DF recebe selo internacional de excelência por ações voltadas aos migrantes, refugiados e apátridas
O Distrito Federal é uma referência internacional em ações pela integração social de pessoas migrantes. O reconhecimento destas iniciativas, coordenadas pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), será feito nesta quinta-feira (16), em reunião online, quando será entregue o selo MigraCidades, de iniciativa da Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência da Organização das Nações Unidas (ONU). O processo de certificação reconhece o engajamento de governos locais na melhoria da governança migratória no Brasil e destaca os bons exemplos de acolhimento a migrantes e refugiados. O selo MigraCidades é concedido a unidades da Federação que contribuíram para a construção e gestão de políticas migratórias de forma qualificada e planejada, ao encontro da Meta 10.7 das Nações Unidas. Ao longo do ano de 2024, a Sejus intensificou as demandas, com destaque para a instituição do Comitê Distrital para Apoio a Migrantes, Refugiados e Apátridas, que irá identificar as necessidades desta população para assegurar medidas de integração; e a capacitação dos servidores do GDF que fazem atendimento nos serviços oferecidos sobre a Lei de Migrações (Lei Nº 13.445, de 24 de maio de 2017). O selo MigraCidades é concedido a unidades da Federação que contribuíram para a construção e gestão de políticas migratórias de forma qualificada e planejada | Foto: Divulgação/Sejus-DF Vivência Delas capacita migrantes A secretaria realizou ainda o projeto Vivência Delas, com o objetivo de integrar mulheres migrantes, refugiadas e apátridas no contexto social brasileiro. Por meio de oficinas de capacitação e rodas de conversas, em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), OIM e Caixa Econômica Federal, mais de 60 mulheres de outras nações, como Venezuela e Afeganistão, foram incentivadas ao empreendedorismo e algumas delas foram encaminhadas ao mercado de trabalho. A iniciativa também culminou com a Feira do Migrante, com desfile, exposição e venda de produtos confeccionados por elas, que mobilizou mais de 200 pessoas. Por fim, foi ampliado o número de palestras de conscientização, com registro, por exemplo, de 16 palestras na rede pública de ensino sobre tráfico de pessoas e combate à xenofobia, que alcançou mais de 2,3 mil pessoas. A venezuelana Katiusca Alcar elogia o Vivência Delas: “Eu aprendi noções de empreendedorismo, de artesanato e várias outras chances de trabalho. Me sinto muito acolhida e com muita expectativa de reconstruir minha vida aqui” Há três anos, a venezuelana Katiusca Alcar saiu do seu país pelas dificuldades sociais e políticas e apostou toda a sua esperança na situação econômica do DF. Ela comenta como o Vivência Delas mudou a vida dela: “Eu considero uma oportunidade única. Eu aprendi noções de empreendedorismo, de artesanato e várias outras chances de trabalho. Me sinto muito acolhida e com muita expectativa de reconstruir minha vida aqui”. “Esse reconhecimento mostra que estamos no caminho certo, de intensificar nossas ações para melhorar a situação destas pessoas que têm tanto a contribuir, e, ao mesmo tempo, passam por tantas vulnerabilidades. Este selo é uma honra que reforça nosso compromisso com a dignidade, inclusão e acolhimento de migrantes e refugiados”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. O evento de entrega do selo MigraCidades ocorrerá no dia 16 de janeiro, às 14h (horário de Brasília) e será aberto ao público via Plataforma Zoom. *Com informações da Sejus-DF
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Decreto institui mudanças no Comitê Distrital para apoio a migrantes, refugiados e apátridas
O Comitê Distrital para apoio a migrantes, refugiados e apátridas teve a regulamentação atualizada com o Decreto n° 46.297, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de terça-feira (24). As alterações beneficiam ações em prol dessa população e promovem a reflexão sobre o apoio aos refugiados e pessoas deslocadas. Migrantes aprendem português na rede pública de ensino do Distrito Federal | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A mudança mais expressiva diz respeito ao quantitativo de membros, que será composto de forma paritária pelo poder público e sociedade civil, sendo 16 membros titulares e 16 membros suplentes, para mandato de dois anos. Os integrantes devem ser representantes das seguintes áreas, organismos e instituições: → um titular e um suplente da área de Justiça e Cidadania → um titular e um suplente da área de Desenvolvimento Social → um titular e um suplente da área de Educação → um titular e um suplente da área de Saúde → um titular e um suplente da área de Segurança Pública → um titular e um suplente da área de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda → um titular e um suplente da área de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural → um titular e um suplente da área de Direitos Humanos e Igualdade Racial → um titular e um suplente de quatro diferentes organizações, entidades ou movimentos da sociedade civil voltados às atividades de assistência, proteção e integração de refugiados, migrantes e apátridas → um titular e um suplente de duas diferentes comunidades, organizações ou movimentos de refugiados, migrantes e apátridas, inclusive, indígenas → um titular e um suplente de duas diferentes instituições de ensino superior pública, privada ou comunitária, voltadas à pesquisa ou que desenvolvam atividades de assistência, proteção e integração de refugiados, migrantes e apátridas O novo texto prevê ainda que os membros do comitê sejam indicados pelos representantes dos órgãos, das entidades, instituições ou movimentos. A regulamentação também incluiu órgãos que poderão participar do comitê na condição de convidados com direito a voz, seja a partir de convite dos seus respectivos membros ou por manifestação de interesse. São alguns deles: a Organização Mundial da Saúde, por sua representação no Brasil; a Organização Internacional para as Migrações; o Comitê Nacional para os Refugiados; a Comissão de Direitos Humanos da Polícia Rodoviária Federal, nacional ou distrital; e a Defensoria Pública do Distrito Federal, entre outros. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania
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Divulgadas organizações habilitadas para oferecer 2 mil novas vagas à população em situação de rua
A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) publicou, nesta quinta-feira (15), o resultado definitivo das Organizações da Sociedade Civil (OSC) habilitadas para atuar, no âmbito do edital de Chamamento Público nº 2/2024, na ampliação para duas mil novas vagas de acolhimento para a população em situação de rua do Distrito Federal. “As medidas são fundamentais para garantir segurança e dignidade a essas pessoas, especialmente durante a noite. Nossa abordagem busca não apenas aumentar a capacidade de acolhimento, mas também adaptar os serviços às realidades de quem mais precisa” Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social “Ao publicar o resultado definitivo, a Comissão de Seleção finalizou a classificação e habilitação das Organizações da Sociedade Civil que enviaram propostas para o Edital”, explica Antonio Cezar Nascimento de Brito, presidente da Comissão de Seleção da Sedes. Com isso, a lista das OSCs aprovadas segue para homologação da Secretaria de Desenvolvimento Social. Feito isso, será dado início ao processo de formalização das parcerias ainda em 2024. Conforme o edital de chamamento público, haverá, no mínimo, mil vagas para o Serviço de Acolhimento Institucional para adultos e famílias e 200 vagas para pernoite. A definição das 800 vagas restantes levará em conta as necessidades identificadas do público a ser atendido em suas comunidades, a adesão ao modelo de acolhimento em pernoite e outras demandas que possam surgir durante a formalização das futuras parcerias. Além do aumento das vagas em abrigos, a nova proposta do edital é a implementação do pernoite, destinado ao acolhimento temporário de pessoas em situação de rua durante a noite, das 19h às 7h, todos os dias, incluindo finais de semana e feriados | Foto: Divulgação/Sedes-DF As vagas atenderão adultos de 18 a 59 anos, além de pessoas e famílias em diversas composições, incluindo crianças, adolescentes e idosos. Também serão contemplados grupos específicos, como indígenas, refugiados, migrantes internacionais e outros públicos. O serviço vai atender pessoas em situação de vulnerabilidade social que necessitem de acolhimento sem predeterminação de tempo de permanência, com a oferta de quatro refeições diárias: café da manhã, almoço, lanche e jantar. O acolhimento é realizado para viabilizar o processo de saída da situação de rua e/ou o fortalecimento pessoal e social do usuário por meio de atendimentos individuais e em grupo, além de articulação com órgãos do sistema de proteção socioassistencial e de garantia de direitos. Além do aumento das vagas em abrigos, a nova proposta do edital é a implementação do pernoite, destinado ao acolhimento temporário de pessoas em situação de rua durante a noite, das 19h às 7h, todos os dias, incluindo finais de semana e feriados. O pernoite é destinado às pessoas que enfrentam vínculos familiares e comunitários fragilizados ou rompidos, seja de forma situacional ou histórica. Esse serviço atende aqueles que têm um histórico de violação de direitos e que, atualmente, utilizam as ruas como seu espaço de moradia e sobrevivência. “A medida é uma das respostas ao plano de ação do Governo do Distrito Federal (GDF) para fortalecer a garantia de direitos das pessoas em situação de rua”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. “As medidas são fundamentais para garantir segurança e dignidade a essas pessoas, especialmente durante a noite. Nossa abordagem busca não apenas aumentar a capacidade de acolhimento, mas também adaptar os serviços às realidades de quem mais precisa”, completa. O prazo do Termo de Colaboração com as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) é de 60 meses, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. As duas mil vagas são distribuídas em 40 lotes, com cada lote composto por 50 vagas. A lista das instituições contempladas pode ser consultada no site da Sedes. *Com informações da Sedes
