Servidores da Saúde participam de capacitação sobre sífilis gestacional e congênita
Servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) participaram de uma oficina de capacitação sobre o manejo da sífilis gestacional e congênita, realizada no auditório do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), nessa quarta-feira (2). O evento foi uma iniciativa do Comitê Regional de Investigação da Transmissão Vertical (CRITV) da Sífilis e outras ISTs da Região de Saúde Sudoeste, que engloba Taguatinga, Samambaia, Recanto das Emas, Vicente Pires, Águas Claras e Água Quente. Nesta quarta (2), servidores da Saúde participaram de uma oficina de capacitação sobre o manejo da sífilis gestacional e congênita | Foto: Yuri Freitas/Agência Saúde-DF A coordenadora do CRITV Sudoeste, Fernanda Zamariolli, explica que o principal objetivo do encontro foi qualificar os profissionais de saúde na prevenção da transmissão vertical da sífilis – quando passada da gestante para o feto durante a gravidez: “Esse evento vem fortalecer a capacidade dos servidores na detecção precoce e no tratamento oportuno da doença, assim como no acompanhamento das gestantes, de modo a reduzir o número de casos de sífilis congênita no DF”. Participaram do evento 74 profissionais de saúde que atuam nas maternidades, nos centros obstétricos, nas Vigilâncias Epidemiológicas e nas unidades básicas de saúde (UBSs) da SES-DF. A capacitação foi ministrada pela médica infectologista Eveline Vale e pela enfermeira Daniela Magalhães, ambas da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist). Eveline informou que atualmente há uma tendência de aumento das notificações de sífilis em todo o país, o que representa novos desafios para os profissionais de saúde, além de enfatizar os riscos da doença durante a gravidez. Já Daniela reforçou a importância de capacitar os agentes de saúde que são a linha de frente nos cuidados à população: “Essa iniciativa é uma oportunidade que nós temos de qualificar a rede e atualizar os profissionais, de modo a aprimorar a assistência prestada aos pacientes”. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Lançado plano distrital para eliminar transmissão de doenças de mãe para filho
A Secretaria de Saúde (SES-DF) lançou, nesta terça-feira (5), o Plano Distrital de Eliminação da Transmissão Vertical da doença de Chagas, sífilis e infecção pelo vírus-T linfotrópico humano do tipo 1 (HTLV). O documento estabelece ações de prevenção e monitoramento planejadas para o período de 2025 a 2030. O objetivo é erradicar, no Distrito Federal, a transmissão dessas enfermidades da mãe para o filho. A presidente do Comitê Central de Investigação da Transmissão Vertical, Daniela Magalhães, diz que, com o novo plano, a rede pretende fortalecer o pré-natal e o acompanhamento de crianças expostas à doença | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O lançamento do plano ocorreu durante o 3º Fórum Ampliado de Transmissão Vertical e o 4º Ciclo de Monitoramento do Plano Integrado de Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis 2021-2024, no auditório do Hotel Brasília Imperial, na Asa Sul. “Estamos apresentando resultados que demonstram avanços no atendimento materno-infantil e os impactos positivos da parceria entre assistência e vigilância”, avaliou o secretário-adjunto de Assistência à Saúde (SAA), Lucimir Henrique Maia. Outro destaque do evento foi o lançamento do painel de monitoramento da sífilis congênita, já disponível no portal InfoSaúde-DF. O intuito é acompanhar o plano e as ações de vigilância. Ocorrências no DF Entre 2019 e 2023, por exemplo, a SES-DF registrou quase 5 mil casos de sífilis em gestantes e 1,6 mil de sífilis congênita em bebês menores de um ano. Com o novo plano, a rede pretende fortalecer o pré-natal e o acompanhamento de crianças expostas à doença. “Cuidar de mulheres e de pessoas que gestam é um marcador de desenvolvimento social, pois demonstra nosso empenho em construir uma rede de apoio inclusiva e fortalecida”, ressaltou a presidente do Comitê Central de Investigação da Transmissão Vertical, Daniela Magalhães. A elaboração do documento envolveu equipes das Subsecretarias de Vigilância à Saúde (SVS) e de Atenção Integral à Saúde (Sais) e está fundamentada em cinco eixos principais: gestão, programas e serviços, capacidade diagnóstica e qualidade dos testes, vigilância epidemiológica e qualidade de dados, e direitos humanos, igualdade de gênero e participação comunitária. Um dos maiores desafios, segundo Magalhães, foi criar uma estrutura clara e prática que fosse compreensível tanto à população quanto aos trabalhadores da saúde. A previsão é que o plano seja implementado em 2026. *Com informações da SES-DF
