Campanha pela segurança dos pacientes da rede pública impulsiona cultura de prevenção
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) celebrou o Mês Nacional da Segurança do Paciente com uma programação voltada à disseminação de práticas que tornam o ambiente hospitalar mais seguro e humanizado. A campanha Abril pela Segurança do Paciente busca fortalecer a cultura de vigilância assistencial entre os colaboradores, destacando a importância das barreiras de segurança e incentivando a notificação de eventos adversos. Desde a publicação da RDC nº 36 pela Anvisa, em 1º de abril de 2013, o mês de abril tornou-se referência nacional no tema, reforçando o compromisso institucional com a melhoria contínua dos processos assistenciais. A campanha Abril pela Segurança do Paciente busca fortalecer a cultura de vigilância assistencial entre os colaboradores do IgesDF | Foto: Alberto Ruy/IgesDF “A campanha Abril pela Segurança do Paciente é uma iniciativa transformadora que não apenas conscientiza os profissionais sobre a importância das barreiras de segurança, mas também cria um ambiente de apoio e diálogo para aqueles que vivem momentos difíceis. É a união do conhecimento técnico com a empatia que torna nossos serviços mais seguros e humanizados”, afirma a chefe da Segurança do Paciente, Samara Leal. As atividades tiveram início na segunda-feira (14), no auditório do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do IgesDF. Os participantes assistiram às palestras “Cultura Justa nos Serviços de Saúde”, ministrada pela médica Maria de Lourdes Worisch, e “Acolhimento à Segunda Vítima”, conduzida por Eny Fernanda Santos, chefe do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente das UPAs. “Investir na segurança do paciente é investir na qualidade da assistência oferecida” Cleber Monteiro, presidente do IgesDF Maria de Lourdes destacou a importância de identificar os fatores que contribuem para eventos adversos e de implementar estratégias que promovam a justiça e a transformação da prática assistencial, sem caráter punitivo. Já Eny enfatizou o reconhecimento e o apoio aos profissionais que sofrem impactos emocionais após incidentes graves, promovendo um ambiente mais acolhedor nas unidades de saúde. Na terça (15) e nesta quarta (16), a campanha seguiu de forma simultânea nas unidades administradas pelo IgesDF, com dinâmicas e ações interativas promovidas pelas equipes das áreas assistenciais. As atividades ampliaram a disseminação de boas práticas e incentivaram os profissionais a refletir sobre sua aplicação no dia a dia. As dinâmicas envolveram enigmas, simulações de situações reais e jogos cooperativos, estimulando o trabalho em equipe, o pensamento crítico e a empatia. A proposta é fazer com que os colaboradores se sintam protagonistas na construção de um ambiente mais seguro e acolhedor para todos. A ação foi organizada pelos núcleos de qualidade e segurança do paciente do HBDF, do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e das unidades de pronto atendimento (UPAs), com a participação ativa de diversos setores da instituição. “A integração de dinâmicas, jogos e interações durante a campanha não só engaja os colaboradores, mas também promove uma aproximação fundamental entre as áreas assistenciais e de qualidade. Esse encontro de saberes é essencial para que as melhorias sejam absorvidas e aplicadas na prática”, reforçou Samara. Ela também destacou que a transmissão ao vivo alcançou cerca de 200 colaboradores, fortalecendo os pilares da campanha: notificação de eventos adversos, cultura justa e acolhimento às equipes como segunda vítima. O presidente do IgesDF, Cleber Monteiro, ressaltou o papel estratégico da segurança do paciente na identidade institucional: “Investir na segurança do paciente é investir na qualidade da assistência oferecida. Por meio de campanhas como esta, conseguimos ampliar o conhecimento, incentivar a comunicação eficaz entre as equipes e, sobretudo, criar um ambiente onde cada profissional se sinta apoiado e valorizado”. O presidente também enfatizou que a constante evolução dos processos internos e a adesão dos colaboradores às barreiras de segurança são fundamentais para o aperfeiçoamento do atendimento e a prevenção de incidentes. Ao longo do mês, o instituto seguirá promovendo ações dinâmicas e educativas, com o objetivo de fortalecer a cultura de segurança e garantir um ambiente assistencial cada vez mais eficiente, acolhedor e humano. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Colaboradores do HRSM passam por capacitação voltada para a segurança do paciente