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RenovaDF capacita refugiados em busca de novas oportunidades
“Tudo o que eu quero é um emprego digno”, desabafa Richard Pantoja, 50 anos, refugiado venezuelano. Pai de seis filhos, sendo quatro residentes no Brasil, o imigrante diz ter encontrado, na capital federal, uma chance de recomeçar. Hoje, ele integra o grupo de estrangeiros em situação de vulnerabilidade social acolhidos pelo RenovaDF – programa do Governo do Distrito Federal (GDF) que associa qualificação profissional à preservação de espaços comunitários. No RenovaDF, 3,5 mil alunos têm acesso a conteúdos práticos e teóricos de áreas essenciais de manutenção | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Pantoja relata ter vindo ao Brasil em busca de melhores condições de vida. No entanto, assim como ele, muitos refugiados que chegam ao país enfrentam desafios significativos ao tentar reconstruir suas vidas. Neste contexto, o programa tem lhe dado a oportunidade de adquirir novas habilidades, de construir novas redes de apoio e de se familiarizar com a cultura e a sociedade brasileira. “Fico muito agradecido ao Brasil por ter me aberto as portas e me dado oportunidades. O RenovaDF é uma dessas oportunidades”, enfatiza. “Entrei com a finalidade de me capacitar para melhorar meu ramo de trabalho e conseguir um emprego melhor para sustentar minha família. É como uma catapulta que me impulsiona para a frente”, completa o estrangeiro, que trabalhava como motorista em seu país natal. Histórias de sucesso A também venezuelana Dariana Pacheco, 21, diz que ficou sabendo do programa por meio de conterrâneos e ex-alunos, que relataram experiências positivas com a iniciativa. “Eles me falaram que era um curso que ajudava muito a gente a obter conhecimento e ter uma melhor qualidade de vida”, explica. “Eu vi o anúncio pelas redes sociais, me inscrevi e aguardei. Quando vi meu nome na lista fiquei muito feliz, falei para meu pai e para o meu marido”, prossegue. Além do aprendizado, os participantes também ajudam a recuperar equipamentos públicos da capital federal Os imigrantes, contudo, não são os únicos a terem a vida transformada pelo RenovaDF. Hoje instrutor da turma de refugiados, Hermito Chaves, 51, foi aluno do programa em 2022 e graças ao empenho no curso foi chamado para repassar o conhecimento adquirido adiante. “Na época, me inscrevi pois estávamos saindo de uma pandemia. Fui chamado, participei e estou como instrutor há um ano”, conta. “O RenovaDF não classifica as pessoas para excluí-las, mas para incluí-las, independentemente da classe social e de onde ela venha. O mais legal do programa é essa característica de acolhimento”, finaliza o professor. Os cursos têm duração de 240 horas, divididas em três etapas de 80 horas, com quatro horas diárias de atividades. Os alunos recebem auxílio pecuniário equivalente a um salário mínimo após a conclusão de cada 80 horas, auxílio-transporte, seguro contra acidentes pessoais e certificado Capacitação profissional Durante o RenovaDF, Pantoja e os outros 3,5 mil alunos do curso têm acesso a conteúdos práticos e teóricos de áreas essenciais de manutenção. Além do aprendizado, os participantes também ajudam a recuperar equipamentos públicos da capital federal. Outro benefício direto de participar da iniciativa é se capacitar profissionalmente para o mercado de trabalho. “É importante para que ele chegue ao mercado não sabendo apenas a teoria, mas a prática. Muitos chegam ao curso sem saber nada da área de construção civil e saem sabendo o que terão de fazer quando trabalharem em empresas”, detalha o instrutor Erick Patrick, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), entidade responsável por coordenar as aulas. Desde o dia 2 de janeiro, os alunos dos quinto e sexto ciclos já estão com a mão na massa. Cerca de 3.500 profissionais estudam e trabalham de segunda a sexta-feira para recuperar mais de 165 equipamentos públicos espalhados em 19 regiões administrativas do DF. Para quem tem interesse em participar do RenovaDF, fique de olho, pois o edital com os novos ciclos vai ser publicado nos próximos dias. Os cursos têm duração de 240 horas, divididas em três etapas de 80 horas, com quatro horas diárias de atividades. Os alunos recebem auxílio pecuniário equivalente a um salário mínimo após a conclusão de cada 80 horas, auxílio-transporte, seguro contra acidentes pessoais e certificado.
