Projeto Produtor de Água no Pipiripau incentiva conservação de água
Em celebração ao Dia Mundial da Água, neste sábado (22), a Agência Brasília retrata o impacto do projeto Produtor de Água no Pipiripau, exemplo de sucesso na integração entre conservação ambiental e desenvolvimento sustentável. A iniciativa surgiu em 2011 para promover a preservação da bacia hidrográfica Ribeirão do Pipiripau, utilizada tanto para o abastecimento urbano como para a atividade rural. As ações contribuem com a infiltração da água no solo, a recarga do lençol freático e a redução do escoamento superficial, minimizando processos erosivos e assoreamento. O trabalho é coordenado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) por meio da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa), em parceria com 13 instituições. Já foram firmados 235 contratos com agricultores da região, abrangendo o núcleo Rural Pipiripau, o Núcleo Rural Taquara e o Núcleo Rural Santos Dumont, em Planaltina. Para este ano, estão previstos mais 50 acordos. Os núcleos rurais Pipiripau, Taquara e Santos Dumont são alguns em que a Adasa, em conjunto com 13 instituições, levou medidas de preservação da água | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Em mais de uma década de atividade, houve readequação de 134 km de estradas rurais, construção de 1.316 barraginhas, construção e manutenção de 1.160 hectares de terraços, plantio de mais de 410 mil mudas nativas do Cerrado para recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs), semeadura direta em 29 hectares, instalação de 42 km de cercas, tubulação do canal de irrigação Santos Dumont e criação de programas educativos. Conforme estimativa da Adasa, o investimento nas ações chega a R$ 30 milhões, provenientes de diversas fontes. “O projeto está dividido em dois eixos. O primeiro corresponde ao pagamento pela proteção dos recursos hídricos de acordo com o projeto de cada propriedade. O segundo engloba as ações das entidades parceiras para conservação do meio ambiente. Nesse sentido, a tubulação do canal foi uma das mais importantes, já que agora todas as propriedades têm acesso à água e a Caesb fica com o volume outorgado para abastecimento de Sobradinho e Planaltina”, explica o assessor da Superintendência de Planejamento e Programas Especiais da Adasa, Israel Pinheiro Torres. Israel Pinheiro Torres: “O projeto fortalece a governança hídrica e a cooperação entre instituições e produtores rurais, garantindo segurança para o abastecimento público e para as atividades agrícolas, essenciais para a economia local” O assessor técnico lembra que, antes do Produtor de Água, a bacia do Pipiripau enfrentou desafios ambientais e hídricos significativos, especialmente nos períodos de seca. Segundo ele, as principais causas desse cenário foram a manipulação ambiental, a escassez de cobertura vegetal nativa e o uso inadequado do solo. “Os resultados vão além da recuperação ambiental: o projeto fortalece a governança hídrica e a cooperação entre instituições e produtores rurais, garantindo segurança para o abastecimento público e para as atividades agrícolas, essenciais para a economia local”, afirma. Biodiversidade e consciência ambiental O produtor rural Joceilson Alves de Souza, 53 anos, foi um dos primeiros a aderir o projeto de conservação da água e do solo. Na época, ele estava criando uma agrofloresta na propriedade e encontrou na iniciativa o apoio técnico necessário. “O objetivo é proteger a terra para que a água da chuva seja retida no lençol freático, como uma esponja. Uma prova de que está dando certo é que este ano, pela segunda vez consecutiva, surgiu uma nascente, mostrando que tem água aqui embaixo”, conta. Pelo segundo ano consecutivo, uma nascente surgiu na propriedade de Joceilson de Souza Joceilson também participa do Produtor de Água Mirim, projeto que leva estudantes de escolas públicas e privadas para uma imersão no campo. As turmas têm a oportunidade de plantar