Quantos somos e como estamos no DF: Pdad-A 2024 traça amplo panorama da população da capital
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou, nesta sexta-feira (21), os resultados da nova Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios Ampliada (Pdad-A) 2024. O levantamento aponta que mais de 95% da população do DF sabe ler e escrever, 75,2% frequentam a escola e 87,5% dos moradores têm acesso à internet. Além disso, 47% da população busca atendimento médico na rede pública, principalmente por meio de consultas/prevenção. Após dez meses de coleta, a pesquisa apresenta, pela primeira vez, dados detalhados sobre domicílios urbanos e rurais das 35 regiões administrativas do DF, além dos 12 municípios que integram a Periferia Metropolitana de Brasília (PMB). “A ampliação da pesquisa permite uma avaliação mais abrangente das regiões administrativas do DF, incluindo as recém-criadas, a área rural, que antes era analisada separadamente, e os 12 municípios da região metropolitana. Compreender essa dinâmica ajuda a direcionar melhor as políticas públicas voltadas para mobilidade, infraestrutura e serviços essenciais”, explica o diretor-presidente do IPEDF, Manoel Clementino. Após dez meses de coleta, a pesquisa apresenta, pela primeira vez, dados detalhados sobre domicílios urbanos e rurais das 35 regiões administrativas do DF | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Realizada a cada dois anos, conforme o decreto nº 39.403/2018, a pesquisa traça um panorama demográfico, social, econômico e territorial do DF, auxiliando no planejamento de políticas públicas mais eficazes. Principais números Atualmente, a Área Metropolitana de Brasília (AMB) abriga 4.255.593 habitantes, distribuídos em 1.444.256 residências. O DF conta com uma população total de 2.982.658 pessoas, sendo 2.861.133 em áreas urbanas e 121.525 em áreas rurais. Ceilândia continua sendo a região mais populosa, com mais de 292 mil habitantes e 99.768 domicílios. Samambaia agora ocupa a segunda posição, com 224.129 moradores, superando o Plano Piloto, que tem 211.668 habitantes. A pesquisa também aponta um aumento no número de pessoas morando em casas e na presença de animais de estimação nos lares. A maioria da população é composta por mulheres (52,3%), e houve crescimento na parcela de pessoas negras, que agora representam 58,3% dos moradores. A média de idade é de 34,9 anos. Quanto à religião, 48,8% se declaram católicos, enquanto 28,4% se definem evangélicos, 3,2%, espíritas e 0,7%, seguidores de religiões de matriz africana. O percentual de pessoas sem religião é de 17,6%. “A ampliação da pesquisa permite uma avaliação mais abrangente das regiões administrativas do DF, incluindo as recém-criadas, a área rural, que antes era analisada separadamente, e os 12 municípios da região metropolitana. Compreender essa dinâmica ajuda a direcionar melhor as políticas públicas voltadas para mobilidade, infraestrutura e serviços essenciais”, explica o diretor-presidente do IPEDF, Manoel Clementino Sobre a origem, 54,9% dos moradores nasceram fora do DF, sendo a maioria originária do Nordeste. A principal razão para a mudança de residência foi a proximidade com a família, apontada por 36,6% dos entrevistados. Em média, os moradores residem no DF há 25,3 anos. “O objetivo é que esses dados sejam continuamente analisados para fornecer informações mais detalhadas por eixo temático, subsidiando as diversas secretarias de governo na tomada de decisão. A ideia é aprimorar a pesquisa sem perder sua essência, garantindo uma base histórica de comparação”, acrescenta Manoel Clementino. O governador Ibaneis Rocha destacou a importância da pesquisa para o planejamento do governo: “Os dados do IPEDF nos ajudam a compreender melhor as demandas da população e a planejar políticas públicas mais eficazes para atender às necessidades de cada região do DF”. Educação e transporte Entre os moradores com cinco anos ou mais, 95% sabem ler e escrever. Além disso, 36,9% dos entrevistados com 25 anos ou mais têm o ensino superior completo. No grupo de 4 a 24 anos, 75,2% frequentam creche, escola ou faculdade, sendo o turno matutino o mais comum (47,4%). O automóvel é o principal meio de transporte para estudantes (31,2%). Para os entrevistados, o tempo de deslocamento até a instituição de ensino é de até 15 minutos. Segundo a diretora de estatística e pesquisas socioeconômicas do IPEDF, Francisca Lucena, a redução no tempo de deslocamento pode estar relacionada às melhorias na infraestrutura viária e no transporte público. “Com um escoamento maior das vias, a população permanece menos tempo aguardando e ganha tempo para outras atividades”, destaca a diretora. Mudança de consumo A pesquisa revelou mudanças no padrão de consumo de dispositivos para acesso à internet. Ao todo, 83,5% dos entrevistados declararam possuir ao menos um celular para uso pessoal e acesso à internet nos últimos três meses. “No passado, o acesso à internet era predominantemente feito por computadores. Hoje, os smartphones lideram, seguidos pelas smart TVs e, em terceiro lugar, os PCs e notebooks”, explica Francisca Lucena. Os dados completos da Pdad-2024 estão disponíveis neste link.
