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Paciente do HRSM sobrevive a três paradas cardíacas durante o parto e se recupera sem sequelas

O que era para ser um dos momentos mais felizes da vida de Luana Vitória Ribeiro, 29 anos, se transformou em emergência. No dia 21 de junho, logo após o nascimento do filho Asafe, no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Luana sofreu três paradas cardiorrespiratórias e precisou ser reanimada. Para conter uma hemorragia grave e salvar a vida dela, a equipe médica decidiu pela retirada do útero. A gestação era acompanhada com atenção desde o início, pois no primeiro mês, em Luziânia (GO), cidade onde a paciente mora, Luana apresentou episódios de sangramento e coágulos. Sem diagnóstico conclusivo, os sintomas foram inicialmente tratados como comuns da gravidez. Em seguida veio um quadro de diabetes gestacional, o que transformou a gestação em alto risco. Luana Vitória Ribeiro (de amarelo): "Lembro da anestesia, da presença do meu marido e do choro do meu filho... depois, só escuro" | Foto: Divulgação/IgesDF “Minha maior preocupação sempre foi com o bebê. Assim que descobri, comecei a me cuidar e mudei minha alimentação”, lembra Luana. Com o avanço da gravidez, ela decidiu fazer o parto no HRSM, administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (IgesDF). Os exames de imagem indicavam que o bebê era maior do que o esperado para a idade gestacional, sinal comum em casos de diabetes. Apesar disso, não havia suspeitas de complicações graves para a mãe. Na última consulta, a obstetra solicitou novos exames e, conforme o protocolo, Luana foi internada com 37 semanas e dois dias. “Cheguei preparada, com minhas bolsas prontas, em jejum, achando que tudo correria bem. Lembro da anestesia, da presença do meu marido e do choro do meu filho... depois, só escuro”, relata. Três paradas e uma equipe pronta A médica obstetra Camila Coelho, que conduziu o início do procedimento, contou que a cesariana parecia ocorrer normalmente, até que a equipe identificou múltiplas aderências abdominais inesperadas. O que se seguiu foi uma intensa corrida contra o tempo. “Ela recebeu todo o suporte de forma imediata. É o nosso milagre. A prova de que técnica, preparo e fé caminham juntos”, afirma a médica. O anestesista Frederico Parreira explica que o monitoramento contínuo dos sinais vitais durante a cesárea foi essencial para detectar rapidamente a parada cardíaca e iniciar o suporte avançado de vida. “Esse monitoramento permite identificar uma parada durante a cirurgia, o que acelera o prognóstico”, destaca. Devido à hemorragia intensa e à falência dos medicamentos convencionais, a equipe optou pela histerectomia, que é a retirada do útero. “Sem circulação adequada, os medicamentos não faziam efeito. A retirada do útero foi essencial para salvar a vida da paciente”, explica a obstetra Leise Santana, responsável por essa conduta. Segundo ela, a recuperação de Luana surpreendeu. “Nem mesmo a medicina consegue explicar completamente como ela voltou tão bem”. Enquanto a equipe lutava pela vida de Luana, o marido dela, Matheus Alves, vivia momentos de angústia do lado de fora. “Estava ao lado dela quando tudo começou. Vi os monitores apitarem e os profissionais correndo. Sabia que ela tinha parado. Só chorava e orava”, conta. Depois de quase quatro horas de cirurgia, veio o alívio. Hoje, mãe e filho passam bem. “Fomos acolhidos por cada pessoa da equipe. A dedicação deles é algo que nunca vou esquecer”, acrescenta Matheus.  Equipe de enfermagem foi peça-chave Profissionais da enfermagem do Centro Cirúrgico Obstétrico (CCO) atuaram em cada etapa, da identificação precoce da instabilidade à assistência direta à equipe médica. Para a chefe do serviço, Vanúcia Sancho, foi a junção de preparo técnico, agilidade e sensibilidade que fez toda a diferença. “Não é só aplicar protocolos. É saber agir sob pressão, com precisão, e estar emocionalmente preparado para decisões que salvam vidas”, pontua. Apesar de todo o esforço da equipe, os médicos ainda não conseguiram determinar a causa exata do que provocou o agravamento repentino do quadro de Luana. As suspeitas incluem uma possível reação à anestesia, entre outras situações que podem causar parada cardíaca e exigir intervenção imediata. Capacitação salva vidas O caso reacendeu entre os profissionais da unidade a importância da formação continuada. Para a obstetra Leise, investir em treinamentos como os de reanimação e assistência avançada é essencial. “Saber como agir faz toda a diferença entre a vida e a morte”, destaca. *Com informações do IgesDF  

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Mais de 75% das mães no DF tiveram o tipo de parto conforme o desejado

