como o das Relações Exteriores. A Câmara dos Deputados também reúne peças do artista que, graças às transmissões em plenário, ocupam as televisões brasileiras corriqueiramente. ?Cenário de muitos cliques e ensaios fotográficos, a parte externa do Teatro Nacional Claudio Santoro também é assinada por Athos. A área revestida por um painel formado de blocos de concreto nas fachadas laterais finaliza o monumento desenhado por Oscar Niemeyer. Há ainda outras obras dentro e na cobertura do teatro, produzidas em diferentes materiais, mas não disponíveis para observação. [Olho texto=”“Ele não ficava esperando a inspiração bater à porta, ia lá e criava e os trabalhos, sempre no sentido de contribuir com essas esculturas gigantes que temos em Brasília – não para roubar o protagonismo, mas para participar da construção da capital” ” assinatura=”Felipe Ramón Rodríguez, subsecretário do Patrimônio Cultural” esquerda_direita_centro=”direita”] ?No Parque da Cidade Sarah Kubitschek, há mais arte para encantar os olhos de quem vê. As paradas de descanso – formadas por banheiro, bebedouros e bancos – são iluminadas por uma composição abstrata. Os desenhos pretos no fundo branco, dispostos em sentidos variados, contrastam com o verde do equipamento público idealizado pelo paisagista Roberto Burle Marx, que era amigo de Athos Bulcão. ?Há ainda traços do artista no Cine Brasília, na UnB, na Escola Francesa de Brasília, na Igreja Nossa Senhora de Fátima, na Torre de TV, no Hospital Sarah Kubitschek e em muitos outros locais. Segundo inventário do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), existem 261 peças de Athos na capital federal. Interior do Cine Brasília também tem a marca registrada de Athos Bulcão | Foto: Divulgação/Fundação Athos Bulcão ?Legado Para que as peças sejam mantidas em perfeitas condições de preservação, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secec, promove ações de fiscalização e, caso necessário, restauração. Os procedimentos são executados por equipe especializada da Subsecretaria de Patrimônio Cultural (Supac). O acompanhamento é feito para evitar danos e a remoção dos painéis. ?A obra de Athos Bulcão está protegida por tombamento desde 2009 e não se limita aos famosos painéis. Existem também relevos, vitrais, pisos, divisórias, muros, pinturas, castiçais e até uma pia batismal. Painel no tradicional Brasília Palace Hotel, uma das primeiras criações de Athos ao chegar à capital federal | Foto: Divulgação/Fundação Athos Bulcão “Ele não ficava esperando a inspiração bater à porta, ia lá e criava e os trabalhos, sempre no sentido de contribuir com essas esculturas gigantes que temos em Brasília – não para roubar o protagonismo, mas para participar da construção da capital”, relata o subsecretário de Patrimônio Cultural. “E hoje uma coisa é indissociável da outra, não conseguimos pensar em Brasília esteticamente sem pensar nos traços de Athos.” Identidade brasiliense A secretária-executiva da Fundação Athos Bulcão, Valéria Cabral, reforça: “É uma presença muito marcante na nossa vida, está no nosso caminho diário. Tem Athos Bulcão espalhado pela cidade, faz parte da nossa identidade”. Ela lembra que Athos foi “o responsável por trazer cor e movimento às obras criadas por Oscar Niemeyer e por outros arquitetos, para órgãos públicos, escolas e até hospitais”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] ?Há mais de 30 anos preservando o legado do artista, a Fundação Athos Bulcão promove ações de difusão do conhecimento sobre as peças, com exposições na AB Galeria e visitas guiadas com estudantes de escolas públicas. “O professor Athos é matéria obrigatória no quarto e quinto ano do ensino fundamental na grade de educação pública do DF, e nós estamos sempre disponíveis para receber escolas, administradores e o público em geral para mostrar quem foi esse grande artista”, convida Valéria Cabral. ?A fundação funciona de segunda-feira a sábado – em dias úteis, das 9h às 18h, e aos sábados, das 9h às 14h. Localizado na 510 Sul, o espaço físico oferece também uma loja com produtos da marca do artista. Arte: Agência Brasília
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Praça do Buriti, um encanto nos arredores dos Poderes
As sedes dos Poderes do Distrito Federal estão reunidas entre as vias N1 e S1, no Eixo Monumental. Entre esse conjunto de espaços formado pelo Palácio do Buriti, Câmara Legislativa, Tribunal de Contas do DF e Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, está localizada a simpática Praça do Buriti – uma área de mais de 47 mil m² que ilumina a cidade e encanta com seu paisagismo e o simbólico exemplar da árvore que dá nome ao logradouro. Após quase dez anos sem reformas significativas, a Praça do Buriti ganhou investimentos nesta gestão. “É fundamental mantê-la bem-cuidada”, afirma o governador Ibaneis Rocha | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília ?Inaugurado em 1969, o local sobreviveu a anos de abandono e ficou cerca de uma década sem grandes reformas e até com a fonte luminosa apagada. Nesta gestão, há pouco mais de um ano, a fonte e os chafarizes voltaram a iluminar o centro da cidade. Além disso, o paisagismo é constantemente renovado pela Novacap, responsável pela obra de cerca de R$ 2 milhões que fez a praça renascer. [Olho texto=”?“Brasília se consolida cada vez mais como um destino turístico, então precisamos oferecer atrações para incentivar a vinda de visitantes”” assinatura=”Fernando Leite, diretor-presidente da Novacap” esquerda_direita_centro=”esquerda”] ?“Brasília tem muitos monumentos públicos, e a Praça do Buriti é um dos mais importantes, por isso é fundamental mantê-la bem-cuidada, até para preservar a memória da cidade”, pontua o governador Ibaneis Rocha, cujo gabinete dá vista direta para o local. “A praça é palco de alguns eventos e também de manifestações”, lembra. ? Conforto e contemplação [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para contemplar a paisagem ou descansar, a praça conta com 12 bancos de concreto. Tem também mais de 100 mangueiras e 14 mil m² de área para jardins. A fim de colorir a região e deixá-la ainda mais com a cara de Brasília, seis ipês foram plantados na área. Os espelhos-d’água têm capacidade para 2 milhões de litros. ?Com a reforma feita pela Novacap, o monumento teve as piscinas e taças das fontes reformadas e impermeabilizadas, além de todo o sistema hidráulico, elétrico, motores, bombas e tubulações trocados. Também foram instalados um mecanismo de filtragem com tratamento de cloro para a água, novos bicos aspersores e lâmpadas LED com sistema de controle de troca de cores. ?“Brasília se consolida cada vez mais como um destino turístico, então precisamos oferecer atrações para incentivar a vinda de visitantes”, ressalta o diretor-presidente da Novacap, Fernando Leite.
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Iluminação exterior do Memorial JK é substituída por LED
Localizado no canteiro central do Eixo Monumental, o Memorial JK foi construído para homenagear o 21º presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek. Como forma de destacar um dos monumentos mais importantes de Brasília, a CEB Ipes substituiu 200 luminárias convencionais por modelos LED, que potencializam a iluminação pública do museu e toda a área ao redor. A nova iluminação realça o contraste de luz que evidencia a beleza das esculturas em torno do Memorial JK | Fotos: Divulgação/CEB Ipes Das 200 novas luminárias LED, 154 são projetores instalados no solo, que fazem um contraste de luz para evidenciar a beleza das esculturas. “Brasília é lembrada por seus monumentos e arquitetura, então precisamos evidenciá-los no período noturno, trazendo conforto e segurança para quem passeia na capital federal”, afirma o presidente da CEB, Edison Garcia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os recursos para a nova iluminação do Memorial JK são provenientes da Contribuição de Iluminação Pública (CIP), no valor de R$ 209 mil. Para além da melhor luminosidade do local, as luminárias LED também são mais econômicas, reduzindo em até 40% os gastos com energia na conta da Administração Regional do Plano Piloto. *Com informações da CEB Ipes
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Um novo ‘Lugar ao Sol’ para contemplar em Samambaia