Os profissionais de saúde do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) passam por um treinamento sobre as seis metas de segurança do paciente, promovido pelo Núcleo da Qualidade e Segurança do Paciente (NUQSM). As 12 turmas participam de atividades nos dias 18, 21 e 22 de novembro. “A nossa finalidade é transmitir para as equipes assistenciais o conhecimento acerca das seis metas de segurança do paciente e também como funciona o nosso sistema de notificação de eventos adversos [incidente que resulta em dano não intencional para o paciente], as não conformidades e os near miss [quase erro]. Além disso, orientamos sobre o sistema de gestão documental”, explica a enfermeira do NUQSM, Daysla Guimarães. O treinamento é voltado para a equipe multidisciplinar; as seis metas de segurança do paciente devem ser aplicadas por todos os profissionais | Fotos: Divulgação/IgesDF As seis metas de segurança do paciente são: identificação correta do paciente; comunicação efetiva entre os profissionais; melhorar a segurança na prescrição, uso e administração de medicação; higienização das mãos; e prevenção de queda e de lesão por pressão dos pacientes internados. Segundo Daysla, o treinamento é voltado para a equipe multidisciplinar, pois as seis metas de segurança do paciente devem ser aplicadas por todos os profissionais ー desde o técnico de enfermagem até o médico ー na identificação do paciente, na comunicação efetiva que tenha que ter entre as equipes, na administração de uma medicação, nos cuidados de prevenção de lesão por pressão e na prevenção de quedas. Durante o treinamento, foram realizadas simulações de casos para os profissionais decidirem as melhores condutas a serem tomadas. De acordo com a enfermeira Aline Maciel, a capacitação visa a aplicabilidade com o principal foco na segurança do paciente, para que ele consiga trabalhar como equipe multi, não somente com a segurança para o paciente, mas também para os familiares e para eles, como profissionais. “Utilizando as seis metas de segurança do paciente, conseguimos reduzir os eventos adversos dentro da unidade e dessa forma melhorar os processos da instituição”, afirma. Para o técnico de enfermagem Kevin Ferreira, do pronto-socorro infantil, a capacitação é importante para não levar nenhum risco ao paciente durante todo o tratamento dele, além de se atentar mais a cada detalhe. “Aqui podemos ver o que pode melhorar e ter o olhar mais atento para a segurança do paciente”. *Com informações do IgesDF
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Hospitais públicos do DF assinam acordos de gestão local
Os gestores dos dez hospitais da Secretaria de Saúde (SES-DF) assinaram Acordos de Gestão Local. O pacto foi firmado no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). O objetivo é estabelecer vínculos entre as unidades de saúde da capital federal, com critérios e metas que serão acompanhadas nos próximos anos. Os hospitais públicos participantes devem elaborar planos de trabalho que aprimorem seus indicadores, incluindo Samambaia (HRSam), Taguatinga (HRT), Ceilândia (HRC), Brazlândia (HRBz), Guará (HRGu), Asa Norte (Hran), Planaltina (HRPl), Sobradinho (HRS), Paranoá/Região Leste (HRL) e Gama (HRC). Secretária de Saúde Lucilene Florêncio assinou acordo com o objetivo de estabelecer vínculos entre as unidades de saúde da capital federal, com critérios e metas que serão acompanhadas nos próximos anos | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “Ao assinarmos um contrato com os hospitais, comunicamos à população um esforço conjunto em proporcionar uma saúde elaborada. Determinamos metas e indicadores com base nas necessidades identificadas. Agora, firmamos o compromisso de entregar aquilo que foi efetivamente monitorado e avaliado”, assegurou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, durante o evento. De acordo com o diretor de Gestão Regionalizada da SES-DF, Guilherme Mota, os planos de trabalho estipulados nos contratos serão avaliados a partir de 2024 No total, foram estabelecidos 