O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou uma pesquisa domiciliar realizada em 2022 com 1.952 cuidadores de crianças de até seis anos no DF. O levantamento apresenta dados sobre o perfil dessas crianças, os domicílios e cuidadores, além de informações sobre o parto e a gestação, destacando questões como o tipo de parto e a presença de acompanhantes. Em relação aos tipos de parto, a pesquisa revelou que 48,9% dos partos foram cesáreas e 50,7%, normais. Para 75,3% das mulheres, o tipo de parto foi o desejado, reforçando a importância do atendimento às preferências das mães. Além disso, 81,6% das mães tiveram um acompanhante no parto, geralmente o pai da criança, representando 60,5% dos acompanhantes. Segundo a pesquisa, 48,9% dos partos foram cesáreas e 50,7%, normais. Além disso, 75,3% das mulheres tiveram o tipo de parto desejado | Foto: Vinicius de Melo/ SMDF A escolaridade também demonstrou ser um fator relevante na garantia do direito ao acompanhante durante o parto. Enquanto 91,4% das parturientes com ensino superior completo tiveram acompanhantes, esse percentual foi de 80,3% para as que possuem ensino médio completo e 76,2% para aquelas com ensino fundamental. Ao mesmo tempo, são as mães de classes sociais mais elevadas que apresentam os maiores índices de autorização do acompanhante, em comparação com as de classes sociais mais baixas. Outro ponto abordado foi o atendimento ao desejo de tipo de parto. Entre as mães com ensino superior, 77,2% tiveram o parto conforme desejavam, enquanto entre as de ensino fundamental incompleto esse número foi de 70%. A pesquisa também indicou que 82,6% das mães de classe A tiveram o tipo de parto conforme desejavam, superior aos 70,7% observados nas classes D e E. O estudo mostrou que as mulheres que mais têm acesso aos seus direitos, tanto o de ter um acompanhante quanto o de acessar o parto desejado, são aquelas que estão em domicílios de classes mais altas, possuem maiores níveis de escolaridade e são parturientes de crianças não negras (predominantemente brancas). *Com informações do IPEDF

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Presença do pai no parto estreita laços com o bebê

Num momento tão importante como a hora do parto, o acompanhamento e o apoio à mãe e ao bebê podem transformar por completo a relação familiar. A presença do pai transmite segurança e leva confiança para a parceira. A gerente de Assistência Multidisciplinar e Apoio Diagnóstico (Gamad) do Hospital Regional de Planaltina (HRPl), Maria do Socorro Aguiar, lembra que “a presença do homem ao longo da gestação e durante o parto, estimula a presença do pai ao ver o filho nascer e fortalece o elo familiar”. “É muito importante a parturiente se sentir segura, amada e confiante, além de contar com uma pessoa de sua escolha durante parto” Maria do Socorro Aguiar, gerente de Assistência Multidisciplinar e Apoio Diagnóstico do HRPl Há uma mudança de paradigma em curso, entende Maria do Socorro. “Cada vez mais os homens têm assumido o papel de acompanhante de sua parceira, revertendo a crença de que essa seria uma função apenas feminina”, afirma. A gestora também destaca que o HRPl cumpre a Lei do Acompanhante: “É muito importante a parturiente se sentir segura, amada e confiante, além de contar com uma pessoa de sua escolha durante parto”.  Em comemoração ao Dia dos Pais, celebrado neste domingo (11), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) reuniu depoimentos de quatro pais que acompanharam suas parceiras em todos os estágios da gravidez até a hora do nascimento. Eles narram o que vivenciaram no HRPl e no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), e como essa presença traz benefícios à família inteira. Confira, abaixo.  Allan Stiger Neto, 47, pai de Nalla, ao lado da companheira Gilvânia Barbosa de Jesus, 37 Fotos: Yuri Freitas/ Agência Saúde “É muito bom estar perto, dar a mão, conversar, apoiar. O primeiro choro… Ah! Essa parte é emocionante, gratificante. Estar presente no momento em que ela veio ao mundo foi indescritível. É um turbilhão de sensações, tudo junto e misturado: medo, insegurança, amor, carinho. Se eu não estivesse ali ao lado, acho que teria ficado muito ansioso e preocupado com o bem-estar da minha esposa e da criança. Foi melhor estar próximo. É reconfortante, pois assim que o bebê nasce, já escuta a voz do pai, já sente o carinho e a proteção. E a mulher não se sente sozinha.” Edvaldo Santos Oliveira, 42, pai dos gêmeos Elisa e Rafael, ao lado da companheira Roselly Gonçalves, 44 “Quem veio primeiro foi a Elisa; depois de uns 40 minutos, o Rafael. Com certeza é algo bem diferente mesmo, porque a gente nunca espera gêmeos. Aí, quando vem a notícia, a gente se emociona bastante. Eu acompanhei a gravidez desde o início até a hora do nascimento. Foi parto normal, e eu estive junto o tempo todo. Acho importante estar presente: é bom e necessário.” José Lopes de Souza, 26, pai de Ayla “O parto foi bem rápido, menos de duas horas depois que chegamos. Para mim, foi desesperador ver tudo aquilo acontecendo, porque foi parto normal. Depois do primeiro choro da minha filha, claro, foi só felicidade! A verdade é que, no começo, eu não queria participar, mas a minha companheira insistiu, e, na hora do parto, percebi o quanto era importante para ela se sentir mais segura. Agora, só saio do lado dela por duas/três horas durante o dia, pois moramos em uma fazenda e preciso cuidar de algumas coisas por lá. Enquanto estou fora, minha sogra fica aqui, mas faço questão de passar a noite com elas. Estar presente cria laços. Na hora em que a criança nasce – quando você escuta o primeiro choro –, o nosso vínculo aumenta demais. Vai criando uma paixão pela criança, pela esposa também, porque vocês dois estão cuidando daquela criaturinha que acabou de chegar ao mundo.” Neptaly Bonilla, venezuelano, 24, pai de Marian Alice, nascida no DF “Eu estava ao lado da minha mulher na hora do parto; foi cesárea. Esse é um momento único. Quando escutei o choro da minha filha, foi muita alegria em meu coração. Se eu pudesse falar alguma coisa para os outros pais, seria que essa é a coisa mais bonita: o primeiro choro do seu bebê. É uma coisa inexplicável, que nos marca para toda a vida.  Agora minha esposa tem que se recuperar para voltarmos para casa e cuidarmos dessa criança.” *Com informações da Secretaria de Saúde

