Maternidade do Hospital Regional de Santa Maria está no clima do Outubro Rosa
Com o objetivo de conscientizar as mulheres sobre a importância de prevenir o câncer de mama e do colo de útero, a equipe da Maternidade do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) fez um mural em alusão à campanha Outubro Rosa. No local, há várias frases motivacionais de inspiração e acolhimento para quem passar pelo local, além de orientações acerca do autoexame das mamas. O intuito também é chamar a atenção das colaboradoras, que embora sejam da área de saúde, acabam se descuidando e não fazem esse autoexame com frequência | Foto: Divulgação/IgesDF “Nosso objetivo é conscientizar todas as colaboradoras, pacientes e acompanhantes sobre o câncer de mama e do colo de útero. Às vezes, até a paciente gestante ou a puérpera pode identificar algum nódulo. Se ela tiver essa cultura de fazer o toque, de fazer o autoexame, ela consegue identificar previamente alguma alteração na mama”, explica a chefe do Serviço de Enfermagem da Maternidade, Kelcilene Gomes. Segundo ela, o intuito também é chamar a atenção das colaboradoras, que embora sejam da área de saúde, acabam se descuidando e não fazem esse autoexame com frequência. Então é uma forma de conscientização da importância de se cuidar. “Colocamos o mural bem na frente da entrada para chamar a atenção de quem chega, tendo em vista que nosso público, a maioria é feminino. Nosso setor é composto 100% por mulheres. Fizemos frases de efeito para chamar a atenção para si mesma, se valorizar. Então, quando a gente tem essas frases de impacto como, eu preciso me amar, eu preciso me cuidar, eu vou ter esse olhar diferenciado para a minha própria saúde”, afirma. A técnica administrativa da maternidade, Patrícia Araújo, acha importante a ação voltada para o Outubro Rosa devido à necessidade de conscientizar todas as mulheres a se cuidarem. “Mesmo sendo da área da saúde, trabalhando no hospital, a gente não tem aquele autocuidado consigo mesma e essas campanhas servem para isso, para acender o pisca-alerta, fazer não só os exames clínicos, mas também, o autoexame para evitar um problema futuro, porque o câncer pode ser evitado”, avalia. Todas as colaboradoras do setor receberam um brinde com um par de brincos de pérolas em representação às mamas femininas. *Com informações do IgesDF
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Após vencer a Covid-19, mulher faz doação a hospital
Raquel (sentada) e sua irmã, Renata, comemoram triunfo sobre o coronavírus | Fotos: Divulgação/Agência Saúde Após 28 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional do Gama (HRG), Raquel Medeiros de Carvalho, 48 anos, tem motivos para comemorar: ela venceu a Covid-19. Em gesto de gratidão, a primeira providência de sua família foi fazer uma “vaquinha” para doar máscaras de Ventilação não Invasiva (VNI) ao hospital. Conseguiram quatro unidades. “Nós sofremos muito com todo esse processo”, conta a irmã de Raquel, Renata Medeiros de Carvalho Santos. “Foi muito doloroso vê-la lutando para viver, sem termos a menor certeza de que daria certo. Porém, apesar de tanta dor, tentamos manter a fé e a esperança de que ela venceria. O que nos ajudou muito nesse processo dolorido foi a comunicação e suporte que tivemos de toda a equipe multidisciplinar que esteve conosco.” Renata destaca também o envolvimento e o cuidado, especialmente da chefe médica da UTI, Cinara de Paula Guimarães, e da fisioterapeuta Bárbara Sarmento Dias, que, segundo ela, foram extremamente dedicadas. “Todos [os profissionais] sempre foram muito atenciosos e de uma empatia admirável”, descreve. Nova técnica “A Raquel foi uma das pacientes que fez grande diferença na nossa unidade, pois foi uma das primeiras, no perfil Covid-19, que teve como estratégia de ventilação a utilização de VNI”, conta Cinara, que comemorou o ato de doação. “Ficamos muito felizes com a manifestação de carinho e reconhecimento desses que na verdade são a nossa prioridade no atendimento, os pacientes. Isso Renova nossas forças diárias para continuar salvando vidas.” Assim como as equipes do HRG, Renata sabe que as máscaras doadas para a UTI poderão ajudar outras pessoas. Após receber alta, a paciente concluiu a recuperação na enfermaria do Hospital Regional de Samambaia. Ao todo, Raquel ficou internada durante 54 dias e voltou para casa no último dia 8, quando pôde reencontrar seus dois filhos e demais