Evento ‘Histórias que Acolhem’ homenageia 136 protagonistas na luta contra as drogas no DF
“Hoje eu sou uma mulher que venceu. Uma mãe, uma empresária, uma referência para outras mulheres.” A frase, carregada de emoção e orgulho, é de Marilene Alves Ferreira, 40 anos, moradora do Riacho Fundo II, uma das homenageadas no evento Histórias que Acolhem, promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), por meio da Subsecretaria de Enfrentamento às Drogas (Subed). A cerimônia foi realizada nesta quinta-feira (26), em alusão ao Dia Internacional de Combate às Drogas, celebrado nesta data, e reuniu mais de 250 pessoas no auditório da antiga sede do Detran. Marilene Alves Ferreira recebeu apoio da família, de comunidades terapêuticas e de programas sociais do GDF para superar a dependência química e se capacitar profissionalmente: "Hoje eu sou uma mulher que venceu" | Fotos: Divulgação/Sejus-DF Durante a adolescência, entre os 12 e os 17 anos, Marilene mergulhou no universo sombrio da dependência química. A virada na sua trajetória começou com o apoio da família, de comunidades terapêuticas e de programas sociais do Governo do Distrito Federal (GDF) — como o Acolhe DF, da própria Sejus-DF. Com acolhimento psicológico, capacitação profissional e muita força de vontade, ela se reergueu. Hoje, é técnica em segurança do trabalho, síndica, maquiadora profissional e designer de sobrancelhas, além de atuar no empoderamento de outras mulheres. “Essa homenagem é um reconhecimento à mulher negra, periférica, que venceu e agora ajuda outras pessoas a acreditarem na superação”, afirmou. Reconhecimento a quem não desistiu O evento teve como foco valorizar trajetórias de superação e engajamento no enfrentamento às drogas. Foram entregues 136 menções honrosas a pessoas que venceram a dependência química, familiares que acompanharam processos de recuperação, representantes de comunidades terapêuticas e instituições acolhedoras, profissionais, voluntários e empresários que abriram portas para a reinserção no mercado de trabalho. Edinaldo Leite Lima e seu filho Aparecido Oliveira da Costa foram homenageados Neste 26 de junho, a celebração da vida e da superação demonstrou que, com apoio e rede de proteção, é possível transformar dor em força — e recomeço em vitória. [LEIA_TAMBEM]Entre os homenageados estavam Edinaldo Leite Lima, 57 e seu filho, Aparecido Oliveira da Costa, 37, protagonistas de uma história comovente. “Meu filho ficou mais de 16 anos envolvido com drogas. Os seis meses que passou em uma casa de acolhimento foram decisivos. Esse apoio foi fundamental, porque chega uma hora em que, como pais, nos sentimos exaustos e sem saber como ajudar”, contou Edinaldo. Ele também destacou o valor do reconhecimento: “Ver nosso esforço reconhecido mostra que valeu a pena — não só pela nossa família, mas por toda a sociedade. Muitas vezes achamos que o governo não enxerga, mas hoje vimos que sim”. Vozes que inspiram A subsecretária de Enfrentamento às Drogas, Maria do Socorro Lucena, ressaltou que as homenagens representam mais do que um ato simbólico. “São um reconhecimento público e afetuoso a quem enfrentou noites difíceis e dias longos, mas não desistiu. São pessoas que reescrevem suas histórias com dignidade, superação e fé”, afirmou. Lucena compartilhou ainda uma vivência pessoal que emocionou os presentes: “Perdi um sobrinho para as drogas. A mãe dele escondeu o problema por vergonha e, quando todos perceberam, já era tarde. Por isso, falo com conhecimento de causa. Vocês são guerreiros e multiplicadores de vidas”. Políticas públicas como caminho A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, reforçou a importância do papel do Estado na prevenção, acolhimento e reinserção. “Esta é uma pauta de vidas. E quem acolhe não perde. O trabalho da Sejus, junto às comunidades terapêuticas e parceiros da sociedade civil, é salvar trajetórias, devolver autoestima e esperança. Isso só é possível com políticas públicas estruturadas, humanas e comprometidas com o bem comum”, destacou. *Com informações da Sejus-DF
Ler mais...
