GDF orienta população no combate a escorpiões
O Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou o combate contra escorpiões, com mais inspeções em imóveis residenciais. As ações incluem visitas para identificar possíveis esconderijos do animal tanto no interior quanto nos quintais das casas. Nesta sexta-feira (18), as equipes da Secretaria de Saúde (SES-DF) estiveram na Asa Norte para verificar as casas da Superquadra 711. Os escorpiões são aracnídeos e podem ser encontrados nas zonas tropicais e subtropicais do mundo. A recomendação é que, ao encontrar um escorpião em casa, o morador entre em contato com a Vigilância Ambiental, por meio do número 162, ou registrando um chamado na Ouvidoria pelo sistema Participa DF. Durante as ações, os profissionais orientam os moradores sobre cuidados como a instalação de vedação nas portas, colocação de telas nos ralos, controle de baratas — principal fonte de alimento dos escorpiões — e a eliminação de entulhos e restos de materiais de construção. As medidas visam à segurança da população diante da maior incidência de acidentes com escorpiões em determinadas épocas do ano. Durante as ações, os profissionais orientam os moradores sobre medidas contra escorpiões | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília “São visitas domiciliares tanto em relação à dengue quanto a animais peçonhentos e outros animais sintomáticos. Além disso, a gente também atende os canais de ouvidoria do GDF”, explica a agente de vigilância ambiental em saúde Ranny Keatlyn de Oliveira. “Estamos aumentando as nossas vistorias, tanto com as visitas domiciliares, quanto com o atendimento da ouvidoria”. Na inspeção desta manhã, a equipe encontrou pelo menos dois espécimes na casa da aposentada Gláucia Maria da Silva. “Moro aqui há dois anos e meio. Desde quando a gente mudou, que a casa já estava em reforma, eu já encontrava escorpião. Às vezes eu estava na frente da casa e percebia o escorpião entrando”, conta. Gláucia considera importantes as ações da Secretaria de Saúde. “Sou idosa, tenho criança em casa, então todo cuidado é pouco”, afirma. Gláucia Maria da Silva: "A orientação que já recebi foi de vedar tudo que for buraquinho de tomada, qualquer possibilidade que o escorpião possa entrar" A aposentada conta que faz a limpeza das caixas de gordura e de esgoto a cada seis meses por precaução. “A gente limpa, faz a dedetização e o cuidado. A orientação que já recebi foi de vedar tudo que for buraquinho de tomada, qualquer possibilidade que o escorpião possa ter para entrar. Mantenha a limpeza, não acumular coisas pelo chão, porque tudo isso se torna esconderijo”, aconselha. Orientações A agente Ranny reforça as orientações: “A maioria da população pensa que os escorpiões acessam as casas por meio de ralos, mas o animal gosta de ambientes úmidos, mas não com água. Então, muito dificilmente ele vai entrar na casa por meio de um ralo que esteja em uso constante. É importante deixar fechado, mas o principal local de acesso vai ser por meio dos condutores elétricos”. Ranny aconselha a população a passar um pente-fino nas casas. “Olhar se as tomadas estão bem-encaixadas, ver se tem algum buraquinho que esteja saindo no fio, que esteja um pouco aberto, se as lâmpadas e luminárias estão bem-encaixadas e tentar vedar esses conduítes elétricos para evitar que os escorpiões entrem nas casas”, enumera. Ranny Keatlyn de Oliveira: “Para o escorpião a gente não tem uma dedetização específica, então o que que a gente vai fazer? Tentar fazer a dedetização voltada às baratas, que são o principal alimento deles" A presença de baratas no ambiente também é apontada pela agente como um fator que merece atenção. “Para o escorpião a gente não tem uma dedetização específica, então o que que a gente vai fazer? Tentar fazer a dedetização voltada às baratas, que são o principal alimento deles. Expulsando as baratas, a gente acaba também expulsando o escorpião porque ele vai buscar alimento em outros lugares”, conclui. Aumento no número de casos O número de acidentes com escorpiões no Distrito Federal aumentou 43,75% nos primeiros seis meses de 2025. De janeiro a junho, foram registrados 2.073 casos. No mesmo período do ano passado, foram 1.442 ocorrências. No segundo trimestre deste ano, foram registrados 1.146 acidentes, superando os 927 do primeiro trimestre. Em todo o ano de 2024, foram 3.517 casos, com distribuição praticamente igual entre homens e mulheres, e com maior concentração de vítimas entre 20 e 49 anos. O aumento no número de escorpiões achados na área residencial foi verificado