familiares. Infelizmente, uma semana antes de ela ser hospitalizada, seu marido perdeu a luta para a Covid-19. O equipamento O tipo de máscara utilizado em Raquel é o mais adequado para pessoas contaminadas pelo coronavírus. “Com essa máscara o paciente não precisa estar intubado ou traqueostomizado”, explica a fisioterapeuta Bárbara. A máscara é conectada a um respirador mecânico para fornecer o oxigênio necessário ao paciente. “É uma máscara que oferta pressão positiva na tentativa de expandir o pulmão e, consequentemente, melhora a respiração para que o paciente não precise chegar a um tubo ou traqueostomia”, explica a fisioterapeuta Bárbara. Leitos O HRG tem 16 leitos de UTI destinados a pacientes com o coronavírus, dos quais 15 estão ocupados. Oito pacientes receberam alta dessa UTI desde 15 de julho, quando esses leitos passaram a ser destinados ao tratamento da Covid-19. * Com informações da Secretaria de Saúde (SES)
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Paciente com coronavírus tem equipe exclusiva de atendimento
A paciente diagnosticada com coronavírus no Distrito Federal tem uma equipe exclusiva para atendimento e está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da área isolada para tratar da doença no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Desde que foi transferida do centro de saúde particular, ela teve melhora no quadro, mas voltou a piorar. A situação é agravada por doença preexistente. Segundo a Secretaria de Saúde (SES), a mulher, de 52 anos, apresentou melhora no quadro clínico nesta segunda-feira (9). Ainda em estado grave, mas estável, ela respira com ajuda de aparelhos e conta com suporte hemodinâmico. A paciente apresenta síndrome respiratória aguda severa e comorbidades que agravam a situação, razão pela qual se encontra sob cuidados intensivos da equipe multidisciplinar, com todo o suporte técnico-científico. A mulher esteve recentemente no Reino Unido e na Suíça. Começou a apresentar os sintomas em 26/2 e deu entrada no pronto-socorro de uma unidade particular sete dias depois, com febre, tosse e secreções. Lá, ela testou positivo para coronavírus e chegou a ser internada na UTI, mas foi removida para o Hran depois de o hospital privado informar que não estaria preparado para atuar no caso. Amostras enviadas ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, confirmaram o diagnóstico. Doença preexistente De acordo com o infectologista Eduardo Hage, o agravamento da situação da paciente se deu pela doença preexistente. Não fosse por isso, conforme o protocolo internacional, ela poderia estar em isolamento domiciliar ou internada em leito comum. Quando deixou o hospital particular, a paciente não estava entubada – condição à qual precisou voltar, no Hran, onde, após teve leve melhora, voltou a piorar. O Hran é unidade habilitada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratamento e possui um andar isolado exclusivo, onde a paciente está internada a paciente. Eduardo Hage conta que ela tem uma equipe exclusiva de atendimento. “É uma situação diferente dos demais profissionais, que compartilham outros pacientes”, explica. Há cuidados padronizados de quem lida com pessoas em isolamento, como toda uma paramentação que é descartada ou higienizada quando o serviço termina. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Alerta, mas sem pânico A SES concedeu entrevista coletiva para tratar do tema antes mesmo de o diagnóstico ser confirmado. O infectologista Eduardo Hage esclareceu que a pasta deu início ao protocolo de busca de pessoas com quem a paciente teve contato, seja durante a viagem, seja na chegada ao país. Ela teve contato direto com dois familiares, que receberam recomendação de isolamento domiciliar. A lista de passageiros que compartilharam os voos foi solicitada à Anvisa. “Todos serão monitorados, acompanhados e, quando necessário, terão amostras colhidas e analisadas”, relata o médico, segundo o qual a notícia não justifica pânico: “Não há motivo para reação exacerbada. Tratamos o caso como importado, e não há transmissão local no DF”. A capital federal está em situação de emergência no âmbito da saúde pública desde 29 de fevereiro. A medida tem como objetivo alinhar as ações de enfrentamento da doença. A situação permanecerá pelo período de 180 dias. Apesar disso, a pasta conseguiu antecipar as aquisições de insumos, o que, segundo o secretário Osnei Okumoto, torna a capital abastecida.
