Zoo inaugura tanque de água para onças-pintadas
O Zoológico de Brasília dá mais um passo em seu compromisso com o bem-estar animal inaugurando um tanque de água projetado para as onças-pintadas George e Peter. A nova estrutura atende as necessidades comportamentais e fisiológicas desses felinos. As onças-pintadas são conhecidas pela afinidade natural com a água e pela habilidade de nadar. A introdução do tanque de água é essencial para proporcionar um ambiente que estimule tanto o aspecto físico quanto o mental dos animais. O novo tanque atende necessidades físicas e mentais dos irmãos Peter e George | Fotos: Divulgação/ Zoológico de Brasília “Além de ser um meio de exercício que contribui para a manutenção da musculatura e melhora da circulação, o acesso à água oferece aos felinos uma forma de alívio do calor durante os dias mais quentes”, comentou o diretor-presidente do Zoológico de Brasília, Wallison Couto. Para George e Peter, a presença do tanque de água não só enriquece a rotina, apresentando uma aproximação do habitat natural, mas também é essencial para garantir que tenham uma vida saudável e feliz no zoológico. Resgate Peter e George chegaram filhotes a Brasília após resgate em área de incêndio no Mato Grosso Os irmãos George e Peter chegaram ao Zoológico de Brasília em outubro de 2021, por recomendação do programa de conservação da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Originários de uma região afetada por queimadas no Mato Grosso, os filhotes foram resgatados órfãos, deixados desamparados em meio ao cenário das chamas. Ao chegarem ao Zoo de Brasília, os pequenos felinos foram recebidos com cuidado e dedicação pela equipe de especialistas em fauna selvagem. Atualmente, fazem parte dos projetos de conservação e educação ambiental do Zoo. *Com informações do Zoológico de Brasília
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Projeto para monitorar grandes mamíferos mapeou 32 espécies no DF desde 2014
O Cerrado é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do país. Em mamíferos, por exemplo, das 650 espécies presentes no Brasil, 194 têm ocorrência por aqui, o que nos deixa atrás apenas da Amazônia e da Mata Atlântica. O Projeto de Monitoramento de Médios e Grandes Mamíferos Silvestres, iniciativa do Instituto Brasília Ambiental, tem, entre outras coisas, o objetivo de mapear e entender o comportamento dos animais | Fotos: Reprodução de monitoramento do Brasília Ambiental Preservar essas espécies é uma tarefa árdua que depende, entre outras coisas, de mapear e entender o comportamento dos animais. Foi com esse intuito que nasceu o Projeto de Monitoramento de Médios e Grandes Mamíferos Silvestres, iniciativa do Instituto Brasília Ambiental, que completa 10 anos em 2024. Tudo teve início com relatos da presença de uma onça-pintada na Estação Ecológica de Águas Emendadas, em Planaltina. O Brasília Ambiental, então, começou o monitoramento e, em 9 de outubro de 2014, fez o primeiro registro oficial da espécie nos limites do Distrito Federal. Animais como tamanduá-bandeira, anta e lobo-guará, flagrados por meio de armadilhas fotográficas, estão entre dez espécies vulneráveis à extinção Desde então, outras 32 espécies, sendo dez vulneráveis à extinção, como tamanduá-bandeira, anta e lobo-guará, foram flagradas por meio de armadilhas fotográficas. Inicialmente restrito à Estação Ecológica de Águas Emendadas, o projeto foi levado também a outras duas unidades de conservação, o Parque Ecológico dos Pequizeiros e a Área de Proteção Ambiental de Cafuringa, graças a uma parceria com a ONG Jaguaracambé, firmada em fevereiro deste ano. “A gente entende que esse é um estudo que deve ser contínuo ao longo do tempo e que ele deve perdurar até a gente conseguir entender a distribuição das espécies no território do DF, bem como identificar os caminhos que elas percorrem entre as unidades de conservação, porque elas não ficam restritas só a um lugar”, afirma Marina Motta, servidora da Gerência de Fauna do Brasília Ambiental e responsável pelo projeto. Marina explica, ainda, que as armadilhas fotográficas contam com bateria e sensor de movimento que faz com que elas capturem uma imagem toda vez que um animal passar pela frente. Hoje, são cerca de 20 espalhadas pelo DF. Os materiais são recolhidos mensalmente. Além de ajudar a fomentar as políticas do Brasília Ambiental, os dados têm servido de base para pesquisas acadêmicas sobre a fauna do Cerrado. “A armadilha fotográfica comprova que a vida existe. A partir daí, a gente vê qual atitude deve tomar para que ela possa se proliferar”, aponta o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. “Esses animais são vulneráveis demais. Eles sofrem muito com atropelamentos, com a caça predatória, e isso nos preocupa muito. Por isso a importância desse trabalho de monitoramento”, acrescenta. Os mamíferos têm papel chave na manutenção do equilíbrio da biodiversidade. Enquanto os carnívoros controlam a densidade de suas presas, os herbívoros agem sobre a flora, no consumo de frutas e consequente dispersão de sementes.
