Agro do Quadrado: Produção de grãos no DF cresce com qualidade no DNA
Do cafezinho para começar bem o dia, até o clássico feijão e as deliciosas iguarias feitas a partir do trigo, é rara uma refeição do brasiliense em que os grãos não estejam incluídos. Diante da demanda, a produção desse grupo de alimentos desponta no Quadradinho, impulsionada pelo apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) e pelo desenvolvimento tecnológico. Trigo é uma cultura que se fortalece no Distrito Federal: a safra cresceu 272% entre 2019 e 2023 | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Entre as variedades que brotam na região, o trigo foi um dos produtos que apresentaram um grande salto na produção durante os últimos cinco anos. Entre 2019 e 2023, a safra da triticultura cresceu 272%, e passou de 6 mil toneladas para 22 mil toneladas. Ainda que tenha apresentado um crescimento expressivo, o potencial de cultivo do grão no DF ainda não atingiu seu pico e deve conquistar ainda mais investidores, além dos cerca de 60 que apostam na produção do cereal atualmente. É o que aponta o engenheiro agrônomo da Emater-DF, Carlos Antônio Banci. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Governo do Distrito Federal (@gov_df) “O trigo é uma cultura que está crescendo na região Centro-Oeste. Ele é tipicamente de climas frios, como os municípios da região do Sul do país. Aqui no DF, temos uma condição muito boa de plantio e, atualmente, somos recordistas em produtividade do trigo, principalmente irrigado”, destaca o especialista. Um dos diferenciais desse tipo de grão plantado no DF é um reflexo do clima da região. Como o trigo é uma cultura que se adapta ao frio, na época seca do ano – que também coincide com o período da colheita -, a planta apresenta mais resistência. “Aqui no DF a gente não tem problemas que existem em outras regiões nesse período, como o excesso de chuva e o risco de geadas. Por isso, a gente consegue entregar uma ótima qualidade e regular o próprio pH do trigo”, diz o técnico agrícola Bruno Rodrigues Tal característica também foi constatada pelos produtores locais. O técnico agrícola Bruno Rodrigues, 32 anos, trabalha na fábrica de sementes Três Pinheiros, no Núcleo Rural Taquara, e destaca os benefícios do cultivo como alternativa para o período de entressafra da soja, por exemplo. “Nós decidimos plantar o trigo como uma alternativa para a rotação de cultura. A gente começa o ciclo a partir de março, e vai colher entre junho e julho. Aqui no DF a gente não tem problemas que existem em outras regiões nesse período, como o excesso de chuva e o risco de geadas. Por isso, a gente consegue entregar uma ótima qualidade e regular o próprio pH do trigo”, explica. Além da triticultura, a produção agrícola do DF tem se destacado no mercado de grãos com outros alimentos, como o feijão, cuja produção ultrapassou a marca de 36 mil toneladas no ano passado, e a de café, cerca de 1,09 tonelada – menos expressiva, porém bastante rica em termos de variedade. Outras vantagens A nutricionista Rayane Damasceno, responsável técnica do Restaurante Comunitário do Sol Nascente, diz que os grãos são fonte de vários tipos de vitaminas e minerais O consumo de grãos também oferece diversos atrativos para quem decide incluí-los na dieta. Eles são importantes fontes de energia, vitaminas, ferro e outros nutrientes considerados essenciais para uma dieta saudável. “Os grãos são muito importantes quando se fala em uma alimentação balanceada. Pela presença de vários tipos de vitaminas, como as do complexo B, e minerais. Para ter uma alimentação saudável é fundamental ter variedade no prato, o que garante também uma qualidade de vida melhor”, explica a nutricionista e responsável técnica do Restaurante Comunitário do Sol Nascente, Raiany Damasceno. Por lá, a prioridade é proporcionar uma refeição de qualidade tanto em termos nutricionais quanto quando se trata de sabor, e que atenda a todos – especialmente, a população em situação de vulnerabilidade. O cardápio é montado por especialistas da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF). Comida boa e que abastece o organismo é fundamental para Wesley Rodrigues, 35, que almoça todos os dias no local. É da alimentação do restaurante