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Reforma no centro cirúrgico do Hospital do Gama humaniza contato pós-parto

O Hospital Regional do Gama (HRG) deu início, nesta semana, a um atendimento diferenciado às mulheres que passaram por parto cesárea com o padrão classificado como “hora de ouro” – quando há contato pele a pele precoce, logo após o nascimento, conforme as normas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Após o parto, mães têm direito a uma sala exclusiva, onde se recuperam e podem acompanhar o bebê | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde A melhora no serviço veio com as adequações no centro cirúrgico da unidade, que, agora, conta com uma sala de recuperação pós-anestésica exclusiva para as mães. Também passou a ser garantido o direito de a mulher ter o seu acompanhante de escolha desde a recepção do hospital até a alta. “Eu achei tudo muito bacana, e ela foi bem-atendida aqui”, conta Gerlene Ferreira da Silva, 58 anos, que acompanhava a filha Juana do Nascimento, 22, na sala de recuperação, nesta quinta-feira (16). O bebê, Abmael Lorenzo, já havia passado por avaliação médica e estava nos braços da avó enquanto a mãe se recuperava da anestesia. Reformas gerais [Olho texto=”“O contato pele a pele logo após o parto  contribui para o sucesso do aleitamento e para a recuperação da mulher, além de ajudar nos sinais vitais do bebê” ” assinatura=”Laire Camargo, coordenadora da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (Ihac) no HRG” esquerda_direita_centro=”direita”] O espaço que Gerlene, Juana e Abmael ocuparam está totalmente reformado. Ao longo de 20 dias de serviços, a sala recebeu melhorias na pintura, teto, piso, portas e nas instalações elétricas, hidráulicas e de gases. Há também separação das parturientes de outros pacientes de cirurgia geral, evitando infecções. São três leitos exclusivos para as mães e três para bebês, havendo a possibilidade, sempre que possível, de ficarem juntos durante todo o tempo. As mulheres permanecem ali por duas a quatro horas com seus filhos, o que possibilita iniciar o processo de amamentação já na primeira hora de vida. “O contato pele a pele logo após o parto fortalece o vínculo entre mãe e filho, contribui para o sucesso do aleitamento e para a recuperação da mulher, além de ajudar nos sinais vitais do bebê”, explica a enfermeira Laire Camargo, coordenadora da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (Ihac) no HRG. Alta demanda Apenas neste ano, o HRG tem mantido uma média superior a 120 cesáreas por mês. Para isso, uma das seis salas cirúrgicas se mantém reservada a esse tipo de procedimento. O hospital conta com oito leitos de unidades de cuidados intermediários neonatal e serviços complementares, como banco de leite. “O momento da gestação é muito bonito, mas é também cercado de fragilidades”, observa o diretor substituto do HRG, Ruber de Oliveira Gomes. “Então, precisamos de um ambiente que proporcione o bom atendimento. Estamos constantemente trabalhando para melhorar a qualidade do hospital.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] As adequações foram executadas por meio do contrato de manutenção regular assinado pela Secretaria de Saúde do DF (SES) em 2022. Foram investidos R$ 74 milhões para garantir o funcionamento de 297 unidades. Nos corredores do HRG há melhorias prontas ou em execução. Nas áreas de emergência foram instaladas portas para controlar o fluxo e dar mais eficiência aos novos aparelhos de ar-condicionado. Também foi reformado o piso por onde passam os carrinhos com refeições e rouparia. Houve, ainda, melhorias na área de acessibilidade. “Com o contrato de manutenção, conseguimos ter uma previsibilidade e fazermos um planejamento; além disso, fazemos todos os serviços sem a interrupção dos atendimentos”, destaca o diretor administrativo da Região Sul de Saúde, Diego Fernandes, responsável pela manutenção de todas as unidades da SES no Gama e em Santa Maria. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Dia do Obstetra: especialista orienta sobre gestação, parto e puerpério