mudas de árvores e aprender sobre a preservação do meio ambiente. “O projeto é uma forma de trazer para os produtores o pertencimento ao meio ambiente, a consciência de que cada um deve ter a responsabilidade de preservar a vegetação, bem como cuidar do lixo, e é muito importante ensinar isso às crianças”, observa. O produtor Rodinaldo Xavier, 61, também tem uma chácara no Núcleo Rural Taquara e conta que sempre buscou preservar o local. No entanto, foi a partir de 2012, quando aderiu à iniciativa, que obteve os melhores resultados. O quintal do agricultor tornou-se uma floresta a partir do plantio de mudas fornecidas pelo projeto e, hoje, concentra diversas nascentes e espécies de animais. “A biodiversidade aumentou muito por conta do projeto, que trouxe milhares de mudas e me ajudou em um processo que seria trabalhoso e dispendioso”, diz Rodinaldo. “Tenho muito cuidado com a natureza daqui da propriedade, já que não é só plantar. Estamos atentos ao fogo, que é devastador, e pode, em minutos, transformar um trabalho de 20 anos em cinzas. Com a preservação, eu ganho qualidade de vida, biodiversidade, e a sociedade ganha água limpa, que não seca.” Rodinaldo Xavier: “A biodiversidade aumentou muito por conta do projeto, que trouxe milhares de mudas e me ajudou em um processo que seria trabalhoso e dispendioso” Esforço conjunto O Produtor de Água do Pipiripau é reconhecido internacionalmente e serve de inspiração para outras unidades da Federação. O sucesso é resultado do trabalho das 14 instituições envolvidas. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), por exemplo, atua com a divulgação da iniciativa aos produtores, com o auxílio na elaboração dos documentos necessários para participação e com o apoio técnico para implantação das práticas de conservação. “A água que chega às nossas torneiras começa no campo e garantir qualidade e disponibilidade é um compromisso que envolve todos nós” Iclea Silva, engenheira ambiental da Emater “A água que chega às nossas torneiras começa no campo e garantir qualidade e disponibilidade é um compromisso que envolve todos nós”, ressalta a engenheira ambiental da Emater-DF e uma das responsáveis pelo Produtor de Águas do Pipiripau pela empresa, Iclea Silva. “Esse projeto mostra que a conservação ambiental e a produção rural podem caminhar juntas, trazendo benefícios para quem cuida da terra e para toda a sociedade. Cuidar das nascentes e preservar as bacias hidrográficas é investir no futuro da água e na sustentabilidade do Distrito Federal.” Os agricultores participam voluntariamente e são recompensados financeiramente pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Desde 2013, já foram pagos mais de R$ 3,4 milhões, sendo cerca de 70% repassados entre 2019 e 2024. Para os próximos cinco anos, está previsto investimento de R$ 5 milhões na remuneração dos participantes do projeto, com repasses anuais de R$ 1 milhão. Presente nas reuniões de construção do projeto, o engenheiro florestal da Caesb, Fábio Bakker, afirma que houve um amadurecimento nas ações de preservação ao longo dos anos. “A agricultura e o saneamento agora são parceiros na gestão da água, são parceiros na produção de água, se ajudam para que esse bem comum para alimento e água, condições fundamentais para a nossa sobrevivência, estejam juntos nesse processo”, observa. “O projeto do Pipiripau nos deu espaço para, durante a crise hídrica, estabelecer um diálogo mais harmônico e aberto com os agricultores.” A Caesb está à frente do projeto Produtor de Água no Descoberto, criado em 2019. Assim como ocorre no Pipiripau, a ideia é tornar a bacia do Alto Descoberto uma referência em produção sustentável de água e alimentos, garantindo segurança hídrica e preservando a vegetação nativa. Neste ano, serão investidos R$ 2 milhões no plantio de 13.570 mudas nativas do cerrado em uma área de aproximadamente 14 hectares, reforma de estradas rurais e instalação de sistemas de esgotamento sustentável.