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Hospital Regional de Santa Maria realiza simpósio sobre sífilis
Na segunda-feira (21), foi realizado, no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o simpósio “Vamos falar sobre Sífilis?”. O objetivo do evento foi aumentar a conscientização sobre sífilis e sífilis congênita, sobre testagem rápida, sinais, sintomas, transmissão e prevenção, com ênfase na importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado para a doença. “A conscientização sobre o tratamento e diagnóstico precoce da sífilis, especialmente em gestantes, é essencial para prevenir a sífilis congênita, uma doença 100% curável e prevenível. Como nosso hospital conta com uma maternidade e recebe muitos casos de mães infectadas e bebês com sífilis congênita devido à falta de tratamento adequado durante o pré-natal, é urgente destacar a importância da conscientização e do acompanhamento contínuo dessas gestantes. Assim, podemos proteger a saúde dos bebês e das mães, garantindo que a sífilis congênita seja evitada por meio de medidas eficazes e acessíveis”, explica a chefe do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (NUCIH) do HRSM, Aldyennes Carvalho. O objetivo do evento foi aumentar a conscientização sobre sífilis e sífilis congênita | Foto: Divulgação/IgesDF Durante o simpósio foram apresentados dados epidemiológicos sobre a doença no Distrito Federal, de 2019 a 2023, foram registrados no Sinan 12.639 casos de sífilis adquirida, 4.966 casos de sífilis em gestantes e 1.604 casos de sífilis congênita, incluindo abortos e natimortos. Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), atualizado em 22 de agosto de 2024, a taxa de sífilis adquirida teve aumento de 77,5%, para 123,5% em 2023 . A média de casos da doença em gestantes também teve aumento discreto, a taxa era de 31,4 %, foi para 31,9% em 2023. Já a sífilis congênita variou de 6,% em 2019, depois foi para 10,7% em 2022 e em 2023 registrou 8,5%. A maior prevalência da doença ocorre em pessoas entre 20 e 29 anos do sexo masculino. A segunda maior faixa etária afetada é entre 30 e 39 anos, mas o número de sífilis em idosos também tem registrado aumento nos últimos anos. O número da doença em gestantes preocupa, pois o não tratamento durante o pré-natal ocasiona em altos índices de taxa de transmissão da sífilis congênita, contribuindo para o maior risco de abortos e natimortos. No HRSM, foram notificados em 2023 105 casos de sífilis em gestantes, 40 de sífilis adquirida e 73 de sífilis congênita, já em 2024, até o início de outubro foram 81 casos da doença em gestantes, 68 de sífilis adquirida e 61 de sífilis congênita. A maior prevalência da doença ocorre em pessoas entre 20 e 29 anos do sexo masculino. A segunda maior faixa etária afetada é entre 30 e 39 anos, mas o número de sífilis em idosos também tem registrado aumento nos últimos anos Segundo o infectopediatra do HRSM, Pedro Bianchini, praticamente toda semana, nas visitas realizadas no hospital, são identificados ao menos dois ou três casos para discussão de mães que foram para a unidade hospitalar com algum teste de sífilis positivo. “É uma realidade bastante aguda e que a gente tem enfrentado diariamente. Habitualmente, a gente precisa classificar a exposição do bebê à sífilis. Essa criança é classificada como uma criança que vai receber o tratamento. Pelo fluxograma a gente encaminha essa criança para um acompanhamento no Ambulatório de Infecções Congênitas, que atualmente é feito no Hospital Materno Infantil (HMIB)”, destaca Bianchini. Durante o simpósio houve a participação do gerente de áreas Programáticas de Atenção Primária à Saúde, Paulo Henrique Dias, que falou da importância das unidades básicas de saúde no combate e prevenção à sífilis. “Na atenção primária realizamos o pré-natal de gestantes infectadas com sífilis, trabalhamos a prevenção por meio de educação em saúde, aconselhamento sexual, distribuição de preservativos e promoção de testes rápidos, além de fazer o diagnóstico precoce, o tratamento e acompanhamento desses casos nas unidades básicas de saúde”, informa. O infectologista Marcos Davi fez a discussão de alguns casos com os participantes e explicou a conduta aplicada e em cada um deles. Já o infectologista Daniel Pompetti, explicou os diferentes testes para a realização do diagnóstico e que o tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde é a utilização da Penicilina Benzatina (benzetacil) em adultos. *Com informações do IgesDF