Da porta de seu restaurante, em Samambaia, José Nilton da Silva, 60 anos, vê o monumento – recém-reformado pela administração regional – chamado Lugar ao Sol. Localizado no balão da Avenida Central, a obra de arte é composta por três casas em cores primárias: amarelo, azul e vermelho. A estrutura de aço de carbono é uma homenagem aos moradores da cidade – criada com o objetivo de dar moradia digna às pessoas. O artista plástico Elton Skartazini criou a escultura Lugar ao Sol e mais sete obras que homenageiam a cidade e seus moradores, todas serão restauradas, agora com materiais mais resistentes | Fotos: Acácio Pinheiro/Agência Brasília “Essa iniciativa foi muito importante para todos nós. A obra, assim como as outras, estava muito deteriorada”, lembra José Nilton. “As pessoas passavam e não reparavam mais a obra de arte. Agora, chama atenção. Os clientes que frequentam o restaurante gostam de observar e elogiam a reforma”, comenta o empresário. [Olho texto=”“Queremos que essa iniciativa incentive a construção de mais monumentos, tornando a cultura cada vez mais acessível a todas as pessoas”” assinatura=”Elton Skartazini, artista plástico” esquerda_direita_centro=”direita”] Além desta, mais sete obras de arte fazem parte do projeto Monumentos para Samambaia, criado em 2005 pelo professor Clayton Braga e o artista plástico Elton Skartazini. Elas passam por reforma após 16 anos. Além de homenagear a cidade e seus moradores, as estruturas contam a história da região, estimulam o conhecimento e a imaginação e a transparência do poder público. “Estou muito feliz. É uma valorização do nosso trabalho e da história da região e das pessoas que moram aqui”, comemora Elton Skartazini. “Queremos que essa iniciativa incentive a construção de mais monumentos, tornando a cultura cada vez mais acessível a todas as pessoas”, reforça o artista plástico. Segundo o administrador regional de Samambaia, Gustavo Aires, há intenção de construir mais monumentos pela cidade. “Estamos estudando a possibilidade de realizar um concurso público junto ao conselho de cultura da região e às secretarias de Cultura e Turismo. Como Samambaia é repleta de balões, a ideia é construir essas obras nesses locais para dar vida a esses lugares”, adianta. A obra Lugar do Saber, localizada no balão da primeira Avenida Norte e Central, também já reformada: estímulo sobre a importância do conhecimento Outras obras Outra estrutura que já foi reformada é a chamada Lugar do Saber, localizada no balão da primeira Avenida Norte e Central. Segundo Elton Skartazini, é uma forma de estimular as pessoas sobre a importância do conhecimento. “Agora estamos reformando com materiais que vão durar anos. O deste aqui, por exemplo, é de aço de carbono”, explica o artista plástico. “A nossa cidade tem uma história de busca das pessoas por moradia, por uma vida nova, pelo progresso. As pessoas precisam dar valor a essas memórias, desde a família, a sua cidade, seu país”, ressalta Clayton Braga, um dos idealizadores do projeto. “Estamos contribuindo com essa formação de valores culturais que é fundamental para a humanidade”, destaca o mestre em educação. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Conheça os monumentos de Samambaia: – Lugar ao Sol, 2005: no balão da segunda Avenida Norte e Central, é uma homenagem à população recém-chegada na cidade; – Luz do Saber, 2007: no balão da primeira Avenida Norte e Central, representa a importância do conhecimento; – Transparência, 2009: no balão da segunda Avenida Sul e Central, faz referência ao fórum de Samambaia; – Encontro, 2010: no balão da primeira Avenida Sul e Central, tem esse nome por estar no centro urbano da cidade; – Figuras do Agreste, 2021: na Avenida Leste, próximo ao viaduto do Recanto das Emas, é uma parceria com o artista plástico Ramon Rocha. O monumento faz referência às pessoas que vieram do Nordeste; – Três Meninas, 2005: no balão da Avenida Leste e Norte, em frente ao Hospital Regional de Samambaia, do artista Lia Samara, faz referência a outra obra do projeto, Casinhas de Bonecas; – Asas da Imaginação, 2006: na entrada da expansão da região, a estrutura também foi feita pelo artista Lia Samara e é uma forma de as pessoas refletirem por meio da imaginação e – Casinhas de Boneca, 1960: localizado no Parque Três Meninas, é uma homenagem que o pioneiro Inezil Penna Marinho fez às suas filhas ao dar o nome de Três Meninas ao local. É o único monumento que não foi feito pelos artistas.