comunitário que ele tira a energia para cumprir o dia de trabalho como varredor do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do Distrito Federal. O aposentado José Bispo almoça com frequência no Restaurante Comunitário do Sol Nascente e elogia a qualidade da comida e o atendimento dos profissionais do local “O arroz e o feijão são importantes porque são a comida do brasileiro, na verdade. Não pode faltar, pra mim, sem eles não é comida”, brinca Wesley. “Eu como um pouquinho de tudo, e aproveito para tomar o cafezinho, que não pode faltar pra quem trabalha cedo. Isso dá energia e disposição de verdade para nós”, conta. O clássico no prato do brasileiro também é prioridade para José Bispo Celestino, 62. O aposentado não poupa elogios à alimentação oferecida no local, e almoça pelo menos três vezes na semana no equipamento público. Morador do Condomínio Gileade, ele diz que a educação e o atendimento dos profissionais que atuam no local são tão bons quanto a comida. “Para mim, o arroz com feijão é uma coisa indispensável. Mas, eu gosto muito da comida aqui, não tem como dizer que ela não é boa. É boa total, tanto pra gente, que é mais de idade, quanto para quem é jovem. É uma comida balanceada, bem temperada, boa para todo mundo”, conta. “A nossa região está de parabéns com esse restaurante aqui”.
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Produção de gengibre cresce no DF
A plantação de gengibre cresce e desponta como uma boa oportunidade para o produtor rural do Distrito Federal. A razão é simples: a demanda pela raiz tem crescido em função dos benefícios para a saúde e o custo de produção é relativamente baixo, desde que observadas as boas práticas de sustentabilidade. Em 2021, a produção na região chegou a 39,5 toneladas, com quase 14 hectares de área cultivada – um crescimento de 7% em relação a 2020. O produtor Alexandre Kusaba começou a investir no gengibre há dez anos, motivado pelo valor de mercado. Hoje, comercializa toda sua produção na Ceasa | Foto: Carolina Mazzaro/Emater-DF Atualmente, o DF conta com 24 produtores de gengibre, distribuídos entre as regiões de Alexandre Gusmão, Ceilândia, Planaltina e Vargem Bonita. Com aproximadamente 10 hectares de cultivo da raiz, a colônia japonesa de Vargem Bonita, no Park Way, é a região com maior produção. [Olho texto=”“Várias razões explicam Vargem Bonita ser a maior produtora de gengibre do DF. A colônia japonesa é expressiva na área e tem a cultura de usar a raiz na alimentação, seja em conserva, tempero ou até na bebida. Além disso, o preço da caixa é bastante atrativo”” assinatura=”Cláudia Coelho, gerente do escritório da Emater-DF em Vargem Bonita” esquerda_direita_centro=”direita”] A família do produtor Alexandre Kusaba chegou à região na época do plano de desenvolvimento agrícola do ex-presidente Juscelino Kubistchek. O pai iniciou a produção familiar com inhame, berinjela, tomate, alface e cenoura. No entanto, há dez anos, motivado pelo valor de mercado, Alexandre começou a investir no gengibre. Hoje, sua produção é toda comercializada na Ceasa para clientes fixos. “Vendo uma caixa de 15 kg ao preço de R$ 80 a R$ 100, mas nos meses de dezembro a janeiro os preços sobem para R$ 180 a R$ 200 a caixa. A vantagem de produzir é que a plantação não se perde sem a colheita. É possível esperar por meses, sem estragar a raiz, desde que preservadas as condições ideais. O gengibre não gosta de solo com muita água”, explica Alexandre. A gerente do escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF) em Vargem Bonita, Cláudia Coelho, explica que a região sempre foi conhecida pelo cultivo de folhosas. No entanto, alguns produtores, nos últimos tempos, resolveram apostar no plantio do gengibre. A demanda pelo gengibre tem crescido em função dos benefícios da raiz para a saúde. Além disso, o custo de produção é relativamente baixo “Várias razões explicam a região ser a maior produtora de gengibre do DF. A colônia japonesa é expressiva na área e tem a cultura de usar a raiz na alimentação, seja em conserva, tempero ou até na bebida. Da colheita, é possível fazer as mudas retirando os rizomas sementes para plantio. Além disso, o preço da caixa é bastante atrativo. Vale destacar também que o alimento