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Zoológico de Brasília recebe ursa ameaçada de extinção
Mais recente moradora do Zoológico de Brasília, a ursa Liz, da espécie urso-de-óculos, veio de Salvador (BA) para encontrar Ney, seu novo e primeiro parceiro, para fins de reprodução e conservação da espécie. Sob cuidados do Zoo de Brasília desde 2017, Ney foi escolhido após pesquisa científica genealógica dos ursos nos zoológicos brasileiros. Devido à maior variabilidade genética entre os dois indivíduos, recomendou-se o seu pareamento com a Liz. A expectativa é que o casal integre programas internacionais para a conservação da espécie. Com cerca de 60kg, Liz desembarcou em Brasília graças à parceria com a Latam Cargo e a Inframerica, sem custo. O urso-de-óculos é a única espécie desse animal cuja ocorrência é na América do Sul. Atualmente, encontra-se ameaçada de extinção pela perda gradual de habitat, o que a torna dependente de esforços em cativeiro para não desaparecer. Algumas estimativas sugerem que existam menos de cinco mil indivíduos na natureza, mas é uma espécie que se reproduz bem sob cuidados humanos, o que aumenta as expectativas no casal. Liz veio da Bahia especialmente para encontrar Ney. Expectativa é que o casal contribua para a preservação da espécie, ameaçada de extinção. Fotos: Marcella Lasneaux/Zoológico de Brasília “A chegada da Liz tem o objetivo de contribuir efetivamente para a conservação da espécie por meio da reprodução em cativeiro. O nosso objetivo é que tanto Liz quanto Ney e seus filhotes façam parte dos programas de conservação internacionais. Se tudo der certo na reprodução, a gestação ocorre em sete meses, com um a três filhotes”, afirma o diretor de Mamíferos do Zoológico de Brasília, Filipe Reis. Durante aproximadamente 30 dias, Liz ficará em quarentena em um recinto temporário, fora da área de visitação, para que sejam realizados todos os exames clínicos e comportamentais necessários. O recinto foi ambientado para acolher a fêmea, com estruturas que remetem a seu habitat, para garantir o seu bem-estar durante os cuidados do zoológico. Enquanto isso, a da equipe técnica elabora estratégias de aproximação entre os dois indivíduos para que dê tudo certo no primeiro encontro. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Parceria Em setembro deste ano, o programa Avião Solidário da Latam, trouxe, de Mato Grosso, para o Zoológico de Brasília dois filhotes de onça-pintada, encontrados debilitados em uma propriedade rural, e um de lobo-guará, também órfão, resgatado em uma região de queimada. Criado pela empresa aérea há 10 anos, o programa já colaborou, no Brasil, com a conservação de mais de 4.500 diferentes espécies de animais, principalmente as ameaçadas de extinção. *Com informações do Zoológico de Brasília
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Zoo promove votação de nome para filhotes de onça-pintada
Após período de cuidados iniciais e aclimatação na Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB), os dois filhotes machos de onça-pintada serão batizados pelos seguidores por meio do Instagram da instituição. A votação pode ser feita pelos stories da conta do zoo no Instagram até as 13h desta terça-feira (9), com divulgação do resultado no mesmo dia. São quatro sugestões de nome por filhote. Cada opção foi escolhida pelos envolvidos no encaminhamento dos animais: Zoológico de Brasília, Latam Cargo, Aeroporto de Brasília e Ibama. Filhotes de onça-pintada foram resgatados órfãos em Mato Grosso e encaminhados ao Zoológico de Brasília no fim de setembro | Foto: Ivan Mattos/Zoológico de Brasília Opções de nomes Animal 1 – George (Zoológico de Brasília) – Tigo (Aeroporto de Brasília) – Piloto (Latam Cargo) – Capiango (Ibama) Animal 2 – Peter (Zoológico de Brasília) – Charlie (Aeroporto de Brasília) – João (Latam Cargo) – Jaguar (Ibama) As sugestões de nome dadas pelo Zoológico de Brasília — George e Peter — são uma homenagem ao zoólogo americano George Schaller, que estudava a vida selvagem e, atualmente, é vice-presidente da Panthera Corporation, que atua na conservação de felinos no mundo; e a Peter Crawshaw, que foi aprendiz de George Schaller e pioneiro no estudo de onças-pintadas no Brasil. Peter nasceu no estado de São Paulo e foi o nome mais importante no país na conservação das onças, tendo morrido em 2021 de covid-19. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os nomes sugeridos pelo Aeroporto de Brasília — Tigo e Charlie — resultaram de votação do público da instituição. A Latam Cargo sugeriu os nomes Piloto, para homenagear parte da equipe do Avião Solidário, e João, um colaborador de Brasília que já atuou em embarques do Avião Solidário. As sugestões de nome do Ibama são uma homenagem aos termos para onça-pintada na linguagem do tupi-guarani e à influência brasileira no estudo da espécie. Capiango vem da mitologia e é um bruxo que se transforma em onça. As onças-pintadas são consideradas o símbolo da fauna do país – e o Brasil que batizou a espécie no resto do mundo (jaguar). *Com informações do Zoológico de Brasília
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Origamis para proteger animais ameaçados de extinção
Na manhã desta quinta-feira (19), o Brasília Ambiental lançou o livro Cerrado dobrado. A contém instruções de como fazer origamis (dobraduras) de 11 animais ameaçados de extinção: borboleta-ribeirinha, bugio, cachorro-vinagre, lobo-guará, morceguinho-do-cerrado, onça-pintada, pato-mergulhão, pirá-brasília, perereca-de-folhagem-com-perna-reticulada, tamanduá-bandeira e galito. A publicação, que estará disponível nas versões impressa e PDF (baixe-a aqui), é destinada a um público de todas as idades. Dobradura é a tradução da palavra japonesa origami, que significa, literalmente, “dobrar papel”. Quando o papel foi inventado na China, no início do século 2, as dobraduras começaram a existir sempre tendo como inspiração a natureza, em especial a fauna. “O livro foi pensado para divertir e ao mesmo tempo ensinar educação ambiental”, explica o chefe da Unidade de Educação Ambiental do Brasília Ambiental, Marcus Paredes. Durante o lançamento, os servidores do Brasília Ambiental receberam um brinde corporativo contendo o livro Cerrado dobrado, calendário de 2020 e um bloco de notas. * Com informações do Brasília Ambiental
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Público poderá interagir com o dia a dia dos animais
A girafa Yaza adora os lanches naturais oferecidos pelo público, que agora pode se aventurar na zooexperiência | Fotos: Paulo H Carvalho / Agência Brasília A girafa Yaza tem um apetite para ninguém botar defeito. Mesmo alimentada duas vezes ao dia, ela não dispensa um lanchinho e devora com facilidade galhos de amora e de hibisco oferecidos entre as refeições, que, balanceadas em 23 quilos por dia, incluem cenoura, abóbora e feno de alfafa. Quer conferir? Agora, quem faz a visita guiada do Jardim Zoológico de Brasília tem acesso privilegiado à área de manejo dos animais e chega bem perto dos bichos, assiste ao treinamento dos hipopótamos e pode alimentar a girafa ou a elefanta Belinha. A nova metodologia começou a ser testada no começo do ano e tem feito sucesso. Não se percorre mais recinto por recinto, como antes: a zooexperiência, como atualmente é chamada a visita guiada, tem um conteúdo programático associado ao trabalho da instituição e é encerrada com as interações controladas com os animais, como acontece nos zoológicos dos Estados Unidos. Conexão aperfeiçoada “O modelo anterior era menos interativo, possuía uma conexão menor com o trabalho diário da instituição e a vida dos animais”, explica o biólogo Igor Morais, gerente de projetos educacionais da Fundação Jardim Zoológico. “O que se deseja com esse novo modelo de visita é semear a conexão mais íntima e sentimental não só com as espécies que manejamos no zoo, mas com a própria natureza em si.” Na quarta-feira (27), um grupo de 28 alunos do Centro Educacional (CEd) 104, do Recanto das Emas, ingressou nessa aventura. Com idades entre 15 e 18 anos, os estudantes do segundo e terceiro anos do ensino médiofizeram o roteiro “Noções Básicas do Reino Animal”, uma visita de duas horas durante a qual aprenderam sobre a classificação dos animais, as características dos insetos, escorpiões e aranhas e as diferenças entre as classes de vertebrados. Curiosidades O tour começou pelo Museu de Ciências Naturais do Zoológico, onde os alunos relembraram as principais características dos cinco tipos de animais vertebrados (anfíbios, répteis, peixes, aves e mamíferos) e tiveram contato direto com diferentes espécies empalhadas, que passaram de mão em mão. A professora Alessandra Martino alimenta a elefanta Belinha: “Nunca tinha conseguido fazer a visita com um guia. Foi incrível” Cobras e jacarés – Durante a aula, aprenderam que devem fotografar a cobra caso sejam picados (o tipo de soro que vão precisar tomar depende do veneno do animal peçonhento), foram orientados a diferenciar um jacaré de um crocodilo e souberam que o crocodilo tem força para fechar a mandíbula, mas não para abri-la – uma informação importante para alguém que, em qualquer circunstância, encontrar um animal dessa espécie. Onça-pintada, mordida fatal – No museu, os estudantes também ficaram sabendo que a mordida da onça-pintada é a mais forte entre a de todos os felinos. Ela normalmente ataca pelas costas, mirando na nuca da vítima, e uma abocanhada do animal é capaz de separar o crânio da coluna vertebral. Ciclo das borboletas – Em seguida, eles visitaram o borboletário do zoológico, que abriga 16 espécies. No local, aprenderam sobre o ciclo de vida da borboleta, que é dividida em quatro ciclos: ovo, larva, pupa e adulto. Todo o ciclo costuma levar 120 dias, mas a vida de uma borboleta adulta é curta, durando no máximo três semanas. Caixa peçonhenta e o resgate – Passaram ainda pelo serpentário e viram, dentro de uma caixa, uma aranha caranguejeira e um escorpião vivos. Seguraram um jabuti e uma tartaruga da espécie tigre d’água, que chegou ao zoológico depois de ser resgatada do tráfico de animais silvestres e perdeu um dos olhos. Gigantes da África – O momento mais esperado era a hora de ter contato com os animais de grande porte da galeria África. Além de alimentar a girafa e a elefanta, os estudantes podem assistir ao exercício por reforço positivo dos hipopótamos, quando eles são treinados a obedecer o comando “abre” e abrem a boca para ser alimentados. Experiência positiva Lethícia Queiroz, 15 anos, só se lembrava do zoológico por fotos. A última vez em que esteve no local, tinha cinco anos. Disse que a experiência de alimentar a girafa foi “inovadora” e também adorou a oportunidade de ver na prática os ensinamentos dados em sala de aula. “Na escola, às vezes fica muito teórico; aqui pudemos ter novas sensações”, resumiu. A professora de Biologia Alessandra Martino leva estudantes ao Zoológico de Brasília há sete anos, mas nunca havia chegado tão perto dos animais. Na tarde de quarta-feira, ela alimentou a elefanta Belinha e comemorou: “Nunca tinha conseguido fazer a visita com um guia. Foi incrível. O conteúdo do segundo ano é voltado para os seres vivos. Eles estudam sobre animais e plantas, por isso trago os alunos aqui. Muitos nunca vieram ao zoológico ou vieram poucas vezes, pois os pais não tinham o hábito de trazê-los”. Cinco roteiros O Jardim Zoológico de Brasília oferece cinco roteiros para as visitas guiadas –“Evolução dos vertebrados”, “Animais ameaçados de extinção”, “Desmistificando os répteis”, “Bem-estar dos animais” e “Noções básicas do reino animal”, que duram, em média, duas horas e meia e são indicados para crianças a partir de oito anos. Todas as visitas guiadas são feitas nos turnos matutinos e vespertinos mediante agendamento. São gratuitas para escolas públicas e custam R$ 15 para alunos de instituições particulares. Um professor ou acompanhante é isento de pagamento para cada dez estudantes. Os grupos podem ter, no máximo, 30 pessoas. As visitas também são abertas à comunidade, desde que o grupo tenha no mínimo dez pessoas. Os interessados devem enviar e-mail para deam@zoo.df.gov.br.
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