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Após 16 anos, monumentos de Samambaia são reformados
A 22 quilômetros do Plano Piloto – referência em monumentos tombados como Patrimônio Cultural da Humanidade – Samambaia também tem sua galeria de arte a céu aberto. Para valorizar as estruturas que contam a história da cidade, a administração regional vai reformar oito obras de arte – em parceria com artistas plásticos e empresários. Criadas a partir de 2005 (com exceção da construção “Casinhas de Boneca”, dos anos de 1960), elas vão passar por uma série de reparos. A obra “Lugar ao Sol”, de Elton Skartazini, foi criada em 2005 dando início ao projeto Monumentos para Samambaia | Fotos: Divulgação As estruturas fazem parte do projeto Monumentos para Samambaia – criado em 2005 pelo mestre em educação, Clayton Braga, e o artista plástico e pioneiro da cidade, Elton Skartazini. Autor do primeiro monumento, Lugar ao Sol – localizado no balão da Avenida Central – , Skartazini explica que a obra de arte é composta por três casas coloridas: amarelo, azul e vermelho. As residências homenageiam a população recém-chegada em Samambaia. “A ideia era dar um presente de aniversário de 16 anos para a cidade. Quase que a cada ano, fazíamos um monumento. Cada um deles tem um significado para Samambaia”, lembra o artista plástico. “Como eu ainda não tinha muita experiência, utilizei materiais que não eram tão resistentes. Agora estamos usando materiais que vão durar 200 anos”, garante o artista plástico. Para Elton Skartazini, além do GDF prestigiar um projeto cultural da cidade, a reforma também motiva outros artistas da cidade. “O governo local está reconhecendo a importância dessas obras, que são públicas, da comunidade. Nossa intenção também é incentivar aqueles que têm vontade de criar novos monumentos”, adianta. Identidade O professor Clayton Braga destaca que as estruturas passaram a ser a identidade da cidade. “A reforma incentiva os moradores a conhecerem a história do lugar onde moram. Os monumentos precisam e merecem essas reformas depois de tantos anos”, ressalta. “Cada canto da cidade conta uma história. Desde pequeno acompanhei o desenvolvimento de Samambaia e esses monumentos são motivo de orgulho para os moradores”, destaca o administrador da região, Gustavo Aires. “Reformar essas estruturas é uma forma de honrar essas memórias”, completa. As “Casinhas de Boneca” foram criadas na década de 1960 e incorporadas ao projeto Monumentos para Samambaia Conheça os monumentos de Samambaia: – Lugar ao sol, 2005: localizado no balão da segunda Avenida Norte e Central, é uma homenagem à população recém-chegada na cidade; – Luz do Saber, 2007: localizado no balão da primeira Avenida Norte e Central, representa a importância do conhecimento; – Transparência, 2009: localizado no balão da segunda Avenida Sul e Central, faz referência ao fórum de Samambaia. – Encontro, 2010: localizado no balão da primeira Avenida Sul e Central, tem esse nome por estar no centro urbano da cidade; – Figuras do Agreste, 2021: localizado na Avenida Leste, próximo ao viaduto do Recanto das Emas, é uma parceria com o artista plástico Ramon Rocha. O monumento faz referência às pessoas que vieram do nordeste; – Três Meninas, 2005: localizado no balão da Avenida Leste e Norte, em frente ao Hospital Regional de Samambaia, a obra de arte é do artista Lia Samara e faz referência à obra Casinha de Bonecas; – Asas da Imaginação, 2006: localizado na entrada da expansão da região, a estrutura foi feita pelo artista Lia Samara e é uma forma das pessoas refletirem por meio da imaginação e – Casinhas de Boneca, 2011: localizado no Parque Três Meninas, é uma homenagem que o pioneiro Inezil Penna Marinho fez às suas filhas ao dar o nome de Três Meninas ao local.
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Athos Bulcão e sua galeria de arte a céu aberto
Fotos: Divulgação/Fundação Athos Bulcão As pessoas nem se dão conta, mas todas as noites, de forma sorrateira, o artista plástico Athos Bulcão – falecido em julho de 2008, aos 90 anos – é presença garantida nos lares dos brasileiros. E no horário nobre. Basta ligar a TV e vê-lo, durante os noticiários, no Salão Verde do Congresso Nacional, entre a rodoviária do Plano Piloto e os ministérios e até, veja só, nas audiências do Superior Tribunal Federal (STF). Nesses espaços e em mais de 200 outros do DF, as obras dele surgem no dia a dia das pessoas e da cidade de forma sutil, imprimindo, tal qual uma identidade digital própria, marcante estética visual à capital. “Ele foi o principal colaborador nas obras de complementação arquitetônica do Oscar Niemeyer”, destaca o jornalista Sérgio Moriconi, diretor de curta-metragem Athos (1998), que tem o artista como tema central. “A