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Produtores rurais de Planaltina aprendem técnicas para aproveitar frutas e evitar desperdício
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) promoveu nesta semana um curso de técnicas para aproveitamento de frutas para produtores do Núcleo Rural Santos Dumont, em Planaltina. O objetivo é ajudar a reduzir o desperdício dos alimentos, oferecendo outras possibilidades para consumo e até para a venda. “É uma forma de aproveitar as frutas, principalmente na época de safra, porque há muita perda, sobretudo de manga, acerola e goiaba. Então, a gente ensina as técnicas básicas para conservação para que eles [os produtores] possam aproveitar melhor essas frutas nesses períodos. Eles conseguem incrementar a alimentação da família e, quem sabe, ali no futuro, até vender algum produto processado”, explicou Sandra Evangelista, economista doméstica e extensionista da Emater. No curso, os produtores rurais aprendem a fazer compotas, geleias e doces cremosos, em massa e cristalizados | Fotos Joel Rodrigues/Agência Brasília No conteúdo do curso estão técnicas de conservação caseira, como compotas, geleias e doces cremosos, em massa e cristalizados. Os produtores também aprendem sobre o processamento das frutas, os benefícios delas para a alimentação familiar e boas práticas de fabricação — segurança alimentar e higienização do ambiente, dos alimentos e dos manipuladores. A Emater-DF costuma promover cursos como esse em suas sedes. Mas também tem levado as aulas para as comunidades, a fim de facilitar a vida dos produtores. “A gente sempre tem pedidos para realização de curso em diversas comunidades. Às vezes, as donas de casa, os produtores e os habitantes da região têm dificuldade para ir para um local mais distante. Então, a gente pensou em trazer o curso para comunidade para dar mais possibilidade para essas pessoas que têm dificuldade”, apontou Sandra. Guilherme Pereira: “A Emater do DF é referência em outros estados, porque ela faz um trabalho muito bom, muito importante para as famílias” Os participantes aprovaram a ação. “Eu sou recém-formado em agronomia. A gente veio para cá há pouco tempo, e a fruticultura é uma área de que eu realmente gosto muito, tenho interesse e pretendo produzir frutas. Por conta da variação de preço [dos alimentos in natura], a gente busca outras formas de agregar mais valor”, observou o produtor Guilherme Pereira, que ainda ressaltou a importância da Emater. “Desde o início, quando você vai preparar a terra para plantar, eles têm um apoio. Agora também estou conhecendo esse lado do beneficiamento dos produtos. Eles têm uma importância muito grande aqui, e eu sei que a Emater do DF é referência em outros estados, porque ela faz um trabalho muito bom, muito importante para as famílias.” Já a produtora Helena Bazinga nasceu na Ilha da Madeira, em Portugal, mas vive há quatro anos no Núcleo Rural Santos Dumont. Além da redução do desperdício e da possibilidade de garantir uma renda extra com a venda dos produtos, ela citou outros benefícios do curso: “São técnicas que se perderam. Os nossos avós faziam, e isso se perdeu nas gerações. Aos poucos a gente vai recuperando. Também é uma maneira de a gente conviver com nossos vizinhos e fazer uma coisa que todo mundo gosta. Quem não gosta de doce?”
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Núcleo Rural Santos Dumont fica sem energia nesta quinta (8) para poda de árvores
Nesta quinta-feira (8), o Núcleo Rural Santos Dumont, Chácara 132, em Planaltina, ficará sem o fornecimento de energia das 10h às 16h. O desligamento é para que sejam realizados, com segurança, os serviços de poda de árvore na região. Além dos desligamentos programados, pode acabar a energia em outra região do Distrito Federal. Neste caso, a população deve registrar a ocorrência pelo telefone 116. Clientes com deficiência auditiva e de fala podem acessar o atendimento pelo 0800 701 01 55, desde que utilizem aparelho adaptado.
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Desligamento programado de energia nesta quinta (23) em Planaltina para podas de árvores
As equipes do Governo do Distrito Federal (GDF) vão realizar uma série de serviços de poda de árvores em Planaltina. Para garantir a segurança dos funcionários, será realizado o desligamento de energia nesta quinta-feira (23), das 9h às 15h. As quadras a serem afetadas são do Núcleo Rural Santos Dumont, chácaras 74, 75, 77, 78, 79, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 101, 102, 103, 104, 107, 108, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116, 117, 118, 119, 121, 126, 127, 128, 132, 133, 134 e 135. Além dos desligamentos programados, pode acabar a energia em outra região do Distrito Federal. Neste caso, a população deve registrar a ocorrência pelo telefone 116. Clientes com deficiência auditiva e de fala podem acessar o atendimento pelo 0800 701 01 55, desde que utilizem aparelho adaptado para essa finalidade. Clientes com deficiência auditiva e de fala podem acessar o atendimento pelo 0800 701 01 55, desde que utilizem aparelho adaptado para essa finalidade.
