Olimpíadas das escolas cívico-militares reúnem 2 mil estudantes de 17 unidades do DF
Ensinar valores que vão muito além de ganhar prêmios. Esse é o principal objetivo das olimpíadas dos colégios cívico-militares do Distrito Federal. A abertura dos jogos, que contará com a participação de 2 mil estudantes de 17 escolas, foi nesta terça-feira (8), no Centro de Capacitação Física do Complexo da Academia de Bombeiro Militar (Cecaf-ABMIL/CBMDF). Os estudantes irão competir em sete modalidades – atletismo, basquete, futsal, vôlei, queimada, handebol e xadrez. Independentemente de quem serão os vencedores, todos levarão para a vida valores como disciplina e respeito. “Incentivar a prática de esportes é incentivar uma vida saudável e com valores importantes, como a disciplina, que ajudam a formar verdadeiros cidadãos. As Olimpíadas reforçam o nosso compromisso de abrir as portas para diversas oportunidades para crianças e adolescentes das regiões mais vulneráveis e que, com as escolas de gestão compartilhada, temos visto a realidade deles mudar para melhor” Celina Leão, vice-governadora As competições serão realizadas até o dia 31 de outubro no Colégio Militar Tiradentes, no Colégio Militar Dom Pedro II, no Centro Integrado de Educação Física (Cief), no Ginásio de Esportes da Candangolândia e no Cecaf. O evento é realizado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) em parceria com a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF). A vice-governadora Celina Leão destaca a importância da realização das Olimpíadas para a formação dos estudantes. “Incentivar a prática de esportes é incentivar uma vida saudável e com valores importantes, como a disciplina, que ajudam a formar verdadeiros cidadãos. As Olimpíadas reforçam o nosso compromisso de abrir as portas para diversas oportunidades para crianças e adolescentes das regiões mais vulneráveis e que, com as escolas de gestão compartilhada, temos visto a realidade deles mudar para melhor”, analisa a vice-governadora. A abertura dos jogos, que contará com a participação de 2 mil estudantes de 17 escolas, foi nesta terça-feira (8), no Centro de Capacitação Física do Complexo da Academia de Bombeiro Militar (Cecaf-ABMIL/CBMDF) | Fotos: Paulo Jamir/Ascom SSP-DF O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, lembra a importância das escolas cívico-militares como mecanismo de ensinar disciplina aos estudantes, valor que será importante em todas as etapas da vida. Somado a isso, ele ressalta como o esporte é fator essencial para manter crianças e jovens longe de ambientes inadequados para sua formação como pessoa. “A gente sempre defende que o esporte afasta as crianças do que não é bom e ensina disciplina e respeito ao próximo, além de ser absolutamente saudável. É importante que a gente reforce esse conceito. As escolas de gestão compartilhada, que a SSP tem a honra de participar, estimulam um ambiente saudável, pacífico, que abre também a possibilidade de (os estudantes) participarem das bandas nas escolas”, enfatiza o secretário. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, ressalta a importância das escolas cívico-militares para transformar a realidade de milhares de estudantes O medalhista olímpico Caio Bonfim participou da cerimônia. Ele acendeu a tocha olímpica e só a presença dele já mostra como é importante ter bons exemplos. Os estudantes ficaram muito animados com a presença dele e aproveitaram para fazer várias fotos. Para o atleta, medalhista de prata na marcha atlética das Olimpíadas de Paris, a competição é uma “oportunidade para a criançada e os jovens participarem da prática esportiva”. “É muito bacana vivenciar o ganhar e o perder. É uma oportunidade bacana para que essa juventude possa aprender. Iniciativas assim são uma sementinha. Lá na frente, a gente vê que a participação nesses eventos faz parte da formação deles. É muito bacana fazer parte também. Um dia eu fui um menino que estava ali querendo competir”, afirma o atleta. O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, lembra a importância das escolas cívico-militares como mecanismo de ensinar disciplina aos estudantes, valor que será importante em todas as etapas da vida A estudante do 9º ano do ensino fundamental do CEF 1 do Paranoá, Maria Sofia dos Santos, de 16 anos, vai competir no vôlei, no atletismo e na queimada. O preferido não poderia ser outro: atletismo. Isso porque ela também treina no mesmo lugar onde Caio Bonfim treinava. “No ano passado eu ganhei nas Olímpiadas das escolas e estou muito animada. Acho que é uma oportunidade de a gente viver experiencias novas, criar vínculos novos e fazer novas amizades”, disse. Gestão compartilhada A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, ressalta a importância das escolas cívico-militares para transformar a realidade de milhares de estudantes. “Desde a criação pelo governador Ibaneis Rocha, o objetivo era exatamente trabalhar as escolas que ficavam dentro de um mapa de violência e que foi transformado completamente. E essas olimpíadas vão mostrar a importância da disciplina para aprender melhor. Eles vão levar isso para a vida e daqui podem sair atletas também”, observa a secretária. O estudante Victor Ferreira Costa, 14 anos, 9º ano CED 01 Itapoã, confirma a análise da secretária. Ele já é um veterano nas competições da escola, onde começou a jogar há dois anos e hoje é o capitão do time de futsal. “O esporte é a melhor parte da escola. Ajuda muito o aluno e incentiva bastante. Para estar no time tem que ter boas notas. Então, incentiva a gente”, elogia o estudante. Os bons resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), reafirmam a importância da iniciativa para a educação no DF. Três escolas de gestão compartilhada foram destaque no indicador de qualidade da educação no país. No ensino fundamental II, os centros de ensino fundamental 19, de Taguatinga, e 01, do Núcleo Bandeirante, ficaram entre as dez melhores colocadas, sendo a escola do Núcleo Bandeirante destaque pelo segundo ano consecutivo. Já o Centro Educacional 416, de Santa Maria, se destacou entre os dez mais bem colocados do ensino médio.
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1ª Olimpíada do Cruzeiro promove segundo fim de semana de jogos
Dando continuidade às competições esportivas, a 1ª Olimpíada do Cruzeiro segue para seu segundo fim de semana, nos próximos sábado (11) e domingo (12), no Complexo do Cruzeiro, apoiada pela Secretaria de Esporte e Lazer (SEL). O evento envolve mais de 900 pessoas, entre atletas e comissão técnica, que se enfrentam em sete modalidades – futevôlei, vôlei de quadra, futebol 7, queimada, vôlei de areia, basquete e handebol. A 1ª Olimpíada do Cruzeiro reúne equipes de sete modalidades | Fotos: Divulgação / Secretaria de Esporte e Lazer No primeiro fim de semana, que ocorreu nos dias 28 e 29 de maio, a competição reuniu adeptos de futevôlei, basquete e vôlei de quadra, tanto do feminino como do masculino, com inclusão de premiação nas partidas finais. Agora, nesta segunda oportunidade, será a vez de os competidores de fut7, handebol, queimada e vôlei de areia entrarem em quadra para participar dos jogos, que se estendem durante todo o dia. “A democratização da prática esportiva é um dos princípios da atual gestão. Ofertamos variadas modalidades em espaços adequados e seguros, com participação de profissionais capacitados para realização dos jogos. Como exemplo, a primeira edição da Olimpíada do Cruzeiro, que promove disputas, com dois fins de semana de muita competitividade, despertando nos jovens, desde cedo, o espírito esportivo”, reforça a secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O investimento, no valor de R$ 96.377,14, foi feito por meio de emenda parlamentar, que contribuiu para a aquisição de premiações, serviços de arbitragem, segurança e coordenação de modalidades, entre outras demandas. A organização do evento é da instituição Ajudar Não Dói, que desenvolve iniciativas relacionadas à assistência social, ao esporte e à cultura desde 2005, quando foi fundada. “Se não fosse a parceria com a Secretaria de Esporte seria possível realizar? Sim, mas com muita dificuldade, já que todo o pessoal envolvido, trabalhando em várias frentes, só teve condições de se reunir com esse apoio. O feedback dos participantes no primeiro fim de semana foi superpositivo, com os jogos começando no horário, distribuição de kits de lanche e espaço grande para as partidas. Tudo está sendo feito com muito comprometimento, assim todos se sentem acolhidos”, afirma a presidente da instituição, Rosilene Oliveira da Silva. *Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer do DF