importância fundamental dele foi ter deixado uma identidade visual na cidade, criando um alfabeto próprio a partir das obras de azulejaria. Quando a gente bate o olho, já sabe que é Brasília. E não apenas os azulejos – nem precisa falar dos cubos do Teatro Nacional”, avalia. O talento de Athos Bulcão vai além da simetria geométrica colorida, alegre e leve dos marcantes azulejos que, de tão simples, mas onipresentes, parecem quase de casa. Artista múltiplo que dominava várias linguagens e técnicas que iam das colagens fotográficas a desenhos, passando pelas obsessivas máscaras, esse pioneiro das artes em Brasília fez da capital federal uma galeria a céu aberto, com com sua criatividade. São pinturas, desenhos, gravuras, relevos em madeira e concreto e, claro, os líricos azulejos, que se fundem em perfeita harmonia e integração entre arte e arquitetura. Não há direção em que se olhe no DF que não sinalize um trabalho do artista. Infelizmente, muitas pessoas desconhecem o autor dessas obras – mesmo convivendo, diariamente, com as intervenções coloridas presentes nas paredes do Cine Brasília ou no Teatro Nacional, bem como nos templos, fachadas de prédios comerciais e residenciais, escolas, hospitais e até no aeroporto. “É uma loucura o que tem de trabalho de Athos Bulcão em Brasília. É o artista com mais obras públicas no mundo numa única cidade”, valoriza o jornalista, escritor e também artista plástico Bené Fonteles, que foi grande amigo de Athos Bulcão. “Tínhamos uma relação profunda. Brasília tem que agradecer todos os dias por ter tido um artista como o Athos Bulcão, que povoou essa cidade de cabo a rabo com seu talento e sensibilidade”. Pioneirismo Talvez o primeiro nome das artes, de fato, a chegar ao Planalto Central, em 1957, Athos Bulcão se apaixonou logo de cara pela imensidão do Cerrado e sua ausência de paisagem, vislumbrando um cenário de infinitas possibilidades para exercitar sua verve criativa. Imagine um artista ter uma cidade inteira a seu dispor para embelezar, criar, trabalhar, integrar a uma arquitetura modernista que correu o mundo. Assim foi com Athos Bulcão. E ele não decepcionou. Veio, assim como tantos outros na época, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer, a quem conheceu em 1943, transitando entre a nata cultural do Rio de Janeiro, onde nasceu. Era de família abastada, e o pai, um industrial ligado à siderurgia, já tinha um filho engenheiro e queria o outro médico. Assim, Athos chegou a cursar três anos de medicina, mas logo percebeu que estava tomando o rumo errado. Largou tudo e foi estudar na França, de onde voltou com bagagem de sobra para iniciar carreira brilhante nas artes plásticas. “Ele dizia que seria péssimo médico, e, pelo bom artista que era, tinha razão”, comentou certa vez, em um documentário, Valéria Cabral, diretora da Fundação Athos Bulcão, criada em 1992 com o intuito de manter viva a obra do artista. Azulejos Nos anos 1940, convidado pelo pintor Cândido Portinari, Athos trabalhou como assistente na execução do painel de São Francisco de Assis, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). Para muitos, aquele foi o projeto que deu início a Brasília. Ao Planalto Central, ele já chegou causando espanto. Faltavam ainda dois anos para a inauguração da nova capital e Athos já havia concluído alguns de seus trabalhos mais emblemáticos, como os azulejos da Igreja Nossa Senhora de Fátima ( a Igrejinha), da 308 Sul. Reza a lenda que um dia Oscar Niemeyer lhe apresentou os rascunhos daquele “chapéu de freira” e ele comentou, já planejando o que queria fazer para os murais da Igrejinha, que seria o seu primeiro trabalho em Brasília: “Acho que o Brasil já tem igrejas opressoras demais. Eu queria que essa igreja tivesse a mágica de uma noite de São João”. Assim foram reproduzidas, valorizadas por seu talento, as intervenções simbólicas da fé católica: a pomba, representando o Espírito Santo, e a estrela, referência ao astro que guiou os três reis magos até o menino Jesus. Nos anos 1970, seguindo os passos do amigo Niemeyer, Athos deixaria sua marca registrada em vários pontos do mundo. Onde tinha um traço do arquiteto modernista, lá estava presente Athos Bulcão com seu lirismo geométrico, nas embaixadas da Argentina, Cabo Verde, Nigéria e Índia, bem como em prédios privados e públicos da Itália. Tornou-se um artista reconhecido em nível internacional, lembra Bené Fonteles. “Artista eu era, pioneiro me fiz”, declarou Athos certa vez, orgulhoso de sua condição. “Devo a Brasília este sofrido privilégio, realmente um privilégio. Ser pioneiro. Pureza que gera espírito. Um prêmio moral”. Serviço No site da Fundação Athos Bulcão, é possível encontrar produtos com a marca do artista.
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