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Equipamentos de alta tecnologia vão levar água a 355 mil moradores do DF

Vindos da China, chegam a Brasília nesta quarta-feira (14) quatro conjuntos de equipamentos de alta tecnologia que vão integrar o complexo do Sistema de Abastecimento de Água Norte, em implantação pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Conhecidos como inversores de frequência, os equipamentos serão instalados na Elevatória Lago Norte. Armazenados em caixas que ficarão na Elevatória Lago Norte, equipamentos serão instalados gradativamente | Foto: Divulgação/Caesb Os inversores vão acionar e controlar a velocidade das motobombas para que o sistema leve água a 355 mil moradores de setores habitacionais da região norte do DF: Sobradinho, Sobradinho II, Grande Colorado, Boa Vista, Taquari, Itapoã e Região dos Lagos. No Sistema Norte, o GDF e a Caesb estão investindo R$ 135 milhões, gerando 500 empregos diretos e indiretos. “Investimos em alta tecnologia para levar água da melhor qualidade e para assegurar a estabilidade do abastecimento, o que dá tranquilidade tanto aos moradores quanto aos empreendedores, empresários e comerciantes da região” Luís Antônio Reis, presidente da Caesb Nos inversores, a companhia investiu R$ 4,5 milhões. São 40 toneladas de equipamentos desembarcados no porto de Santos, em São Paulo, de onde seguiram rumo a Brasília. Para poderem ser transportados em três carretas, os inversores foram desmontados e armazenados em 36 caixas, que ficarão na Elevatória Lago Norte, onde os equipamentos serão instalados gradativamente. Recursos avançados Esse tipo de equipamento é adotado por companhias de saneamento por agregar diversos benefícios, como alta tecnologia, redução dos custos com energia elétrica, controle da velocidade das motobombas, maior potência, maior eficiência no monitoramento da vazão da água e aumento da vida útil dos equipamentos de complexos produtivos, como o Sistema de Abastecimento de Água Norte. O presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, lembra que os inversores de frequência, assim como as motobombas, são fundamentais para ampliar e assegurar o pleno abastecimento de água aos moradores da região norte do DF. “Investimos em alta tecnologia para levar água da melhor qualidade e para assegurar a estabilidade do abastecimento, o que dá tranquilidade tanto aos moradores quanto aos empreendedores, empresários e comerciantes da região”, ressalta.    A Caesb já possui seis inversores de frequência de média tensão, sendo dois na Elevatória de Água Bruta Pipiripau e quatro na Elevatória de Água Bruta Bananal, onde está instalado o equipamento mais potente, onde alimenta eletricamente motor de 850 hp. Já os novos inversores são bem mais potentes. Cada equipamento tem capacidade para alimentar motor de até 2.350 hp de potência, segundo a Caesb. Tecnologia dinamarquesa Os inversores foram adquiridos pela Caesb por meio de licitação. A vencedora foi a multinacional dinamarquesa Danfoss, considerada uma das melhores do mundo na produção desse tipo de equipamento. A fabricação, porém, foi feita na China por uma empresa terceirizada da Danfoss naquele país e demorou 12 meses para ser concluída. R$ 10,5 milhões Total investido pela Caesb em motobombas e inversores de frequência Antes do embarque no Porto de Santos, os equipamentos foram testados por dois técnicos da Caesb enviados à China: André Ricardo Vanderlei, superintendente de Manutenção Industrial, e Márcio Pereira da Silva, gerente de Equipamentos, Eletricidade e Automação da companhia. “Quando o processo de fabricação terminou, testamos os equipamentos na fábrica”, relatou Márcio Silva. “Junto aos engenheiros da Danfoss, identificamos que eram necessárias algumas adequações, o que foi feito na própria fábrica.” Após uma semana de testes, os equipamentos estavam aptos ao envio para o Brasil. Água do Paranoá  Em 29 de julho, a Caesb recebeu os primeiros equipamentos que farão parte do Sistema de Abastecimento de Água Norte. Foram quatro motobombas com 40 toneladas fabricadas em São Paulo, de onde seguiram em cinco carretas para Brasília. O comboio passou pelo Palácio do Buriti antes de chegar à Elevatória Lago Norte. A Caesb investiu cerca de R$ 6 milhões nesses equipamentos. No total, são R$ 10,5 milhões investidos em motobombas e inversores de frequência. O Sistema de Abastecimento de Água Norte foi projetado para levar e garantir o abastecimento de água a cidades e setores habitacionais localizados ao norte da capital. A água será captada no Lago Paranoá e armazenada em seis reservatórios que estão sendo construídos – dois na Elevatória Norte (Lago Norte), dois em Sobradinho e dois na Região dos Lagos, próximo à Torre de TV Digital.  