Governador nomeia Fernanda Falcomer para a Subsecretaria de Saúde Mental do DF e convoca 20 psiquiatras
O governador Ibaneis Rocha autorizou nesta terça-feira (14) a criação da Subsecretaria de Saúde Mental, vinculada à Secretaria de Saúde, que será chefiada pela servidora Fernanda Figueiredo Falcomer. A medida ocorre durante o Janeiro Branco, mês que destaca a conscientização sobre transtornos e doenças mentais. Junto com a nova subsecretaria foram nomeados 20 médicos psiquiatras da carreira da Secretaria de Saúde do DF, e remanejados outros profissionais para o cuidado com a saúde mental. “Nós temos um levantamento de um aumento muito grande da situação psicológica e psiquiátrica das pessoas aqui no DF. Com base nisso nós fizemos um trabalho junto à Secretaria de Saúde e criamos essa Subsecretaria de Saúde Mental. No mesmo ato nós estamos nomeando toda essa secretaria e nomeando também 20 psiquiatras que vão trabalhar exatamente nesta secretaria. Com isso a gente espera melhorar toda essa situação que vem colocando tantas famílias em desespero aqui na nossa capital”, defendeu o governador Ibaneis Rocha. No organograma da subsecretaria foram criadas a Diretoria de Atenção Psicossocial; a Gerência de Serviços de Atenção Psicossocial; a Gerência de Desinstitucionalização; a Diretoria de Organização de Serviços de Saúde Mental; a Gerência de Normatização do Cuidado em Saúde Mental; a Gerência de Organização de Serviços de Saúde Mental. A medida ocorre durante o Janeiro Branco, mês que destaca a conscientização sobre transtornos e doenças mentais | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Janeiro Branco A campanha Janeiro Branco promove o debate sobre transtornos e doenças como ansiedade e depressão, destacando que, assim como as enfermidades físicas, essas condições também exigem tratamento com o apoio de profissionais especializados e cuidados adequados. A demanda por assistência voltada ao bem-estar mental tem crescido de forma constante nos últimos anos. Em 2023, foram registrados 281,5 mil atendimentos na área, e, de janeiro a outubro de 2024, esse número subiu para 303,5 mil. Para atender a esse aumento, a Secretaria de Saúde expandiu a carga horária de 39 profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), passando de 20 para 40 horas semanais, o que resultou em quase 800 horas adicionais de serviços, incluindo médicos e equipe de enfermagem. Além disso, em julho do ano passado, a gestão local inaugurou residências terapêuticas. O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) oferece uma alternativa de moradia para pessoas que estão internadas em hospitais psiquiátricos por não ter suporte adequado na comunidade. A proposta é proporcionar uma rotina mais próxima à vida cotidiana, promovendo autonomia e reintegração social. Além disso, o GDF trabalha para expandir de 18 para 23 unidades dos centros de Atenção Psicossocial (Caps) nos próximos anos. Duas obras foram licitadas e devem começar ainda em janeiro, uma no Recanto das Emas e outra no Gama, com inauguração prevista para 2026. Ambas funcionarão 24 horas. Também é estimada para o primeiro semestre de 2025 a licitação de novos centros em Ceilândia, Taguatinga e Guará. Atendimento no DF No DF, a Atenção Primária à Saúde (APS) é responsável pelos atendimentos para evitar o agravamento dos casos. São 176 unidades básicas de saúde (UBSs) atuando como portas de entrada ao tratamento, com acompanhamento e atividades voltadas ao bem-estar. Além de orientações médicas e psicológicas, a SES-DF oferece outros meios para cuidar da saúde mental, como as práticas integrativas em saúde (PIS) realizadas de forma coletiva. Atualmente, são ofertadas 17 modalidades, como acupuntura, auriculoterapia, fitoterapia, homeopatia, meditação, musicoterapia, reiki, shantala, tai chi chuan e yoga (hatha e laya).