Crédito do Prato Cheio chega a quase 40 mil famílias
[Olho texto=”“Apenas nesses dois últimos dias, a secretaria realizou o pagamento de três benefícios. Na sexta-feira (28), creditamos o Cartão Gás e, hoje, quase simultaneamente, foram pagos o DF Social e o Prato Cheio”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) creditou, na tarde desta segunda-feira (31), o Cartão Prato Cheio para cerca de 40 mil famílias do Distrito Federal. O crédito de R$ 250 foi feito diretamente na conta de cada uma delas e já está disponível para utilização. No entanto, dessas, 6,8 mil novas inclusões ocorreram neste mês. Para aquelas que ainda não têm o cartão, a orientação é que retirem na agência do BRB indicada durante a solicitação, a partir de 7 de fevereiro. É importante citar que, nesta data, o crédito de R$ 250 já estará disponível para cada uma delas. Neste mês, o programa contou com um investimento de R$ 9.993.500. “Apenas nesses dois últimos dias, a secretaria realizou o pagamento de três benefícios. Na sexta-feira (28), creditamos o Cartão Gás e, hoje, quase simultaneamente, foram pagos o DF Social e o Prato Cheio”, enfatiza a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. No fim do ano passado, o Governo do Distrito Federal (GDF) aperfeiçoou a gestão do Cartão Gás e do Prato Cheio, ao instituir os dois programas como política de Estado, o que deu a ambos um caráter permanente. Arte: Sedes-DF Prato Cheio O Prato Cheio foi criado ainda no início da pandemia da covid-19 para substituir a entrega de cestas básicas in natura, que passaram a ser levadas em domicílio apenas em caráter emergencial. Para solicitar o benefício, é preciso agendar atendimento em alguma unidade do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), pelo site da Sedes ou pelo telefone 156, opção 1. Têm direito ao benefício cidadãos que, com renda familiar igual ou inferior a meio salário mínimo por pessoa, se encontrem em situação de insegurança alimentar e sejam moradores do DF, com a devida inscrição no Cadastro Único ou no Sistema Integrado de Desenvolvimento da Sedes. A prioridade é para as famílias monoparentais chefiadas por mulheres com crianças de até 6 anos, bem como aquelas que têm na composição pessoas com deficiência (PCDs) ou idosas. Também é priorizado o atendimento a pessoas em situação de rua, acompanhadas por equipes da assistência social e em processo de saída dessa condição. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF
Ler mais...
Governo que transforma a vida de quem mais precisa
As noites de sono têm sido mais tranquilas para Pollyana de Sousa, 31 anos, moradora do Paranoá. Atualmente desempregada, é com os benefícios sociais do governo que ela consegue se alimentar e cuidar do filho Luís Henrique, de um ano e seis meses. “Não conseguia dormir porque não sabia como iria pagar minhas contas e dar comida ao meu filho”, conta a ex-comerciária. Desempregada, Pollyana de Sousa consegue pagar aluguel, se alimentar e cuidar do filho Luís Henrique graças aos dois auxílios que recebe, benefício excepcional e Cartão Prato Cheio | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Pollyana é uma das milhares de pessoas contempladas pelos mais de 1,5 milhão de benefícios concedidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em 2021. Após se cadastrar no Centro de Referência de Assistência Social (Cras), administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), ela atendeu aos requisitos e passou a receber dois auxílios: benefício excepcional (aluguel social) e Cartão Prato Cheio. [Olho texto=”“É muito bom quando você dorme e sabe que no dia seguinte vai ter o que comer e não ficará preocupada em não saber como pagar o aluguel”” assinatura=”Pollyana de Sousa, ex-comerciária” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O primeiro ajuda a jovem a pagar seu aluguel, o lar para ela morar com o pequeno Luís Henrique. O segundo, a colocar comida na mesa. Condições essenciais a qualquer pessoa. “Os auxílios têm me ajudado muito. Eu estava sem condições de pagar aluguel e de me alimentar, comia o que as pessoas me davam. De um tempo para cá, isso foi ficando escasso; liguei no Cras e em pouco tempo consegui pagar meu aluguel e ter o que comer”, conta. Feliz por poder ter um sono mais tranquilo, segundo palavras da própria Pollyana, ela se anima ao falar do cardápio que tem proporcionado ao filho. “Para ele, foi a melhor parte. Eu, na condição de adulta, consigo me manter só com arroz e feijão, mas ele, não. Então faz diferença eu poder comprar as frutas, verduras, iogurte, pão, leite e carne que ele tanto gosta”, comemora. Para quem também necessita de ajuda do governo, assim como Pollyana, o caminho é buscar o Cras pelo telefone 156, opção 1, ou pelo site da Sedes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O benefício excepcional, por exemplo, é pago a pessoas em razão do desabrigo temporário. A família ou inscrito pode receber até seis prestações mensais no valor de R$ 600. Já o Cartão Prato Cheio é para famílias de baixa renda – com renda familiar igual ou inferior a meio salário mínimo (R$ 550) per capita – e que residem no Distrito Federal e declaram se encontrar em situação de insegurança alimentar. “É muito bom quando você dorme e sabe que no dia seguinte vai ter o que comer e não ficará preocupada em não saber como pagar o aluguel. Eu não dormia mais e nem sabia como seria minha vida daqui para a frente. Agora estou melhor, aliviada. Quero muito trabalhar e poder ter minhas coisas. Estou animada para tocar a vida”, finaliza Pollyana.
