Webpalestra debate riscos da nicotina e dos cigarros eletrônicos
Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, que é lembrado em todo o país em 29 de agosto, a Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep), do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), vai promover a webpalestra A nova face do velho inimigo: a história da nicotina. O evento será realizado no dia 28 de agosto, das 14h às 16h, e terá transmissão ao vivo pelo canal do IgesDF no YouTube. A iniciativa tem como objetivo contar a trajetória da nicotina ao longo da história, desde os primeiros usos do tabaco até os desafios atuais com a popularização dos cigarros eletrônicos, destacando os impactos no consumo, na saúde pública e os riscos decorrentes associados aos dispositivos eletrônicos para fumar. A iniciativa tem como objetivo contar a trajetória da nicotina ao longo da história | Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde DF A palestra será conduzida pela pneumologista e chefe da Unidade de Pneumologia do Hospital de Base, Nancilene Melo, referência no tratamento e prevenção de doenças respiratórias. O encontro é voltado para profissionais e estudantes da área da saúde, além de demais interessados no tema. A participação é gratuita e as inscrições podem ser feitas neste link. Serviço Webpalestra: A nova face do velho inimigo – A história da nicotina Data: 28 de agosto de 2025 Horário: 14h às 16h Local: Online – YouTube do IgesDF Público-alvo: Profissionais e estudantes da saúde e interessados no tema Inscrições neste link *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Cigarros eletrônicos: o vício da nicotina camuflado de sabores
Eles surgiram em 2014 como alternativa para quem queria parar de fumar mas não conseguia encarar os tratamentos usuais. O que era pra ser um instrumento inofensivo foi, ao longo dos anos, ganhando ingredientes novos, muitos sabores e uma dose de nicotina mais viciante que os cigarros convencionais. [Olho texto=”“Mesmo sem combustão, é um produto proibido que surgiu como porta de saída para a dependência, mas que virou a porta de entrada para o vício”” assinatura=” André Godoy, diretor da Diretoria de Vigilância Sanitária” esquerda_direita_centro=”direita”] Conhecidos como vape, smok, pen drive ou “caneta” – em razão do seu formato –, os cigarros eletrônicos têm cada vez mais adeptos, causando muitos malefícios à saúde. O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa), vem fechando o cerco contra a venda desses dispositivos e apreendeu, de setembro de 2021 a agosto de 2022, mais de 43 mil cigarros eletrônicos, acessórios, insumos e correlatos. “Mesmo sem combustão, é um produto proibido que surgiu como porta de saída para a dependência, mas que virou a porta de entrada para o vício”, informa o diretor da Divisa, André Godoy. Os vapes trazem corantes e sabores, substâncias da indústria alimentícia que não deveriam ser filtradas pelos pulmões | Foto: Divulgação/Ministério da Saúde A Secretaria de Saúde, por sua vez, conta com 62 unidades básicas de saúde (UBSs) cadastradas para o tratamento de tabagismo. Para saber quais são elas, acesse aqui ou ligue 136. Além disso, promove ações preventivas com bate-papos em escolas para alertar as crianças e os jovens sobre os riscos por trás dessa fumaça odorizada que atrai usuários, principalmente, entre 13 e 17 anos de idade. O cigarro eletrônico não tem alcatrão, mas estudos do Instituto de Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc) comprovaram que a fumaça do produto contém propilenoglicol, uma substância cancerígena. Quando serve de diluente para a nicotina e é vaporizada e inalada, libera o formaldeído em concentrações cinco a 15 vezes maiores do que as encontradas nos cigarros tradicionais. [Olho texto=”“Costumo dizer que os pulmões não comem. Eles servem para a passagem do ar, de preferência de boa qualidade. Receber esses componentes que não deveriam ser levados até eles é um fator que causará problemas pulmonares no futuro”” assinatura=”Nancilene Melo, pneumologista e RTD de tabagismo da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com a pneumologista e referência técnica distrital (RTD) de tabagismo da Secretaria de Saúde Nancilene Melo, os vapes trazem corantes e sabores – como cappuccino, menta, banana e até crème brûlée –, substâncias da indústria alimentícia que não deveriam ser filtradas pelos pulmões. “Costumo dizer que os pulmões não comem. Eles servem para a passagem do ar, de preferência de boa qualidade. Receber esses componentes que não deveriam ser levados até eles é um fator que causará problemas pulmonares no futuro”, alerta a médica. A especialista ressalta que esses componentes saborizantes amenizam a sensação agressiva da nicotina, uma droga psicoativa com alto poder viciante e uma das mais difíceis de se tratar a dependência.
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