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Profissionais de saúde orientam migrantes sobre acesso aos serviços no DF
Para difundir o conhecimento sobre direitos e promover a integração com parcela importante da população estrangeira na capital federal, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) promove ações como vacinação e orientação de acesso aos serviços pelos migrantes. O cuidado com esse público é articulado na pasta pela Gerência de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável e Programas Especiais (GASPVP), que abrange também refugiados e apátridas (sem nacionalidade reconhecida). “O objetivo dessa gerência é contribuir para a ampliação da consciência e do exercício da cidadania das populações vulneráveis, de modo a promover uma atenção à saúde integral e igualitária”, afirma a cirurgiã dentista e apoiadora técnica no tema migrantes na GASPVP, Ana Sampaio. O órgão é, além disso, responsável por conferir a esses segmentos populacionais parte da responsabilidade na gestão das políticas de saúde da rede, em fortalecimento ao controle exercido pela sociedade civil. Nessa linha, a SES-DF participou da Jornada de Saúde e Bem-Estar, da Embaixada da Colômbia em Brasília. O evento, no último fim de semana, contou com bate-papos entre profissionais da saúde de diversas especialidades e migrantes colombianos residentes no DF. Agentes da GASPVP acolheram os participantes, sanaram dúvidas e ofereceram orientações sobre os serviços disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). SES-DF participa da Jornada de Saúde e Bem-Estar da Embaixada da Colômbia | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A equipe de vacinação da Diretoria Regional de Atenção Primária à Saúde (Diraps) da Região de Saúde Central também esteve presente, ofertando imunização contra gripe, covid-19, hepatite B, febre amarela, difteria, tétano e tríplice viral. A pasta ainda disponibilizou luvas, batas e máscaras descartáveis, além de kits odontológicos e preservativos. ? “Às vezes, os colombianos chegam sem ter muitas informações, sem conhecer o sistema de saúde local. Portanto, uma atividade como essa ajuda não só na oferta de serviços de atenção à saúde, como também configura uma oportunidade para explicar às pessoas como funcionam esses serviços”, destacou o embaixador da Colômbia no Brasil, Guillermo Rivera, que agradeceu ao Governo do Distrito Federal (GDF) e à SES-DF pelo auxílio no evento. Embaixador da Colômbia no Brasil, Guillermo Rivera, afirma que encontro auxilia no repasse de informações sobre os serviços de saúde e como funcionam A costureira Maria Matilde Alvarez, residente na capital há 12 anos, participou da iniciativa e recordou os desafios de quando chegou ao país. “De início, tivemos dificuldade com o idioma, com a adaptação, com a matrícula do meu filho na escola. Hoje já está tudo bem”, relatou. Quase toda a família dela está na Colômbia, à exceção do marido e do filho, que moram com ela. No encontro, Matilde aproveitou para buscar informações sobre o atendimento ginecológico realizado pela rede pública. Dificuldades de adaptação De acordo com informações do consulado colombiano, há cerca de 2.300 colombianos residindo no DF. O perfil geral dos imigrados é jovem, cuja maior parte tem entre 25 e 40 anos, buscando novas oportunidades de trabalho ou a conclusão de estudos na educação superior – em cursos de mestrado, doutorado ou pós-doutorado na Universidade de Brasília (UnB). Os dados mostram ainda que a principal queixa é referente à saúde mental, sendo muitos relatos sobre estresse, ansiedade e depressão. “A saudade do vínculo familiar é uma questão muito difícil”, afirma a psicóloga colombiana Melba Revelo A psicóloga colombiana Melba Revelo, especialista em direitos humanos e, atualmente, mestranda em desenvolvimento, sociedade e cooperação internacionais, explicou que a migração tem implicações em muitas áreas da vida do indivíduo. ?“A saudade do vínculo familiar é uma questão muito difícil. Também, se a pessoa tem alguma perda de status econômico, se não pode trabalhar na área que gosta, encontrará muitas dificuldades nessa nova condição.” Saúde da população migrante A Lei nº 13.445/2017 (Lei de Migração) estabelece que “ao migrante é garantida no território nacional, em condição de igualdade com os nacionais, a inviolabilidade do direito à vida”, bem como o acesso a serviços públicos de saúde sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória”. O direito à saúde é garantido a todos que estejam em território brasileiro, independentemente da nacionalidade e a qualquer título de estadia: sejam turistas, residentes ou requerentes de asilo. Todo migrante tem o direito de acessar os serviços do SUS, ainda que, no momento do atendimento, não esteja de posse de seus documentos de identificação, como o passaporte, o Registro Nacional de Estrangeiros (RNE) ou um documento oficial de identidade emitido pelo país de origem. Se o migrante já possui o Cartão Nacional de Saúde (CNS), este será solicitado em todos os locais que prestem assistência à saúde no DF, permitindo sua identificação e registro. Na capital, existem unidades de saúde que podem ser acessadas de acordo com a necessidade de atendimento e seu domicílio: ? unidades básicas de saúde (UBS) – Nível de Atenção Primária à Saúde (APS) –, principal porta de entrada para a maior parte dos serviços disponibilizados no SUS; ? policlínicas – Nível Atenção Secundária à Saúde; ? unidades de pronto atendimento (UPA) – Nível de Atenção Secundária à Saúde; ? Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) – Nível de Atenção Terciária Saúde; ? hospitais – Nível Atenção Terciária à Saúde. O atendimento inicial deve ser realizado na UBS de referência. No momento do cadastro na unidade, as informações do migrante serão coletadas e completadas na visita domiciliar pelo Agente Comunitário de Saúde (ACS). *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