Nesta quarta-feira (12), é comemorado o Dia do Obstetra, médico que tem como uma das funções conduzir o processo de gestação, do parto e do puerpério. “Zelamos pelo bem-estar materno-fetal no pré-natal, parto e puerpério”, ressalta o chefe de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Manoel Augusto Ribeiro Alves. Gerido pelo IgesDF, o HRSM é referência em partos de alto risco e conta com maternidade e UTI neonatal. Em março deste ano, o número de atendimentos no centro obstétrico foi de 2.177. O Hospital Regional de Santa Maria é referência em partos de alto risco e conta com maternidade e UTI neonatal | Fotos: Davidyson Damasceno / IgesDF O especialista traz algumas orientações que a mulher e os familiares precisam seguir na gestação, no pré-natal, no parto e no puerpério: “A paciente é orientada a realizar exames de rotina de pré-natal para o diagnóstico de doenças que podem comprometer a fase gestacional”. Durante a gestação, é preciso atentar para a presença assídua às consultas, a realização de exames de pré-natal e a atualização do cartão vacinal. No pré-natal, a paciente é orientada a fazer a vacinação necessária na gestação, ter alimentação saudável, praticar atividade física e saber o que evitar até o nascimento do bebê, o que esperar a cada trimestre gestacional e quando procurar o serviço de emergência obstétrica. “É um período longo na vida da mulher, que exige cuidados, e a cada consulta são avaliados os riscos gestacionais. São traçados os planos de cuidado de forma individual para cada gestante e em cada fase gestacional” explica o especialista. A mulher deve seguir algumas orientações durante a gestação, no parto e no puerpério Alves ressalta o papel da mulher e a opção de ter ou não acompanhante durante o trabalho de parto, o parto e pós-parto imediato, conforme a Lei Federal nº 11.108 em seu artigo 19. “A mulher e familiares devem entender o papel do protagonismo da mulher e que ela pode escolher estar acompanhada ou não”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Quanto ao puerpério, é fundamental seguir as orientações do profissional. “Na fase de amamentação, se possível, aleitamento materno exclusivo até os seis meses. [Também é recomendável] abstinência sexual por 40 dias e procurar a urgência da maternidade, em caso de febre, sangramento vaginal aumentado ou dor de forte intensidade”, enfatiza. Além disso, entre dez e 20 dias, é importante retornar à consulta puerperal para orientações contraceptivas e avaliação clínica do puerpério. O chefe de Ginecologia e Obstetrícia do HRSM também destaca a importância da profissão e de celebrar a data. “Nossa profissão é nobre e exige não apenas o conhecimento técnico, mas o acolhimento e o respeito às gestantes que atendemos”, afirma. “Esses profissionais cuidam de várias vidas ao mesmo tempo, sobretudo em um serviço cujo volume de atendimentos é um dos maiores do Distrito Federal”. *Com informações do IgesDF

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Parto de emergência é feito por equipe de plantão de UBS do Guará