Ler mais...
Oito em cada 10 beneficiários do Prato Cheio são mulheres
A maioria das famílias beneficiadas pelo Cartão Prato Cheio é chefiada por mulheres. O auxílio, lançado em maio, substituiu a entrega in natura das cestas emergenciais, principalmente nos meses de pandemia da Covid-19, pela concessão de um crédito mensal de R$ 250 – para que elas possam escolher quais alimentos querem ou precisam. Segundo a secretária-adjunta de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, das 28 mil famílias já cadastradas no programa, as mulheres representam 82% dos titulares do benefício. Em relação aos dados do Cadastro Único, que, no DF, são gerenciados pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), a secretária-adjunta também reforçou o peso das mulheres na concessão dos benefícios sociais: 88% dos beneficiários do DF Sem Miséria, por exemplo, são mulheres. O programa atende as famílias em situação de extrema pobreza no Distrito Federal. “Em todos os programas, a prioridade é para a família mononuclear – e quando colocamos assim é para não distinguir o gênero, mas por sabermos que a maioria é a mulher que cuida dos filhos sozinhas”, destaca. Ana Paula Marra participou, na quarta-feira (12), do webinário Alterações da Lei Maria da Penha no contexto da crise e desafios na proteção integral. O evento on-line faz parte de um ciclo de debates promovido pela a Secretaria da Mulher, em parceria com a Secretaria de Economia e com o Banco Mundial, para marcar os 14 anos da Lei Maria da Penha, completados no dia 7 de agosto. “Percebo que é preciso um trabalho conjunto – e não só com mulheres, mas também com os homens, para conseguir, de alguma forma, amenizar um problema histórico nessa repressão feminina”, ressalta a secretária-adjunta, se referindo à importância de as mulheres participarem da formulação de políticas públicas efetivas para a população feminina. Além dela, participaram do debate a representante do Fundo da População das Nações Unidas do Brasil (UNFPA) Junia Quiroga; a secretária da Pessoa com Deficiência do DF, Rosinha da Adefal; e a deputada federal Margarete Coelho. A discussão foi mediada por Adriana Faria, da Secretaria de Economia. Entre os assuntos debatidos, o aumento dos casos de violência doméstica contra mulheres e crianças durante a pandemia da Covid-19 e como o isolamento social agravou a desigualdade e os riscos que eles sofrem. Também foi discutida a falta da vigilância no ambiente escolar para prevenir situações de violência contra as crianças e a vulnerabilidade da mulher portadora de deficiência nos casos de violência doméstica. Webinário A iniciativa do webinário em comemoração aos 14 anos da Lei Maria da Penha reforça a importância de ampliar a conscientização sobre a prevenção e o enfrentamento da violência de gênero. E a necessidade de orientar as vítimas a procurar ajuda e a entender seus direitos em um contexto de agressão doméstica e familiar, especialmente em tempos de isolamento social. A proposta é mostrar como a Lei 11.304/2006 – incluindo as recentes atualizações da legislação – trouxe novos parâmetros de enfrentamento, rapidez de resposta e prevenção da violência contra a mulher. A semana de seminários virtuais debate os avanços da Lei Maria da Penha – considerada uma das três legislações mais avançadas do mundo -, como as medidas protetivas de urgência e as políticas públicas voltadas à prevenção da violência e quais as ações adotadas no Brasil e mais especificamente do Distrito Federal. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal/Observatório da Mulher, o número de casos de feminicídios, no primeiro trimestre deste ano, no DF e Entorno, chegou a cinco mortes. Duas a menos do que as registradas no mesmo período de 2019. Mas, ainda entre janeiro e março de 2020, foram contabilizados 3.856 registros de violência doméstica e 138 estupros. * Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes/DF)
Ler mais...