caiu no gosto popular em função dos benefícios para saúde – como exemplo, o aumento da imunidade”, avalia Cláudia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Benefícios O gengibre é um rizoma, cujo nome científico é Zingiber officinalis, e pode ser comprado em lojas de produtos naturais, farmácias de manipulação, mercados e feiras livres, na sua forma natural, em pó ou em cápsulas. O uso do rizoma é amplo, da culinária ao uso terapêutico. Por ser uma raiz comestível, pode ser adicionada na dieta e, neste caso, traz vários benefícios para a saúde, desde auxilio no emagrecimento até na melhora dos sintomas de má digestão, azia, enjoo, gastrite e problemas de circulação sanguínea. Na culinária japonesa, o uso mais comum é em conservas (gari, nome tradicional) acompanhando o sushi e o sashimi. O gari tem a função principal de refrescar e purificar o paladar entre um sushi ou sashimi e outro. Assim, os sentidos são aguçados para que o próximo alimento seja bem recebido pelo corpo e seus sabores sejam degustados de maneira intensa. *Com informações da Emater-DF
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Produção agropecuária no DF cresce 23% em um ano
Para comemorar aniversário, Emater está publicando em suas redes sociais cards com imagens de seus funcionários e a mensagem “Eu faço parte dessa história” | Reprodução: Emater [Olho texto=”“Esses números demonstram não apenas o potencial econômico do setor agropecuário do Distrito Federal, mas como a assistência técnica e a extensão rural dão resultado na vida das pessoas do campo”” assinatura=”Denise Fonseca, presidente da Emater” esquerda_direita_centro=”direita”] A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) completa 43 anos de atividade nesta quarta-feira (7), comemorando pelo quinto ano consecutivo o aumento no Valor Bruto de Produção (VBP) do Distrito Federal. O VBP é calculado multiplicando o valor da produção de cada produto agrícola e da pecuária pelos preços médios recebidos pelos produtores. Em 2020, a produção agropecuária do DF alcançou R$ 3.577.979.032,77 – crescimento de 23,04% em relação a 2019, que foi de R$ 2.907.865.990,96. O setor com maior crescimento foi a pecuária, com VBP de R$ 1,412 bilhão (aumento de 28,82% na comparação com o ano anterior), seguido das grandes culturas (milho, soja, feijão e feno), com R$ 1,1 bilhão (+61,66%). As cadeias produtivas da olericultura (hortaliças), floricultura, fruticultura, produtos orgânicos e silvicultura somadas tiveram um valor bruto de R$ 1,064 bilhão em 2020. A presidente da Emater, Denise Fonseca, destacou: “Esses números demonstram não apenas o potencial econômico do setor agropecuário do Distrito Federal, mas como a assistência técnica e a extensão rural dão resultado na vida das pessoas do campo, em especial na dos pequenos produtores e agricultores familiares. Apesar do ano difícil por causa da pandemia, é com alegria que a gente apresenta esses números neste aniversário de 43 anos da Emater”. Apesar do número final positivo, algumas culturas tiveram redução de área plantada e de volume produzido em razão da pandemia, mas acabaram tendo um impacto menor no resultado acumulado por conta do aumento de preços no período, explica a diretora-executiva da Emater, Loiselene Trindade. Comemoração Por conta das restrições causadas pelo coronavírus, a Emater está celebrando seu aniversário com a publicação de cards nas redes sociais, com imagens de funcionários da empresa em suas atividades diárias com o mote “Eu faço parte dessa história”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A empresa tem um corpo técnico formado por profissionais de veterinária, agronomia, economia doméstica, engenharia e administração de empresas, além das atividades de apoio (jurídico, assessoria de comunicação, serviços gerais etc.). Também como parte das comemorações dos 43 anos, a Emater lança, nesta quarta-feira, a TV Emater, canal de comunicação com entrevistas com técnicos, especialistas, produtores e outros profissionais ligados ao setor agropecuário. Os vídeos estarão disponíveis nas redes sociais da empresa. Confira, aqui, o link do canal da empresa no YouTube. *Com informações da Emater-DF
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