Asfalto leva dignidade, inclusão e acessibilidade a moradores do Sol Nascente
À primeira vista, o asfalto pode até parecer um detalhe no cotidiano urbano, algo tão trivial que não chama a atenção nem mesmo de quem o percorre diariamente, apressado, em meio à rotina. Porém, para Alessandra Morais de Andrade, moradora do Sol Nascente há 14 anos, essa simples melhoria na infraestrutura tem um significado enorme: é sinônimo de acessibilidade, dignidade e liberdade especialmente para o seu filho Felipe, de 24 anos, que tem paralisia cerebral. Ao ver a rua onde mora com a família pavimentada, a vigilante Alessandra de Andrade empurrou sem dificuldades a cadeira de rodas que o filho Felipe usa diariamente para se locomover e acessar serviços básicos, como saúde e educação | Foto: Lucio Bernardo Jr/Agência Brasília Residente da Chácara 142 A, a vigilante de 41 anos, ao ver a rua onde mora com a família pavimentada, não conteve a emoção e registrou em vídeo a felicidade de quem, pela primeira vez, pôde empurrar sem dificuldades a cadeira de rodas que o jovem usa diariamente para se locomover e acessar serviços básicos, como saúde e educação. “Aqui, não tinha como ele chegar na esquina; era impossível por conta dos buracos e já aconteceu até mesmo de ele cair, porque a cadeira acabou virando”, lembra. “A chegada do asfalto foi um verdadeiro divisor de águas para a gente. Há muitos anos que a gente vinha pedindo por essa infraestrutura básica, que só veio graças a este Governo do Distrito Federal (GDF)”, completa. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Governo do Distrito Federal (@gov_df) Para garantir que Felipe continuasse a frequentar o Centro de Ensino Especial 01, em Ceilândia, foi preciso contar com a solidariedade do motorista do ônibus escolar Gabriel Lins e da monitora Brenda Campos. Eles se desdobravam para buscar o jovem na porta de casa. “Mesmo assim, tinha dias em que eles não podiam descer do ônibus para buscá-lo e meu filho não ia à aula. Eu sentia que sem o asfalto meu filho ficava ilhado”, conta Alessandra. Uma realidade que, segundo a mãe, o filho não precisará viver novamente. “Um asfalto muda a realidade de uma pessoa. É uma infraestrutura básica e, por mais que para boa parte da sociedade pareça bobagem, para quem vive uma realidade como a nossa é outra vida. Isso sem falar nos dias em que passamos aperto por conta da poeira e da lama, que entravam na nossa casa”. Para Alessandra Morais de Andrade, moradora do Sol Nascente há 14 anos, essa simples melhoria na infraestrutura tem um significado enorme: é sinônimo de acessibilidade, dignidade e liberdade especialmente para o seu filho Felipe, de 24 anos, que tem paralisia cerebral Dignidade Histórias como a de Alessandra e vizinhos encontram eco entre os mais de 95 mil moradores do Sol Nascente/Pôr do Sol, uma cidade que abandonou, com este Governo do Distrito Federal (GDF), o rótulo de “maior favela do país” para se tornar uma região administrativa. “Desde que o governador Ibaneis Rocha criou a 32ª RA do DF, o Sol Nascente vem passando por grandes transformações, principalmente em relação às obras de infraestrutura. Essas melhorias fortalecem o sentido de comunidade e cidadania entre os moradores do Sol Nascente”, destaca o administrador regional da cidade, Cláudio Ferreira. A mudança do status veio acompanhada de um investimento significativo em obras de saneamento básico, água, luz e equipamentos públicos. Desde 2019, o Executivo já investiu mais de R$ 630 milhões em obras de infraestrutura na cidade, incluindo a pavimentação de ruas e avenidas. “Cada metro de pavimento que colocamos não é apenas um asfalto ou piso intertravado, é dignidade, conforto e qualidade de vida para as pessoas que mais precisam. Nosso compromisso é fazer com que essa transformação chegue a todas as famílias, levando esperança e melhores condições de vida a toda a comunidade” Valter Casimiro, secretário de Obras e Infraestrutura “A chegada do asfalto