Unidade de Queimados do Hran realiza mais de 3 mil atendimentos em 2024
Um fim de tarde mudaria a vida de Ricardo Amorim da Silva, 37. Em 2022, o produtor rural realizava mais um passeio de paramotor, até sofrer um acidente. Devido a uma peça com defeito de fábrica, trocada na revisão, o escapamento encostou no tanque de gasolina e entrou em chamas. O produtor rural Ricardo Amorim da Silva sofreu acidente enquanto passeava de paramotor em 2022. Ele teve 50% do corpo queimado | Foto: Arquivo Pessoal O corpo do morador de Formosa (GO) ficou 50% queimado. Foram 19 cirurgias e diversos “banhos” – procedimento feito com a pessoa sedada quando se limpam as feridas. O primeiro atendimento e a recuperação, que incluiu muitas sessões de fisioterapia, foram realizados no Hospital Regional de Asa Norte (Hran). “Quando aconteceu, fui logo medicado e, na mesma noite, fiz a primeira cirurgia. Tenho certeza de que a assistência rápida e de referência foi crucial para a minha sobrevivência”, declara. De acordo com dados da Unidade de Queimados do Hran, em 2024, já foram realizados 1.041 atendimentos no pronto-socorro; 2.026 no ambulatório e 202 cirurgias. No ano passado, foram quase 3 mil na emergência e 8,7 mil no ambulatório – os maiores números em seis anos. Ainda em 2023, 557 cirurgias ocorreram no hospital relacionadas a queimaduras graves. Na avaliação do chefe da unidade, Ricardo de Lauro, os números devem ser superados este ano. O local se destaca pela busca de tratamento completo, com equipe multidisciplinar, equipamentos de anestesia, sala de cirurgia própria, sala de curativos, espaço de fisioterapia e Farmácia Clínica. “Queimadura é um problema de saúde pública grave e expressivo. E é extremamente comum em uma população mais vulnerável, como idosos, crianças e pessoas em uma situação socioeconômica desfavorável” Ricardo de Lauro, Unidade de Queimados do Hran “O Hran oferece atendimento tanto ao queimado agudo como à pessoa que sofre pelas sequelas. É um tratamento integral, observando as muitas necessidades do paciente, desde a parte clínica, de fisioterapia e de nutrição, até o suporte psicológico e de assistência social”, explica o gestor. Acidentes mais comuns Segundo o especialista, historicamente, as causas mais habituais de queimaduras ocorrem pelo contato com líquidos quentes e chamas diretas. O local mais perigoso costuma ser a cozinha. De acordo com o Ministério da Saúde, são mais de um milhão de casos por ano, muitos resultando em óbitos. “Queimadura é um problema de saúde pública grave e expressivo. E é extremamente comum em uma população mais vulnerável, como idosos, crianças e pessoas em uma situação socioeconômica desfavorável”, avalia de Lauro. As causas mais comuns de queimaduras costumam ser contato com líquidos quentes e com chamas diretas. Festividades merecem atenção | Foto: Breno Esaki/Arquivo/Agência Saúde-DF No Hran, observa-se um aumento da quantidade de pacientes no auge da seca, entre agosto e setembro. No entanto, as festividades – como festas juninas – em geral também são motivo de atenção. “Em datas comemorativas, há uma combinação altamente inflamável: pessoas em locais limitados, com possível grau de embriaguez, presença de alimentos e bebidas quentes e situações ambientais que favorecem o surgimento de acidentes”, acrescenta o profissional. Como evitar? Nesta quinta-feira (6), é celebrado o Dia Nacional de Luta contra Queimaduras. Instituída pela Lei nº 12.026/2009, a data busca promover a ideia de que o melhor caminho é a prevenção. Entre os cuidados na cozinha, por exemplo, estão: assistência e vigilância constantes das crianças; lembrar de desligar fogão e forno, especialmente aqueles sem chamas; não trabalhar na cozinha com roupas inadequadas ou despido; prender os cabelos compridos ao cozinhar; não tentar apagar o fogo em panelas de fritura com água fria; não fritar alimentos molhados em gordura quente etc. O que fazer? Em casos de acidente, o primeiro passo é interromper o processo de queimadura com água limpa em abundância ou abafando o local. Em seguida, resfriar a região com água em temperatura ambiente ou fria por pelo menos 20 minutos – sem necessidade de ser gelada. Por fim, procurar imediatamente o serviço de saúde, podendo ser uma das 176 unidades básicas de saúde (UBS) ou o pronto-socorro dos hospitais regionais. A equipe irá avaliar as feridas, medicar a dor, fazer os curativos necessários e checar a vacinação antitetânica. *Com informações da SES-DF
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Hran inaugura sala de infusão e reforma a Unidade de Queimados
[Olho texto=”“Temos que ter uma atenção muito especial com este hospital, porque temos serviços de excelência aqui, principalmente no que diz respeito às pessoas que sofrem queimaduras”, enfatizou o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) agora conta com uma nova sala de infusão e novas instalações da Unidade de Queimados. Em visita à unidade, nesta segunda-feira (21), o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, ressaltou as diversas melhorias que têm ocorrido no Hran. “Temos que ter uma atenção muito especial com este hospital, porque temos serviços de excelência aqui, principalmente no que diz respeito às pessoas que sofrem queimaduras”, enfatizou o secretário. Ao todo, foram investidos R$ 127 mil nas melhorias. Os pacientes agora contam com uma ampla sala de primeiros-socorros, chamada de sala vermelha, dois consultórios ambulatoriais, uma enfermaria para observação e medicação e uma sala de curativos. Além disso, a recepção e os banheiros foram reformados. A nova sala de infusão está entre as melhorias que o Hran vem recebendo. Com um investimento de R$ 127 mil, a unidade passou a contar com ampla sala de primeiros-socorros, chamada de sala vermelha, dois consultórios ambulatoriais, uma enfermaria para observação e medicação e uma sala de curativos | Fotos: Tony Winston / Agência Saúde-DF No terceiro andar, onde ficam os casos mais graves, foi feita a reforma do piso e da parte elétrica e hidrossanitária, além de pintura e adequação do espaço de banho de pacientes com grandes queimaduras. “A nova estrutura garante melhores condições de atendimento”, reforçou Rosa Siqueira, supervisora de enfermagem da Unidade de Queimados. Já a sala de infusão foi montada com equipamentos que já pertenciam ao Hran e foi entregue com o apoio da Associação Maria Vitória de Doenças Raras e Crônicas (Amaviraras). “É uma conquista importante para as pessoas com doenças raras”, comemorou Jéssica Guedes, representante da associação. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As bombas de infusão são utilizadas para regular a dosagem e o tempo de aplicação de medicações mais fortes. Além de doenças raras, os pacientes de outras especialidades do Hran, como neurologia, dermatologia, reumatologia, alergologia e cardiologia serão atendidos no local, totalizando uma média de 200 usuários. “É um ganho importante em termos de assistência, porque há pessoas que, por protocolo, precisam da medicação de alto custo, mas tinham dificuldade de infundi-la”, afirmou o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Pedro Zancanaro. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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