21 indicadores para compor o acordo, abrangendo segurança do paciente, atenção à saúde, gestão, ensino e pesquisa. Os acordos começaram a ser implementados em 2017, dividindo-se assim: 1) gestão regional, celebrados com as regiões de saúde e unidades de referência distrital; e 2) gestão local, feitos diretamente com as unidades de saúde. As atenções Primária e a Secundária já foram contempladas. Neste ano, foi a vez dos hospitais serem incluídos. O diretor do HRG, Ruber Paulo de Oliveira, vê essa inserção como benéfica para a cobrança e a obtenção de resultados. “A ação faz com que todos os envolvidos no contrato assumam responsabilidades. Isso fará diferença para a Secretaria de Saúde (SES-DF).” Com os acordos, o nível de gestão irá simplificar os processos de trabalho, tornando-os mais precisos. “Por meio dos dados coletados, saberemos exatamente onde intervir. Esse instrumento fortalece o Sistema Único de Saúde [SUS]”, complementou a diretora do HRL, Tatiana Sanchez. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A partir de 2024, os planos de trabalho estipulados nos contratos serão avaliados, segundo o diretor de Gestão Regionalizada da SES-DF, Guilherme Mota. “Esse passo é essencial. Os indicadores possibilitam avaliar e implementar melhorias. Por exemplo, se o gestor observa que a taxa de parto normal está em baixa, ele consegue se planejar para aumentar”, explicou. Gestão premiada Já pensando nas metas que deverão ser alcançadas no próximo ano, a Saúde irá reconhecer os melhores resultados na gestão, concedendo o “Prêmio Contratualiza SES-DF”. Para concorrer, serão levados em conta os indicadores e o comprometimento das equipes, por meio do planejamento, do envolvimento dos gestores, das discussões em colegiados e do preenchimento dos dados no período correto, por exemplo. *Com informações da SES-DF
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Hran reduz quedas de pacientes na unidade de cirurgia-geral
Foto: Breno Esaki/SES A queda de pacientes no ambiente hospitalar é um dos eventos adversos mais frequentes e difíceis de serem evitados, pois a maior parte desses acidentes ocorre pela falta de equilíbrio da pessoa. Mas, com as medidas adotadas pela equipe de saúde da unidade de cirurgia-geral do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), foi possível alcançar 100 dias sem esse tipo de acidente no local, completados a sexta-feira (10) e comemorados pelos profissionais. “As quedas podem causar diversos danos ao paciente – desde físicos, como fraturas e escoriações, a psicológicos, como a perda da confiança”, explica a chefe do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente do Hran, Janine Montefusco. “Ter 100 dias sem esse tipo de evento adverso comum significa muito, pois foi evitado um agravo do quadro clínico deles, o que contribui na recuperação.” Prevenção e monitoramento Uma das medidas adotadas na unidade para prevenir as quedas, conta a gestora, foi colocar pulseiras de cor laranja nos pacientes com chances mais altas de sofrer acidentes. Assim, os profissionais de saúde ficam cientes de quem precisa de atenção redobrada. “Utilizamos uma escala para avaliar quais pacientes têm mais riscos de sofrer quedas”, destalha Janine. “Assim, desencadeamos medidas preventivas, como calçados antiderrapantes, orientações para os familiares tomarem cuidado redobrado e grades mais elevadas nas macas. Qualquer risco na beira do leito também sinalizávamos no prontuário, para alertar a equipe.” Agora, a meta é bater o recorde de 135 dias sem quedas de pacientes, atingidos no ano passado. “Vamos orientar mais ainda os pacientes e seus acompanhantes, fazendo reuniões semanais com os familiares para ajudarem a prevenir”, ressalta a gestora. Projeto Paciente Seguro As medidas adotadas pela unidade fazem parte do projeto Paciente Seguro, desenvolvido pelo Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), em parceria com o Ministério da Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional (Proadi), da rede de saúde pública. A iniciativa pretende melhorar a segurança do paciente em hospitais públicos localizados em 15 unidades da federação, com base no Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). * Com informações da Secretaria de Saúde (SES)
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