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Plano mais inclusivo para migrantes, imigrantes, apátridas e refugiados
A 29ª oficina do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), a lei que guiará o desenvolvimento do DF nos próximos dez anos, terá como tema os migrantes, imigrantes, apátridas e refugiados. Se você faz parte ou defende os direitos dessa parcela da população, esta é a hora de trazer suas sugestões sobre o segmento para a elaboração de um Plano Diretor mais inclusivo. [Olho texto=”“O Pdot pode agir nessa questão, propondo estratégias no âmbito da política habitacional que contemplem a população que chega ao DF com alguma particularidade ou priorização”” assinatura=”Mário Pacheco, coordenador de Planejamento e Sustentabilidade Urbana” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O evento ocorrerá no dia 12, terça-feira, às 19h, na sede da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), localizada no Edifício Number One, no Setor Comercial Norte (SCN), Quadra 2, 18º andar. Dando um panorama da situação, o coordenador de Planejamento e Sustentabilidade Urbana, Mario Pacheco, explica que essa comunidade costuma chegar ao novo território sem laços ou conexões sociais, dificultando sua fixação e o início de uma nova vida. Nesse sentido, ele destaca: “O Pdot pode agir nessa questão, propondo estratégias no âmbito da política habitacional que contemplem a população que chega ao DF com alguma particularidade ou priorização”. Já o diretor da Associação dos Indígenas Warao Coromoto (Asiwc/DF), Gilberto Portes, observa que, muitas vezes, essas pessoas não acessam os serviços públicos e também não têm emprego estável. “Visando garantir segurança a médio e longo prazo para essa população, é fundamental que planejemos o território com a participação efetiva dela”, enfatiza o representante da comunidade de indígenas de refugiados da Venezuela. Para Portes, a oficina do Pdot voltada a esse segmento é uma iniciativa extremamente importante, capaz de incluir essas pessoas no espaço de vivência do DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Dinâmica A oficina terá um formato diferente do habitual. Em vez de dividir a população em grupos, contará com a participação de especialistas para discutir um tema escolhido pelos representantes do segmento e relacionado ao Plano Diretor. Após isso, haverá uma rodada de debates. Quem pode participar? Podem participar das oficinas todos os moradores do Distrito Federal, de diferentes faixas etárias, gêneros e níveis socioeconômicos, interessados em discutir o planejamento urbano e o futuro da região. Para isso, basta comparecer nas datas e locais marcados. Ao todo, serão 54 oficinas organizadas pela Seduh neste ano. Enquanto 18 desses eventos públicos serão voltados para segmentos da sociedade, os outros 36 serão sobre as regiões administrativas (RAs) do Distrito Federal. Confira o calendário completo. Mais informações podem ser acessadas no site www.pdot.seduh.df.gov.br. Serviço Migrantes, imigrantes, apátridas e refugiados – Data: dia 12 (terça-feira) – Horário: às 19h – Local: Sede da Seduh, no Edifício Number One, Setor Comercial Norte (SCN), Quadra 1, 18º andar – Acesso virtual: pelo YouTube, no canal Conexão Seduh. *Com informações da Seduh-DF
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Decreto institui comitê para apoio a migrantes, refugiados e apátridas
Foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) o Decreto nº 44.766/2023, que institui o Comitê Distrital para apoio a migrantes, refugiados e apátridas do Distrito Federal. O grupo vai promover, articular e acompanhar a promoção do bem-estar, da assistência e da integração de políticas públicas na capital do país para esse esses grupos. [Olho texto=”“É uma ação de governo que será conduzida pela Sejus, por ser o órgão que atua frente aos direitos humanos. O comitê irá tratar de pessoas que buscam no território nacional, especificamente no DF, acolhimento, cuidado e, principalmente, proteção”” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”direita”] A norma estabelece que a condição de pessoa refugiada, migrante ou apátrida será reconhecida pela autoridade competente, quando atendidos os requisitos estabelecidos pela legislação nacional e internacional que rege a matéria. A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) vai administrar o Comitê Distrital, disponibilizando