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Governo estuda ampliar práticas da segurança do paciente para a atenção primária
Processo será iniciado em todos os níveis de atenção à saúde, com a implementação do Plano Distrital de Segurança do Paciente. Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde É celebrado nesta terça-feira (17) o Dia Mundial da Segurança do Paciente da Saúde, promovido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Devido à importância da iniciativa que visa evitar eventos adversos, a Secretaria de Saúde se une à ação e estuda expandir as práticas da segurança para além dos hospitais públicos do Distrito Federal. “A política pública fala da instalação de Núcleos de Qualidade e Segurança do Paciente em todas as unidades hospitalares. Mas não existe nada em termos de Atenção Primária, nós vamos começar a implantação disso agora”, informou a presidente da Câmara Técnica de Segurança do Paciente da Secretaria de Saúde, Cláudia Mafra. As práticas de segurança foram implantadas nos 14 hospitais públicos locais. Entre elas, as de identificar o paciente, evitar quedas, comunicar situações adversas e higienizar as mãos. Com a expansão para Atenção Primária, o objetivo é garantir a segurança do paciente dentro das demais unidades de saúde. Plano Distrital Segundo Mafra, esse processo será iniciado em todos os níveis de atenção à saúde, com a implementação do Plano Distrital de Segurança do Paciente, que é uma ação estratégica definida para nortear os Planos de Segurança do Paciente. Desta forma, é possível normatizar outras ações que contribuam para a qualificação dos processos de cuidado no conjunto das unidades de saúde da pasta. “Já estamos fazendo o Plano Distrital para ir à consulta pública. Ele está escrito, mas precisamos, agora, fazer a tomada de ação em alguns setores”, afirmou a especialista. “A implantação do Plano Distrital de Segurança do Paciente, a médio e longo prazos, deverá reduzir a ocorrência de eventos adversos com foco na melhoria contínua dos processos de cuidado”, ressaltou. Para ela, o empenho pelo cuidado seguro é um desafio constante: “Oferecer assistência livre de danos é um compromisso que deve ser tomado por profissionais de saúde, servidores, gestores e pacientes. A responsabilidade é necessária para garantir melhorias significativas na segurança dos cuidados nesta área”. Dados Conforme os dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 134 milhões de eventos adversos ocorrem a cada ano em todo o mundo, devido a cuidados inseguros em hospitais de países de baixa e média renda, contribuindo para 2,6 milhões de mortes anualmente. De acordo com o Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, produzido em 2018 pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), aproximadamente 30% a 36% das mortes determinados por eventos adversos graves podem ser prevenidos. Assembleia Durante a 72ª Assembleia Mundial da Saúde, promovida este ano pela OMS, a data de 17 de setembro foi definida para celebrar o Dia Mundial da Segurança do Paciente da Saúde. O objetivo é promover e conscientizar sobre um cuidado mais seguro, pois a segurança do paciente é a ausência de dano evitável durante o processo de assistência médica, e a redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado à assistência médica. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Paciente se casa no Hospital de Apoio e realiza sonho de 21 anos
Jair Rodrigues dos Santos e Euma Edite Barbosa se casaram em uma cerimônia emocionante organizada por voluntários do hospital | Foto: Mariana Raphael/Secretaria de Saúde Foram 21 anos à espera do “sim” no altar e, enfim, Jair Rodrigues dos Santos conseguiu se casar com Euma Edite Barbosa. Tudo foi organizado em apenas cinco dias, e a cerimônia, com direito a aliança, bolo e buquê, aconteceu no Hospital de Apoio, na segunda-feira (29), graças à ajuda de voluntários, servidores e familiares do casal. Paciente com câncer terminal de orofaringe, Jair nunca escondeu de ninguém o desejo de oficializar a união com a amada. “Ele não fala, mas sempre deixou claro a todos os profissionais com quem tem contato que queria se casar com a dona Euma”, relata o médico residente Wesley Coelho, que acompanha o paciente desde o início da internação, em 16 de julho. “Desde muito tempo, ele fala em casar, e eu sempre adiando”, conta a noiva. “Depois que ele adoeceu, quando soube que seria transferido do Hospital de Base para o de Apoio, disse logo: ‘agora eu caso!’ E eu pensei que não teria mais como fugir. Diante do que estamos vivendo hoje, eu digo: nunca deixe passar as oportunidades”. A ansiedade dos noivos era visível. Ela, de vestido novo, comprado pela mãe, segurava o buquê e tentava disfarçar a emoção de estar se casando aos 60 anos de idade. Jair não fala, em razão de uma traqueostomia, mas o nervosismo refletiu-se na noite maldormida e na agonia em sair logo do leito e ir para o local da cerimônia – o auditório do hospital, onde os convidados já os aguardavam. [Olho texto=”Diante do que estamos vivendo hoje, eu digo: nunca deixe passar as oportunidades” assinatura=”Euma Edite Barbosa, a noiva” esquerda_direita_centro=”direita”] Organização Dos dez casamentos que a voluntária Izabel Tostes já ajudou a organizar no Hospital de Apoio, o de Euma e Jair se destaca como o que menos tempo permitiu para os preparos. Por isso, não foi possível conseguir mais itens, como o vestido para a noiva e músicos, como já aconteceu em outras ocasiões. Junto a outros voluntários do hospital, Izabel conseguiu as alianças de ouro, um buquê de flores, o pastor, bolo, doces e salgadinhos da festa, além de uma profissional de maquilagem para a noiva. “Eu estava chegando de viagem e vim direto do aeroporto”, conta a maquiadora Fernanda Cravo, que já participou de outras ações na unidade hospitalar. “Foi gratificante ver o semblante da dona Euma mudar depois de se olhar no espelho, maquiada”. O projeto Casamentos no Apoio, informa Izabel, já tem uma rede de parceiros para colaborar com os eventos, cada vez mais constantes. “A gente se renova a cada casamento”, destaca. “Percebo que, mesmo na hora da tristeza, quando um está vendo o outro partir, há espaço para a alegria. E percebemos uma melhora nos pacientes depois do casamento: ficam mais felizes”. Após o beijo dos noivos, Jair levantou as mãos como gesto de agradecimento a Deus e sinalizou com um “joinha” a todos os presentes. Euma usou as palavras para fazer o mesmo e, diante de irmãos, cunhados, filha, neta e servidores do hospital, declarou: “Quero agradecer a Deus pela oportunidade e a todos aqui presentes por terem realizado nosso sonho. Meu esposo é um homem muito bom, e, enquanto eu estiver viva, o amarei e estarei do lado dele”. Relacionamento Euma conquistou, primeiramente, a sogra. “Eu trabalhava em um restaurante e ela sempre ia comer lá. Vivia dizendo que tinha um filho solteiro e que gostaria que eu o conhecesse, pois eu era uma mulher trabalhadora”, relembrou. O encontro aconteceu em uma festa, em Ceilândia. Logo já estavam juntos. Jair vivia pedindo para oficializar a união e chegou a indicar que eles poderiam fazer isso em casamentos comunitários, mas Euma sempre adiou. “Acho que, por isso, ele estava tão ansioso, mandando me ligar toda hora para eu não perder o casamento – acho que era medo de eu desistir”, diverte-se a noiva. O documento de união estável foi assinado na sexta-feira (26). “Ele queria muito falar o ‘sim’ para ela, e os profissionais do hospital trabalharam isso com ele, já que a traqueostomia e o tumor o impossibilitam de falar; ele conseguiu e expressou sua felicidade com isso”, conta a assistente social Jamila Trevizan. Jair teve a doença diagnosticada há pouco mais de dois anos. Os primeiros sinais foram as dores, cada vez mais frequentes, na garganta e nos ouvidos. Ao fazer os exames, descobriu um câncer na orofaringe. O tratamento foi iniciado em São Paulo. Com a saúde estabilizada, retornou a Brasília, mas logo voltou a sentir dores e passou a ser acompanhado pela rede pública de saúde. O trabalho da equipe do hospital é fazer com que o paciente em cuidados paliativos seja atendido em suas necessidades, dentro do possível. “Fazemos de tudo para que ele esteja bem no dia do casamento, fazendo intervenções com medicamentos, com psicóloga, enfim, com tudo o que for necessário para ele estar feliz para aquele momento”, explica Jamila. * Com informações da Secretaria de Saúde
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