Manhã de muita emoção na Unidade Básica de Saúde (UBS) 3 do Guará. O relógio não marcava nem 7h30 do sábado (29) quando a equipe de plantão recebeu uma paciente especial. Era Thaís Souza Martins, grávida de 37 semanas e cinco dias. Ela vinha sentindo as dores das contrações desde a madrugada. E chegou ao centro em trabalho de parto já avançado. Após o parto, Thaís Souza e a filha Ana Beatriz foram levadas em ambulância do Samu para o Hmib, onde estão sendo acompanhadas | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A futura mamãe de 32 anos entrou na unidade com 10 cm de dilatação. Foram necessárias apenas duas contrações para que a bebê começasse a coroar – ou seja, para que o topo da sua cabecinha pudesse ser visto. Não havia tempo para mais nada. Entre a chegada de Thaís na unidade e o nascimento de Ana Beatriz, foram só cinco minutos. [Olho texto=” “Sou formada há 12 anos, o último parto que fiz tinha sido na época da faculdade. Mas trazer um bebê ao mundo é como andar de bicicleta… A gente não esquece”” assinatura=”Anabelle Montanha, médica responsável pelo parto” esquerda_direita_centro=”direita”] O pai, Juan Lima da Silva, 34 anos, conta que a bolsa da esposa estourou enquanto ele ligava para um amigo em busca de carona. “A ideia era ir direto para o Hmib [Hospital Materno Infantil de Brasília], mas percebemos que não daria tempo”, conta. “Assim que chegamos à UBS, ela foi colocada em uma cadeira de rodas e levada para uma sala. Foram super-rápidos e eficientes.” Moradora do Guará, Thaís já conhecia parte da equipe da UBS 3. E diz que se sentiu muito segura com a decisão de ir, em caráter emergencial, para a unidade. “Fui muito bem acolhida”, garante. “Ana Beatriz chegou cheinha de pressa, mas foi recebida com muito carinho por todos.” A médica de família Anabelle Montanha, responsável pelo parto, foi pega de surpresa pela situação. “Sou formada há 12 anos, o último parto que fiz tinha sido na época da faculdade. Mas trazer um bebê ao mundo é como andar de bicicleta… A gente não esquece”, comenta. “A equipe trabalhou muito bem, com bastante agilidade. Correu tudo bem com o parto, mãe e filha estão bem.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Thaís e a filha foram levadas por uma ambulância do Samu para o Hmib, onde estão sendo acompanhadas. Esse não foi o primeiro parto realizado na UBS 3 do Guará. Quem trabalha lá há mais tempo garante que outro bebê foi recebido por profissionais da unidade há cerca de dez anos. As UBSs contam com equipes de Saúde da Família compostas por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde.

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190 enfermeiros obstetras atuam na rede pública de saúde

