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Mais de 5 mil reeducandos fazem provas do Encceja nas unidades penais do DF

As provas do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja Nacional PPL 2025) foram aplicadas nesta terça (23) e quarta-feira (24) em todas as unidades penais do Distrito Federal. No primeiro dia, os participantes fizeram as provas referentes ao ensino fundamental, enquanto no segundo dia foram aplicadas as provas do ensino médio. O número de inscritos deste ano teve um crescimento expressivo em comparação com 2024. Em 2025, foram realizadas 5.104 inscrições, número 16,1% maior que as 4.397 do ano anterior. O resultado demonstra a adesão crescente das pessoas privadas de liberdade às oportunidades de estudo, um dos principais eixos de ressocialização promovidos pela Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF). O Encceja é um exame aplicado em todo o país pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e tem como objetivo possibilitar que jovens e adultos que não concluíram os estudos na idade regular obtenham a certificação do ensino fundamental ou médio. Além disso, serve como referência nacional de autoavaliação, contribui para a correção do fluxo escolar, fortalece a qualidade da educação de jovens e adultos e amplia as oportunidades de inserção no mercado de trabalho. O número de inscritos deste ano teve um crescimento expressivo em comparação com 2024. Em 2025, foram realizadas 5.104 inscrições, número 16,1% maior que as 4.397 do ano anterior | Foto: Divulgação/Seape-DF A Seape-DF reconhece e incentiva a educação e o trabalho como instrumentos fundamentais para a reinserção social. Nos últimos anos, o sistema penal do DF, em parceria com a Secretaria de Educação, por meio do Centro Educacional 01 (CED 01), apresentou avanços significativos na área educacional: em 2024, foram registradas mais de 24 mil atividades educacionais, 6.511 reeducandos matriculados no Ensino de Jovens e Adultos (EJA) e 29.092 atendimentos pela Política de Remição de Pena pela Leitura, um aumento de 15% em relação a 2023. Esse esforço conjunto tem impacto direto na redução da reincidência criminal, uma vez que a participação em atividades de educação e trabalho permite a remição de pena e contribui para a progressão de regime. Os custodiados que concluem o ensino fundamental por meio do Encceja recebem 1.600 horas de remição, enquanto aqueles que finalizam o ensino médio são beneficiados com 1.200 horas, acrescidas de 1/3 por conclusão de nível de educação, conforme prevê a Resolução nº 391, de 10/05/2021. O secretário de Administração Penitenciária do DF, Wenderson Teles, destacou a importância de ações com foco na reintegração social. “A ampliação das atividades de educação e trabalho no sistema penal é uma estratégia essencial para reduzir a reincidência criminal e oferecer condições reais de reintegração social. O aumento das inscrições no Encceja demonstra que os reeducandos estão aproveitando essas oportunidades, o que fortalece todo o processo de ressocialização”, destacou. Divulgação de resultados - Divulgação dos resultados individuais: 15 de dezembro de 2025: o acesso aos resultados será feito pelo Responsável Pedagógico da unidade penal e disponibilizado no Consulta Visitante (Convis). - Participantes que obtiverem liberdade antes da divulgação poderão acessar seus resultados individualmente pelo portal enccejanacional.inep.gov.br, mediante cadastro no Gov.br. *Com informações da Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF)

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PECs e parquinhos danificados voltam a ganhar vida no DF

Recentemente, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) abriu licitação para a contratação de empresa especializada para manutenções preventivas e corretivas de parquinhos infantis, pontos de encontros comunitários (PECs) e complexos multiexercitadores em todas as regiões administrativas (RAs) do Distrito Federal. O valor estimado para a contratação é de R$ 79 milhões, durante cinco anos. Paralelamente, a companhia também promove a reciclagem de equipamentos danificados. Um dos diferenciais do trabalho executado pela Novacap é o reaproveitamento da maioria das peças | Fotos: Carlos Vilaça/Novacap Entre parafusos, tintas e estruturas enferrujadas, surge um novo colorido que vai além da pintura. Na Novacap, um galpão que poderia passar despercebido abriga um projeto que une trabalho social, reaproveitamento de materiais e transformação real de vidas. No centro dessa história está o funcionário Célio Gomes Pereira, 63, chefe operacional da Divisão de Equipamentos Públicos e, hoje, responsável pela recuperação dos aparelhos antes considerados ineficazes. Ao lado de Célio não estão apenas operários, mas homens em busca de um novo caminho. A equipe é composta por reeducandos do sistema prisional que, sob sua orientação, aprendem, colaboram e constroem. “Cada parafuso apertado, cada balanço restaurado carrega a esperança de alguém que quer recomeçar”, resume Célio, que trabalha há 28 anos na Novacap. Sustentabilidade Os equipamentos chegam danificados, muitas vezes dados como perdidos – mas com criatividade, paciência e peças reaproveitadas de outros parquinhos, voltam à vida e são devolvidos à população, especialmente às crianças das regiões mais carentes do Distrito Federal. A economia gerada pela reutilização dos materiais também é significativa, um reforço ao compromisso da Novacap com a sustentabilidade e a eficiência no uso de recursos públicos. “Em vez de simplesmente retirar um equipamento danificado e comprar um novo, esse trabalho gera uma economia de 30% a 50% em cada estrutura recuperada; e, em muitos casos, essa economia pode ser ainda maior”, explica Ramon Castro, chefe da Divisão de Equipamentos Públicos. “É um modelo que une responsabilidade social, reaproveitamento de recursos e cuidado com o dinheiro público.” Célio Pereira, responsável pela recuperação dos equipamentos: “É bonito demais ver um brinquedo que parecia condenado voltar a fazer parte da infância de uma criança” Além do aspecto social, os equipamentos da Novacap seguem critérios técnicos de segurança e acessibilidade. Os parquinhos são formados, em sua maioria, por peças metálicas com pintura eletrostática, que garantem maior resistência ao tempo e ao uso contínuo. Cada estrutura é pensada para suportar até 120 kg por usuário, permitindo o uso por crianças, adolescentes, adultos e até idosos, especialmente nos equipamentos de alongamento e ginástica, que integram os PECs. Os brinquedos passam por um processo rigoroso de recuperação: peças enferrujadas são substituídas, os parafusos reforçados, e todas as partes recebem nova pintura, e respeitam os padrões exigidos pelas normas técnicas. Inclusão e cidadania [LEIA_TAMBEM]“É bonito demais ver um brinquedo que parecia condenado voltar a fazer parte da infância de uma criança, mas mais bonito ainda é ver um homem que acreditava estar perdido descobrir que ainda pode construir algo bom com as próprias mãos”, afirma Célio. A preservação desses equipamentos, no entanto, depende também da participação ativa da comunidade. É fundamental que a população compreenda o valor desses espaços e contribua para sua conservação. Em casos de vandalismo ou depredação, qualquer cidadão pode denunciar à administração regional, à ouvidoria do GDF ou diretamente à polícia. Cuidar dos parquinhos é cuidar das crianças e do futuro coletivo, um gesto de cidadania. O projeto recupera equipamentos e histórias. É a prova de que, quando o poder público se alia à sensibilidade humana, é possível plantar sementes de mudança, mesmo entre vergalhões, latas de tinta e balanços quebrados. “Esse é um exemplo claro de que a Novacap vai além da infraestrutura”, afirma o presidente da companhia, Fernando Leite. “Nós promovemos inclusão, sustentabilidade e cidadania. É gratificante ver que um parquinho recuperado pode transformar a realidade de uma comunidade inteira”. *Com informações da Novacap  

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