Grupo de trabalho define estratégias de incentivo ao enoturismo no DF
O Grupo de Trabalho responsável por desenvolver o Enoturismo no DF se reuniu nesta quinta-feira (21) para compartilhar os resultados atingidos para concretizar a Rota do Vinho no PAD-DF. A reunião contou com representantes do Governo do Distrito Federal (GDF), do Banco de Brasília (BRB) e de produtores de vinho da capital federal. “Nosso objetivo é fortalecer essa cadeia produtiva e dar condições para mais emprego e renda para a população, além de incentivos para que a produção cresça. Incentivos fiscais também, para que seja comercializado no Distrito Federal e para que os produtores tenham as suas terras regularizadas. Esse é um ponto fundamental de segurança do produtor para produzir com tranquilidade” José Humberto Pires de Araújo, secretário de Governo Na coordenação dos trabalhos, o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, destacou que todas as áreas que foram focadas na reunião tiveram resultados positivos e que o principal é garantir que a produção de uva do DF seja usada em benefício do enoturismo, sobretudo, na produção do vinho – dando mais oportunidade, reconhecimento e divulgação para o produtor ao ingressar no mercado. “Nosso objetivo é fortalecer essa cadeia produtiva e dar condições para mais emprego e renda para a população, além de incentivos para que a produção cresça. Incentivos fiscais também, para que seja comercializado no Distrito Federal e para que os produtores tenham as suas terras regularizadas. Esse é um ponto fundamental de segurança do produtor para produzir com tranquilidade”, declarou o secretário. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) trabalha com produtores de vinho e uva de mesa há mais de duas décadas. Segundo o presidente da empresa pública, Cleison Duval, o modelo de trabalho que o GDF desenvolveu para a cadeia do vinho será importante para outros setores do agroturismo existentes em Brasília. O secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, coordenou os trabalhos destacando que todas as áreas que foram focadas na reunião tiveram resultados positivos e que o principal é garantir que a produção de uva do DF seja usada em benefício do enoturismo, sobretudo, na produção do vinho | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “Nós temos condições climáticas perfeitas para que essa cadeia se deslanche e a equipe da Emater está se especializando nas podas e tudo que é necessário para a produção de vinhos. Essa iniciativa pode servir de base para várias outras cadeias aqui no Distrito Federal, para toda a agropecuária, que hoje já é forte, mas que precisa de apoio unificado, como o governo fez para o enoturismo. Acredito que o enoturismo vai crescer muito aqui no Distrito Federal depois dessa reunião”, relatou o presidente. Desenhando a rota O viticultor Marcos Ritter foi um dos produtores presentes na reunião e reforçou que o caso da vinificação funciona com um grande grupo atuando em parceria. “Se tem várias opções, a gente consegue atrair turistas de diferentes localidades e interesses. A gente tem inúmeros exemplos de produtos locais como queijos, cachaça, café e tudo isso entra nessa mesma seara, que é o associativismo entre os pequenos produtores sempre vinculados com as iniciativas de maior porte”, acentuou. Já a Secretaria de Turismo ficou responsável pelas experiências e trajetos que vão compor a Rota do Vinho. “Foi feito todo esse diagnóstico dentro das vinícolas. Começaremos pelas vinícolas de Brasília e posteriormente as da Rede, para podermos divulgar cada vez mais o vinho do DF para o DF e, em consequência, para fora”, afirmou o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. A iniciativa do governo se deu com a criação do Decreto nº 45.434, o passo inicial para fomentar a prática do enoturismo na capital federal. Em 2022, o DF atingiu a marca de 88 hectares de área plantada de uva, o que gerou uma produção de 1.418 toneladas por parte dos 55 produtores. A meta é investir nesses números, abrindo também a cadeia turística. “Se a gente não tiver um enoturismo realmente estruturado, a gente não consegue oferecer um produto para esses turistas que vêm conhecer os vinhos daqui. Juntando setor privado com setor governamental, a gente pode criar essa rota e oferecer um produto turístico para Brasília”, ressaltou Renata Marchese, produtora de vinhos do PAD-DF.