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Jornada discute inovações no tratamento de doenças neuromusculares
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realiza, nestas quarta e quinta-feiras (8 e 9), a II Jornada de Doenças Neuromusculares. Ao longo dos dois dias, profissionais de saúde do HCB e de outros hospitais do Distrito Federal, estudantes da área da saúde e famílias de crianças atendidas pelo hospital se reúnem para conversar sobre essas doenças e sobre as inovações no tratamento. A jornada reflete essa atuação interdisciplinar adotada pelo HCB no acompanhamento das crianças diagnosticadas com doenças neuromusculares. A programação inclui palestras de médicos, fisioterapeutas, assistentes sociais e terapeuta ocupacional, trazendo diversos olhares sobre o tratamento das crianças | Foto: Divulgação/HCB A superintendente executiva do HCB, Valdenize Tiziani, participou da abertura do evento. “A neuropediatria é uma das três maiores áreas do Hospital da Criança de Brasília e a equipe está sempre trazendo novas ideias e soluções para que consigamos avançar nessa área. Sabemos que, até pouco tempo atrás, tínhamos poucos recursos para tratar nossas crianças, mas os avanços científicos e tecnológicos nos permitiram novos sonhos e novos voos”, disse. [Olho texto=”“Há 11 anos, as doenças eram consideradas sem tratamento específico, com prognóstico bastante reservado, sem muitas intervenções a serem feitas – mas temos que entender que doenças não são o que resume tudo; cuidamos de crianças que têm algum diagnóstico. Com o tempo, isso foi amadurecendo. Entendemos que o atendimento médico era insuficiente sem uma equipe multidisciplinar para estudar essas doenças, acolher esses pacientes”” assinatura=”Janaína Monteiro, neurologista do HCB” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Durante a jornada, a neurologista do HCB Janaína Monteiro apresentou um panorama das doenças neuromusculares no hospital. A médica explicou o que são essas doenças e os principais sintomas da atrofia muscular espinhal, distrofia de Duchenne e outras enfermidades, além de destacar a diferença na forma como elas eram vistas antes da estruturação do ambulatório do HCB. “Há 11 anos, as doenças eram consideradas sem tratamento específico, com prognóstico bastante reservado, sem muitas intervenções a serem feitas – mas temos que entender que doenças não são o que resume tudo; cuidamos de crianças que têm algum diagnóstico. Com o tempo, isso foi amadurecendo. Entendemos que o atendimento médico era insuficiente sem uma equipe multidisciplinar para estudar essas doenças, acolher esses pacientes”, explicou Monteiro. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em sua segunda edição, a jornada reflete essa atuação interdisciplinar adotada pelo HCB no acompanhamento das crianças diagnosticadas com doenças neuromusculares. A programação inclui palestras de médicos, fisioterapeutas, assistentes sociais e terapeuta ocupacional, trazendo diversos olhares sobre o tratamento das crianças. O evento também se aprofunda nos avanços científicos, abordando questões como terapia gênica e aconselhamento genético. “Queremos fazer a diferença na vida dessas crianças. Temos muito a aprender e estamos nos esforçando para alcançar a excelência no tratamento”, afirmou a Janaína Monteiro. *Com informações do HCB
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