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DF registra cerca de três mil casos de sífilis por ano
O 1º Fórum de Monitoramento do Plano Integrado para Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis 2021-2024 foi realizado nesta quarta-feira (26). O evento, que debateu a situação da infecção sexualmente transmissível no Distrito Federal, no Brasil e nas Américas, ocorreu no auditório da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS). [Olho texto=”“Essas ações visam alertar a população para a gravidade da doença, formas de prevenção e tratamento, buscando focar no público-alvo, populações chaves e populações prioritárias. Combater a sífilis é uma responsabilidade de todos”” assinatura=”Daniela Magalhães, gerente substituta de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] No Distrito Federal, os casos de sífilis vêm aumentando. Entre os anos de 2017 a 2021, foram notificados 9.813 casos de sífilis adquirida, 3.370 casos de sífilis em gestantes e 1.645 casos de sífilis congênita, que é quando a doença é transmitida de mãe para filho. Quanto à sífilis adquirida, em 2021, foi observado um aumento no número de casos entre homens na faixa etária de 40 a 59 anos. No ano anterior, o maior número de casos ocorreu entre homens de 20 a 39 anos. O diretor de Estratégia de Saúde da Família, José Eudes Barroso, representou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, e destacou a importância de debater o tema e falar da transmissão vertical da sífilis, principalmente em gestantes, que correm o risco de passar a doença para seus filhos. “Precisamos rever os processos de trabalho, principalmente na Atenção Primária, para melhorar a capacidade de diagnóstico e tratamento, reduzindo assim a transmissão, principalmente, da sífilis congênita. Além disso, fortalecer o pré-natal, que é onde a gestante é acompanhada”, afirmou Barroso. Segundo o diretor, a qualificação dos profissionais da Atenção Primária é um caminho para aumentar a capacidade de manejo da doença. O 1º Fórum 2021-2024 debateu a situação da sífilis no Distrito Federal, no Brasil e nas Américas | Foto: Agência Saúde De acordo com dados da Opas/OMS, são 7,1 milhões de casos de sífilis no mundo, sendo que, desse total, 2,5 milhões são nas Américas. A meta é aumentar a testagem em todo o mundo, tendo em vista que já há testes rápidos para diagnóstico de sífilis, HIV e hepatite. “Temos que analisar todas as ações, verificar quais são os nossos desafios e o que ainda é preciso fazer para acabar com a transmissão de sífilis, que hoje é um problema de saúde pública mundial”, afirmou o representante da Opas/OMS no Brasil, Miguel Aragon, representando Socorro Gross. O representante da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Pereira, destacou que a prevenção da sífilis é uma maneira de evitar também outras infecções sexualmente transmissíveis, como HIV e hepatites. “É importante notificar os casos, diagnosticar e tratar. Além disso, também é necessário tratar o assunto sem tabu”, frisou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ações educativas A Gerência de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde (SES) promove a atualização dos profissionais de saúde para incentivar a população a procurar as unidades básicas de saúde (UBSs) para fazer a testagem e o tratamento para sífilis. Além disso, a gerência estimula que os serviços de saúde promovam ações que ofertem testes rápidos, pois há um crescimento no número de casos. “Essas ações visam alertar a população para a gravidade da doença, formas de prevenção e tratamento, buscando focar no público-alvo, populações chaves e populações prioritárias. Combater a sífilis é uma responsabilidade de todos”, alerta a gerente substituta de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis, Daniela Magalhães.
