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projeto IAgora Brasil

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Projeto capacita professores da rede pública no uso humanizado da inteligência artificial

Com o objetivo de transformar a educação por meio do uso ético e estratégico da inteligência artificial (IA), a Universidade de Brasília (UnB), em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), lançou o projeto IAgora Brasil. A iniciativa é coordenada pela professora Isabela Oliveira, da Faculdade de Comunicação da UnB, e tem duração prevista de dois anos (2024 e 2025), com foco na formação gratuita de professores da rede pública do Distrito Federal. O projeto atua em três eixos principais: capacitação docente, letramento digital via redes sociais e pesquisa científica internacional sobre o uso da IA na educação. A meta para 2025 é ambiciosa: formar mil professores da educação básica do DF com base em metodologias inovadoras e conteúdos alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), à Estratégia Brasileira de IA (Ebia), ao Plano Nacional de Educação Digital (Pned) e às diretrizes da Unesco. “Queremos contribuir para a inserção da educação digital e midiática nas escolas e oferecer aos professores ferramentas que realmente transformem a prática docente. Tudo isso com um olhar ético, crítico e humanizado sobre a IA”, afirma a professora Isabela Oliveira, coordenadora do projeto. Com fomento da FAPDF e parceria da UnB, a professora Isabela Oliveira testa novas tecnologias de IA em Miami | Fotos: Divulgação/IAgora Formação gratuita, acessível e com certificação O curso de capacitação do IAgora Brasil tem carga horária de 180 horas e será oferecido gratuitamente, de forma híbrida, com aulas online e encontros presenciais em parceria com a Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape). A partir de 2026, o conteúdo também estará disponível na plataforma Ambiente Virtual de Aprendizagem, do Ministério da Educação (Avamec), permitindo que professores de todo o país tenham acesso à formação. A estrutura do curso contempla temas como educação digital, letramento midiático e visual, introdução à inteligência artificial, IA generativa na educação, tecnologias e metodologias digitais, IA na prática docente, bem-estar e convivência digital e projetos integrativos. Os participantes ainda contarão com entrevistas com especialistas, vídeos curtos sobre ferramentas de IA, ebooks temáticos e materiais complementares. A avaliação será composta por testes objetivos e trabalhos em grupo, com exigência mínima de 75% de aproveitamento no modelo da Eape. Na Avamec, cada disciplina será disponibilizada como minicurso autônomo, formando uma trilha de aprendizagem certificada. Pesquisa global: professora Isabela Oliveira analisa o uso da IA nos Emirados Árabes Unidos  “Preparamos uma trilha de aprendizagem pensada para atender às diferentes realidades da rede pública, com foco na autonomia do professor e em conteúdos aplicáveis desde o primeiro dia em sala de aula”, explica Christiane Araújo, secretária-executiva do projeto. Aplicação prática, desafios e proposta pedagógica Desenhado para impactar diretamente a prática docente, o projeto propõe a integração da IA nas escolas públicas de maneira alinhada à BNCC Computação. O objetivo é promover o uso ético e eficiente das tecnologias digitais em sala de aula, estimulando a revisão das metodologias de ensino e ampliando o repertório de ferramentas educacionais disponíveis aos professores. A equipe do projeto reconhece os desafios enfrentados no cotidiano escolar, como a falta de formação específica, a sobrecarga de trabalho e as limitações estruturais de muitas escolas da rede pública. Por isso, a proposta pedagógica foi pensada para ser acessível, adaptável e compatível com a realidade do professor brasileiro. Pesquisa internacional e impacto nas políticas públicas O projeto acompanhará o progresso dos cursistas, avaliando as competências digitais antes, durante e após a formação Um dos diferenciais do IAgora é a realização de uma pesquisa de pós-doutorado conduzida pela professora Isabela Oliveira, que analisa o uso da IA na educação em 15 países. O estudo visa a comparar estratégias internacionais e contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas educacionais, em articulação com o Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria de Educação (SEEDF). [LEIA_TAMBEM]Além disso, o projeto acompanhará o progresso dos cursistas, avaliando as competências digitais antes, durante e após a formação, com base em parâmetros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) — referência internacional em políticas públicas — e do próprio MEC. Os dados subsidiarão decisões técnicas para aprimorar o uso da IA nas escolas e garantir uma adoção pedagógica responsável, inclusiva e de acordo com as necessidades do ensino público brasileiro. O IAgora Brasil conta com fomento da FAPDF no valor de R$ 1,5 milhão, por meio do edital FAPDF Learning, voltado ao apoio a projetos inovadores que apresentam  soluções com uso da tecnologia. “Apoiar um projeto como o IAgora Brasil reforça nosso compromisso com uma educação pública de qualidade, conectada à inovação e às demandas do século 21. Acreditamos que formar professores para o uso ético da inteligência artificial é investir diretamente no futuro do país”, afirma Leonardo Reisman, presidente da FAPDF. *Com informações da FAPDF

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