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Produtores rurais de Planaltina participam de Dia de Campo sobre energia solar
O escritório local da Emater-DF em Planaltina mobilizou um grupo de 25 produtores rurais da região para um Dia de Campo sobre o tema Energia Fotovoltaica: implantação racional e usos viáveis para a agricultura – fazer e economizar de verdade. O evento foi realizado quinta-feira (14), no Viveiro Oliveira, no Núcleo Rural Santos Dumont, e teve o objetivo de disseminar a tecnologia, que cada vez mais atrai o interesse por mais informações e acesso por parte dos agricultores familiares. O encontro foi uma oportunidade para que os produtores rurais tivessem informações atualizadas sobre os tipos de energia solar, eficiência, usos dos sistemas e viabilidade econômica | Foto: Divulgação/Emater-DF Coordenado pela extensionista rural da Emater-DF, Gesinilde Santos, e pelo coordenador da política de Incentivo à Energias Renováveis da Emater-DF, Tupac Petrillo, o encontro foi uma oportunidade para que os produtores rurais tivessem informações atualizadas sobre os tipos de energia solar, eficiência, usos dos sistemas e viabilidade econômica. Tupac explicou tecnicamente sobre os cuidados com as aquisições, contratos de execução da instalação, perigos de mercado e relação institucional com as concessionárias de energia. Ademais, ele abordou a necessidade de dimensionar corretamente o projeto, com a responsabilidade de um profissional habilitado, como engenheiro elétrico, e explanou sobre a diferença entre sistemas conectados e ilhados, on-grid e off-grid, respectivamente. O sistema on-grid é quando as placas estão ligadas à rede pública de distribuição elétrica. Já o sistema off-grid funciona sem ligação à rede elétrica, com uso de baterias próprias. A Política de Incentivo às Energias Renováveis da Emater-DF foi criada com o objetivo de levar a tecnologia de energia solar para as propriedades rurais do DF “Além de dar explicações técnicas que envolvem toda a implantação de um sistema de energia fotovoltaica na propriedade rural, foi um momento também de tirar todas as dúvidas sobre o tema e ainda a oportunidade do produtor conhecer na prática um sistema já instalado e em funcionamento numa propriedade visitada pelo grupo”, informou Tupac Petrillo. As informações sobre as possibilidades de financiamento dos sistemas fotovoltaicos e as linhas de crédito possíveis para os produtores rurais foram apresentadas pela extensionista Gesinilde Santos. “O Dia de Campo foi muito positivo, vemos um interesse expressivo por parte dos produtores em relação a essa tecnologia. Dessa forma, foi mais fácil conversar, levar dados e mobilizá-los para a divulgação e disseminação da tecnologia, cada vez mais atraente para o agricultor familiar”, declarou. Incentivo às energias renováveis A Política de Incentivo às Energias Renováveis da Emater-DF foi criada com o objetivo de levar a tecnologia de energia solar para as propriedades rurais do DF. Para isso, fornece apoio técnico institucional na implantação de usinas fotovoltaicas em sistema de geração distribuída, que entraram em funcionamento a partir de 2020. Para disseminar a tecnologia entre os produtores, a Emater-DF os orienta tecnicamente quanto à implantação do sistema fotovoltaico nas propriedades, às empresas de geração de energia estrangeiras, os sistemas de compensação energética de empresa e à propriedade rural em relação a microgeração distribuída ou ilhada. Por meio da política, a Emater-DF instalou o primeiro sistema fotovoltaico em escola pública do DF, o primeiro sistema on-grid com bateria para piscicultura e o primeiro sistema coletivo de bombeamento fotovoltaico off-grid no Assentamento Estrela da Lua, tornando-se o primeiro da região Centro-Oeste. *Com informações da Emater-DF
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Desligamento programado de energia afeta quatro cidades nesta terça (4)
Endereços de quatro cidades do Distrito Federal ficarão, temporariamente, sem energia nesta terça-feira (4). O motivo são intervenções na rede elétrica, tais como manutenção e modernização de rede, além de poda de árvores. Serão afetados Itapoã, Núcleo Bandeirante, Planaltina e Sobradinho II. A partir das 9h, ficam sem energia as quadras 10, 203, 307, 321, 322, de 324 a 326, 326-A, 327, 335, 336, de 339 a 344, 354, 359 e 361 do Condomínio Del Lago, no Itapoã, para modernização de rede. A previsão é de que o fornecimento seja restabelecido a partir das 16h. A poda de árvores será no Núcleo Bandeirante e em Planaltina. Das 9h às 13h, ficam sem energia os lotes 2, 3, 4, 6-A, 8 e 9 da Estação Ferroviária; e o Conjunto A, da Quadra 2 do SIDB, das 14h às 18h. A partir das 10h, o desligamento afetará o Núcleo Rural Santos Dumont, chácaras 130 e 136. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em Sobradinho II, a manutenção de rede deixa sem energia o Condomínio Ipanema, DF-425, km 2, quadras de 1 a 9 e ruas de 1 a 3 e de 5 a 7, das 20h às 22h. Além dos desligamentos programados, pode acabar a energia em outra região do Distrito Federal. Neste caso, a população deve registrar a ocorrência pelo telefone 116. Clientes com deficiência auditiva e de fala podem acessar o atendimento pelo 0800 701 01 55, desde que utilizem aparelho adaptado para essa finalidade.
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Irrigação com aproveitamento da gravidade traz economia a produtor rural
O agricultor Adão dos Santos passou a contar com um complexo de irrigação com base no declive do terreno em relação ao canal que banha a comunidade | Fotos: Divulgação / Emater-DF Um sistema de irrigação redimensionado pode trazer economias significativas ao produtor. Na prática, o casal Adão Tavares dos Santos e Terezinha Ribeiro dos Santos, do núcleo rural Santos Dumont (Região Administrativa de Planaltina), comprovou o que os extensionistas da Emater-DF têm divulgado. Ao instalar um complexo de irrigação com base no declive do terreno em relação ao canal que banha a comunidade, Adão aposentou as bombas que puxavam água do córrego e viu a conta de energia elétrica diminuir. [Olho texto=”“Agora, basta abrir as torneiras que a irrigação começa automaticamente, tenho muito mais tempo livre para trabalhar em outras atividades da chácara”” assinatura=”Adão Tavares dos Santos, agricultor” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com o engenheiro agrônomo Marcio Meirelles, do escritório da Emater-DF em Planaltina, o desnível do canal de irrigação — abastecido com água do Rio Pipiripau — até a chácara de Adão é de 45 metros, o equivalente a um prédio de 14 andares. “É uma descida e tanto, que faz com que a água chegue à propriedade com bastante pressão”, explica o extensionista. O método só foi possível graças à tubulação do canal, finalizada em 2020. “Estou muito satisfeito com esse novo sistema. Reduziu bastante minha conta de luz. Além disso, todo ano a bomba que puxava água queimava e o conserto era caro”, relata o produtor. Antes do novo complexo, ele aguava a lavoura com uma mangueira. “Agora, basta abrir as torneiras que a irrigação começa automaticamente, tenho muito mais tempo livre para trabalhar em outras atividades da chácara”, comemora. O modelo de irrigação é com aspersores. O extensionista Marcio Meirelles agora quer melhorar ainda mais o sistema de irrigação do produtor, aproveitando as condições naturais do terreno em favor da técnica A princípio, Adão não estava muito confiante quanto à proposta da Emater-DF. “Sugeri ao produtor que eu poderia comprar o equipamento e instalar. Ele se comprometeu em arcar com os custos se o resultado fosse bom. E, no fim, foi bastante positivo”, revela o técnico Marcio Meirelles. O valor do sistema com dez linhas de aspersão foi de pouco mais de R$ 2 mil — muito baixo em relação à economia que o sistema promove. [Olho texto=” “O uso da gravidade como otimizador para regar as lavouras, como pode ser feito no Santos Dumont, tem uso limitado no Distrito Federal por causa da planicidade do terreno. Mas onde pudermos aproveitar a natureza a nosso favor, vamos fazer. A próxima fase é concluir o redimensionamento do complexo da chácara”” assinatura=”Marcio Meirelles, engenheiro agrônomo da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Adão cultiva feijões e sorgo, mas já plantou milho, alface e outras hortaliças. Possui também algumas vacas — o sorgo é usado para alimentação do gado. “Consegui aumentar a produção e estou economizando também adubo e mão de obra”, acrescenta o produtor, que adquiriu a chácara de 5 hectares em 2004, depois de trabalhar como caseiro no Gama. Segundo Marcio Meirelles, a ideia agora é melhorar ainda mais o manejo do sistema de irrigação do produtor. “O uso da gravidade como otimizador para regar as lavouras, como pode ser feito no Santos Dumont, tem uso limitado no Distrito Federal por causa da planicidade do terreno. Mas onde pudermos aproveitar a natureza a nosso favor, vamos fazer. A próxima fase é concluir o redimensionamento do complexo da chácara”, conclui o técnico da Emater-DF. *Com informações da Emater-DF
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Energia suspensa em pontos de Planaltina e Taguatinga
Em função de serviços de manutenção preventiva, com substituição de poste e de componentes da rede elétrica, será temporariamente suspenso nesta terça (21) o fornecimento de energia em algumas localidades de Planaltina e de Taguatinga. Em Planaltina, a interrupção atingirá todo o Núcleo Rural Santos Dumont, das 9h às 12h. Já em Taguatinga, a energia elétrica estará suspensa das 9h às 13h nos conjuntos C e D da QNM 42. Serviços de manutenção da rede elétrica fazem parte da programação diária da Neoenergia Brasília e, eventualmente, demandam a necessidade de fazer o desligamento programado, por questões de segurança. Quando isso ocorre, a empresa avisa antecipadamente os clientes que serão afetados. Caso os trabalhos sejam concluídos antes do horário previsto, a rede será energizada sem aviso prévio, reduzindo assim o tempo em que os consumidores permanecerão sem energia elétrica. Em caso de falta de energia, a orientação é que o cliente registre ocorrência, preferencialmente pelos canais virtuais disponíveis. Urgências devem ser comunicadas pelo telefone 116; caso a pessoa esteja fora de Brasília, o acesso, gratuito, é pelo número 0800 061 0196. Também é gratuito o acesso a clientes portadores de deficiência auditiva e de fala, pelo número 0800 701 01 55, desde que utilizem aparelho telefônico adaptado para essa finalidade. *Com informações da Neoenergia Brasília
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Núcleo Rural Santos Dumont ganhará campo de grama sintética
Boa notícia para os moradores do Núcleo Rural Santos Dumont, em Planaltina: o tão esperado campo de futebol de grama sintética finalmente vai sair do papel. As obras, previstas para começar nos próximos dias, demandam recursos de R$ 1.105.928,95, verba originada de uma emenda parlamentar federal do ex-senador Hélio José. Com 90 m X 60 m, o campo terá um conjunto de traves oficiais de 7,32 m X 2,44 m, canaletas de drenagem, três metros de afastamento nas laterais, cinco metros de afastamento nos lados dos gols e escanteio, alambrado com portão de acesso, lixeiras para lixo reciclável e orgânico, além de grama natural ao redor campo. A localização do campo (Chácara 131, Rodovia DF-130, próximo à Escola Classe Mestre d’Armas) vai beneficiar diretamente instituições de ensino da área rural, assim como escolas do Vale do Amanhecer, que é uma Área de Regularização de Interesse Social (Aris). “A execução deste projeto é uma demonstração de como o Executivo local e os parlamentares distritais e federais podem trabalhar conjuntamente em prol da sociedade”, avalia a secretária-executiva de Obras e Infraestrutura, Virginia Sanchez. * Com informações da Secretaria de Obras e Desenvolvimento (SODF)
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Preservação de água em área rural recebe novas ações do governo