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Começa a vigorar estado de emergência ambiental
O Distrito Federal entrou em estado de emergência ambiental nesta segunda-feira, (1º/3), segundo determina o Decreto nº 41.783, assinado pelo governador Ibaneis Rocha e publicado no dia 10 de fevereiro, no Diário Oficial do DF. De acordo com a medida, válida até novembro, os órgãos que integram o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Distrito Federal (PPCIF) devem adotar no âmbito de suas competências, as medidas necessárias para prevenir e minimizar as ocorrências e os efeitos dos incêndios florestais. A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) coordena o PPCIF, executado em parceria com o Instituto Brasília Ambiental e outros órgãos do GDF. Medidas para proteger o Cerrado serão antecipadas este ano | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O titular da Sema, Sarney Filho, explica que, com o Decreto, é possível contratar brigadistas florestais a tempo de atuar na prevenção e não apenas no combate aos focos de incêndios. Esse ano o GDF antecipou o período de emergência ambiental, historicamente iniciado em abril. “A mudança permite o melhor planejamento das ações que, no ano passado, apresentaram ótimos resultados com a queda de 50% no número de ocorrência de incêndios florestais em parques e unidades de conservação”, afirma. [Olho texto=”O Decreto permite a contratação dos brigadistas florestais com mais antecedência, de uma forma mais rápida e eficaz para que possam atuar no período de prevenção dos focos de incêndio” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Outras ações do ano passado foram a abertura de 25 aceiros e cerca de 4,6 mil hectares de queima prescrita (fogo controlado de áreas) em todas as Unidades de Conservação (UCs) e no Parque Nacional de Brasília. De acordo com a coordenadora do PPCIF na Sema, Carolina Schubart, o Decreto permite a contratação dos brigadistas florestais com mais antecedência, de uma forma mais rápida e eficaz para que possam atuar no período de prevenção dos focos de incêndio. “A expectativa é contratar cerca de 150 brigadistas em maio para atuar na vigilância, na observação e em outras importantes ações preventivas, como a abertura de aceiros, o cercamento de áreas e em atividades de educação ambiental”, diz. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Plano de Prevenção de Combate a Incêndios Florestais (PPCIF) funciona como um sistema de parcerias institucionais que visam proteger o Cerrado. O plano conta com uma estratégia de ação própria e possui como princípios a integração e a cooperação mútua entre as instituições que o compõem. *Com informações da Sema
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Pantanal: equipe do GDF narra tragédia
O cenário encontrado era desolador. Os animais sobreviventes se depararam com um ambiente todo queimado, sem fonte de alimentação e de água | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental Quem acompanha o noticiário sobre a tragédia no Pantanal pode ter a impressão de que os grandes desafios da fauna da região foram sobreviver à seca e aos incêndios florestais. Integrante da equipe do Instituto Brasília Ambiental, que contribuiu durante 19 dias no cuidado com os animais vitimados, a auditora fiscal Karina Torres retornou recentemente do local e relata que essas duas questões são só o começo do problema. A equipe composta por três auditores fiscais, uma analista ambiental e uma veterinária do Hospital Veterinário Público (Hvep), foi ao Pantanal, região de Poconé (MT) em 23 de setembro. A missão atendeu a um pedido do Ibama. Eles se deslocaram em viaturas com quatro analistas do órgão ambiental federal. Eles se locomoveram numa viatura com tração 4×4, porque as áreas queimadas são de difícil acesso. Segundo a auditora, nos primeiros dois dias, havia muito fogo na região da rodovia Transpantaneira, que liga a cidade de Poconé à localidade de Porto Jofre, na beira do Rio Cuiabá, divisa dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. [Olho texto=”“Os animais que conseguiam sobreviver ao fogo perdiam a noção do seu território, da área de forrageamento, e fugindo do fogo, em busca de novas áreas, aumentaram o trânsito nas estradas”” assinatura=”Karina Torres, auditora fiscal do