Os dois reservatórios da Elevatória Lago Norte ocupam área com 20 metros de diâmetro, têm 6,5 metros de altura (o equivalente a um prédio de dois andares) e podem armazenar 2 milhões de litros de água cada. Os dois de Sobradinho somam 30 metros de diâmetro, têm 7 metros de altura e capacidade de armazenamento de 4 milhões de litros cada. Já os reservatórios da Região dos Lagos seguem o modelo dos de Sobradinho. *Com informações da Caesb  

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Novos equipamentos vão dobrar a capacidade de tratamento de água na região norte do DF

A partir de 2025, os mais de 355 mil moradores da região norte do Distrito Federal passarão a ser beneficiados pelo novo sistema de abastecimento de água da capital. Na manhã desta segunda-feira (29), quatro máquinas motobombas que vão equipar o Sistema de Abastecimento de Água Norte chegaram a Brasília. Segundo o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, a capacidade de bombeamento da água poderá chegar a 1.400 litros por segundo, o dobro de hoje | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília “Com as obras, vamos atender mais de 355 mil pessoas que moram na região norte do DF com água potável de qualidade enquanto geramos 500 empregos diretos e indiretos” Celina Leão, vice-governadora O complexo vai atender sete setores habitacionais da região norte da capital: Sobradinho, Sobradinho II, Grande Colorado, Boa Vista, Taquari, Itapoã e Região dos Lagos. Na prática, o novo sistema vai garantir um fornecimento hídrico estável e mais seguro.  Aumento de capacidade A vice-governadora Celina Leão ressalta a dimensão das obras, que têm investimento de mais de R$ 135 milhões do GDF, por meio da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb): “Com as obras, vamos atender mais de 355 mil pessoas que moram na região norte do DF com água potável de qualidade enquanto geramos 500 empregos diretos e indiretos. Dessa forma, garantimos o acesso à água e incrementamos a economia local”. Com a inovação, a capacidade de tratamento da água na região deve dobrar, de acordo com o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis. “São quatro sistemas de motobombas muito grandes”, explica o gestor. “Com esse sistema, passamos a ter capacidade de bombeamento de até 1.400 litros por segundo. Hoje a gente tem tratamento de 700 litros por segundo. Esse sistema traz segurança hídrica para toda aquela população da região norte, que sempre sofre mais na época de seca”. Os equipamentos, que totalizam 40 toneladas, chegaram ao DF em um comboio de quatro carretas vindo de São Paulo. Os caminhões passaram pela Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), seguindo pelo Eixo Monumental, até o Palácio do Buriti, sede do GDF. Depois, seguiram para a Elevatória de Água Tratada Lago Norte, onde as máquinas foram descarregadas por um guindaste, começando a operação de instalação dos equipamentos. “Vamos suprir toda essa demanda reprimida de abastecimento de água de boa qualidade para a população, e não teremos problemas de falta de água, de restrição do consumo” Virgílio de Melo Peres, diretor de Engenharia da Caesb Atualmente, alguns pontos do DF são abastecidos por poços profundos ou sistemas isolados, que dependem de mananciais pequenos ou médios. É o caso da região norte da capital. Com o novo complexo, os moradores contarão com um aumento na oferta de água tratada, com qualidade e segurança. “Esse novo sistema implica colocar a região norte do Distrito Federal numa situação confortável em termos de abastecimento para a população, porque vamos suprir toda essa demanda reprimida de abastecimento de água de boa qualidade para a população, e não teremos problemas de falta de água, de restrição do consumo”, pontua o diretor de Engenharia da Caesb, Virgílio de Melo Peres. Como vai funcionar R$ 44 milhões Custo estimado para a construção, ainda este ano, da Adutora Taquari O sistema consiste no tratamento e na distribuição da água captada no Lago Paranoá. Pelo projeto, a água passará pela Estação de Tratamento de Água (ETA) Lago Norte, onde será armazenada em reservatórios e, posteriormente, bombeada por meio da Adutora