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DF conta com mais de 40 salas especiais para desenvolvimento de estudantes com altas habilidades

No Dia do Profissional de Altas Habilidades e Superdotação, a história da estudante Emily Nogueira, 15 anos, ganha destaque. Desde pequena, ela já apresentava um interesse superior no conteúdo escolar em comparação aos outros colegas. A vontade de aprender matemática, biologia, física, entre outras disciplinas, além da facilidade em absorver novos conhecimentos, sinalizou aos professores que a menina poderia ter altas habilidades. Ela, então, foi indicada para o programa de Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) da Secretaria de Educação (SEEDF) e, em 2019, passou a ser atendida na sala de recursos da Escola Classe (EC) 64 de Ceilândia. Ex-aluno da EC 64 de Ceilândia, Marlon Santos, atualmente, leciona para as turmas de altas habilidades: “Uns gostam muito de matemática, outros de dinossauro, história, geografia, e acabamos embarcando em todo esse leque de conhecimento” | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A experiência tem sido enriquecedora, segundo Emily. Entre os principais feitos, a estudante destaca a participação na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) e a conquista do segundo lugar na etapa distrital do Circuito de Ciências com um projeto sobre aves silvestres. “Foi um trabalho incrível de fazer”, relata a jovem. “É uma sala que engloba qualquer aspecto, qualquer talento que você queira desenvolver. Abre muitas portas para todos os alunos e vai nos ajudar a conseguir bolsas para estudar em escolas, colégios e faculdades melhores.” Habilidades estimuladas Atual polo de altas habilidades da Regional de Ensino de Ceilândia, a EC 64 atende cerca de 180 estudantes de 4 a 17 anos. A unidade conta com duas professoras na área de talentos, duas na área acadêmica do ensino fundamental inicial e dois professores na área acadêmica do ensino fundamental final e ensino médio. As atividades são voltadas para temas acadêmicos ou artísticos, conforme demanda, com orientação individualizada ou por pequenos grupos. “Cada estudante vem com uma habilidade”, explica o professor Marlon Santos, que estudou na instituição e voltou como docente há mais de uma década. “Uns gostam muito de matemática, outros de dinossauro, história, geografia, e acabamos embarcando em todo esse leque de conhecimento. Isso é muito importante, porque eles trabalham o que mais gostam — e desenvolvem, de uma maneira muito especial, os projetos.” O aluno com altas habilidades ou superdotação é aquele que apresenta um potencial elevado em uma ou mais áreas da capacidade humana – intelectual, acadêmica, de liderança, psicomotricidade e artes — e particularidades em relação ao ritmo e complexidade, sendo comum a aprendizagem rápida e sem necessidade de repetição. Definindo interesses Carolina Kill: “Me sinto mais compreendida porque sou diferente dos outros e aqui vejo que tem gente que consegue me entender, me ajudar e me incentivar a ir longe” A facilidade em absorver conteúdos também foi motivo para a estudante Carolina Kill, 16, ser encaminhada para a sala de recursos. Matriculada na rede privada, ela conseguiu a vaga na EC 64 em 2019 e, desde então, desenvolveu diversos projetos na área de ciências exatas. “Estar aqui é incrível, é uma experiência muito diferente, inovadora e nos abre diversas portas”, comemora. “Me sinto mais compreendida porque sou diferente dos outros e aqui vejo que tem gente que consegue me entender, me ajudar e me incentivar a ir longe.” Christian de Freitas:  "Aqui é um bom ambiente justamente para isso, para ter a liberdade de aprofundar um tópico de interesse” Poder inovar na área de estudo é a melhor parte da sala de recursos para o estudante Christian de Freitas, 17. “Na escola regular, ficamos presos às mesmas matérias, sempre as mesmas coisas, sem poder desenvolver de fato o que a gente gosta”, observa ele, que tem investido em ideias relacionadas à música e à advocacia. "E aqui é um bom ambiente justamente para isso, para ter a liberdade de aprofundar um tópico de interesse.” A mãe de Christian, Gedeane Nascimento, 39, avalia como essencial o programa da SEEDF na formação do jovem. Ela conta que, antes de saber do talento, ele convivia com críticas e rejeições por parte dos colegas. Hoje, está em um ambiente que o acolhe e o incentiva. “Desde pequeno ele chamava atenção na escola por ser muito inteligente — e perdia o interesse na aula por já ter entendido tudo”, lembra. “A sala contribui demais com o nosso dia a dia, ele está com pessoas que o entendem." Rede pública “A Secretaria de Educação entende que cada um desses estudantes possui um potencial único a ser desenvolvido e que a educação deve oferecer ambientes estimulantes e acolhedores para