A presença do enfermeiro obstetra na rede pública de saúde do Distrito Federal tem crescido. Antes de 2020, os centros obstétricos em 10 hospitais da capital e a Casa de Parto de São Sebastião somavam cerca de 70 profissionais. Hoje, são 190 em atuação fazendo partos normais de baixo risco e auxiliando mães, bebês e pais durante o processo. Até 2020, 70 profissionais atuavam nos centros obstétricos em 10 hospitais do DF e na Casa de Parto de São Sebastião, hoje são 190 | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília “Começamos a articular melhor a profissão dentro da Secretaria de Saúde. Em 2018 foi aprovada a possibilidade do concurso para enfermeiro obstetra”, explica a referência técnica distrital de Enfermagem Obstétrica da Secretaria de Saúde, Amanda Fedevjcyk De Vico. O primeiro concurso empossou 178 enfermeiros, que assumiram nos últimos três anos no enfrentamento à covid-19. Parte deles ainda continua fora dos centros obstétricos. [Olho texto=”“Começamos a articular melhor a profissão dentro da Secretaria de Saúde. Em 2018 foi aprovada a possibilidade do concurso para enfermeiro obstetra” ” assinatura=”Amanda Fedevjcyk De Vico, referência técnica distrital de Enfermagem Obstétrica da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] Especializados por meio de residência ou de programa de pós-graduação, os enfermeiros obstetras são responsáveis pelos partos normais de pacientes de baixo risco (o chamado risco habitual) e garantem as boas práticas durante todo o processo. Cabe aos profissionais ações como respeitar as escolhas da mãe; monitorar a matriarca e o bebê; garantir à alimentação durante o trabalho de parto; estimular a mobilidade da mulher com a verticalização do parto; certificar o contato pele a pele entre a progenitora e o neném; e auxiliar os acompanhantes. Práticas que atestam partos de forma humanizada. Os 10 centros obstétricos são: HRL (Hospital da Região Leste), HRPL (Hospital Regional de Planaltina), HRS (Hospital Regional de Sobradinho), HRAN (Hospital Regional da Asa norte), HMIB (Hospital Materno Infantil de Brasília), HRC (Hospital Regional de Ceilandia), HRT (Hospital Regional de Taguatinga), HRSam (Hospital Regional de Samambaia), HRBz (Hospital Regional de Brazlandia), HRG (Hospital Regional do Gama). Suely de Jesus supervisiona o trabalho de nove enfermeiras obstetras no Hospital de Ceilândia: “São elas que pegam e fazem os primeiros cuidados com as mães e os bebês” Primeiros cuidados À frente da supervisão de enfermagem do Centro Obstétrico do Hospital de Ceilândia (HRC) há 13 anos, Suely de Jesus Cotrim conta, atualmente, com nove enfermeiras obstetras no local. “O trabalho é fazer o parto normal e dar o primeiro cuidado do bebê. São as enfermeiras que pegam e fazem os primeiros cuidados com as mães e os bebês”, explica. [Olho texto=”“Ajudamos a reduzir a mortalidade materna, garantimos a comunicação efetiva e a proximidade da mãe com o bebê. São boas práticas recomendadas desde 1996”” assinatura=”Raquel Ribeiro, enfermeira obstetra do HRC” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os partos efetuados pela equipe de enfermagem são aqueles classificados como risco habitual, em que a vitalidade da mãe e do bebê estão adequadas. “Essa triagem é baseada no pré-natal, na caderneta da gestante e nos exames. A partir dessas informações e com avaliação clínica, a cada hora vamos avaliando e classificando a permanência do risco ou não”, afirma a enfermeira obstetra do HRC, Raquel Ribeiro Lira Diógenes. Casos reclassificados para risco relativo ou alto risco são realizados por médicos obstetras. A atuação da equipe de enfermagem tem garantido o aumento do número de partos normais e de forma humanizada na rede, além de reduzir a mortalidade e os índices de sofrimento dos bebês e das mães. Segundo a Secretaria de Saúde, em 2019 e 2020, foram feitos 1.604 e 1.681 partos normais feitos por enfermeiros obstetras, respectivamente, contra 2,9 mil até agosto deste ano. No ano passado, o número atingiu 3.026. “Ajudamos a reduzir a mortalidade materna, garantimos a comunicação efetiva e a proximidade da mãe com o bebê. São boas práticas recomendadas desde 1996”, diz a enfermeira Raquel. “O parto é um momento de respeitar a mulher, o bebê e a família. A mudança do modelo passa pela assistência, formação e gestão”, acrescenta. A atuação da equipe de enfermagem tem garantido o aumento do número de partos normais e de forma humanizada na rede Foi isso que a mãe Ana Claude Alves sentiu durante o parto da segunda filha, Alice Maria. As duas foram atendidas pelas enfermeiras obstetras do HRC durante as cinco horas do trabalho de parto. “As enfermeiras foram incríveis. Senti todo o cuidado da equipe, mesmo com a minha sensação de tensão”, revela. Mudança de cultura A enfermeira Fernanda Coelho do Nascimento, que foi interna do Centro Obstétrico do Hospital Regional de Ceilândia há três anos e voltou neste ano como concursada, lembra que havia uma resistência em relação à atuação dos enfermeiros especializados. “Percebo essa mudança de cultura. Hoje não só a equipe está muito mais aberta para a presença da enfermeira obstetra como a própria paciente. Já é uma atuação bem concreta e consolidada”, comenta. Entre as mudanças, Fernanda destaca o pedido das mães e dos acompanhamentos para a pintura da placenta como recordação, o corte do cordão umbilical e a utilização de bola e cavalinho (equipamento que visa o relaxamento, aumento da dilatação e diminuição da dor) para ajudar no processo do parto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A supervisora da enfermagem Suely de Jesus Cotrim conta que a ampliação da atuação da equipe de enfermagem obstétrica no centro já resulta em ações humanizadas no hospital durante o parto. “Percebemos que muitas das práticas que a gente não acreditava que poderiam ser feitas, hoje fazemos como se tivéssemos feito a vida inteira”, afirma. De acordo com a supervisora, o local registrou a queda da taxa de episiorrafia (incisão cirúrgica no períneo) de 99% para 7%, do percentual de mulheres com laceração, e do índice de bebês com hipóxia (ausência de oxigênio suficiente nas células e tecidos corporais) de 12% para 0,8%. Outras ações Para além da realização de partos normais, as enfermeiras do Hospital de Ceilândia também atuam auxiliando os médicos nas cesarianas. “Naquele momento as mulheres precisam da gente. A enfermeira vai ter todo esse olhar de respeito para que a mulher receba um cuidado melhor”, destaca Suely. Esse é o trabalho da enfermeira Marina Simpionato de Oliveira de Moraes. “A gente consegue dar um certo conforto e apoio emocional a elas. A gente orienta até como os acompanhantes podem ajudar neste momento e, principalmente, na recuperação. Procuramos ajudá-las no contato pele a pele e na amamentação”, define.

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Sem saber que estava grávida, mãe dá à luz na UPA de São Sebastião