é mais do que uma obra de infraestrutura. É a realização de um sonho para quem vive aqui, enfrentando desafios diários por falta de pavimentação”, enfatiza o secretário de Obras e Infraestrutura do DF, Valter Casimiro. “Cada metro de pavimento que colocamos não é apenas um asfalto ou piso intertravado, é dignidade, conforto e qualidade de vida para as pessoas que mais precisam. Nosso compromisso é fazer com que essa transformação chegue a todas as famílias, levando esperança e melhores condições de vida a toda a comunidade”, prossegue o titular da pasta. Obras Mais do que pavimentar ruas, o GDF trabalha para mudar a vida de quem mora na cidade. Um dos pontos críticos enfrentados pelo governo é o recorrente problema de enxurradas e alagamentos que assolam a região nos períodos de chuva. Para deixar essa realidade no passado, equipes da Secretaria de Obras e Infraestrutura do DF trabalham na instalação de uma extensa e moderna rede de drenagem de águas pluviais composta por bacias de retenção e galerias feitas com aduelas de concreto de 6,76 m² de área, cada uma. No âmbito do saneamento básico, são investidos mais de R$ 60 milhões para ampliar o acesso dos moradores à água potável e esgoto tratado. Já são mais de 90 mil pessoas atendidas pela nova rede de esgotamento e 95% dos lares com redes de abastecimento de água. Além disso, 26 mil imóveis têm ligações de água regulares, e 20 mil, ligações de esgoto legais. Esse marco só foi alcançado com a construção de 259 km de rede de esgoto e 177 km de rede de água nos três trechos da cidade. Essa extensão de rede equivale ao percurso entre Brasília e Goiânia. Toda essa infraestrutura está integrada a seis estações elevatórias de esgoto bruto (EEBs) construídas na região administrativa.
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Projeto gratuito de equitação e equoterapia volta às aulas com 360 alunos
Os alunos do projeto de equoterapia e equitação do Regimento Montado da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), no Riacho Fundo, retornaram às aulas nesta semana. A iniciativa promovida em parceria com a Secretaria de Educação atende gratuitamente 360 praticantes, a maioria deles estudantes da rede pública do DF. O projeto de equoterapia acolhe pacientes com variados diagnósticos, como síndromes raras, de Down, transtorno do espectro autista, paralisia cerebral, AVC e esclerose múltipla. Para participar, é necessário ter encaminhamento médico | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Na equoterapia, método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, atende, por até dois anos, 120 pessoas com deficiência a partir de 3 anos. O projeto acolhe pacientes com variados diagnósticos, como síndromes raras, de Down, transtorno do espectro autista, paralisia cerebral, AVC e esclerose múltipla. Para participar, é necessário ter encaminhamento médico. O tratamento é gratuito, individual e realizado no contraturno das aulas regulares, durante todo o ano letivo, com sessões de 30 minutos de duração, uma vez por semana. As sessões são conduzidas exclusivamente com cavalos e uma equipe multidisciplinar nas áreas da saúde, educação e equitação. O sargento Isaac Newton, equitador de equoterapia, destaca que todo um trabalho multidisciplinar é realizado antes do início das aulas para direcionar os profissionais, e até mesmo os animais, que atenderão cada um dos alunos O sargento Isaac Newton destaca que todo um trabalho multidisciplinar é realizado antes do início das aulas para direcionar os profissionais, e até mesmo os animais, que atenderão cada um dos alunos. “Antes de chegarem ao picadeiro, realizamos uma avaliação para determinar a melhor técnica de tratamento, qual cavalo oferecerá o melhor estímulo e qual material será utilizado. Quando o praticante chega, já temos a equipe montada e o cavalo que atenderá às suas necessidades”, explica o equitador de equoterapia, que atua no projeto há 8 anos. De acordo com o subcomandante do 3º Esquadrão, tenente Lucivaldo Dias, o reconhecimento das ações conquistadas através do normativo legitima a iniciativa que já existe há mais de 30 anos. Recentemente os projetos sociais da PMDF foram regulamentados por meio da Portaria Normativa nº 32, de 2023, e se enquadram como Projetos Sociais Preventivos de Segurança Pública, sob a coordenação, supervisão e controle do Centro de Políticas de Segurança Pública (CPSP). Para o subcomandante do 3º Esquadrão, tenente Lucivaldo Dias, o reconhecimento das ações conquistadas através do normativo legitima a iniciativa que já existe há mais de 30 anos. “Hoje, os projetos também fazem parte da atividade fim da PMDF, são ações de prevenção primária na área de segurança pública. Um dos nossos objetivos é a aproximação da comunidade com uma polícia voltada para o cidadão. A portaria nos possibilita adquirir materiais e contratar funcionários com mais facilidade”, destaca. Ana Clara, de 8 anos, sempre foi apaixonada por cavalos e sonhava aprender o esporte Outra vantagem foi a aquisição dos cavalos. Segundo o tenente, o normativo trouxe segurança jurídica, pois eles podem, inclusive, requisitar animais recolhidos por maus tratos pelo GDF. “A maioria dos cavalos são do batalhão de cavalaria que se aposentaram. Mas já foram requisitados à Justiça animais recolhidos pela Secretaria de Agricultura, depois das normas”, conta o subcomandante Dias. Aulas de Equitação Cerca de 240 crianças, adolescentes e adultos de todo o DF têm a oportunidade de fazer aulas de equitação gratuitas no espaço. De terça a sexta-feira e aos sábados pela manhã, em aulas de 50 minutos, os praticantes aprendem o esporte, hábitos disciplinares e o cuidado com os animais. Podem participar crianças a partir dos 8 anos; não há limite de idade. Letícia Guerreiro, estudante de 17 anos, que considera o esporte elitista, diz que não teria condições de praticá-lo em outro lugar; hoje disputa campeonatos e incentiva outras pessoas a participar da modalidade Na primeira semana de aula, os ensinamentos são dedicados aos cuidados com o cavalo, o trato inicial, a higiene e o encilhamento correto do animal. O segurança Márcio Rocha acompanhava a enteada Ana Clara, de 8 anos, durante a aula de equitação e afirma que a criança sempre foi apaixonada por cavalos e tinha o sonho de aprender o esporte. “É nossa alegria tê-la aqui. A abertura desse espaço pela PMDF é muito importante, pois agrega muitos valores às crianças; elas constroem momentos marcantes, são memórias afetivas que levarão para o resto da vida”, conta. “Não é fácil encontrar uma oportunidade como essa de forma gratuita. Entretanto, o que é oferecido aqui não tem preço. Somos privilegiados”, completa Rocha. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A estudante Letícia Guerreiro, de 17 anos, também faz aulas de equitação e já participa de competições. Ela afirma que “sempre fui apaixonada pela modalidade, mas é um esporte elitista; eu não teria condições financeiras para praticá-lo em outro lugar. Hoje, já participo de campeonatos de amazonas e recomendo que todos se inscrevam para participar. Os professores são pacientes, têm uma boa didática e, por fim, o projeto mudou minha percepção da PMDF. Pretendo, no futuro, fazer um concurso para ser policial”, diz. Inscrição Para se inscrever, o interessado deverá comparecer à Seção de Equitação Social do Comando de Policiamento Montado para preencher uma ficha. O nome será incluído em uma lista de espera e, quando houver vaga para iniciantes, a secretaria da escola de equitação entrará em contato via telefone. Das vagas, 60% são destinadas a alunos da rede pública, 30% são para dependentes dos policiais militares e o restante fica disponível para a comunidade em geral. A sede do batalhão é localizada na DF-075, km 8, Área Especial 1, Granja Modelo, no Riacho Fundo. Outras informações podem ser encaminhadas para o e-mail rpmon.eseq@pm.df.gov.br ou para o WhatsApp (61) 99676-1982.
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Rede pública de saúde estimula desenvolvimento da pessoa com deficiência
Logo que o filho nasceu, a servidora pública Kênia Oliveira viu que havia algo estranho e não perdeu tempo. Assim que a criança saiu da UTI, seguindo orientação da equipe médica, a encaminhou para os grupos de estimulação precoce do Centro Especializado em Reabilitação de Taguatinga. Hoje, com dois anos, o menino, que tem paralisia cerebral, já fez tratamento fonoaudiológico, fisioterapêutico e agora faz terapia ocupacional. A oficina ortopédica é um dos serviços habilitados pela Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da Secretaria de Saúde e faz a entrega de cadeiras de rodas, de banho, motorizadas, andadores, muletas, bengalas, palmilhas e calçados especiais | Foto: Arquivo Agência Brasília “A estimulação precoce envolve um conjunto de tratamentos físico, pedagógico, fonoaudiólogo, terapia ocupacional, enfim, tudo que puder mexer de forma adequada com os estímulos da criança que apresenta atraso no desenvolvimento”, explica a supermãe, Kênia. “Os atendimentos são maravilhosos, há especialistas em todas essas áreas, acompanhamento com neurologista e enfermeira, se for o caso”, agradece. [Olho texto=”“Qualquer desconfiança tem que ser investigada, não pode achar que é normal, que vai passar”” assinatura=”Camila Medeiros, gerente de Serviços de Saúde Funcional” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A segurança e o apoio médico encontrados por Kênia só foram possíveis graças à assistência e aos serviços ofertados a esse público por meio da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da Secretaria de Saúde. Instituída em 2012, pela Portaria GM/MS n° 793/2012, do Ministério da Saúde, o programa visa a prevenção, o diagnóstico precoce e a reabilitação das pessoas com deficiência. “A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência é importante porque é nos espaços vinculados que são realizados o diagnóstico precoce e a reabilitação das pessoas com deficiência, bem como os encaminhamentos necessários, como para o recebimento de órteses, próteses e cadeiras de rodas. Estamos sempre buscando ampliar o número de serviços habilitados para atender e dar assistência à população”, comenta a gerente de Serviços de Saúde Funcional da Secretaria de Saúde, Camila Medeiros. Qualquer pessoa pode e deve buscar atendimentos acerca de qualquer deficiência nas unidades de saúde do DF. Detectando o menor sinal de atrasos de desenvolvimento, de fala, de visão, a recomendação é ir atrás de atendimento nas unidades básicas de saúde (UBS). Ainda nas maternidades, devem ser realizadas as triagens neonatais – testes de pezinho, olhinho e orelhinha, que podem detectar precocemente alterações. [Numeralha titulo_grande=”2.594″ texto=”cadeiras de rodas, 2.500 aparelhos auditivos, 54 sistemas de frequência modulada e 1.029 órteses e próteses foram distribuídos pela Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência em 2022″ esquerda_direita_centro=”direita”] “Todo estabelecimento de saúde do DF acolhe a pessoa com deficiência ou com suspeita de algum atraso”, sinaliza Camila Medeiros, que tem formação em fisioterapia. “Qualquer desconfiança tem que ser investigada, não pode achar que é normal, que vai passar”, observa a gerente da SES. “A orientação é sempre buscar um serviço de saúde”, ensina. A gerente de Serviços de Saúde Funcional explica ainda que as UBSs são responsáveis por fazer acompanhamento do desenvolvimento da criança e, se detectarem algum atraso, encaminham para serviços de reabilitação. O atendimento às pessoas com deficiência, segundo a profissional, se estende também aos hospitais. Um exemplo são os casos em que há a necessidade de amputação. “A reabilitação se inicia ainda durante a internação, depois eles são encaminhados para os serviços de reabilitação e para a confecção da prótese de membro”, conta. Os serviços habilitados pelo Ministério da Saúde aos quais a gerente de Saúde se refere são os Centros Especializados em Reabilitação de Taguatinga, do Hospital de Apoio de Brasília; o Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (Ceal-LP), localizado na Asa Norte; e o Hospital Universitário de Brasília (HUB), referência para as cirurgias de implante coclear. Também fazem parte da rede os Centros de Especialidades Odontológicas. Importante lembrar que os pacientes ostomizados também são pessoas com deficiência. O DF conta com serviços para atendimento dessa população em todas as regiões de saúde. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Temos a Oficina Ortopédica, que também é um serviço habilitado, onde são entregues cadeiras de rodas, de banho, motorizadas, andadores, muletas, bengalas, palmilhas e calçados especiais”, elenca Camila Medeiros. “Além de próteses de membros, órteses, próteses mamárias externas para as mulheres que passam por mastectomia, que é a retirada da mama. São diversos dispositivos entregues pela oficina ortopédica”, destaca. Para se ter uma ideia da capilaridade do serviço e da assistência prestados pela Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, apenas neste ano foram distribuídas 1.029 órteses e próteses e 2.594 cadeiras de rodas. Já o Ceal ofertou 2.500 aparelhos auditivos e 54 sistemas de frequência modulada – tecnologia para pessoas com deficiência auditiva. “Todos esses serviços são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em nenhum dos nossos serviços o atendimento é cobrado”, reforça a gerente de Saúde Funcional da SES.
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