em todo o país O biólogo da Secretaria de Saúde Israel Moreira explica que os casos estão aumentando em todo o país. “Um conjunto de fatores pode explicar o crescimento nos últimos anos. São eles: a elevação da temperatura, a alteração dos regimes de chuvas, o crescimento desordenado das cidades, o descarte irregular de resíduo sólido, a falta de produtos químicos eficazes para o controle no ambiente domiciliar e a desinformação acerca das medidas preventivas e de controle”, enumera. Serviço A Secretaria de Saúde disponibiliza soros antivenenos contra picadas de escorpiões em diversos hospitais no Distrito Federal. As pessoas que forem picadas pelo aracnídeo podem procurar os seguintes locais: ⇒ Hospital Materno Infantil de Brasília (atendimento exclusivo para crianças de até 13 anos, 11 meses e 29 dias); ⇒ Hospital Regional da Asa Norte (Hran); ⇒ Hospital Regional do Guará; ⇒ Hospital Regional de Brazlândia; ⇒ Hospital da Região Leste (Paranoá); ⇒ Hospital Regional de Ceilândia; ⇒ Hospital Regional do Gama; ⇒ Hospital Regional de Santa Maria; ⇒ Hospital Regional de Planaltina; ⇒ Hospital Regional de Sobradinho; ⇒ Hospital Regional de Taguatinga. A população também pode acionar o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), que oferece atendimento 24 horas, pelos telefones 0800 644 6774 e 0800 722 6001. Para solicitar inspeção em casos de aparecimento do animal, o contato com a Vigilância Ambiental pode ser feito pelo número 160 ou pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com. [LEIA_TAMBEM]Principais espécies de escorpião no Brasil De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, os escorpiões mais perigosos são as seguintes espécies do gênero Tityus. Escorpião-amarelo (T. serrulatus) - com ampla distribuição em todas as macrorregiões do país, representa a espécie que mais preocupa, em função do maior potencial de gravidade do envenenamento e pela expansão na distribuição geográfica no Brasil, facilitada por sua reprodução partenogenética e fácil adaptação ao meio urbano. Escorpião-marrom (T. bahiensis) - encontrado nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus) – Também apresenta reprodução do tipo partenogenética. É a espécie mais comum no Nordeste, apresentando alguns registros nos estados de Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus) – Principal causador de acidentes e óbitos na região Norte e no Mato Grosso.
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Saiba o que fazer se for picado por escorpião ou abelhas
A Secretaria de Saúde (SES-DF) reforça as orientações sobre incidentes com insetos ou aracnídeos, principalmente para quem mora em área rural. É preciso estar atento a sinais como vômito, inchaços pelo corpo, dificuldade para respirar ou batimentos acelerados do coração, sintomas alérgicos que podem resultar em choque anafilático. Nesses casos, é importante buscar imediatamente o serviço de urgência e emergência mais próximo. “Se for picado por escorpião ou por abelha, é recomendável procurar a unidade básica de saúde [UBS] mais próxima de sua residência. As reações causadas por picada de insetos ou aracnídeos, podem ser leves, mas também podem ser muito graves”, afirma a médica toxicologista Andréa Amoras, do Centro de Informações Toxicológicas (CIATox) do Distrito Federal. Se o paciente não encontrar atendimento na UBS, é imprescindível levá-lo a uma UPA | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Caso a UBS não esteja em período de atendimento ou o quadro do paciente se mostre grave, é imprescindível levá-lo a uma unidade de pronto atendimento (UPA) 24h ou ao hospital mais próximo. Também é possível acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192), que encaminhará o paciente para a unidade mais indicada. Protocolo “Na picada de escorpião, o médico deve avaliar a real necessidade de fazer o soro antiveneno; ele ministrará a medicação sintomática e deixará o paciente em observação. Assim também na picada de abelha: se a pessoa for extremamente alérgica, uma picada já pode provocar um efeito adverso importante, da mesma forma se houver muitas picadas”, explica a médica do CIATox. Em todos os casos, o próprio paciente ou os profissionais de saúde que o atenderem podem entrar em contato com o CIATox, referência no atendimento a pacientes intoxicados e vítimas de acidentes com animais peçonhentos que funciona 24 horas por dia, o ano todo. O centro está integrado ao Samu e é formado por equipe multidisciplinar de médicos, farmacêuticos e enfermeiros especialistas em toxicologia. O CIATox pode ser acionado pelos números 0800 644 6774 ou 0800 722 6001. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Foi picado por animal peçonhento? Rede pública presta todo o socorro