Brasília Ambiental” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A principal ocupação da equipe foi a busca de possíveis animais queimados. “Nosso trabalho foi, principalmente, o manejo de fauna, seja de forma direta ou indireta”, ressalta, esclarecendo que qualquer um dos dois tipos de manejo depende de autorização, que estava sendo dada pela Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso. Durante essas ações, a equipe percebeu que muitos dos animais, que não morreram tendo como causa direta a maior seca do Pantanal dos últimos 20 anos – segundo os pantaneiros – , ou a maior queimada ocorrida na região, corriam o risco de perder suas vidas de outra forma. “Os animais que conseguiam sobreviver ao fogo perdiam a noção do seu território, da área de forrageamento [de busca e exploração de recursos alimentares], e fugindo do fogo, em busca de novas áreas, aumentaram o trânsito nas estradas. Aí, nos deparamos com outra tragédia, os atropelamentos. Lá, pegávamos animais queimados, outros debilitados e muitos atropelados”, comenta Karina. O cenário encontrado era desolador. Os animais sobreviventes se depararam com um ambiente todo queimado, sem fonte de alimentação e de água. E uma possível fonte de água aos animais da região que são os corixos – pequenos rios normalmente perenes que aparecem durante a estiagem, onde os animais costumam buscar água nesta época – estavam lamacentos e/ou contaminados com as bactérias de carcaças de animais que conseguiram alcançá-los, mas que morreram atolados na lama, provavelmente devido ao cansaço. Segundo Karina as equipes técnicas avaliaram os corixos para decidir o que seria melhor: colocar água e reforçá-los, ou colocar cochos cheios de água. Ela ressalta a importância da intervenção de manejo de fauna indireta, que é a avaliação dos locais em que mais se concentram os animais e a colocação, nesses locais, de comida e de água. No trabalho de manejo direto a equipe partia para a busca ativa dos animais, verificando se estavam queimados ou debilitados, além de fazer o monitoramento. A equipe tomava a decisão técnica de captura ou não de determinado animal, sempre priorizando a menor intervenção possível. “Capturar um animal que já está debilitado aumenta bastante o estresse desse animal. Normalmente a captura é uma última opção”, esclarece. Infraestrutura Uma das inovações percebidas no Pantanal foi a montagem de um Sistema de Comando de Incidentes (SCI) especificamente para o resgate da fauna, além do SCI para o controle das queimadas. “Além disso, está montado no início da Transpantaneira, o que eles chamam de PAEAs, que é o Posto de Atendimento Emergencial a Animais Silvestres. O do início da Transpantaneira é o central. Mas existem outros quatro dentro de Mato Grosso, próximos a outras áreas que também estão sofrendo com os incêndios”, conta Karina. O PAEAs funciona com veterinários voluntários, está equipado e em condições de realizar pequenas cirurgias. Os animais encontrados em situação mais crítica são encaminhados à Universidade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá, principalmente os de grande porte como onças e antas. A maior parte da infraestrutura organizada para socorrer os animais é custeada por Organizações Não Governamentais (ONGs). “Tanto o PAEAs quanto os SCIs estão sendo mantidos pelas ONGs, que viabilizam desde a alimentação para os voluntários e animais até o combustível para os carros e caminhões-pipas. Elas estão ajudando bastante nesse processo”, destaca a auditora. Karina não tem ainda a lista de todos os animais dos quais a equipe do Brasília Ambiental participou de alguma forma do resgate. Mas cita os que lhe vem à memória: “Duas onças, quatro antas, dois tamanduás-bandeira, macacos-prego, veados, queixadas, lontras, um tuiuiú – a ave-símbolo do Pantanal – e mãos-pelada, entre outros”, conta. “Uma das onças resgatadas foi tratada e deve voltar à natureza na próxima semana”, disse. Além de Karina, que é bióloga, fizeram parte da equipe os também auditores fiscais Thassia Ribeiro Santiago (advogada), Gilmar Antônio Silveira Filho (biólogo e médico veterinário), o analista Eduardo Discaciate Gomes (geólogo) e a veterinária especialista em animais silvestres Paula Cesário. * Com informações do Brasília Ambiental
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