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Outubro Verde alerta para prevenção e diagnóstico da sífilis congênita
A campanha Outubro Verde, realizada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), tem o objetivo de divulgar a importância da prevenção, diagnóstico e controle da sífilis congênita, condição em que a mãe com sífilis não tratada ou tratada de forma inadequada transmite a bactéria para o feto durante o parto ou gestação. A transmissão vertical – entre mãe e bebê – pode ser evitada com a realização de testes de detecção da sífilis durante o pré-natal. A recomendação é que a mulher seja testada no primeiro e terceiro trimestre de gestação, no momento do parto ou em casos de aborto e exposições de risco. A Organização Mundial da Saúde coloca como meta a redução da sífilis para menos de um caso para cada um nascido vivo | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “O exame dando positivo em qualquer momento do pré-natal é iniciado o tratamento da doença, reduzindo absurdamente a chance de ocorrer a transmissão vertical. Também convoca-se a parceria sexual, ou parcerias, para testagem e tratamento para evitar reinfecção da gestante”, afirma a técnica da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), Daniela Magalhães. [Olho texto=”Os testes para detecção de sífilis estão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) (Busca Saúde DF UBS – Infosaúde) e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Rodoviária do Plano Piloto” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O tratamento da mulher grávida, geralmente, é a administração de três doses de antibiótico por três semanas, a depender da situação. Intervalos maiores entre as aplicações podem prejudicar a eficácia da medicação. Já o recém-nascido diagnosticado com a condição, permanece internado por 10 dias para promoção do tratamento com penicilina cristalina ou procaína. Após o período, recebe alta e passa a ser acompanhado pela Atenção Primária à Saúde ou por ambulatórios de infectologia por mais 24 meses. Com o descarte da infecção, a criança é liberada. Segundo Magalhães, a maior parte dos bebês com sífilis congênita não apresenta sintomas ao nascimento, por isso, são realizadas análises da história clínico-epidemiológica da mãe, do exame físico da criança e dos resultados dos testes, incluindo os exames radiológicos e laboratoriais, para identificação da bactéria. O tratamento inadequado da sífilis congênita, causado pela má administração ou ausência de medicamentos, pode causar severas complicações ao desenvolvimento neurológico e ósseo da criança, bem como cegueira, surdez e outros problemas de saúde. Há ainda o risco de abortamento espontâneo, parto prematuro, malformação do feto e/ou morte ao nascer. [Olho texto=”O exame é rápido e, em menos de 30 minutos, o cidadão tem conhecimento do resultado e, caso seja positivo, pode iniciar o tratamento da doença” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Prevenção Entre 2017 e 2021, foram registrados 1.645 casos de sífilis congênita no Distrito Federal. Em 2017, foram 279; em 2018, 390; em 2019, 364; em 2020, 275; e em 2021, 337. Conforme explica Magalhães, a queda no número de casos em 2020 e o posterior aumento em 2021 pode ser atribuída, de forma especulativa, ao novo coronavírus. “Acreditamos que tenha sido um efeito da própria pandemia em que muitas mulheres não tiveram acesso ao pré-natal e ficaram sem o diagnóstico da doença, causando queda na identificação de casos”, afirma. Ela salienta ainda que, por ser uma doença curável e com tratamento gratuito, é de suma importância que as pessoas busquem o teste, evitando, assim, novos casos. “A pessoa que tem uma vida sexual ativa e, principalmente aquela que não usa nenhum método de barreira, tem que saber que está sujeita a pegar sífilis e que precisa buscar o teste. Se der positivo, não é o fim do mundo, tem tratamento, tem cura. Quanto antes for diagnosticada e tratada, mais rápido o problema será resolvido”, completa. Os testes para detecção de sífilis estão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) (Busca Saúde DF UBS – Infosaúde) e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Rodoviária do Plano Piloto. O exame é rápido e, em menos de 30 minutos, o cidadão tem conhecimento do resultado e, caso seja positivo, pode iniciar o tratamento da doença. Campanha Segundo Magalhães, o Brasil é signatário de um compromisso internacional de eliminação da doença em seu território e trabalha para atingir as metas de redução. “A Organização Mundial da Saúde coloca como meta a redução da sífilis para menos de um caso para cada nascido vivo. Hoje, nosso coeficiente no Distrito Federal é de 8.99 casos para cada mil nascidos vivos e trabalhamos para reduzir cada vez mais esse índice”, afirma. Com este objetivo, a Secretaria de Saúde fará o 1º Fórum de Monitoramento do Plano Integrado de Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis – 2021 a 2024, em 26 de outubro, em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde. O evento será fechado a representantes e gestores das sete regiões de saúde do DF.
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Outubro Verde chama a atenção para combate à sífilis
Neste mês é realizada a campanha Outubro Verde, que busca promover a conscientização sobre a sífilis no Brasil. A iniciativa chama a atenção para formas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. No Distrito Federal, conforme dados do último Boletim Epidemiológico divulgado pela Subsecretaria de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde, foram notificados 2.154 casos de sífilis adquirida em ambos os sexos em 2020, sendo que, para cada 3,3 homens infectados, tem-se uma mulher com a doença. No Distrito Federal, em 2020, foram registrados 921 casos de sífilis em gestantes, o que representa um aumento médio de 21,1% em relação ao ano anterior | Fotos: Breno Esaki/Agência Saúde-DF A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. A sífilis adquirida apresenta-se quando sua transmissão ocorre pelo contato sexual desprotegido ou pelo contato com sangue contaminado. Por meio da Lei nº 13.430, de 31 de março de 2017, instituiu-se o terceiro sábado do mês de outubro de cada ano como o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita (transmitida da mãe para o feto). Cenário no Distrito Federal “As maiores proporções de casos notificados se concentram em homens na faixa etária de 20 a 39 anos. Entre as mulheres, a faixa etária mais acometida é de 15 a 19 anos”, informa a técnica da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), Daniela Magalhães. Segundo ela, foram registrados 921 casos de sífilis em gestantes em 2020, o que representa um aumento médio de 21,1% em relação ao ano anterior. Em relação à sífilis congênita, o DF registrou 271 casos no ano passado. “Isso demonstra a necessidade de captação precoce das gestantes para o pré-natal e diagnóstico oportuno”, enfatiza Daniela. [Olho texto=”“As maiores proporções de casos notificados se concentram em homens na faixa etária de 20 a 39 anos. Entre as mulheres, a faixa etária mais acometida é de 15 a 19 anos”” assinatura=”Daniela Magalhães, técnica da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis ” esquerda_direita_centro=”direita”] Somado a isso, ela destaca que, para além de uma boa cobertura de assistência pré-natal, é preciso identificar e corrigir falhas que ocorrem durante o cuidado, especialmente em relação à testagem, tratamento, registro de tratamento e seguimento com exame laboratorial. Prevenção e diagnóstico O uso de preservativos em todas as relações sexuais, o acompanhamento durante a gestação e a testagem regular são formas de prevenir a doença. A Secretaria de Saúde disponibiliza testes rápidos para o diagnóstico da sífilis em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), antigo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado na Rodoviária do Plano Piloto. “Nas maternidades, todas as gestantes e mulheres em situação de abortamento também são testadas. O teste também é oferecido às pessoas em situação de violência e à população privada de liberdade”, acrescenta Daniela. Durante a gestação, o teste é solicitado no primeiro, no segundo e no terceiro trimestre tanto para a gestante quanto para o parceiro. Além disso, a mulher é testada no momento do parto. “É muito importante que o pré-natal seja iniciado precocemente, pois quanto mais rápido a mulher é tratada, menores são as chances de transmissão vertical”, enfatiza a técnica da Gevist. O resultado do teste sai em 15 minutos após a coleta do material. Caso o teste dê positivo, a amostra é encaminhada para comprovação laboratorial. Após a confirmação, o tratamento é iniciado imediatamente. Sintomas A sífilis é caracterizada por períodos de atividade e latência, esse último não manifesta sintomas. Além disso, apresenta diferentes fases. A primária é caracterizada por uma ferida única e indolor, com bordas bem definidas e endurecidas. A secundária inicia-se após a cicatrização da úlcera – normalmente a lesão cicatriza sem nenhum tipo de intervenção. A fase terciária é assinalada por destruição tecidual e pode afetar os sistemas cardiovascular, nervoso e ósseo. Tratamento A detecção e o tratamento precoce são fundamentais para evitar a propagação da doença. O tratamento é feito com uso de medicamento disponibilizado na rede pública de saúde. “Apesar de ser uma doença tratável e curável, ela não gera imunidade. Portanto, a pessoa pode se reinfectar caso tenha relações sexuais desprotegidas com pessoa infectada”, alerta Daniela. Complicações A sífilis durante a gestação pode provocar aborto, prematuridade e sequelas neurológicas, podendo causar, inclusive, a morte do recém-nascido. O pré-natal é importante para identificar a doença e está disponível em todas as unidades básicas de saúde do Distrito Federal. A gestante deve procurar a UBS mais próxima de sua residência para receber as orientações e iniciar o atendimento. Crianças nascidas de mães contaminadas são consideradas de potencial risco de contaminação, mesmo que as genitoras tenham recebido tratamento. Essas crianças podem ter acompanhamento médico nas UBSs. [Olho texto=”A sífilis durante a gestação pode provocar aborto, prematuridade e sequelas neurológicas, podendo, inclusive, causar a morte do recém-nascido” esquerda_direita_centro=”direita”] Quando não tratada, a infecção pode evoluir para estágios de gravidade variada, acometendo diversos órgãos e sistemas, principalmente nervoso e cardiovascular. Conscientização A Gerência de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis atua para conscientizar sobre a doença, a partir de estratégias de comunicação em saúde para a população em geral e, especialmente, para as populações mais vulneráveis. Ainda, promove educação permanente das equipes de saúde, com o desenvolvimento de ações de prevenção coletiva da sífilis. *Com informações da Secretaria de Saúde
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