Programa Banco de Talentos apoia empreendedorismo de mulheres em situação de vulnerabilidade
“É muito importante esse apoio do governo, que oferece uma estrutura gratuita para a gente expor os nossos produtos”, observa a artesã Jô Maximino, 61, que atua há mais de um ano no programa Banco de Talentos. A iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), ocorre até esta quarta-feira (12), das 10h às 17h, no Setor Comercial Sul (SCS), com o objetivo de apoiar o empreendedorismo e empoderar economicamente mulheres em situação de violência e vulnerabilidade social. A artesã Jô Maximino diz que o programa Banco de Talentos oferece oportunidade de trabalho com mais economia e lucro | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Para Jô, além de empoderamento, o programa representa economia e lucro. “Muitas vezes quando precisamos pagar para expor nossos produtos, acabamos usando o dinheiro das vendas. E isso é ruim, porque a gente precisa ter um capital de giro para poder comprar mais material, produzir as mercadorias e continuar trabalhando. Com o Banco de Talentos, não há esse risco”, reflete a artesã, satisfeita. Há mais de 30 anos na área da confeitaria, Roselita Urani Camargo, carinhosamente chamada por Rosinha, 53, vê a iniciativa como uma oportunidade de autonomia financeira e comodidade. “Estou acostumada a participar de outros eventos em que você tem que levar toda a mobília para vender e nesse evento não, você já tem tudo”, observa a artesã. “Esse projeto está sendo muito válido e importante para mim”, aprova Rosinha. Roselita Urani Camargo, conhecida como Rosinha, elogiou a estrutura oferecida para a venda de seu trabalho Além da exposição e venda de produtos, o projeto inclui oficinas conduzidas pelas próprias artesãs, que atuam como mentoras para outras mulheres, compartilhando conhecimentos em bordado livre, crochê no lacre, tricô e costura criativa. O Banco de Talentos também mantém um espaço fixo na Galeria dos Estados, além de ocorrer nas principais feiras e eventos da capital federal. Mais edições no SCS A prefeita do Setor Comercial Sul, Niki Tzemos (segunda da esquerda para a direita), diz que o programa incentiva o empreendedorismo feminino em uma região de grande movimento de pessoas A parceria e empenho de toda a equipe responsável pelo evento tem consolidado o Banco de Talentos como uma ferramenta de empoderamento feminino. Instituído pela Portaria nº 496, de 14 de maio de 2024, o projeto conta com um cronograma de atividades durante o ano com exposições em shoppings e em espaços públicos. “Ao longo do ano, nós ainda teremos mais três edições do Banco de Talentos para apoiar esse ciclo virtuoso de empreendedorismo e fortalecimento econômico de mulheres”, afirma a prefeita do Setor Comercial Sul, Niki Tzemos. “O Banco de Talentos vai além da geração de renda – é um instrumento de transformação social. Ao oferecer oportunidades para mulheres em situação de vulnerabilidade, promovemos autonomia, autoestima e dignidade” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania Para a representante, o intenso fluxo de pessoas no Setor Comercial Sul, que recebe cerca de 150 mil visitantes por dia, é um dos principais benefícios do programa. “É mais uma oportunidade para essas mulheres”, destaca. A vice-prefeita do SCS, Adriana Loiola, reforça: “Nosso papel é apoiar e incentivar para que mais pessoas também apoiem”. Além dos estandes para as artesãs, a Prefeitura oferece infraestrutura e ambientação musical no local. A secretária da Sejus, Marcela Passamani, também destaca a importância da ação. “O Banco de Talentos vai além da geração de renda – é um instrumento de transformação social. Ao oferecer oportunidades para mulheres em situação de vulnerabilidade, promovemos autonomia, autoestima e dignidade. Queremos que elas sejam protagonistas de suas histórias, fortalecendo suas trajetórias pelo empreendedorismo e pelo reconhecimento de seus talentos”. Como participar O ingresso no projeto é feito por meio de encaminhamento da Sejus ou de quaisquer órgãos da rede de proteção à população do DF e Entorno ou por interesse da mulher que deseja prestar mentoria ao grupo. As oficinas, cursos e demais atividades serão promovidos por meio de parcerias entre a Sejus e órgãos, entidades ou profissionais habilitados, nos núcleos de atendimento do programa Direito Delas, a fim de oferecer aprimoramento e qualificação às participantes do projeto. Informações sobre a participação no projeto podem ser obtidas pelo e-mail da Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav): subav@sejusdf.gov.br. O projeto é destinado a mulheres maiores de 18 anos, nas seguintes situações: – Vítimas de violência atendidas ou acolhidas pelo programa Direito Delas, em situação de vulnerabilidade social ou buscando independência financeira. – Migrantes, refugiadas e apátridas atendidas pelo programa Direito Delas e/ou acolhidas pela Rede de Acolhimento aos Migrantes e Refugiados. – Mulheres em situação de vulnerabilidade social interessadas no Banco de Talentos. – Interessadas e habilitadas para ministrar mentorias e cursos para as demais participantes do programa.
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Casa da Mulher Brasileira terá mais três unidades no Distrito Federal
Em breve, o Distrito Federal ganhará três novas unidades da Casa da Mulher Brasileira (CMB) para realizar o atendimento e o acolhimento de mulheres em situação de violência e de vulnerabilidade. Por meio de um Acordo de Cooperação Técnica com a Novacap, foi lançado o edital de concorrência para seleção das empresas especializadas para a construção das novas unidades, que ficarão em São Sebastião, Sobradinho II e Recanto das Emas. As novas unidades serão definidas pelo número de habitantes das regiões administrativas, mas serão igualmente preparadas para atender as vítimas de violência | Foto: Tony Oliveira / Agência Brasília Os equipamentos serão coordenados pela equipe da Secretaria da Mulher e reforçam a presença do estado junto à população. “As mulheres dessas regiões terão mais facilidade de buscar o acolhimento, apoio imediato e atendimento especializado”, como explica a secretária da Mulher, Vandercy Camargos. As novas unidades da Casa da Mulher Brasileira pertencem à tipologia III, definida pelo número de habitantes das regiões administrativas onde estarão localizadas. Isso significa que elas serão menores do que a CMB de Ceilândia, mas igualmente preparadas para atender as vítimas de violência. A Novacap será responsável pela condução do processo licitatório. O edital e seus anexos poderão ser acessados pelo site http://app.novacap.df.gov.br/sislicitapublica/licitadetail/701. *Com informações da Secretaria da Mulher do DF
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