Fábio Issato, de 43 anos, é agricultor há mais de duas décadas. Ele conta que a falta de água suficiente para a produção, no Núcleo Rural Santos Dumont, em Planaltina, provocou perdas em 2016. Cobertura por lona garante a impermeabilização do poço, como ocorre na propriedade de Fábio Issato. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Para aproveitar ao máximo o recurso hídrico, o produtor é um dos moradores do local que recebem auxílio do governo para a implementação de poços impermeabilizados na propriedade. A ajuda do poder público vem da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). De acordo com o técnico agropecuário extensionista da Emater-DF Sizelmo da Silva Santana, o método utilizado garante que não haja nenhuma perda de água por infiltração. O poço é padrão, com cerca de 20 metros de raio e 1,5 metro de profundidade no centro. Depois de cavado, é coberto por uma lona. Esta, após ser colada e presa às laterais do buraco, recebe uma camada de terra para ficar protegida de ações naturais, como raios solares. Uma impermeabilização desse tipo dura cerca de 20 anos. O reservatório é abastecido pelo canal de irrigação do núcleo rural, que capta água da Bacia do Pipiripau. Até agora, três poços já estão concluídos. Outros 12 estão furados e serão impermeabilizados nos próximos dias, e três devem começar a ser feitos na semana seguinte. Santana acredita que mais produtores vão solicitar o serviço depois que perceberem os benefícios. O núcleo tem 87 propriedades. O técnico agropecuário extensionista da Emater-DF Sizelmo da Silva Santana afirma que a impermeabilização impede a perda de água por infiltração. Foto: Tony Winston/Agência Brasília No caso de Fábio Issato, a escavação substituirá outro poço, sem impermeabilização. A perda de água chegava a até 30% da capacidade. “Minha expectativa é que agora só esse tanque novo seja suficiente para a produção que já tenho.” As novas construções comportam cerca de 300 mil litros. Nas terras de Kinichi Nakamura, de 80 anos, o poço já está cheio e passa por avaliação. A medida é para garantir que não haja infiltração antes de o sistema de irrigação ser instalado e ficar pronto para uso. [Olho texto='”Depois que ele começar a usar, ainda passaremos um tempo medindo a vazão para ver se não está tendo realmente nenhum problema”‘ assinatura=”Sizelmo da Silva Santana, técnico agropecuário extensionista da Emater-DF ” esquerda_direita_centro=”direita”] “Depois que ele começar a usar, ainda passaremos um tempo medindo a vazão para ver se não está tendo realmente nenhum problema”, afirma o técnico agropecuário. As obras ocorrem por meio de parceria entre a Secretaria da Agricultura, que cede as máquinas; a Emater, com o acompanhamento técnico; e os produtores, que compram o material necessário. Outras medidas para economizar água O governo aguarda recurso para a impermeabilização de todo o canal que distribui água aos produtores. De acordo com o extensionista Santana, já existe um projeto pronto para que a passagem seja tubulada. O poço impermeável na propriedade de Kinichi Nakamura, de 80 anos, assegura água para manter a produção de batatas. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Para a economia do recurso hídrico na área rural, o planejamento ainda envolve, por exemplo, a mudança dos sistemas de irrigação por modelos mais eficientes e a adoção de medidas de retenção de água da chuva para enriquecer o solo e para ser usada na agricultura. Por meio do programa Produtor de Água, que beneficia os agricultores em toda a Bacia do Pipiripau, o governo investe na conservação de água e do solo com a adequação ambiental das estradas rurais — o centro da via é levantado para que a água corra pelas margens até um ponto de estocagem. Para isso, a Secretaria da Agricultura trabalha no Assentamento Oziel Alves 3 desde 15 de maio. Depois, o mesmo processo será feito em cerca de 40 quilômetros das estradas internas em propriedades do Núcleo Rural Pipiripau. Segundo o diretor de Infraestrutura Rural e Serviços, da secretaria, José Voltaire, as obras aumentam a durabilidade da estrada — porque diminuem a necessidade de manutenção —, reduzem o risco de erosões e garantem a melhoria da água. “Isso permite que se diminua o impacto de pequenas partículas nos córregos, provocando, por exemplo, o assoreamento.” Edição: Raquel Flores
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