Zoológico de Brasília vive ano histórico em 2025
O ano de 2025 marcou uma das fases mais significativas da história da Fundação Jardim Zoológico de Brasília. Além da celebração dos 68 anos da instituição, mais antiga que a própria capital federal, a equipe do Zoológico atuou em cerca de 70 nascimentos importantes para a conservação da fauna e fortaleceu sua presença no cenário internacional ao se tornar membro da Associação Mundial de Zoológicos e Aquários (Waza). Outro destaque foi a inauguração do aviário de imersão, novo espaço voltado à educação ambiental. Em 2025, o Zoológico de Brasília celebrou 68 anos, registrou cerca de 70 nascimentos, entrou para a Waza e inaugurou seu aviário de imersão | Fotos: Divulgação/Zoológico de Brasília Entre os nascimentos registrados estão um tamanduá-mirim, 12 jararacas-caiçacas, cerca de 50 filhotes de tigre-d’água-de-orelha-vermelha, dois filhotes de sauim-de-coleira, duas jacutingas, um macaco-bugio, uma aperema e um periquito-de-asa-amarela. “A chegada dos filhotes em 2025 é motivo de grande alegria para toda a equipe. Cada nascimento confirma que as práticas de manejo, cuidados veterinários e o comprometimento com a biodiversidade estão proporcionando condições adequadas para a reprodução e o bem-estar das espécies”, explica Wallison Couto, diretor-presidente da instituição. Todos os filhotes são acompanhados diariamente por uma equipe técnica multidisciplinar que atua em vários setores do Zoológico de Brasília, incluindo o Hospital Veterinário. O espaço também atende animais vítimas de incêndios e atropelamentos. Somente em 2025, foram realizados mais de dez mil procedimentos em animais do plantel e em animais externos sob cuidados humanos. Ao longo do ano, o Zoo registrou o nascimento de jararacas-caiçacas, jacutingas e tigres-d’água-de-orelha-vermelha, entre outros animais Ampliação do reconhecimento internacional e inauguração de novo espaço Outro marco foi a entrada do Zoológico de Brasília na Waza, consolidando a instituição entre as organizações reconhecidas globalmente pela conservação, pesquisa e bem-estar animal. Para Wallison Couto, o reconhecimento da Waza “representa o compromisso do Zoo de Brasília com os princípios dos zoológicos modernos, pautados pela conservação da biodiversidade, pela ciência e pelo cuidado ético com os animais”. Além disso, foi inaugurado o aviário de imersão, que abriga 15 espécies e 18 aves, todas brasileiras, além de borboletas e jabutis, em um ambiente compartilhado entre aves e répteis. O Zoológico de Brasília se destacou, ainda, pelos avanços em pesquisa e educação ambiental, com os programas Zoo Noturno, Zoo Experiência, Zoo Escolar e Zoo Convivências, voltados para o atendimento à comunidade. Ao longo do ano, cerca de 20 mil pessoas participaram das atividades imersivas, educativas e promotoras da cidadania ambiental. *Com informações do Zoológico de Brasília
Ler mais...