suporte administrativo, operacional e logístico para o funcionamento do grupo. A pasta também vai regulamentar os critérios para escolha dos representantes que darão andamento aos trabalhos. “É uma ação de governo que será conduzida pela Sejus, por ser o órgão que atua frente aos direitos humanos. O comitê irá tratar de pessoas que buscam no território nacional, especificamente no Distrito Federal, acolhimento, cuidado e, principalmente, proteção”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. O Comitê Distrital foi criado para auxiliar os órgãos do GDF, em conjunto com a sociedade civil, a desenvolver e auxiliar nas ações para pessoas refugiadas, migrantes e apátridas | Foto: Marcelo Casal/Agência Brasil Composição e trabalho O Comitê Distrital reunirá representantes titulares e suplentes dos seguintes órgãos e instituições: Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes); Secretaria de Educação (SEE); Secretaria de Saúde (SES); Secretaria de Segurança Pública (SSP); Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet); Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri); organizações da sociedade civil voltadas a atividades de assistência, proteção e integração de refugiados, migrantes e apátridas; comunidade refugiada, migrante e apátrida, incluindo os indígenas parte deste grupo, além de representantes da própria Sejus. Tanto os membros titulares como os suplentes serão indicados pelos representantes dos órgãos e das instituições. Eles irão exercer mandato de dois anos, permitida uma recondução, por igual período. A atuação no Comitê Distrital será considerada relevante prestação de serviços públicos, sem remuneração. [Olho texto=”O Comitê Distrital reunirá representantes titulares e suplentes das secretarias de Justiça e Cidadania; de Desenvolvimento Social; de Educação; de Saúde; de Segurança Pública; de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda; e da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Representantes do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur do Brasil), e de outras instituições públicas poderão participar do grupo na condição de convidados, com direito a voz. A coordenação do grupo de trabalho poderá convidar outros órgãos e entidades do Distrito Federal, assim como representantes da sociedade civil, terceiros interessados, autoridades ou profissionais de notório saber para, durante os encontros, subsidiarem sobre os temas e questões constantes das pautas. As reuniões do Comitê Distrital serão mensais, ou sempre que necessário, por convocação do presidente. A estrutura e o funcionamento serão regulados por regimento interno. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do DF
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Inclusão de imigrantes e refugiados leva São Sebastião ao Vale do Silício
Responsável por mapear, identificar problemas e propor políticas públicas de melhoria da qualidade de vida de estrangeiros e refugiados residentes em São Sebastião, o programa ImigraSS levou a região administrativa ao Vale do Silício. De 5 a 11 de novembro, uma comitiva de nove servidores do Governo do Distrito Federal (GDF) faz uma imersão no polo onde estão as principais empresas e startups de tecnologia do mundo, nos Estados Unidos. [Olho texto=”“Levamos representantes de todas as categorias do prêmio para que eles possam aprender durante esta semana de imersão e trazer esses ensinamentos para serem aplicados aqui no Distrito Federal”” assinatura=”Rose Rainha, diretora técnica do Sebrae-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] A viagem – que tem status de missão com palestras e visitas técnicas, e não se designa como um passeio – é a gratificação do Prêmio Cidade Empreendedora, onde o ImigraSS levou o 1º lugar geral e o 1º lugar na categoria Inclusão Produtiva. A ação foi elaborada e desenvolvida pela Administração Regional de São Sebastião. “Levamos representantes de todas as categorias do prêmio para que eles possam aprender durante esta semana de imersão e trazer esses ensinamentos para serem aplicados aqui no Distrito Federal”, afirma a diretora técnica do Sebrae-DF, Rose Rainha. Gerente de Estratégia e Políticas Públicas da instituição, Jorge Adriano Soares da Silva destaca o potencial humano e a estrutura oferecida por Brasília. “Nós temos bons empreendedores e todas as demais condições de fazer Brasília se tornar um polo de empreendedorismo e inovação”. A ideia de traçar um perfil das pessoas que deixaram seus países e fixaram residência em São Sebastião surgiu logo no começo da gestão, em 2019. Recém-empossado no cargo, o então administrador Alan Valim pediu à equipe um relatório com os principais desafios dos 100 primeiros dias de governo e o que a administração regional poderia fazer para resolvê-los. A Administração Regional de São Sebastião foi a primeira do DF a emitir autorização para empreendedores de rua estrangeiros, situação até então impossibilitada | Foto: Arquivo Agência Brasília Uma das principais questões apontadas pelo documento foi a grande quantidade de imigrantes e refugiados venezuelanos vivendo na cidade – o que, em segundo momento, se mostrou bem maior com a