isso” Lucilene Gomes, gerente de Atendimentos Pedagógicos em Deficiências Sensoriais e Surdez da SEEDF Atualmente, o DF conta com 46 salas de recursos específicas para AH/SD, organizadas em 113 turmas, localizadas em 30 escolas-polo que cobrem todas as 14 coordenações regionais de ensino. As atividades ocorrem, geralmente, uma vez por semana, com encontros de 4 a 5 horas de duração, em turmas reduzidas com até sete estudantes. “A Secretaria de Educação entende que cada um desses estudantes possui um potencial único a ser desenvolvido e que a educação deve oferecer ambientes estimulantes e acolhedores para isso”, aponta a gerente de Atendimentos Pedagógicos em Deficiências Sensoriais e Surdez e AH/SD da SEEDF, Lucilene Barbosa Gomes. O DF segue a definição de Altas Habilidades/Superdotação contida na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Inclusão Educacional, publicada em 2008. O referencial teórico utilizado é o Modelo dos Três Anéis, proposto pelo psicólogo americano Joseph Renzulli. Com base no autor, a visão de superdotação é resultado da interação de três fatores: habilidade acima da média, envolvimento com a tarefa e criatividade. “Diante disso, o estudante com AH/SD deve ser reconhecido em sua singularidade e ter garantido o acesso a práticas pedagógicas diferenciadas, que favoreçam a ampliação de seus talentos, interesses e competências”, complementa a gerente da SEEDF. Valorização As atividades promovidas visam a garantir um espaço de pertencimento, estímulo e valorização dos potenciais. São desenvolvidos projetos em diversas áreas, como linguagens e ciências humanas, ciências exatas e naturais, artes visuais e cênicas, música, robótica e informática. A assistência é feita por professores especializados, psicólogos e professores itinerantes com foco no potencial individual dos discentes. [LEIA_TAMBEM]O atendimento é voltado a estudantes de 4 a 17 anos, podendo se estender até o final do ensino médio ou da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A prioridade é para a rede pública, com reserva de 90% das vagas. Os 10% restantes são reservados para a rede privada, desde que os alunos cumpram o mesmo processo de indicação e avaliação. O ingresso no programa segue um processo estruturado de identificação e avaliação. Primeiro, os indícios de AH/SD precisam ser identificados por professores, familiares ou pelo próprio aluno. Depois, o responsável deve preencher a ficha de indicação, disponível no site da pasta, e entregar na Coordenação Regional de Ensino (CRED) da região ou diretamente ao professor itinerante responsável pela escola-polo. Por fim, ocorre a avaliação do aluno, com duração de até 16 encontros. O processo é conduzido por uma equipe multidisciplinar formada por professores e psicólogos, com base na Teoria dos Três Anéis de Joseph Renzulli. Caso o perfil de AH/SD seja confirmado, o estudante é então matriculado na sala de recursos e pode permanecer nela até o fim de sua trajetória escolar na rede pública. Acesse a ficha de indicação.  Para saber mais, visite o site da SEEDF.  

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Salas especiais estimulam desenvolvimento de alunos com altas habilidades no DF

Reconhecimento e pertencimento são as principais sensações descritas pelos alunos de altas habilidades que frequentam a Sala de Recursos de Artes Visuais Ângela Virgolim, na Escola Classe (EC) 113 Norte e voltada para estudantes da rede pública e privada. Na unidade, cujo foco são as artes plásticas, os alunos têm acesso a materiais artísticos e podem soltar a criatividade no contraturno, conseguindo estímulos para o enriquecimento intelectual e humano. Sala de recursos de artes visuais oferece a alunos com altas habilidades condições perfeitas para desenvolver múltiplos talentos | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Para quem não é familiar ao termo, o aluno de altas habilidades – ou com superdotação – é aquele que apresenta um potencial elevado em uma ou mais áreas da capacidade humana – intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Esses estudantes apresentam particularidades em relação ao ritmo e complexidade, sendo muito comum a aprendizagem rápida e sem necessidade de repetição. À frente da sala de recursos de artes visuais da EC 113 Norte, o professor Samuel de Oliveira José afirma que a palavra “superdotado” ainda pode gerar discriminações relacionadas aos alunos de altas habilidades. “Eu chamo de talentoso”, aponta. “E ninguém é talentoso em todas as áreas, muitas vezes pode ser bom em uma área e não em outra. Tenho alunos que se desenvolveram na área de matemática, outros em línguas e outros em artes”. Pertencimento O professor Samuel de Oliveira José estimula que os alunos exponham seus trabalhos: “Se você escreveu um livro e não publicou, você não escreveu nada – você pensou, e está dentro do seu pensamento. Então expor, para o aluno, é muito gratificante” Samuel afirma que muitas vezes o aluno vai estudar desenho, mas ao olhar uma escultura, pintura ou maquete, quer fazer outro trabalho. E assim é encaminhado, com o incentivo do uso da reciclagem nos projetos. “Muitas vezes identifico um material que casa com o que o aluno está trabalhando e trago para a sala, é um trabalho bem pessoal”, detalha. O professor frisa que os alunos gostam do espaço, e muitos o frequentam até depois da faculdade, levando os trabalhos para o local – o que serve de estímulo para os recém chegados. “Eles vêm porque querem, e têm aquela sensação de pertencimento quando se encontram com o grupo”, diz. O professor ressalta, ainda, que a importância do trabalho executado na sala reside na oferta de mais visibilidade: “Quem faz uma pintura e não a expõe, só fez para si. Para a comunidade, ele não fez. Se você escreveu um livro e não publicou, você não escreveu nada – você pensou, e está dentro do seu pensamento. Então expor, para o aluno, é muito gratificante”. Como funciona 518 Número de salas para altas habilidades disponíveis entre as regionais de ensino do DF O acesso à sala de recursos ocorre quando o professor percebe o talento do aluno que pode ser da área de humanas ou da de exatas, e o direciona por meio de uma ficha de encaminhamento que segue para a regional de ensino. Após avaliação do portfólio, o jovem fica de observação por um período de quatro a 16 semanas. Ao ser notado como potencial para seguir na sala de recursos, ele é encaminhado para a equipe de altas habilidades, onde uma psicóloga faz a triagem e acompanhamento prévio para que a matrícula seja efetivada. A sala de recursos da 113 Norte está em funcionamento desde 2005 e uma reforma foi realizada em 2023, com recursos de R$ 50 mil originários de emenda parlamentar do deputado distrital João Cardoso. Mais de mil alunos já passaram pelo espaço, que atualmente conta com seis turmas de oito alunos, totalizando 48 jovens. De acordo com a Secretaria de Educação (SEEDF), o DF conta com 518 salas para altas habilidades distribuídas entre as 14 regionais de ensino. Educação personalizada A subsecretária de Educação Inclusiva e Integral, Vera Lúcia de Barros, lembra que a sala de recursos é fundamental para que os alunos possam ter uma educação de qualidade, personalizada e inclusiva. Ela afirma também que a sala funciona como uma estratégia pedagógica para suprir as necessidades individuais desses estudantes, proporcionando apoio especializado e um ambiente adaptado às suas necessidades.  “Eu vejo um grande tesouro nessa sala. Ela consegue ligar todas as disciplinas, desde matemática até sustentabilidade, que é o que a gente vê nas obras e projetos das crianças” Fernanda Neves de Oliveira, diretora da EC 113 Norte “A Secretaria de Educação tem priorizado convocar psicólogos para que o fluxo do atendimento aconteça, pois na equipe é indispensável a presença do psicólogo”, ressalta Vera Lúcia. “Além disso, estamos desenvolvendo cursos de formação, encontros pedagógicos e compra de materiais para aprimorar as aulas.” A diretora da EC 113 Norte, Fernanda Neves de Oliveira, avalia que o caráter interdisciplinar que a sala de recursos oferece é importante para o desenvolvimento humano: “Eu vejo um grande tesouro nessa sala. Ela consegue ligar todas as disciplinas, desde matemática até sustentabilidade, que é o que a gente vê nas obras e projetos das crianças”. Encontro e amadurecimento Malu Wanderley Rodrigues, aluna da EC 113 Norte, diz ter se encontrado ao passar a frequentar a sala de recursos: “Eu comecei a me sentir mais relaxada” “Você tem que ter delicadeza para manusear o pincel, assim como você precisa ter delicadeza em fazer uma cirurgia; a arte ajuda muito” Malu Wanderley Rodrigues, estudante Para muitos alunos, a sala de recursos da EC 113 Norte foi um encontro. É o caso da estudante Malu Wanderley Rodrigues, 9. Tendo como estilo favorito de desenho o mangá, Malu descreve o efeito do lugar onde mais gosta de estar durante as atividades da semana: “Eu comecei a me sentir mais relaxada”. A pequena conta que pretende ser médica cirurgiã no futuro, e explica que as habilidades em desenho podem ajudar. “Você tem que ter delicadeza para manusear o pincel, assim como você precisa ter delicadeza em fazer uma cirurgia; a arte ajuda muito”. Para a mãe dela, a professora da Universidade de Brasília (UnB) Kaline Amaral Wanderley, 40, a sala de recursos representa um avanço. Malu, relata, tinha dificuldade de socialização e de comunicação, o que foi transformado pelo desenho, que ajudou a criança a colocar um pouco dos sentimentos para fora. “Com o Samuel, ela começou a tentar buscar um pouco da essência dela, porque você vai se descobrindo nos desenhos”, conta. “Ali