Filhotes de jararaca nascem no Zoológico de Brasília e fortalecem preservação ambiental
A maternidade do Zoológico de Brasília tem registrado diversos nascimentos de animais de várias espécies, um fenômeno que é possível graças ao trabalho multidisciplinar da equipe composta por veterinários, biólogos e tratadores que monitoram constantemente o comportamento dos animais, incluindo o período fértil, o acasalamento, a prenhez e o desenvolvimento das espécies. A novidade da vez são os 12 filhotes de jararaca-caiçaca, uma serpente típica do Cerrado e de grande importância ecológica e científica. Eles nasceram em 8 de abril deste ano e ainda não estão disponíveis para visitação, sendo monitorados e acompanhados em um ambiente específico e controlado. As serpentes que deram origem aos filhotes também nasceram no Zoológico, em novembro de 2014, o que mostra que os animais vivem em condições adequadas para se reproduzirem. Os pais da nova ninhada, o macho Cagaita e a fêmea Tati, podem ser visitados no Serpentário. A novidade da vez são os 12 filhotes de jararaca-caiçaca, uma serpente típica do Cerrado e de grande importância ecológica e científica | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O diretor-presidente da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, Wallison Couto, afirmou que o acontecimento é importante e motivo de comemoração, por demonstrar o cuidado e a dedicação das equipes têm com os animais, pois a reprodução de um animal dentro do Zoo aponta para um ambiente ideal em aspectos de cuidado, bem-estar e nutrição. Ele destacou, ainda, a importância da educação ambiental realizada no espaço, onde há a desmistificação do medo das serpentes. “Às vezes, a pessoa vem aqui e tem bastante medo. Com as visitas e o Zoo Experiência, que passa por esse setor também, a população consegue ter acesso aos animais e tirar um pouco desse receio, o que é importante porque há a possibilidade de encontrar esses animais na natureza. E a gente que está invadindo o espaço deles, não o contrário. Então ter esse cuidado e esse respeito com os animais é uma preservação”, observou. O Zoológico de Brasília recebeu, entre janeiro e março deste ano, mais de 153 mil visitantes. Muitos passaram pelo Serpentário e há quem não seja o maior fã dessas espécies, mas é capaz de levantar o principal ponto abordado em espaços de preservação como o Zoo: o respeito aos animais. É o caso do médico Bruno Costa, de 29 anos, que teve contato com um zoológico pela primeira vez em Brasília, vindo em uma visita do Maranhão com a família e passando no Serpentário. A coordenadora de Répteis do Zoológico de Brasília, Raiany Cruz, frisa que o manejo das serpentes é feito diariamente, com medição de temperatura, dieta balanceada e ambientações de acordo com o que o animal necessita em seu ambiente natural “Ver esses animais pessoalmente e de perto, que a gente normalmente vê em livro, foto ou na TV em documentário, é uma experiência muito bacana. Particularmente não sou o maior fã de serpentes, mas é importante a gente saber que, por mais que alguns sejam animais peçonhentos, a gente tem que ter respeito. Essa é a palavra, temê-lo, respeitá-lo e não causar mal a ele, porque dividimos o mesmo espaço e eles fazem parte da natureza, assim como nós”, destacou. Papel científico e ecológico Outro ponto importante das preservação das espécies é o interesse nos fármacos compostos com substâncias presentes no veneno das serpentes. Uma medicação muito importante e utilizada no mundo inteiro, que é o anti-hipertensivo Captopril, é feita a partir de propriedades do veneno de jararaca. Um trabalho essencial na área de pesquisa ambiental também é alcançado por meio desses animais, onde as equipes podem fazer o acompanhamento diário dos filhotes de forma que não seria possível na natureza, realizando pesagem, diferenciação das propriedades do veneno da fase juvenil para fase adulta e outros tipos de observações e registros que auxiliam no conhecimento geral da espécie. [LEIA_TAMBEM]A coordenadora de Répteis do Zoológico de Brasília, Raiany Cruz, frisa que o manejo das serpentes é feito diariamente, com medição de temperatura, dieta balanceada e ambientações de acordo com o que o animal necessita em seu ambiente natural - tudo para que as espécies tenham bem-estar e sejam gerados os filhotes. “Isso só é possível se o animal estiver com o comportamento, a nutrição e o bem-estar de forma alinhada. Se isso não estiver de acordo com o animal precisa, não acontece a reprodução”, explica a profissional. Raiany reforça, ainda, que o serpentário é um forte setor de dessensibilização sistemática, que consiste em tirar o medo da população em relação a esses animais, para evitar que a espécie seja ameaçada pela falta de conhecimento. “A gente mostra esse animal e coloca as pessoas de frente com eles para que entendam os comportamentos. Assim elas se sentem um pouco mais confortáveis quando o encontram diretamente na natureza, que vai estar ali apenas desempenhando as suas funções ecológicas. As serpentes, mesmo não sendo animais tão benquistos pela sociedade, têm um papel muito importante, porque em determinado momento servem de alimento para algumas espécies e em outros momentos fazem o controle biológico de algumas populações que se tornam pragas no ambiente”. Outros nascimentos Este ano, no dia 25 de janeiro, nasceu no Zoológico de Brasília o tamanduá-mirim Paçoca, filho da fêmea Pitica e do macho Jujubo, que também são pais do Amendoim, nascido em dezembro de 2023. Antes deles, a anta macho Pepino nasceu em 18 de janeiro de 2021, filho dos moradores do zoo Melão e Melancia, que chegaram órfãos ao DF e se reproduziram em cativeiro. No histórico de reprodução do zoológico estão, ainda, o filhote da espécie bugio-de-mãos-ruivas, nascido em 31 de agosto de 2020 e a girafa Ivelise, que nasceu com quase dois metros e pesando aproximadamente 70 quilos, na madrugada de 14 de novembro de 2010. A entrada no Zoo é gratuita nos feriados e domingos, conforme Decreto nº 47.009, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Nos demais dias, o ingresso varia entre R$ 5 (meia-entrada) e R$ 10 (inteira). O local fica aberto de terça-feira a domingo e nos feriados, das 8h30 às 17h.