presença também de pessoas de outras nacionalidades, como haitianos, nigerianos e colombianos. Iniciou-se ali um trabalho de campo com visitas às entidades que faziam esse acolhimento e em busca de tratativas para proporcionar o mínimo de dignidade a esses cidadãos – além de entender os impactos que isso traria a rede de serviços públicos de São Sebastião. “Importante ressaltar a alta vulnerabilidade dessas pessoas que estavam sem documentos, recursos financeiros, família, amigos, vestuário e, longe de suas pátrias, ainda enfrentam a barreira do idioma e de outras problemas inerentes às suas situações de imigrante e/ou refugiado”, explica o ex-administrador Valim. Tratativas foram realizadas com a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Ministério dos Direitos Humanos, Sesc, Senai, Universidade de Brasília (UnB), Associação Comercial de São Sebastião, Embaixada da Venezuela, Cáritas e Associação de Pastores. A partir daí foram instituídas políticas públicas de inclusão desses estrangeiros com a disponibilização de vagas de emprego, cursos profissionalizantes, aulas de português, cestas básicas e convênio com a embaixada para acolhimento e emissão de documentos. Já a Administração Regional de São Sebastião foi a primeira do DF a emitir autorização para empreendedores de rua estrangeiros, situação até então impossibilitada. “Esse é mais um reconhecimento do trabalho social desenvolvido pela Administração Regional de São Sebastião”, diz o administrador regional Ataliba Rodrigues.
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Parceria com Defensoria Pública fortalece atendimento a famílias
Durante este fim de semana (dias 8 e 9), a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) atendeu imigrantes indígenas venezuelanos da etnia Warao no Núcleo Rural Capão Comprido, em São Sebastião. Foram quase 200 agendamentos. A ação fez parte da parceria firmada em 28 de agosto com a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) para ampliar o acesso de pessoas em vulnerabilidade à política de assistência social. Ação conjunta faz parte de acordo firmado em agosto pela Sedes e a Defensoria Pública do DF | Foto: Renato Raphael/Sedes “Um dos objetivos dessa parceria com a Defensoria é fortalecer a atuação junto às pessoas com deficiência se valendo de apoio técnico, como o atendimento com apoio de intérprete em Libras”, reforça a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, que citou também o acordo feito com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e a parceria com uma organização da sociedade civil. [Olho texto=”7 mil ” assinatura=”Número estimado de atendimentos prestados pela equipe móvel da Sedes desde o início deste ano” esquerda_direita_centro=”direita”] No primeiro caso, cerca de 300 bombeiros foram treinados para ações concentradas de preenchimento e atualização do Cadastro Único. Na segunda parceria, foram abertos 14 postos para execução dos serviços relacionados ao cadastramento familiar. Conforme o termo firmado, a Defensoria cedeu um veículo e um espaço dentro de sua sede, no Setor Comercial Norte, para atuação dos servidores da Sedes no atendimento ao cidadão. Em ambos os casos, o trabalho é feito pela equipe móvel da Sedes. Criado no início deste ano, o grupo conta com 28 servidores, entre especialistas e agentes sociais, que já atuaram em mais de 7 mil atendimentos ao longo desse período. “A atuação da equipe móvel é focada na busca ativa das famílias que não acessam os serviços em áreas rurais e urbanas”, explica a titular da Sedes. “Estou muito agradecida”, afirmou a refugiada Umi Zapata, uma das atendidas durante a ação do fim de semana. “Sou da Venezuela, indígena Warao, e morando aqui há um ano e dez meses”. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
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Servidores dos Cras e Creas recebem capacitação da ONU
O curso foi idealizado em razão do aumento de demandas nas unidades de assistência social do DF e da necessidade de uma capacitação para nivelar informações, aprimorando o atendimento de forma a minimizar as barreiras culturais, jurídicas e sociais que podem afetar a acolhida e integração desta população Foto: Renato Raphael/Sedes Foi realizada nesta terça-feira (7), uma oficina para aprimorar o atendimento a refugiados e migrantes no Distrito Federal. O “Curso de Introdução ao Atendimento de Imigrantes e Refugiados” foi ministrado por representantes da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) e do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), em parceria com servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). [Olho texto=”No Distrito Federal, pelos dados do Sistema Integrado de Desenvolvimento Social (Sids), gerido pela Sedes, são atendidos mais de 104 mil migrantes de diversas nacionalidades, como venezuelanos, haitianos, paquistaneses e outros” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O intuito da capacitação foi compartilhar informações sobre atendimento dentro do Sistema Único de Assistência Social do DF (Suas) de pessoas que solicitam o reconhecimento da condição de refugiado após serem forçadas a deixarem o seu país de origem, em