Aranhas, escorpiões, abelhas, lagartas, serpentes… O que esses animais têm em comum? Todos produzem veneno, e injetam essa substância em outro animal, incluindo o ser humano, por meio de presas ou ferrões. E o mais preocupante: podem morar na sua casa. Somente neste ano, já foram 1.178 ocorrências com animais peçonhentos em todo o Distrito Federal, a maioria de escorpiões – 886 casos. [Olho texto=”“Evite o uso de medicamentos e outras substâncias no local da picada, assim como deve-se evitar fazer torniquetes, sucções ou incisões no local da picada de serpentes”” assinatura=”Israel Moreira, biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival)” esquerda_direita_centro=”direita”] A Secretaria de Saúde conta com o Centro de Informações e Assistência Toxicológica (Ciatox), que presta auxílio em casos de picadas por animais peçonhentos, com orientações para os primeiros cuidados e indicando onde há disponibilidade de antídotos para o veneno de escorpiões, aranhas e serpentes. Qualquer pessoa pode entrar em contato nos números 0800 644 6774 ou 0800 722 6001. Em 2021, do total de 2.640 acidentes envolvendo animais peçonhentos, 2.065 foram picadas de escorpião. Em 2022, a maioria dos casos foram registrados nas regiões de Saúde Norte e Sudoeste, com 175 e 164 ocorrências, respectivamente, seguidas da Região de Saúde Oeste, que acumula 120 casos de picadas do animal. Se as picadas de escorpião são as mais frequentes, as de serpente inspiram mais atenção por serem as mais perigosas. Neste ano, já foram registrados 60 acidentes do tipo no DF. Em 2021, foram 162 ocorrências. Quando se fala de ataques de cobras, a região Norte lidera o número de casos: foram 32 em 2021 e, até agora, 20 em 2022. Em 2021, do total de 2.640 acidentes envolvendo animais peçonhentos, 2.065 foram picadas de escorpião | Foto: Humberto Leite / Agência Saúde DF Biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), Israel Moreira vem observando, desde 2012, um aumento de ocorrências ao longo dos anos. “Por isso é importante que a população saiba como se proteger”, enfatiza o servidor. Onde se escondem? Geralmente, animais peçonhentos habitam ambientes com acúmulo de lixo e entulho. “Por isso, não é aconselhável armazenar material de construção por muito tempo, por exemplo, e deve-se manter o quintal sempre limpo e com vegetação aparada”, explica Israel Moreira. Locais com muitas frestas, vãos e rachaduras, caixas de esgoto, eletricidade ou gordura destampadas ou danificadas também criam condições perfeitas para abrigá-los, principalmente escorpiões, lacraias e aranhas. Da mesma forma, aberturas no telhado favorecem o acesso de aranhas, escorpiões e a instalação de enxames (veja quadro). E engana-se quem pensa que só precisa se preocupar quem mora em casa. “Existe um verdadeiro mundo paralelo nos prédios. Tubulações de energia e telefone e fossos de elevador, por exemplo, abrigam escorpiões”, explica Israel. Assim, é fundamental manter tomadas, interruptores e canoplas de luminárias bem vedadas, além de ralos fechados ou protegidos com tela. [Olho texto=”Após o acompanhamento médico da vítima, é necessário solicitar visita da Vigilância Ambiental, por meio do telefone 2017-1344 ou 160, para vistoria do imóvel” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O que fazer após um acidente com animal peçonhento? O primeiro passo é procurar o pronto-socorro mais próximo para uma avaliação médica. “Evite o uso de medicamentos e outras substâncias no local da picada, assim como deve-se evitar fazer torniquetes, sucções ou incisões no local da picada de serpentes”, orienta Israel. “Inclusive, tirar uma foto do animal para mostrar ao profissional de saúde auxilia na escolha da conduta para o tratamento”, completa. Após o acompanhamento médico da vítima, é necessário solicitar visita da Vigilância Ambiental, por meio do telefone 2017-1344 ou 160, para vistoria do imóvel e identificação de condições que permitem a presença desses animais. Escorpiões, aranhas e lacraias podem ser eliminados desde que haja o cuidado para proteger pés e as mãos. Já as serpentes não devem ser capturadas. Em casos envolvendo cobras, o Batalhão de Polícia Ambiental deve ser acionado para o recolhimento do animal. Em caso de abelhas, é o Corpo de Bombeiros que atua. Arte: Agência Brasília *Com informações da Secretaria de Saúde
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