Ler mais...
Madrugada de muitos partos no Hospital Regional de Santa Maria
A madrugada desta segunda-feira (8) foi bastante movimentada no centro obstétrico do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Ultrapassando a média de cinco a oito partos por plantão, até o meio da manhã de hoje foi realizado um total de 15 partos, sendo 13 normais e duas cesarianas. Hospital Regional de Santa Maria teve madrugada com uma quantidade de partos bem superior à média – foram 15 nascimentos até a metade da manhã desta segunda (8) | Foto: Divulgação/IgesDF “Foi um plantão atípico. Nosso serviço é referência para o atendimento de gestantes de alto risco na Região de Saúde Sul, pois temos UTI neonatal e adulto. Por conta disso, o número de partos cesáreas costuma ser quase 50%. Fora que a quantidade de partos foi bem maior do que a nossa média. Foi uma madrugada com muitos bebês chegando ao mundo”, avalia a chefe do centro obstétrico do HRSM, Priscila Pinheiro. “A laceração é algo que pode ocorrer no parto vaginal. Mas a maioria das lacerações que ocorre aqui é fisiológica, que preserva a saúde íntima da mulher” Priscila Pinheiro, chefe do centro obstétrico do HRSM Segundo ela, graças à equipe multiprofissional composta pelos técnicos de enfermagem, enfermeiros, fisioterapeutas e ginecologistas obstetras, a humanização na hora do nascimento é uma realidade no Hospital Regional de Santa Maria e, por conta disso, o número de lacerações patológicas – que aumentam as chances de disfunções pélvicas como dor, incontinência urinária e disfunção sexual – é bem pequeno. “A laceração é algo que pode ocorrer no parto vaginal. Mas a maioria das lacerações que ocorre aqui é fisiológica, que preserva a saúde íntima da mulher. Em janeiro foram 124 partos normais e somente três tiveram lacerações patológicas. Já em fevereiro, de 113 partos normais, só duas pacientes tiveram as lacerações patológicas”, explica. “Respeitamos a posição que a paciente se sente melhor para parir, fazemos massagem, oferecemos banqueta, cama… Ela é quem escolhe a posição que sente menos dor” Geisielle Cavalcante, coordenadora do Hospital Amigo da Criança no HRSM Segundo a coordenadora da iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) no HRSM, Geisielle Cavalcante, o hospital conta com o Cuidado Amigo da Mulher e prioriza a liberdade de movimento durante o trabalho de parto, com diminuição de intervenções, analgesia não farmacológica, exercícios para redução da dor, banho quente e massagem. “Os partos com episiotomia acontecem muito raramente e depende bastante do caso, o que demonstra a humanização na hora do parto, um dos pilares para conquistar o selo IHAC. Além disso, respeitamos a posição que a paciente se sente melhor para parir, fazemos massagem, oferecemos banqueta, cama… Ela é quem escolhe a posição que sente menos dor”, destaca Geisielle. Experiência Layze dos Santos, de 23 anos, disse que conseguiu ter seu filho, o pequeno Endrick, do jeito que planejou. “Apesar da dor intensa, a equipe de enfermagem deu todo o suporte e, como trouxe uma doula de acompanhante, foi bem confortável. Me ajudaram a controlar a dor e, com isso, meu parto foi tranquilo. Mantive meu períneo íntegro”, relata a paciente. Daniela Cordeiro, de 27 anos, teve um trabalho de parto longo, com mais de 11h de duração. Apesar de em alguns momentos achar que não teria mais forças para continuar, conseguiu dar à luz na posição que achava mais confortável e não teve nenhum tipo de laceração. Já Francisca Maria Rodrigues, de 31 anos, chegou ao HRSM por volta das 2h da madrugada e seu filho, Francisco Paulo, nasceu duas horas depois. “O parto foi mais rápido do que eu imaginei. Pedi a Deus a chance de ter um parto normal durante toda a gravidez e consegui. A dor foi sobrenatural, mas depois que ele nasceu, passou. A equipe foi maravilhosa e me deu todo o suporte que precisava. Tive meu filho deitada de lado”, conta. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Taxa de fecundidade do DF registra queda de 7% em 2022