ela foi descobrindo qual era o estilo dela, além de encontrar pessoas que também fazem o que ela faz. Antes ela se sentia um pouco diferente, depois conseguiu socializar com eles”. Kaline Wanderley, mãe de Malu, acompanha com entusiasmo o progresso da menina na escola: “Eu até fiquei com medo da aceleração por achar que ela era muito jovem, mas fluiu, e hoje ela tem vários amigos e consegue se relacionar. O ponto-chave desse processo foi a sala – sem ela, a gente não conseguiria esse processo” Malu também foi adiantada do terceiro para o quinto ano, um processo de aceleração recomendado pela equipe pedagógica ao perceber que ela se adaptaria melhor em uma série mais avançada. “A gente viu que ela estava sendo puxada para baixo na sala dela, e hoje ela está totalmente adaptada, trouxe um amadurecimento”, observa o professor Samuel. A mãe da estudante reforça a decisão acertada: “Eu até fiquei com medo da aceleração por achar que ela era muito jovem, mas fluiu, e hoje ela tem vários amigos e consegue se relacionar. O ponto-chave desse processo foi a sala – sem ela, a gente não conseguiria esse processo. A Malu vivia infeliz porque não conseguia se encontrar com as crianças da turma. Hoje ela foi, inclusive, aprovada no Colégio Militar, e isso tudo trouxe concentração e autoconfiança para ela”. Da sala para o mundo O espaço já teve alunos que se destacam profissionalmente ao redor do mundo, desde empresas de publicidade a apresentação de exposições nos Estados Unidos. Breno Machado, 35, estudou por sete anos na sala de recursos da escola e atualmente é o diretor-executivo da Mandrill, uma produtora de animação e vídeo do Brasil sete vezes premiada na Europa. “A sala de altas habilidades faz parte do progresso da educação e lida com o ser humano de forma mais individual, então ter esse espaço nos defende demais, é algo muito valioso e relevante para a construção de uma pessoa. Atribuo muito quem sou hoje a essa sala” Breno Machado, diretor-executivo de produtora de animação Apaixonado pelo storytelling desde sempre, ele afirma que a sala teve grande participação em sua formação na área visual e na observação de onde existe arte para alavancar como gestor. Ele diz também que aprende a ter tato para construir processos organizados em grandes empresas. “Ali aprendi a reconhecer o valor das artes e que cada pessoa carrega um talento muito grande”, aponta. “Eu achava que era só uma pessoa interessada, e aprendi muito sobre autoconhecimento. A sala de altas habilidades faz parte do progresso da educação e lida com o ser humano de forma mais individual, então ter esse espaço nos defende demais, é algo muito valioso e relevante para a construção de uma pessoa. Atribuo muito quem sou hoje a essa sala”. Base forte As gêmeas Luiza Helena de Araújo Caetano e Laura Helena de Araújo Caetano, 24, passaram pela sala de altas habilidades dos 6 aos 14 anos e confirmam a importância do espaço nas carreiras atuais e no desenvolvimento pessoal. Fazendo mestrado em gravura nos EUA, Laura já expôs a arte no exterior e diz que a sala e os professores foram o empurrão de que precisava na vida profissional: “É um espaço para deixar a criatividade viver solta mesmo, fluir. Foi a base da minha formação, um lugar com tanta coisa para olhar, que me fez ficar bem curiosa para o mundo em vários aspectos, até pelo contato com pessoas de outras escolas e idades diferentes. Influenciou muito em quem eu sou e no que escolhi fazer”. Já Luiza é engenheira e supervisora de projetos no departamento de rodovias do condado de Allen County, em Indiana, EUA. Considerada muito artística desde o ensino médio, iniciou a carreira na área de arquitetura e migrou para a engenharia ao conseguir uma bolsa de estudos no exterior. Para ela, a formação atual se deve muito aos recursos visuais que adquiriu quando era mais nova. “Eu me vejo tendo soluções bem artísticas para alguns problemas, e meu raciocínio é bem visual para pensar em uma alternativa e chegar a uma resposta”, conta. “Isso é graças à minha experiência na sala de recursos com o Samuel, que foi riquíssima e transformou minha vida nesse estilo de pensar. É um espaço muito propício para crescer como ser humano, aceitar coisas diferentes e entender outros lados de você – o que só a experiência da sala de aula não daria muito espaço”. O principal ponto abordado pelos ex-alunos é a sensação de pertencimento e acolhimento. “Quando você é superdotado, uma das coisas sentidas é a intensidade, agitação e animação com as coisas”, acentua Luiza. “As pessoas tinham um estranhamento com o meu jeito de ser, mas ali na sala era um espelho, um espaço em que todo mundo era meio desse jeito, então transformou a minha vida e influenciou bastante quem eu sou hoje, como eu me vejo e como vejo o mundo”.

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