Resultados da pesquisa

raciocínio lógico

Thumbnail

Estudantes do Guará aprendem filosofia e história em oficina com jogos de RPG

No Centro de Ensino Médio (CEM) 01 do Guará, mais de 120 estudantes estão descobrindo novas formas de aprender ciências humanas e sociais. Por meio da oficina Distrito dos Dragões, os alunos do ensino integral utilizam as técnicas do RPG (role-playing game) para unir filosofia, história, geografia e sociologia em um cenário de jogo contextualizado no Distrito Federal. Projeto Distrito dos Dragões inova no repasse de conteúdos de filosofia, história e geografia a alunos do CEM 01 do Guará | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A iniciativa foi idealizada em 2023 pelo professor Gabriel Flausino e transforma as regiões administrativas em vilas e cidades mágicas, onde os estudantes, encenados por personagens, precisam resolver desafios que estimulam raciocínio lógico e trabalho em equipe. “O jogo gira em torno de missões, que precisam ser solucionadas com base em filosofia, história e geografia. Além de desenvolvermos esses conteúdos, conseguimos trazer outras habilidades para os alunos. Eles aprendem a trabalhar em equipe e a se comunicar melhor, por exemplo”, esclareceu o professor Gabriel Flausino. Durante a partida, os alunos criam personagens, enfrentam dilemas éticos e resolvem problemas que complementam aos conteúdos repassados dentro de sala de aula, tornando o ensino lúdico e prático. Para quem joga RPG há anos, participar do projeto Distrito dos Dragões tem tornado o aprendizado cada vez mais eficiente, como é o caso do estudante Marcelo Herbert, de 17 anos. Participando pela segunda vez do projeto, o aluno Marcelo Herbert diz que a abordagem lúdica facilita o aprendizado “Eu jogo RPG há mais de dois anos e já é minha segunda vez participando desse projeto do professor Gabriel. Eu gosto muito de praticar e trazer isso para dentro das escolas fez com que meu interesse por filosofia aumentasse. Eu sempre tive algumas dificuldades com matérias humanas, mas essa abordagem lúdica simplifica o assunto na minha cabeça”, elogiou o aluno do segundo ano do ensino médio. O jogo possui missões que precisam ser solucionadas com base em filosofia, história e geografia e que estimulam o trabalho em equipe, segundo o professor Gabriel Flausino, idealizador da iniciativa A facilidade para entender a dinâmica do RPG fez com que Marcelo se tornasse um multiplicador entre os colegas. Foi graças à ajuda dele que Ana Carolina da Silva, 15, conseguiu aprender as regras: “Eu nunca joguei. Eu tentei algumas vezes no passado, mas nunca deu certo. Quando entrei na escola e vi que tinha algo parecido, fiquei bastante interessada. Quem é iniciante consegue pegar rápido porque a turma é muito parceira e o professor explica direitinho também”. A estudante Ana Carolina da Silva passou a se interessar mais pela disciplina de filosofia depois que começou a participar da oficina “Eu era uma pessoa que não gostava muito da disciplina de filosofia, mas depois das aulas daqui comecei a ter mais interesse. A oficina Distrito dos Dragões nos ensina muito. Porque é um jeito que a gente aprende sem nem perceber”, concluiu Ana Carolina. Educação em tempo integral O CEM 01 do Guará é uma das 184 escolas de ensino integral do Distrito Federal, modalidade que atende mais de 55 mil alunos e que propõe uma formação além do currículo tradicional, com atividades culturais, sociais e científicas. Esse formato oferece aos estudantes oportunidades de desenvolvimento em múltiplas áreas, contribuindo especialmente para a redução das desigualdades educacionais e o fortalecimento das habilidades e competências para a vida. “A ideia dos projetos integrais é buscar alunos dessa forma, por meio de jogos e atividades diferenciadas, para trabalhar o conteúdo e estimular esse interesse pela disciplina”, defendeu a coordenadora do Ensino Médio em Tempo Integral do CEM 01 do Guará, Tatiara Porto Santos.  

Ler mais...

Thumbnail

E aí, que tal se divertir com um jogo e escapar dessa sala?