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Distrito Federal oferece condições favoráveis para produção de uvas
Fruta característica de clima temperado, a uva tem grande potencial de desenvolvimento no Distrito Federal, apesar do clima quente e seco da região. A Emater tem prestado apoio aos agricultores interessados em produzir essa fruta, que tem grande apelo comercial e pode ser explorada com foco no enoturismo ou no turismo rural. [Olho texto=”Atualmente, são 40 produtores de uva espalhados por todo o DF e 74,56 ha plantados da fruta. Isso significa um aumento de 100% no número de produtores e de 60% no tamanho da área cultivada nos últimos quatro anos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A produção de uvas no cerrado brasiliense, fora da área de clima mais frio, de onde a planta é endêmica, tem vantagens e desvantagens. Segundo o coordenador de Fruticultura da Emater, Felipe Camargo, o inverno no Distrito Federal tem uma condição climática que possibilita uma excelente produção da fruta. “O inverno com dias quentes, noites frias e sem chuvas permite a produção de uvas mais doces que na região Sul do país”, explica. Segundo ele, essa condição aumenta o teor de açúcar na fruta e ainda permite que o produtor rural faça duas colheitas ao ano, quando faz o manejo adequado e adota técnicas como a dupla poda e a quebra de dormência. A produtividade média de uva no DF é de 22 toneladas por hectare (t/ha), valor que está acima da média nacional, de 19 t/ha | Foto: Divulgação/Emater “Isso é favorável para quem quer produzir vinhos de inverno, porque pode colher uvas de bastante qualidade, e também é positivo para quem produz uvas de mesa, porque terá uma safra que não vai competir com as grandes colheitas do sul do país, que são feitas no final do ano”, afirma o especialista. “Com isso, eu acredito que Brasília tem grande potencial de entrar na rota nacional de apreciação de vinhos finos de inverno.” Entre os maiores gastos no cultivo da cultura, o produtor vai encontrar as estacas de madeira para construção do parreiral e o sombrite. Também haverá gastos com a aquisição de boas mudas, insumos para uma adubação adequada e com a correção do solo e irrigação. [Olho texto=”“Esse número maior de produtividade na região é reflexo da assistência técnica, que incentiva o emprego de inovações tecnológicas, como utilização de variedades adaptadas de enxerto e porta-enxerto, sistemas de irrigação poupadores de água, técnicas de quebra de dormência e adoção da técnica da dupla poda para produção de uva”” assinatura=”Felipe Camargo, coordenador de Fruticultura da Emater” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O custo de implantação é elevado, podendo variar de R$ 125 mil a R$ 185 mil por hectare”, afirma Felipe Camargo. A sugestão do técnico é iniciar com pequenas áreas e buscar fontes de investimento, como o crédito rural. O custo de produção não tem impedido o aumento gradativo do plantio de uva no Distrito Federal. Atualmente são 40 produtores de uva espalhados por todo o DF e 74,56 ha plantados da fruta. Isso significa um aumento de 100% no número de produtores e de 60% no tamanho da área cultivada nos últimos quatro anos. Segundo dados do IBGE (2020), a produtividade média de uva no DF é de 22 t/ha, valor que está acima da média nacional, de 19 t/ha. “Esse número maior de produtividade na região é reflexo da assistência técnica, que incentiva o emprego de inovações tecnológicas, como utilização de variedades adaptadas de enxerto e porta-enxerto, sistemas de irrigação poupadores de água, técnicas de quebra de dormência e adoção da técnica da dupla poda para produção de uva”, afirma Camargo. Ainda de acordo com o técnico da Emater, a maior parte do plantio no Distrito Federal é para a produção de uva tipo mesa, em especial a variedade niágara rosada. “Também temos produtores que têm investido em variedades de uvas finas, como syrah, tempranillo, barbera e cabernet franc para a produção de vinhos finos”, diz. *Com informações da Emater
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