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Profissionais e especialistas debatem saúde mental de crianças e adolescentes
No intuito de debater a saúde mental das crianças e dos adolescentes em acompanhamento nos Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) do Distrito Federal, foi realizado, nesta semana, o IV Encontro InterCAPSi do DF. Participaram do evento as equipes dos CAPSi em operação na capital e do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Brazlândia, que, desde 2023, também atende esse público. Objetivo do encontro foi debater a saúde mental das crianças e dos adolescentes em acompanhamento nos CAPSi do DF | Foto: Yuri Freitas/Agência Saúde-DF Responsável por organizar a última edição, o CAPSi Asa Norte foi criado ainda em 1998 e é, atualmente, referência para programas como o de Residência Multiprofissional em Saúde Mental, Álcool e outras Drogas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre outros. A Gerente da unidade, Mairla Castro ressalta a necessidade de realizar eventos dessa natureza no âmbito da Secretaria de Saúde (SES-DF). “Buscamos promover a troca de saberes e de experiências, bem como fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial no DF, com representações das diretorias, dos movimentos sociais, das associações, dos trabalhadores e profissionais que atuam no dia a dia dos CAPSi”. Todas as demandas resultantes dos debates irão compor uma carta para ser enviada às autoridades responsáveis. Jovens em acompanhamento no CAPSi Asa Norte confeccionaram tela em exposição na entrada do prédio que sediou o IV Encontro InterCAPSi | Foto: Yuri Freitas/Agência Saúde-DF Na rede pública do DF – além dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), das policlínicas e dos ambulatórios especializados, do Adolescentro e do Centro de Orientação Médico-psicopedagógica (Compp) -, há, hoje, quatro CAPSi em funcionamento, localizados em Taguatinga, Recanto das Emas, Sobradinho e Asa Norte. As equipes desses locais são compostas por diversos profissionais como psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, técnicos de enfermagem, pediatras, psiquiatras, além de servidores de apoio administrativo. Encontros Na quarta edição do InterCAPSi, os debates se voltaram à rede e à saúde infantojuvenil do DF. Para o diretor regional de Atenção Primária à Saúde (Diraps) da Região Central, Pedro Zancanaro, é significativo o esforço das unidades para normatizar esses serviços. “Quando temos a normatização do que é feito, todos os CAPSi e as suas equipes passam a falar a mesma linguagem e a atender de forma padronizada as crianças e os adolescentes que precisem de cuidados, podendo dar andamento aos casos de maneira regular”, avalia. Iniciativa recente, o primeiro encontro InterCAPSi ocorreu em novembro de 2023. O próximo está marcado para o mês de novembro. Além da gerente do CAPSi Asa Norte e do diretor da Diraps, estiveram presentes no encontro a diretora de Serviços de Saúde Mental (Dissam), Fernanda Falcomer; a diretora Regional de Atenção Secundária à Saúde (Dirase) da Região Central, Graciele Pollyanna Mertens, o autor da Lei de Reforma Psiquiátrica Antimanicomial, Paulo Delgado, o autor do livro “Redes Sociais Locais”, Everardo Aguiar, assim como representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), do Conselho Regional de Serviço Social (Cress-DF), da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), da Faculdade de Medicina da UnB, da Fiocruz e do Coletivo Utopia. *Com informações da SES-DF
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Caps II Brasília comemora 7 anos com visita de pacientes a exposição no CCBB
Em comemoração aos sete anos de existência, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II levou pacientes e familiares para uma exposição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Segundo a supervisora do centro, Rhúbia da Costa, a ação realizada esta semana faz parte do projeto terapêutico prestado aos pacientes e envolve equipe, usuário e família na prática de atividades coletivas e de envolvimento social. “A comemoração aproxima pacientes e familiares. O destaque este ano ficou para a exploração dessa exposição Luz Æterna, aqui no CCBB.” A ação faz parte do projeto terapêutico prestado aos pacientes e envolve equipe, usuário e família na prática de atividades coletivas e de envolvimento social | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Os Caps prestam atendimento a pacientes com sofrimento mental grave, inclusive decorrentes de uso de álcool e outras drogas. Uma equipe multiprofissional, que se orienta pela interdisciplinaridade, é composta por psiquiatras, clínicos, pediatras, psicólogos, fonoaudiólogos, enfermagem, assistência social, farmacêuticos, entre outros profissionais, a depender da modalidade do centro de apoio. O Caps II promove ações e trabalha a reabilitação psicossocial por meio da ocupação de espaços sociais | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O Caps II Brasília promove ações e trabalha para a reabilitação psicossocial. “São atividades desenvolvidas com a preocupação de ocupar espaços sociais”, ressalta a psicóloga e residente de saúde mental, Renata Rodrigues. “O Caps é um substitutivo aos modelos manicomiais, que preconiza um atendimento multidisciplinar, busca ações de reabilitação psicossocial, principalmente ações que visem mudar o local social da loucura”, reforça. “Adoro o Caps porque é meu porto seguro”, afirma Maria Rocha, mãe de dois pacientes com esquizofrenia paranoide. “O Caps é um diferencial. Ajuda muito, principalmente, na convivência social”, destaca. Com os filhos em tratamento desde 2015, Maria não continha a alegria ao visitar a exposição. “O Caps é um substitutivo aos modelos manicomiais e preconiza um atendimento multidisciplinar”, ressalta a psicóloga e residente de saúde mental, Renata Rodrigues | Foto: Alexandre Álvares/Agência Saúde-DF Em exposição no CCBB Brasília até o dia 5 de maio, a exposição “Luz Æterna – Ensaio Sobre o Sol” enfoca a potência solar por meio de projeções de luzes em arranjos, reflexos e distorções luminosas. Ao final do passeio educativo, foi oferecido um piquenique aos pacientes, familiares e acompanhantes. Caps II Brasília O Caps II Brasília conta com três consultórios, além de uma tenda para realização das atividades coletivas. Com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, o serviço atende pessoas maiores de 18 anos que apresentam sofrimento mental grave e persistente. Não é necessário encaminhamento, o acolhimento é porta aberta. Além da psiquiatria, o local oferece um conjunto de atividades psicossociais, como grupos terapêuticos e de fortalecimento da socialização, atendimentos individuais, visitas domiciliares e matricialmente quando necessário. O Caps II Brasília fica na quadra SGAN 905, Módulo D, dentro da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 da Asa Norte. Contatos: (61) 3349-4755, (61) 98184-2577 (WhatsApp) e e-mail. A comemoração dos sete anos do Caps II Brasília contou com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar do DF, da Associação dos Especialistas em Saúde Pública da SES-DF (AES-DF) e do CCBB Brasília. *Com informações da SES-DF
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