Mais de 150 produtores rurais apresentam cartões de vacina de rebanhos contra raiva
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF) percorreu nove regiões rurais do DF para receber as declarações de atualizações de rebanho, dados cadastrais e comprovação da vacinação contra raiva em bovinos e equídeos. Ao todo, 166 pessoas entregaram os cartões de vacina dos animais. A medida é fundamental para o controle sanitário dos rebanhos e evitar a entrada e disseminação de doenças que representam risco para a saúde pública e para a economia. A ação itinerante é realizada no DF desde 2021. Além do cartão, os produtores tiveram de apresentar as notas fiscais de compra das vacinas e a relação dos animais da propriedade | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A van da Defesa Itinerante da Seagri foi aos núcleos rurais Lago Oeste, Taquara, PAD-DF, Pipiripau, Tabatinga, Rio Preto e Jardim. O intuito era facilitar o acesso ao atendimento presencial para os produtores rurais que residem em localidades mais afastadas dos escritórios da Seagri-DF e contou com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). O produtor rural Eudes Brito, de 43 anos, morador do Café Sem Troco, buscou o auxílio da van no PAD-DF para atualizar seus dados e entregar o cartão de vacina dos animais de sua propriedade. Ele produz leite e queijo e cria gado, cavalos e galinhas. “Quanto mais completo for é melhor para a gente trabalhar certo e tranquilo. Fiz um curso de transporte de animais. Então, quero deixar tudo certo na minha propriedade e comprar uma carretinha para levar os animais”, planeja. Além do cartão, os produtores tiveram de apresentar as notas fiscais de compra das vacinas e a relação dos animais da propriedade. A entrega da documentação e atualização cadastral também poderiam ter sido feitas pela internet, mas, com a ação, a Seagri pretendeu alcançar o maior número possível de produtores, inclusive, para auxiliar os que por diversos motivos não conseguiram resolver online. O prazo para a apresentação dos documentos foi do dia 1º de maio a 15 de junho. A entrega da documentação e atualização cadastral também poderiam ter sido feitas pela internet, mas, com a ação, a Seagri pretendeu alcançar o maior número possível de produtores, inclusive, para auxiliar os que por diversos motivos não conseguiram resolver online. O prazo para a apresentação dos documentos foi do dia 1º de maio a 15 de junho Técnico da Seagri, Gilson Alves explica que manter a documentação em dia é fundamental para o controle dos rebanhos. “Trabalhamos com levantamento epidemiológico. Temos o rastreio da produção e o controle da sanidade dos rebanhos do DF, sejam comercializáveis ou não”, explica. De acordo com ele, o produtor também precisa estar com essa documentação atualizada para fazer movimentação dos animais, como levar de uma propriedade à outra. “Caso ocorra qualquer problema, conseguimos fazer os vínculos epidemiológicos”, detalha o técnico. A medida é fundamental para conter qualquer problema sanitário que possa surgir. A campanha de declaração de vacinação e atualização cadastral foi escolhida em substituição à campanha de vacinação contra febre aftosa – suspensa em 2023 – em cumprimento às novas diretrizes do Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa (PNEFA). As propriedades localizadas em regiões com ocorrência de focos recentes de raiva passam a ter vacinação obrigatória contra a doença. Entre as áreas com ocorrência recente estão Ceilândia, Brazlândia, Sol Nascente/Pôr do Sol, Samambaia, Água Quente e Padre Bernardo (GO). Já a vacina contra brucelose é obrigatória para bezerras entre 3 e 8 meses de idade, e deve ser declarada semestralmente com atestado emitido pelo médico veterinário vacinador.
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DF terá declaração de vacinação de animais de interesse pecuário
De 1º de maio a 12 de junho deste ano, todos os produtores rurais do DF devem declarar a vacinação do seu rebanho e atualizar o cadastro de suas propriedades e explorações pecuárias. A orientação é da Portaria nº 11, publicada pela Secretaria da Agricultura (Seagri) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Garantir o controle sanitário dos rebanhos é o objetivo da campanha | Foto: Arquivo/Agência Brasília A campanha de declaração de vacinação e atualização cadastral é uma medida a ser adotada em substituição à campanha de vacinação contra febre aftosa, atendendo as novas diretrizes do Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa (PNFA). Segundo o diretor de Sanidade e Fiscalização Agropecuária da Seagri, Vinícius Campos, com a decisão do Ministério da Agricultura de suspender a vacinação contra febre aftosa no DF a partir de 2023, a atualização de cadastro e a vacinação dos animais contra doenças como raiva e brucelose ganham peso determinante na vigilância para doenças em animais de interesse pecuário. “O objetivo é garantir o controle sanitário dos rebanhos, evitando a entrada e disseminação de doenças que possam trazer impactos para a saúde pública ou para a economia brasileira”, afirma o gestor. Raiva A portaria publicada recomenda a vacinação anual contra raiva dos bovinos, bubalinos e equídeos no DF na campanha de declaração de vacinação e atualização cadastral, além da imunização das fêmeas bovinas e bubalinas contra brucelose. “Apesar de não ser obrigatória a vacinação contra raiva no DF, exceto quando há focos da doença, a vacinação anual é uma forte recomendação, porque mais de 90% dos casos de raiva em animais de interesse pecuário no DF nos últimos dez anos estavam relacionados a falhas no esquema de vacinação”, explica a gerente de Saúde Animal da Seagri. “Muitos casos ocorrem em animais jovens, o que evidencia a necessidade do reforço vacinal após 30 dias da primeira vacinação contra raiva nos bovinos, bubalinos e equídeos.” Controle de doenças Já a atualização cadastral será feita por meio da conferência e alteração dos dados pessoais dos proprietários dos animais, além dos dados da propriedade e das explorações pecuárias, como número de animais por espécie, gênero e faixa etária. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Essas informações são essenciais para o controle de doenças nos rebanhos”, explica Vinícius Campos. “Além de nortear o planejamento das ações de sanidade animal, o cadastro atualizado permite que o Serviço de Defesa Agropecuária consiga comunicar rapidamente aos produtores as medidas a serem adotadas na ocorrência das doenças, assim como investigar outros animais passíveis de serem contaminados.” Os produtores rurais que descumprirem o prazo para atualização cadastral ficam sujeitos às sanções administrativas. “Além das sanções, enquanto não regularizar a situação cadastral junto à Defesa Agropecuária da Seagri, o produtor não poderá emitir a GTA [Guia de Trânsito Animal] para entrada ou saída de qualquer animal da sua propriedade”, adverte Janaína Licurgo. *Com informações da Secretaria de Agricultura
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Extensionistas rurais são capacitados para prevenção da febre aftosa
Aprimorar a atuação dos profissionais de saúde animal na vigilância para febre aftosa no Distrito Federal é o objetivo da capacitação conjunta que foi promovida nesta semana pela Secretaria de Agricultura (Seagri) e pela Emater, voltada a 29 extensionistas rurais da empresa. O curso, realizado na Escola de Governo do Distrito Federal (Egov), faz parte das estratégias do plano para retirada da vacinação contra febre aftosa no DF. Curso foi realizado na Egov e envolveu profissionais que atuam na cadeia produtiva | Foto: Divulgação/Seagri Em 2023, mais de 100 milhões de animais do rebanho brasileiro já não serão mais vacinados contra febre aftosa nos estados do Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins, que juntos integram o bloco IV, e mais o Distrito Federal (DF), que já evoluíram nas medidas sanitárias e foram considerados zonas livres da febre aftosa sem vacinação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para manter o Distrito Federal livre da doença, a subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri, Danielle Araújo, lembra que todos os atores das cadeias produtivas locais vão precisar participar ativamente da vigilância para febre aftosa. [Olho texto=”“Essa integração do governo no campo, com a participação ativa dos pecuaristas, resulta diretamente em um rebanho mais saudável, contribuindo para a qualidade e a expansão do comércio de produtos agropecuários no Distrito Federal”” assinatura=”Danielle Araújo, subsecretária de Defesa Agropecuária” esquerda_direita_centro=”direita”] “A partir de agora, com a retirada da vacina, os profissionais da área de medicina veterinária precisarão estar mais atentos do que nunca e notificar à Seagri qualquer sinal que possa sugerir uma doença vesicular”, afirma a gestora. Segundo a subsecretária, os servidores da Seagri estarão ainda mais próximos dos produtores rurais, atuando na vigilância nas propriedades. “A Emater tem papel fundamental nas notificações e também no compartilhamento de informações com os produtores rurais”, pontua. “Essa integração do governo no campo, com a participação ativa dos pecuaristas, resulta diretamente em um rebanho mais saudável, contribuindo para a qualidade e a expansão do comércio de produtos agropecuários no Distrito Federal”. Parceria A coordenadora do Programa de Vigilância em Febre Aftosa e Doenças Vesiculares da Seagri, Priscila Moura, ressalta a importância da parceria com a Emater nessa capacitação. “A atualização dos extensionistas por meio desse curso contribui para aumentar o número de notificações ao Serviço de Defesa Agropecuária de suspeitas de doenças vesiculares em animais suscetíveis à febre aftosa”, explica. “A parceria com a Emater é fundamental no contexto da evolução do status sanitário do Distrito Federal para livre de febre aftosa sem vacinação, já que a extensão rural é um componente extremamente importante na vigilância da doença.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Um dos participantes da capacitação, o coordenador de Ruminantes e Equídeos da Emater, Maximiliano Cardoso, reforça: “A extensão rural talvez seja o maior ponto de contato do Estado com o produtor rural no seu dia a dia. Pensando em educação sanitária e em saúde preventiva dos animais, a Emater consegue levar essas informações a campo, orientando sobre as mudanças com a retirada da vacinação e sensibilizando quanto à importância de os produtores e seus vizinhos participarem na vigilância em saúde animal”. Para a gerente de Saúde Animal da Seagri, Janaína Licurgo, um dos desafios é desmistificar a figura negativa do agente de fiscalização sanitária. “Infelizmente a Defesa Agropecuária ainda é percebida por alguns produtores e profissionais de saúde animal como um órgão punitivo, mas na verdade nosso trabalho é muito mais de vigilância e educação em saúde animal, orientando os produtores e monitorando as condições sanitárias, a fim de prevenir a entrada e a disseminação de doenças que possam contaminar as pessoas ou impactar o abastecimento de produtos agropecuários, acarretando prejuízos econômicos aos produtores e aos mercados nacionais e internacionais”, esclarece. “O objetivo é proteger a saúde das pessoas e a economia brasileira. Para isso, todos precisam estar conscientes do seu papel nessa importante missão”. *Com informações da Seagri
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