Taquari para os reservatórios de Sobradinho e da Região dos Lagos. A partir daí, será distribuída para a região norte. O novo complexo está em fase de implantação. Uma delas é a própria ETA, onde as quatro máquinas que chegaram à capital nesta segunda serão instaladas. No local estão sendo construídos dois reservatórios metálicos com dois mil metros cúbicos de capacidade de armazenamento cada e uma estação elevatória de bombeamento de água tratada, além de uma subestação transformadora de energia elétrica. O custo desta etapa será de R$ 39,7 milhões, com previsão de término em janeiro de 2025. Outra etapa é a construção da Adutora Taquari, com o custo de R$ 44 milhões e previsão de término em novembro deste ano. Serão 10,6 quilômetros de canal de água tratada em tubulação de ferro fundido, com diâmetros que variam entre 700 milímetros e 900 milímetros. Reservatório Também serão executadas cinco travessias subterrâneas nas rodovias DF-005, DF-001 e BR-020, além da construção de uma “chaminé de equilíbrio” em aço com 40 metros de altura e 3,5 metros de diâmetro. Esse sistema funcionará como uma proteção para o canal de água tratada. Outra fase importante é a implantação do Reservatório de Água Tratada Sobradinho. Serão dois reservatórios metálicos com 4 milhões de litros de capacidade de armazenamento cada, totalizando 8 milhões de litros, ao custo de R$ 21,9 milhões e previsão de término em janeiro de 2025. Ainda faz parte do Sistema de Abastecimento Norte a implantação do Reservatório do Setor Habitacional da Região dos Lagos. Nesse local, serão erguidos dois reservatórios metálicos com 4 milhões de litros cada um, num total de mais de 8 milhões de litros de água, ao custo de R$ 30 milhões. Essa obra será licitada nos próximos dias.

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Caesb recebe 40 toneladas de equipamentos para ampliar fornecimento de água na região norte do DF

Chegam em Brasília, na manhã desta segunda-feira (29), as primeiras grandes máquinas que vão equipar o Sistema de Abastecimento de Água Norte, complexo que vem sendo construído pelo Governo do Distrito Federal por meio da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). São quatro conjuntos de motobombas pesando 40 toneladas, que serão instaladas na Elevatória de Água Tratada Lago Norte. Elas chegarão num comboio de quatro carretas vindo de São Paulo, onde as bombas foram fabricadas com investimentos de quase R$ 6 milhões. Essas máquinas fazem parte do conjunto de modernos equipamentos previstos pela Caesb para o Sistema de Abastecimento Norte, que vai levar água potável para atender 355 mil pessoas que moram em sete setores habitacionais da região norte da capital: Sobradinho I, Sobradinho II, Grande Colorado, Boa Vista, Taquari, Itapoã e Região dos Lagos. No empreendimento, o GDF e a Caesb estão investindo R$ 135 milhões. Obras do Sistema de Abastecimento Norte: água para atender sete cidades e setores habitacionais na região norte de Brasília | Fotos: Cristiano Carvalho/Caesb A Elevatória de Água Tratada Lago Norte (SMLN ML – trecho 4) foi projetada para ampliar a capacidade de armazenamento e distribuição do Sistema de Água Norte. Essa unidade da Caesb contará com dois reservatórios metálicos com capacidade para armazenar 4 mil metros cúbicos de água; uma estação elevatória de bombeamento de água movida por essas quatro motobombas, com potência de 2.000 cavalos cada; e uma subestação transformadora de energia elétrica. Nessa etapa, estão sendo investidos R$ 40 milhões, com previsão de término para janeiro de 2025. “Essas motobombas vão funcionar como o coração da Elevatória Lago Norte”, explica Luís Antônio Reis, presidente da Caesb. “Com elas, a estação poderá bombear a água armazenada numa área mais baixa para os reservatórios localizados em regiões mais altas, no caso, os reservatórios de Taquari e Sobradinho, que estão em construção. Desses reservatórios, a água será distribuída para a população da região norte do DF, como Sobradinho, Grande Colorado e Taquari”. Nessa etapa, estão sendo investidos R$ 40 milhões Água do Paranoá O Sistema de Abastecimento de Norte vai captar água do Lago Paranoá, possibilitando tratar, ampliar, reforçar e manter estável o fornecimento na região norte do Distrito Federal. Nesse complexo, o papel da Estação de Tratamento de Água (ETA) Lago Norte é estratégico. A água captada no Lago Paranoá será armazenada nos reservatórios na ETA Norte e, posteriormente, bombeada por meio da Adutora Taquari para os reservatórios de Sobradinho e da Região dos Lagos. A partir daí, será distribuída para sete cidades e setores habitacionais localizados ao norte de Brasília. O complexo está sendo construído por etapas, com diversas frentes de trabalho atuando simultaneamente. Entre as obras está a construção da Adutora Taquari, com investimentos de R$ 44 milhões e previsão de término em novembro de 2024. A adutora será formada por 10,6 quilômetros de tubos especiais, fabricados em ferro fundido. Outra importante obra do complexo é a construção do Reservatório de Água Tratada Sobradinho. Serão dois reservatórios metálicos com 4 milhões de litros de capacidade de armazenamento cada, totalizando 8 milhões de litros, ao custo de R$ 21,9 milhões. Obra prevista para terminar em janeiro de 2025. Está também sendo construído o Reservatório do Setor Habitacional da Região dos Lagos, com investimentos de R$ 30 milhões. Serão dois reservatórios metálicos com capacidade para armazenar 8 milhões de litros de água, com prazo de entrega previsto para o início de 2025. *Com informações da Caesb

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Brigadistas brasileiros e americanos trocam conhecimentos para combate a incêndios florestais

Consideradas invasoras e até propagadoras de fogo, as árvores das espécies pinus e eucalipto requerem maior atenção com a chegada do período de seca. Ciente dessa questão e dos alertas para incêndios em todo o país, o Jardim Botânico de Brasília (JBB) sedia um curso para brigadistas aperfeiçoarem o manejo do fogo em diferentes biomas do Brasil. “Essa ação vai se refletir não só em âmbito distrital, mas também no federal. Vai ser fundamental para conservação do Cerrado e outras fitofisionomias e biomas do país. No Brasil, a gente não tinha como expertise esse tipo de utilização de equipamento para abertura de linhas de defesa” Diego Miranda, gerente de preservação e combate a incêndio do Jardim Botânico de Brasília O diferencial desse curso é o uso de motosserra e motobombas, concentradas no combate ao fogo. O objetivo é que os equipamentos possam ser utilizados de forma estratégica em operações de combate aos incêndios, assim como já ocorre em outras partes do mundo, a exemplo dos Estados Unidos. A parte prática é executada dentro do Jardim Botânico, local que já prevê a retirada das espécies invasoras. O curso de S-212 – Motosserra para Incêndios Florestais começou em 2 de julho e segue até este sábado (6). Nos dias 9 e 10 de Julho será a vez do Workshop de Motobomba. A oferta é fruto de uma parceria entre a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), o Serviço Florestal Norte-Americano, o Ibama Prevfogo, a Funai e outras instituições do DF, como o Corpo de Bombeiros, Instituto Brasília Ambiental e o próprio Jardim Botânico. Cerca de 30 brigadistas de diversas partes do Brasil, como Tocantins, Maranhão e de comunidades tradicionais e povos originários, participam das aulas. O curso de S-212 – Motosserra para Incêndios Florestais começou no último dia 2 e segue até este sábado (6). Nos dias 9 e 10 de julho será a vez do Workshop de Motobomba | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Um dos envolvidos no processo é o gerente de preservação e combate a incêndio do Jardim Botânico de Brasília, Diego Miranda. Ele é formado neste curso e atua como monitor este ano. Diego avalia que, além da capacitação dos servidores e do corpo efetivo e dos brigadistas, o curso serve para que as equipes utilizem os equipamentos de motosserra com mais segurança e objetividade, visando também a conservação do meio ambiente com a retirada de espécies invasoras e exóticas que são biocombustíveis. Segundo o especialista, este é um fator determinante para incêndios florestais. Cerca de 30 brigadistas de diversas partes do Brasil, como Tocantins e Maranhão, e de comunidades tradicionais e povos originários participam das aulas “Essa ação vai se refletir não só em âmbito distrital, mas também no federal. Vai ser fundamental para conservação do Cerrado e outras fitofisionomias e biomas do país. No Brasil, a gente não tinha como expertise esse tipo de utilização de equipamento para abertura de linhas de defesa”, ressalta. Habilidades Os brigadistas aprendem a progressão das habilidades usando a motosserra e, ao final do curso, há um módulo para cortar na linha de fogo e técnicas específicas usadas para isso nos Estados Unidos da América (EUA). O instrutor líder do curso é o norte-americano Christopher Mark Ives, do Serviço Florestal dos EUA. Ele também é capitão do Hotshots, um grupo de brigadistas no Arizona, e destaca que a formação é uma excelente maneira de compartilhar conhecimento, pois há muitas habilidades e técnicas que são usadas no Brasil que podem beneficiar os Estados Unidos e vice-versa. O diferencial desse curso é o uso de motosserra e motobombas, concentradas no combate ao fogo. O objetivo é que os equipamentos possam ser utilizados de forma estratégica em operações de combate aos incêndios, assim como já ocorre em outras partes do mundo, a exemplo dos Estados Unidos “O governo do Brasil e as agências de gestão daqui têm sido muito apoiadores em fazer um ambiente de aprendizagem e ensinamento para nós caminharmos facilmente, nos apoiando com equipamentos e todas as outras coisas necessárias para efetivamente fazer um curso. E os estudantes têm mostrado muita vontade de aprender e compartilhar conhecimentos. Isso nos ajuda a ser mais universais em fazer nosso trabalho, além de entender e trocar com outras culturas”, declara Chris. Para o brigadista do Brasília Ambiental, Thyago Dantas, o curso é de suma importância para a atuação no DF. “Nos EUA eles usam há muito tempo de forma contínua, então é importante que a gente adapte essa realidade para a nossa. Era um curso que eu já tinha vontade de fazer porque em todos os parques existe necessidade, seja tirando essas espécies invasoras, no desbloqueio de estradas ou na manutenção do parque em geral. Poder ter acesso a esse conhecimento e passar para os meus companheiros é muito gratificante”, ressalta. A parte prática é executada dentro do Jardim Botânico, local que já prevê a retirada das espécies invasoras A chefe da divisão de prevenção do Prevfogo Ibama, Paula Mochel, reforça que, cada vez mais, os brasileiros têm sido chamados para atuarem em combates em outros países como Estados Unidos, Canadá, Chile e Espanha – o que intensifica a importância de que haja uma padronização na capacitação dos brigadistas para atuar em um corpo único. “Ter esse intercâmbio é extremamente importante por causa disso, a gente está aprendendo a lidar com máquinas e equipamentos que são utilizados em outros países e cedidos no local onde vamos combater”, observa. Dois problemas, uma solução O curso aproveita para eliminar outro problema além dos incêndios florestais que assolam o Cerrado: espécies com potencial invasor. De acordo com a diretora de vegetação e flora do Jardim Botânico de Brasília, Priscila Oliveira, o projeto treina as equipes envolvidas, principalmente do JBB, a fazer o corte das espécies exóticas como os pinheiros – onde é necessário saber a altura do corte, direcionar a queda ou se precisa tirar os galhos primeiro. No Jardim Botânico são cerca de 30 hectares de pinheiros que as equipes precisam retirar, ação prevista no plano de manejo do local e também na instrução normativa do Ibram número 409/2018. A retirada dos pinheiros do local está com tratativas avançadas, com um pedido que foi reforçado após a queda de uma árvore aparentemente saudável em abril deste ano. “Essas plantas não têm pragas que consigam conter o crescimento acelerado delas. São competidoras muito mais árduas por recurso e espaço e tomam o espaço das plantas com muita facilidade”, explica Priscila. Ela exemplifica que uma espécie de pinos em seis ou sete anos já tem cinco metros de altura, enquanto no mesmo período uma espécie de Cerrado não passa de trinta centímetros. “É um consumo muito grande de espaço, recursos e água que preocupa muito a gente. Além da diminuição da biodiversidade, porque quanto mais espaço ela toma, menor é a biodiversidade que ocupa aquela área. Ela solta uma resina que não deixa outras espécies se desenvolverem onde ela está presente”, acrescenta a gestora. O especialista em manejo integrado do fogo do serviço florestal dos EUA e representante do povo indígena Xerente de Tocantins, Pedro Paulo Xerente, deixa um alerta para a população brasiliense, prestes a enfrentar os períodos de seca. “Combater incêndios florestais é uma atividade com um grau de dificuldade extremo. É muito quente e com muita vegetação que favorece a disseminação dos incêndios. Então, é importante que a população tome bastante cuidado com qualquer tipo de ação que envolve fogo e contate profissionais capacitados para evitar incidentes”.

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