Em alusão ao Dia das Mães, comemorado no Brasil no próximo domingo (14), o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) lançou o Informe Demográfico: Nascimentos e o Perfil das Mães no DF, contendo dados sobre o número de nascimentos na capital antes, durante e após o período mais crítico da pandemia de covid-19. O período crítico da pandemia foi o que registrou menor número de nascimentos | Foto: Arquivo/Agência Saúde Entre 2011 e 2022, o número de filhos nascidos de mães residentes no DF apresentou uma considerável redução, principalmente no período pandêmico de 2021 e no pós auge pandêmico de 2022. No primeiro ano avaliado, esse quantitativo era de 43.469, e no último ano do comparativo, de 35.136 – ou seja, foram menos 8 mil nascimentos nesse período. A Taxa de Fecundidade Total (TFT) no DF entre 2011 e 2019 caiu 4%. Já em 2021, essa porcentagem foi 2,5 vezes maior, apresentando queda de 10%. Em 2022, o comportamento de queda seguiu persistente. No entanto, contraposto ao ano anterior (2021), foi de 7%. Quando comparado à média nacional, a capital federal apresentou a menor TFT em 2021. Nesse mesmo ano, as taxas de fecundidade em todas as 27 unidades da Federação variaram entre 1,45% (DF) e 2,40% (Roraima). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Fecundidade por faixa etária Em todos os anos avaliados, foi possível notar que houve um aumento no número médio de filhos de mulheres do grupo de 40 a 44 anos e redução nos de 15 a 19 e de 20 e 24. Entre as mães adolescentes de 15 a 19 anos, a queda foi de 53%, passando de 50 para 24 filhos nascidos vivos a cada 1 mil mulheres. Por outro lado, o aumento para o maior grupo de 40 a 44 anos foi de 23%. Mães por região administrativa A maior proporção de mães adolescentes entre 15 e 19 anos se encontra nas regiões administrativas (RAs) de menor renda, como SCIA/Estrutural, Sol Nascente/Pôr do Sol e Varjão, enquanto a menor proporção para essa faixa etária é observada em regiões de renda alta, como Lago Sul, Sudoeste/Octogonal e Jardim Botânico. O mesmo comportamento para as mães de 20 a 29 anos. [Olho texto=”Partos por cesárea representaram mais de 55% do total desses procedimentos em 2022″ assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Já a maior concentração de mulheres de 40 a 44 anos com filhos nascidos vivos está nas regiões de alta renda (Lagos Sul e Norte e Sudoeste/Octogonal), assim como a das mulheres em idade avançada para o período reprodutivo (40 a 49 anos). Os partos Segundo dados do Sistema de Informação sobre nascidos vivos do Ministério da Saúde, em 2022, 55,7% dos partos no Distrito Federal foram do tipo cesáreo. As regiões administrativas Lago Sul e Sudoeste/Octogonal foram as que mais aderiram às cesáreas. Nelas, mais de dois terços dos partos foram cirúrgicos com 69% e 66,5%, respectivamente. Em relação ao chamado parto normal, se destacam as RAs com menores rendas, como Pôr do Sol/ Sol Nascente (59,3%) e SCIA/Estrutural (56,1%). Acesse o informe. *Com informações do IPEDF
Ler mais...