especial os que chegam em razão de crises humanitárias ou políticas, e que desconhecem a política pública social. No Distrito Federal, pelos dados do Sistema Integrado de Desenvolvimento Social (Sids), gerido pela Sedes, são atendidos mais de 104 mil migrantes de diversas nacionalidades, como venezuelanos, haitianos, paquistaneses e outros. O curso foi idealizado em razão do aumento de demandas nas unidades de assistência social do DF e da necessidade de uma capacitação para nivelar informações, aprimorando o atendimento de forma a minimizar as barreiras culturais, jurídicas e sociais que podem afetar a acolhida e integração desta população. A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, destaca que essa parceria com as agências internacionais de atendimento humanitário e entidades da sociedade civil é de grande importância e que vem para fortalecer ainda mais a política de proteção social no Distrito Federal. “Para inserir um imigrante ou refugiado no Suas é necessário realizar uma escuta qualificada, o que requer uma sensibilidade ainda maior por parte dos agentes sociais. E essas instituições da ONU estão compartilhando esse conhecimento com as nossas equipes, ação muito enriquecedora para os profissionais da rede pública, como também para os usuários da política”. [Olho texto=” [Olho texto=”“Para inserir um imigrante ou refugiado no SUAS é necessário realizar uma escuta qualificada, o que requer uma sensibilidade ainda maior por parte dos agentes sociais. E essas instituições da ONU estão compartilhando esse conhecimento com as nossas equipes”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”] Durante o debate, foram levantadas questões importantes sobre o atendimento e acolhimento socioassistencial para refugiados e migrantes, como por exemplo, a documentação; a entrevista e abordagem; e, em quais ações comunitárias que essas pessoas podem ser inseridas. O acolhimento foi a questão mais debatida pelos participantes, já que os migrantes e refugiados, além de estarem em situação de extrema vulnerabilidade, ainda vivenciam o contexto emergencial e, muitas vezes, de luto associado à saída do país de origem. E, após a identificação pessoal, também são analisadas as demandas nas quais o refugiado e o migrante se inserem, que se dividem em: emergenciais – que identifica a saúde, o perfil socioeconômico, a alimentação e abrigamento e situação de violência; e detalhadas – que averiguam informações subjetivas, como o interesse de estar no país, as perspectivas de futuro e possíveis situações de risco como, por exemplo, vítima de tráfico humano e exploração sexual, trabalho escravo e outras violações de direitos humanos. A assistente sênior de Proteção do Acnur, Giulianna Serricella, alerta que essas pessoas chegam no país fragilizadas e com barreiras, principalmente a cultural. “O idioma pode ser uma das principais barreiras, a pessoa teve rompimento de vínculos, deixou familiares em seu país de origem ou até mesmo perdeu familiares. Algumas pessoas chegam em situação de pobreza extrema e de insegurança alimentar. Ainda podem enfrentar situações de xenofobia e o desconhecimento sobre serviços públicos, por isso é importante que a rede local se fortaleça e que iniciativas como a de hoje continuem ocorrendo”, detalha. No que se refere à legislação, houve uma exposição e esclarecimentos sobre as normativas legais referentes à documentação no Brasil, incluindo a solicitação do reconhecimento da condição de refugiado, refugiados reconhecidos, residência temporária e a acolhida humanitária. Essa população, mesmo não tendo nacionalidade brasileira, possui direitos e deveres. E mesmo estando em situação irregular em solo brasileiro, tem o direito de receber atendimento pela Política de Assistência Social. A diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos, Ir. Rosita Milesi, além de contribuir com as exposições do dia e o esclarecimento de aspectos jurídicos referentes à regularização migratória, manifestou apoio à proposta que vem sendo tratada pela Sedes de implementar um Centro de Referência Especializado de Assistência Social voltado ao atendimento aos migrantes e refugiados. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Quatro verbos – acolher, proteger, promover e integrar – resumem um programa completo de atenção aos migrantes e refugiados e é muito animador ver e sentir na disposição de tantos profissionais a abertura para, em conjunto, parceiros com a Agência da ONU para Refugiados, com o IMDH e a sociedade, buscarmos a implementação deste programa de efetiva acolhida humanitária”, explicou Milesi. O especialista em assistência social da Sedes, André Peredo, afirma que o Brasil tem um histórico de recebimento de fluxo migratório, e após as crises humanitárias, intensificou o número de pessoas nessa situação, o que se faz necessário ter uma governança temática. “Não basta ter apenas a assistência social para os migrantes, é importante ter uma política intersetorial e um comitê com representantes das entidades envolvidas. Esse é apenas um desafio, e não um problema”, finaliza André. *Com informações da Sedes
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