À 0h06 de terça-feira (7), o choro da pequena Manuela ecoou nos corredores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Sebastião, onde ela nasceu de forma inesperada. A unidade não é referência em partos, mas sem ter tempo para encaminhar a gestante a uma maternidade hospitalar, a equipe realizou o parto, que ocorreu de forma natural e com sucesso. [Olho texto=” “A formação do médico, enfermeiro e técnico de enfermagem é generalista. Então, independentemente de a UPA ser uma unidade sem subespecialidade, a equipe tem capacidade de atender urgências e de fazer o primeiro atendimento para todos os casos”” assinatura=”Marcelo Martins Oliveira, médico da UPA” esquerda_direita_centro=”direita”] “Ela nasceu ativa, pegou o peito da mãe em menos de um minuto e não demonstrou nenhum sinal de instabilidade. Em seguida, já entramos em contato com o Samu e ela foi transferida para o Hospital Regional Leste”,  contou o médico Marcelo Martins Oliveira, que atua há pouco mais de dois anos na UPA O médico relatou que a mãe, Eurizania Pereira da Silva, chegou acompanhada do marido e de uma filha, com dor abdominal, e informou que não sabia da gestação, mas que a surpresa deixou ela e toda a família muito felizes. “Primeiro ela passou pela classificação de risco, às 23h46. Quando fiz o exame físico, imediatamente foi possível ver que ela estava em trabalho de parto. Assim, já colocamos a paciente em uma maca e a levamos para a Sala Vermelha. Poucos minutos depois, o parto ocorreu de forma natural e espontânea junto à equipe médica e de enfermagem”, disse o médico. Manuela nasceu de forma inesperada, mas o parto ocorreu de forma natural e com sucesso | Foto Divulgação/Iges-DF Marcelo Martins explicou que “a formação do médico, enfermeiro e técnico de enfermagem é generalista, então, independentemente de a UPA ser uma unidade sem subespecialidade, a equipe tem capacidade de atender urgências e de fazer o primeiro atendimento para todos os casos. Além disso, no momento de emergências que necessitam de um olhar diferenciado, todos são acionados para identificar se há profissionais que têm experiência naquela área”. Gastroenterologista e clínico médico, Marcelo disse, ainda, que ter participado do parto o fez lembrar-se do passado. É que, antes de fazer residência em clínica médica, chegou a realizar partos em um hospital público pequeno no Ceará. “Isso foi há 12 anos, quando atuava como médico generalista lá. É claro que a gente deixa esse papel para o obstetra, mas não podemos deixar de entrar em ação quando é necessário”, disse. Fernanda Faustino, técnica de enfermagem da UPA e que trabalhou no centro obstétrico do Hospital Materno Infantil (HMIB) em outro turno, ajudou na condução do parto com a experiência que possui. “Chegamos lá e a paciente estava sentada na maca do consultório gritando de dor, acompanhada do marido e da filha de mais ou menos 4 anos”, relata. Embora as UPAs sejam unidades de pronto-atendimento, não são os locais ideais para atendimentos à parturientes, “Um parto em uma UPA é bem atípico, mas sempre estamos preparados. Temos um kit pediátrico com fralda, bandeja para pequenos procedimentos e campo estéril, que foi usado no parto”, disse a coordenadora de enfermagem da UPA, Amanda Clímaco. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Mariela Souza de Jesus, diretora-presidente do Iges-DF, comemora o sucesso da ação: “As UPAs não são locais ideais para partos. Então, que bom que tudo ocorreu da melhor maneira e que bebê e mãe passam bem”. A bebê e a mãe foram transferidas pelo Samu para o Hospital Regional Leste, onde continuam recebendo assistência. *Com informações do Iges-DF

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Centro Obstétrico ganha enfermeira especializada

Desde o início do ano, o Centro Obstétrico do Hospital Regional de Samambaia (HRSam) passou a oferecer às suas parturientes o acompanhamento com uma enfermeira obstetra na hora do trabalho de parto, possibilitando uma assistência humanizada durante um momento tão especial na vida de uma mulher. Alice Oliveira é a enfermeira obstetra que tem feito a diferença na vida das parturientes do HRSam. Ela começou a atuar na unidade desde o dia 4 de janeiro | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF Além de possibilitar maior humanização, o trabalho realizado pela enfermeira obstetra inclui dar suporte obstétrico, ou seja, fazendo avaliação materno e fetal, criando métodos de alívio da dor e exercícios para melhor progressão do trabalho de parto. Alice Oliveira é a enfermeira obstetra que tem feito a diferença na vida das parturientes do HRSam. Ela começou a atuar na unidade desde o dia 4 de janeiro. “Tenho um olhar focado em uma assistência humanizada, que é uma assistência segura, embasada em conhecimentos científicos, com um perfil acolhedor, que respeite as necessidades da parturiente, uma assistência individualizada”, afirma. De acordo com Alice, muitas vezes o que a parturiente precisa é ser acolhida, ter alguém que entenda tanto a parte científica de um trabalho de parto, métodos de alívio da dor, exercícios para descida do bebê e melhor progressão do trabalho de parto, quanto também entenda que o parto não é só físico, mas influenciado por outros fatores, como sensação de segurança, nível de estresse e ansiedade. “Tudo isso tem impacto na cascata hormonal e todos esses aspectos precisam ser considerados em um nascimento. Tenho conseguido deixar as pacientes em posições variadas, com liberdade de posição, além de utilizar métodos não farmacológicos de alívio da dor, recorrendo aos recursos disponíveis como banho, massagens, exercícios individualizados ao caso, uso da bola feijão para abertura pélvica, entre outros”, explica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na opinião da enfermeira obstetra, para mudar o mundo é preciso mudar a forma de nascer, olhar para esse momento único e singular com o respeito que essas parturientes merecem, o que diminui significativamente as intervenções desnecessárias. Em 2020, foram realizados 4.143 partos no HRSam, a média anual foi de 354 por mês. Cerca de 12 partos por dia. Em janeiro de 2021 foram realizados 310 partos. O quantitativo de fevereiro ainda está em aberto. Reforma no HRSam Assim que a pandemia acabar, o Centro Obstétrico passará por uma grande reforma. Uma das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) será transferida para o térreo do hospital e o CO será ampliado para essa área que hoje é a UTI. Com a reforma, o Centro Obstétrico estabelecerá os padrões para o funcionamento fundamentados na qualificação, humanização da atenção e gestão, e redução e controle dos riscos para os usuários. Além de aumentar o número de partos. “Poderemos oferecer maior qualidade de atendimento como, áreas de convivência para as gestantes se distraírem durante o trabalho de parto, uma vez que, o trabalho de parto pode demorar horas e até dias”, explica Gisella Souza Pereira, supervisora de Enfermagem do Centro Obstétrico do HRSam. * Com informações da Secretaria de Saúde