Espaço Geek da Biblioteca Nacional de Brasília, é voltado para jogos e HQ e tem produtos interativos à disposição da comunidade | Foto: Divulgação/Secec Imagine um mundo dividido entre duas realidades: a que tomamos como certa quando nos levantamos diariamente, e outra, de caráter virtual, em que desafios, enigmas e a capacidade de descobrir pistas levam ao sucesso. Dentro desse universo, há um tipo de jogo (game), chamado escape room (sala de escape), no qual participantes investem tempo tentando sair do local em que estão aprisionados por forças que nem sempre se apresentam abertamente. Algumas bibliotecas mundo afora têm investido nesses games, que a diretora da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), Elisa Raquel Sousa Oliveira, considera “um projeto educativo”. Essa convicção levou-a a fazer da BNB a pioneira em games no Distrito Federal. Leia mais: Secec lança campanha para ampliar participação de artistas no Ceac Maquetes de obras inéditas de Niemeyer ganham retoques finais para exposição Contadores transformam o Complexo Cultural Samambaia num mar de histórias Equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), a BNB, desde o final do ano passado, disponibiliza esse tipo de atividade a seus usuários. Foram três títulos até agora: Frankenstein, Halloween e Natal, todos com aprovação do público. “No fundo, é uma forma divertida de aprendizagem, na qual as pessoas testam seus conhecimentos em áreas tão diversas como português, raciocínio lógico, matemática, história e geografia, entre outros”, defende a gestora da principal biblioteca pública do DF. Febre mundial A ideia virou febre nos Estados Unidos. Começou com bibliotecas estrangeiras fazendo o jogo presencial. Com a Covid-19, a opção pelo digital tornou-se óbvia. “Nesse período de pandemia, estávamos pensando em trazer produtos interativos para a comunidade. O próprio Espaço Geek (da BNB, voltado para jogos e HQ) tem esse perfil. Então, juntamos pessoas para trazer jogos variados nas redes sociais da biblioteca como forma de entretenimento e conhecimento”, explica a servidora Mariana Greenhalgh, que coordena o trabalho de uma equipe com mais quatro colegas na montagem do escape room. Saiba como jogar: Escape Room Frankenstein Escape Room Halloween Escape Room de Natal Mariana conta que o escape room foi escolhido para ser um desses jogos porque permite várias histórias e traz enigmas e desafios que instigam as pessoas. Ao observar bibliotecas estrangeiras que usam esse tipo de jogo, ela percebeu que uma “biblioteca pode trabalhar diretamente com atividades ao mesmo tempo lúdicas e educativas”. O primeiro Escape Room Frankenstein foi lançado em agosto, inspirado no clássico da inglesa Mary Shelley. A receptividade foi boa, e a equipe pôs no ar o Escape Room Halloween em outubro, com uma pitada maior de terror. Em dezembro, foi a vez do Escape Room de Natal. Mariana destaca que o aspecto pedagógico é preponderante e que a própria Biblioteca Nacional de Brasília aprende com a iniciativa: “No final do jogo, há um espaço para que os participantes nos enviem suas críticas e impressões. Alguns gostariam de uma dificuldade maior e outros, menor. Então, é um produto promissor pensando na disponibilização de jogos educativos em vários níveis”, explica. Servidores A bibliotecária Aparecida de Fátima Moura, da equipe, destaca a dimensão colaborativa do trabalho. “A gente define o tema, pesquisa e depois elabora. Eu contribuo mais na escrita do roteiro da história, mas, também, dou sugestões de enigmas”, revela. O também bibliotecário Daniel Arcanjo Bueno Portela tem o papel de contribuir na narrativa e nos desafios. “Na maioria das vezes, busco desafios já existentes, que a gente adapta. Pode ser uma mudança na dificuldade ou apenas uma alteração na imagem, para alinhá-la ao tema do escape room”, diz. Daniel, que é da equipe de mídias sociais da BNB, bem como da equipe responsável pelo Geek, aposta que o próximo escape pode ter inspiração em dois filmes que são referências para quem quer mergulhar nesse mundo virtual, Jogador Nº 1 (2018) e Escape Room (2019). Nerds emparedados em um local sinistro e cheio de desafios mortais. “Mas não tem nada certo, nem falei para a equipe dessa ideia”, apressa-se Daniel em explicar. No mundo dos games, dar spoilers é imperdoável. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador