Secretaria de Meio Ambiente de Valparaíso conhece modelo de apreensão de animais no DF
O secretário de Meio Ambiente de Valparaíso de Goiás, Tadeu Ferreira, realizou nesta quinta-feira (31) uma visita técnica à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF), com o objetivo de conhecer de perto o trabalho desenvolvido na apreensão e destinação de animais de grande porte soltos em vias públicas. Acompanhado do subsecretário de Proteção aos Animais de Produção do DF, Walter Roriz, Tadeu destacou a importância da troca de experiências. “É um prazer imenso fazer essa visita aos nossos vizinhos do Distrito Federal, especialmente na presença do Walter, que está aqui compartilhando todo o conhecimento que tem na área veterinária e na apreensão de animais. Isso é uma novidade que estamos levando para o nosso município”, afirmou. O secretário de Meio Ambiente de Valparaíso de Goiás, Tadeu Ferreira, foi apresentado pelo subsecretário de Proteção aos Animais de Produção do DF, Walter Roriz, ao modelo de atuação do DF em relação à apreensão de animais | Fotos: Divulgação Seagri-DF Segundo o secretário, a iniciativa deve inspirar medidas semelhantes em Valparaíso, com suporte técnico do DF. “Estamos em conversa para trazer esse conhecimento e expertise para a nossa cidade. O aprendizado que tivemos aqui será fundamental para estruturarmos um sistema eficaz de apreensão e cuidado com os animais em nossa região”, disse Tadeu Ferreira. [LEIA_TAMBEM]Durante a visita, o secretário teve acesso a informações técnicas sobre os protocolos utilizados pelo DF na atuação em áreas rurais e urbanas, além de conhecer a estrutura oferecida para o manejo seguro dos animais recolhidos. Para o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF, Rafael Bueno, a visita fortalece o compromisso da Seagri-DF com a integração regional e o compartilhamento de boas práticas. “A integração entre os entes federativos é essencial para enfrentarmos desafios comuns. Ficamos muito satisfeitos em poder compartilhar nossa experiência com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Valparaíso e, juntos, avançarmos na proteção e no bem-estar dos animais”, afirmou. Protocolos utilizados pelo DF na apreensão de animais em áreas rurais e urbanas foram apresentados, além da estrutura oferecida para o manejo seguro dos animais recolhidos O subsecretário Walter Roriz reforçou a importância de ações integradas entre as cidades. “Esse tipo de cooperação é fundamental para reduzir riscos de acidentes com animais soltos, promover o bem-estar animal e garantir segurança à população. Estamos à disposição para contribuir com os municípios vizinhos nessa missão”, declarou. *Com informações da Seagri-DF
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Animais resgatados dos incêndios florestais recebem tratamento do GDF
Um trabalho ininterrupto executado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para atender os animais vítimas dos incêndios que atingiram o DF nas últimas semanas tem promovido resgates e tratamentos por meio de órgãos ambientais com a estrutura necessária para a recuperação da fauna do Cerrado. Anta macho em tratamento no Hospital Veterinário do Zoo de Brasília chegou ao local desidratado e com graves queimaduras nas patas | Foto: Divulgação/FJZB No Hospital Veterinário do Zoológico de Brasília, atualmente, estão sendo atendidos uma anta e dois tamanduás, vítimas de queimadas. O macho de anta foi resgatado do fogo que consumiu parte do Parque Nacional na quarta-feira (18). Ele chegou ao zoo com as quatro patas gravemente queimadas, sem unhas, desidratado e com sinais de inalação de fumaça. Foi iniciado um tratamento especial com pele de tilápia, um método para queimaduras desenvolvido por médicos no Ceará e considerado um grande avanço na medicina devido à capacidade de eficácia na regeneração e cicatrização de ferimentos. Fêmea de tamanduá-bandeira foi resgatada de incêndio na Floresta Nacional com o filhote | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Já a tamanduá-bandeira fêmea, vítima do incêndio que se espalhou na Floresta Nacional, foi resgatada na segunda-feira (23) com queimaduras graves nas quatro patas e debilitada para procurar alimento. O filhote, por sua vez, chegou à unidade veterinária com queimaduras nos pés, mãos e na ponta do focinho. Atualmente ele é alimentado por sonda – e, como todos os demais pacientes, recebe cuidados para recuperação e reinserção na flora. Segundo a diretora do Hospital Veterinário do Zoológico, Tânia Borges, os tratamentos alternativos incluem métodos fitoterápicos e exames de todos os tipos para o monitoramento e melhora dos animais. Além disso, as equipes fazem uma busca ativa nas áreas atingidas pelo fogo para prestar apoio aos outros órgãos ambientais envolvidos nos resgates. “Colaboramos também com o fornecimento de alimentos para os animais, além de materiais de contenção no caso do pessoal do parque precisar fazer algum resgate”, detalha a gestora. “A equipe fica de prontidão 24 horas para atender da melhor forma possível.” Animais no Hfaus O Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre (Hfaus) também recebeu diversos pacientes durante esse período. Na quarta-feira (25), um filhote de cachorro-do-mato foi encontrado por policiais militares do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPMA). Filhote de cachorro-do-mato recebe tratamento após ter tido a coluna fraturada durante fuga de um incêndio em Brazlândia | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília O animal havia caído em um buraco de cerca de três metros de profundidade após se perder do bando para fugir de um incêndio no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, em Brazlândia. Depois de ser encaminhado ao Hfaus e passar por exames, teve constatada uma fratura na coluna e precisou ser submetido a cirurgia ortopédica. O bichinho passará por tratamento e reabilitação. Bugio que se perdeu da mãe ficou desidratado e também foi resgatado pelas equipes do Hfaus Um filhote de lobo-guará também recebe cuidados na unidade após ter sido encontrado debaixo de um carro. Apesar de não apresentar sinais de ferimentos, ele não estava em seu habitat natural e foi recolhido pelas equipes para não correr riscos de atropelamento, ataque de cães domésticos ou mesmo atacar por estar assustado. Ouriço-cacheiro também recebe atendimento após passar por um incêndio “O Parque Nacional está dentro de Brasília, cercado por cidade. Então, esgotando os recursos, eles acabam chegando a lugares inadequados e entram em conflito com os humanos” Thiago Marques, biólogo do Hfaus O hospital veterinário também acolheu um pequeno bugio, que chegou desidratado e com hipotermia. Um grupo de civis afirma ter visto o filhote de primata cair do colo da mãe durante uma fuga do bando próximo às áreas afetadas pelas queimadas. Os veterinários da unidade pública também cuidam de um tamanduá filhote que ficou para trás durante a fuga da família, além de outros animais, como saruês, micos e ouriços-cacheiros – a maioria filhotes. O biólogo do Hfaus responsável pelo manejo dos animais silvestres, Thiago Marques, lembra que os animais estão chegando com sinais evidentes de que buscam alimento, recurso em escassez pela degradação do ambiente original. “O DF é uma área gigante, e, se o animal se desloca, acaba chegando à civilização”, explica. “O Parque Nacional está dentro de Brasília, cercado por cidade. Então, esgotando os recursos, eles acabam chegando a lugares inadequados e entram em conflito com os humanos”. Thiago afirma ainda que a demanda do hospital veterinário tem aumentado de forma nítida desde que os incêndios florestais começaram, e frisa que nem sempre os animais vão chegar com ferimentos causados pelo fogo – mas também por incidentes provocados por fuga, abandono das famílias, escassez de alimentos, procura de abrigo e outras questões que são impactos diretos das queimadas. “Percebemos um aumento de casos, por exemplo, de ataque de cachorros, colisões com carros e vidraças, além de animais indo parar em locais urbanos”, aponta o biólogo. “As pessoas se assustam com eles e acabam tendo esses casos de ferimentos. Nosso trabalho é tentar resgatar, melhorar a vidinha deles e devolvê-los para a natureza o mais breve possível. Mas a grande maioria a gente não vai conseguir atender, que são anfíbios, répteis e invertebrados que não conseguem fugir. Eles são a base para muitos outros; e, quando há um problema com a base, afeta toda a cadeia alimentar.” Como ajudar Os profissionais do hospital veterinário ressaltam que os animais da fauna silvestre não devem ser tratados por civis, já que, por mais que o animal pareça que não está machucado, pode estar extremamente assustado ou com fome, enfrentando dias de fuga. Foi o caso da fêmea de tamanduá, que, antes de ser trazida pelos bombeiros ao Hfaus, estava correndo havia dois dias dentro da cidade. “A partir do momento em que ele é retirado da natureza, há chances de não conseguir retornar” Clara Costa, chefe do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama Ao encontrar um animal na rua, filhote ou adulto, primeiramente é preciso verificar se ele está ferido ou precisa de socorro, pois nem todos os casos exigem intervenção humana. “Mesmo que ele seja filhote, às vezes a mãe deixa ele em um cantinho para buscar alimento; e, querendo ajudar, a gente faz um resgate que não era necessário”, pontua a chefe do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Clara Costa. “A partir do momento em que ele é retirado da natureza, há chances de não conseguir retornar.” O ideal é sempre acionar os órgãos públicos ambientais, que atuam na linha de frente com apoio do BPMA, por meio do telefone 190, ou o Corpo de Bombeiros Militar do DF pelo telefone 193. Destinação dos resgatados Desde o início do ano há um acordo de cooperação técnica para o atendimento da fauna do DF e Entorno que envolve o Ibama, os institutos Brasília Ambiental (Ibram) e Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além do Jardim Zoológico de Brasília.A representante do Cetas, divisão do Ibama que recebe os bichos resgatados de incêndios florestais, atropelamentos, colisões, apreensões ou até entregas voluntárias, ressalta que, após os animais receberam alta dos hospitais veterinários parceiros, as equipes fazem uma avaliação física e comportamental dos resgatados, para saber se há alguma avaria que os impossibilite de retornar para a natureza. “Isso é fundamental caso seja um animal manso ou que não apresente os comportamentos típicos da espécie que vão auxiliá-lo a sobreviver na natureza”, detalha. “Após essa avaliação criteriosa, a gente define a destinação desses animais – que pode ser a soltura, que é o objetivo final sempre, ou cativeiro, nos casos em que eles não sobreviveriam sozinhos. Existe também a possibilidade de destiná-los aos zoológicos, criadouros ou mantenedores licenciados pelo Ibama.”
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Zoo treina especialistas em resgate de animais em incêndios florestais
Profissionais que atuam na identificação, contenção e manejo de mamíferos, aves e répteis, além dos cuidados e primeiros socorros a animais feridos, participam do Curso de Resgate de Fauna em Incêndio Florestal, promovido pela Secretaria do Meio Ambiente, no âmbito do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF). O evento, que teve início terça-feira (8), ocorre até quinta-feira (10), das 8h30 às 17h, na Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB), com 20 horas de duração, entre aulas teóricas e práticas. O Curso de Resgate de Fauna em Incêndio Florestal, promovido pela Secretaria do Meio Ambiente, ocorre até quinta (10) | Fotos: Arquivo/Sema [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Entre os temas abordados no curso estão Identificação, contenção e manejo de aves e de mamíferos do Cerrado; Resgate, contenção e manejo de repteis e de artrópodes; Manejo e cuidados com animais feridos; Primeiros socorros, e Veterinária. A formação é voltada a brigadistas e servidores do Instituto Brasília Ambiental, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Jardim Botânico de Brasília (JBB), Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA). Entre os temas abordados no curso estão ‘Identificação, contenção e manejo de aves e de mamíferos do Cerrado’ e ‘Primeiros socorros’ A coordenadora técnica do PPCIF, Carolina Schubart, explica que a ação é de grande importância para a capacitação e integração das instituições. “Principalmente dos brigadistas florestais que trabalham em campo, que, assim que forem bem treinados, podem ajudar a salvar a vida dos animais feridos durante os incêndios, com um resgate realizado de forma mais segura, tanto para eles como para os animais”, ressalta. A brigadista florestal Amanda Victoria Marques Rodrigues, do Brasília Ambiental, avalia que o curso está sendo bastante útil no dia a dia da profissão. “Acredito que o brigadista florestal é o primeiro que tem contato com o animal que que está machucado. Então, é importante aprender a como proceder com o resgate”, afirma. A cabo do CBMDF Naiara Rayane de Sá de Oliveira também destacou a importância do curso: “Todas as informações que a gente recebe aqui são essenciais, já que muitas vezes, nos incêndios florestais, encontramos animais feridos que podem ser resgatados e melhor atendidos.” A médica veterinária e diretora de Aves do Zoológico de Brasília, Ana Cristina de Castro, explica que é importante saber como manejar os animais feridos com mais segurança no momento do resgate. “Tanto para ele, quanto para os profissionais que atuam na ocorrência. A dica é estar atento à individualidade e à fragilidade da espécie e ao modo correto de fazer as contenções”, alerta. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente do DF
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