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Hran: mais de 160 partos desde o início da pandemia

Referência no atendimento de pessoas com covid-19 no Distrito Federal, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) fez, desde o início da pandemia, 166 partos em pacientes suspeitas ou confirmadas com doença, sendo dois deles de gemelares. A eficiência dos serviços mostrou ainda um baixo índice de mortalidade, com apenas três óbitos maternos e dois casos de bebês natimortos, ocorridos em agosto. “A nossa taxa de mortalidade se mostrou baixíssima. Resultado de todos os protocolos de segurança que têm sido adotados no hospital para proteger tanto os pacientes como os profissionais das equipes”, avaliou o médico ginecologista e chefe da Unidade de Ginecologia e Obstetrícia do Hran, Marco Antônio Resende. Daniela, contaminada pela Covid-19, deu à luz a uma menina saudável. Uma das atendidas nesse período foi Daniela Batista, 40 anos. No sétimo mês da gravidez, ela descobriu que estava com covid-19. Precisou ficar um mês internada no Hran, estando intubada por oito dias. Apesar de ter tido alta em 27 de agosto, foi aconselhada a retornar ao hospital para ter sua filha, que nasceu com 39 semanas, em 24 de setembro. “No início, quando comecei a ter os sintomas, fiquei com muito medo. Como fiquei muito grave e as minhas consultas de pré-natal foram no Hran, o médico recomendou que eu tivesse o bebê lá. Não tenho do que me queixar, porque a equipe cuidou muito bem de mim e foram muito atenciosos”, elogiou Daniela, cujo bebê ainda está em observação. Ao todo, foram atendidas desde o início da pandemia 1.538 gestantes suspeitas e confirmadas no pronto-socorro da Ginecologia e Obstetrícia do Hospital da Asa Norte. Dessas, 389 foram internadas para tratamento clínico por pneumonia e ou trabalho de parto. Cuidados Os cuidados iniciam na chegada das pacientes, que são separadas entre aquelas que estão com suspeitas e as que já confirmaram a doença. Todas passam por tomografia para verificar a situação dos pulmões. Durante o tempo de internação das gestantes, são realizados exames que verificam a vitalidade fetal com mais frequência para evitar ou diagnosticar o sofrimento fetal, como a ecografia e a cardiotocografia. Como era uma doença desconhecida no início da pandemia, não foi fácil se adaptar as mudanças, como lembra o chefe da Unidade de Ginecologia e Obstetrícia do Hran. “Houve mudanças grandes em relação a rotina de exames e atendimentos. Mais de 90% dos pacientes já fazem tomografia e exames laboratoriais. Após o resultado, são avaliados quanto a possibilidade de internação, com algumas adaptações para as gestantes, com relação a exames, medicamentos e tempo de tratamento”, informou o médico. Mudanças Foto: Centro Obstétrico do Hran Foi criada, no Centro Obstétrico, uma sala com respirador e equipamentos para intubação das pacientes. Quando a paciente passa por esse procedimento ela é encaminhada para o box de emergência ou para um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para receber os cuidados necessários, sendo encaminhada para a maternidade após melhora e alta dessas unidades. No Hran existe, hoje, um grupo só para realizar o procedimento de intubação, que é acionado diante de qualquer intercorrência, com o atendimento sendo imediato. Na maternidade as puérperas também se encontram separadas em suspeitas e confirmadas. Quando o exame apresenta resultado negativo, a paciente retorna para a Região de Saúde de origem. As pacientes que tiveram resultado positivo continuam sendo atendidas no ambulatório específico e, à medida que elas vão evoluindo, voltam para as unidades básicas mais próximas. “A qualidade do atendimento se mostrou muito boa. Além disso, nossa expectativa foi superada em relação ao engajamento da equipe e o nível do serviço, com o entrosamento maior entre os profissionais. Tudo isso trouxe resultados muito positivos”, ressaltou Marco Antônio Resende. * Com informações da Secretaria de Saúde

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