Entenda o que é o vazio sanitário do feijão e sua importância para a produção do grão no DF
Você já ouviu falar no vazio sanitário do feijão? Em um primeiro momento, essa expressão bastante desconhecida pode até soar estranha, mas é ela que dá o nome a uma das etapas mais importantes do cultivo desse grão. Isso porque é neste momento da cultura do alimento que os produtores rurais conseguem controlar as pragas e doenças que podem comprometer a próxima safra. Compete à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) a responsabilidade pela fiscalização do cumprimento da prática agrícola, sob pena de multa e penalidades civil e penal em caso de flagrante descumprimento por parte do produtor rural responsável | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Na prática, o vazio sanitário do feijão, como o nome já diz, consiste em deixar as lavouras vazias, ou seja, sem qualquer resquício de sementes, mudas e plantas que possam contribuir para o surgimento de pragas e doenças, como o chamado mosaico dourado do feijão, transmitido pela mosca-branca. “À medida que temos um controle sanitário da mosca-branca e a redução da incidência do mosaico dourado, nós reduzimos o número de aplicação de inseticidas para o controle do vetor. E, no caso da mosca-branca, é garantido também um produto de melhor qualidade” Rafael Bueno, secretário da Agricultura “O vazio sanitário é a ausência de plantas de feijão vegetando de 20 de setembro a 20 de outubro. É um período crucial para reduzir o impacto das pragas que atacam as plantações. Há um acordo entre governo, pesquisadores e agricultores para que essa prática agrícola ocorra nesse período e, portanto, os produtores rurais devem estar preparados”, afirma o extensionista rural Carlos Antônio Banci, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Além de efetiva no controle de pragas, essa prática agrícola contribui para a preservação do solo e para a consequente redução do uso de agrotóxicos, uma vez que, diante da ausência de vetores de doenças e outras pragas, a produção dependerá menos da utilização dos químicos. Sendo assim, o feijão que chegará à mesa do brasiliense é mais saudável, sustentável e seguro não só para o consumo como também para o próprio meio ambiente. Além de efetiva no controle de pragas, a prática agrícola contribui para a preservação do solo e para a consequente redução do uso de agrotóxicos, uma vez que, diante da ausência de vetores de doenças e outras pragas, a produção dependerá menos da utilização dos químicos | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, destaca que outra vantagem da adoção desta etapa é a redução dos custos de produção. “Medidas como o vazio sanitário são de extrema importância para garantir a rentabilidade para o produtor e a sustentabilidade ambiental”, enfatiza. “Isso porque, à medida que temos um controle sanitário da mosca-branca e a redução da incidência do mosaico dourado, nós reduzimos o número de aplicação de inseticidas para o controle do vetor. E, no caso da mosca-branca, é garantido também um produto de melhor qualidade”, prossegue o titular da pasta. Referência nacional O Distrito Federal é referência nacional na produção de feijão. No ano passado, o cultivo do grão ultrapassou a marca de 36 mil toneladas. “Temos uma média de produtividade quatro vezes maior do que a média nacional. Além de garantir o abastecimento interno, também atuamos em parte da demanda das regiões Norte e Nordeste do Brasil.” No Distrito Federal, o vazio sanitário do feijão já está em vigor há uma semana, tendo sido iniciado na última sexta-feira (20) e compete à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) a responsabilidade pela fiscalização do cumprimento da prática agrícola, sob pena de multa e penalidades civil e penal em caso de flagrante descumprimento por parte do produtor rural responsável.
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Abertas inscrições para bolsas de pesquisa sobre produtos florestais não madeireiros do Cerrado
O projeto Caminhos da Restauração: Valoração de Produtos Florestais não Madeireiros do Cerrado, realizado em parceria pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), a Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema) e o Fundo Único do Meio Ambiente (Funam), está com inscrições abertas para contratação de pesquisadores bolsistas. São quatro vagas com duração de 14 meses para mestres e doutores nas áreas ambientais e ciências econômicas, com bolsa remunerada de R$ 4 mil a R$ 6 mil. O estudo busca valorizar os recursos naturais presentes no Cerrado, contribuindo para o desenvolvimento da bioeconomia da região e promovendo a conservação do bioma | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília As inscrições devem ser feitas desta terça (14) ao dia 23 no site do IPEDF. Basta preencher o formulário de apresentação de candidatura disponível no Edital nº 02/2024 e encaminhar a documentação exigida. O objetivo é compreender o potencial econômico dos produtos florestais não madeireiros das espécies do Cerrado, como plantas medicinais, óleos essenciais, frutos, sementes e outras matérias-primas valiosas para as indústrias de alimentos, cosméticos e farmacêuticas. É incentivada a candidatura de mulheres, pessoas que se identifiquem como LGBTQIA+, negras, indígenas, pessoas com deficiência e de todas as origens e idades. A iniciativa representa um passo importante para a construção de um futuro mais sustentável e consciente, onde o uso dos recursos naturais se dá de forma equilibrada e em harmonia com o meio ambiente. Para isso, o projeto atuará na Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal (Ride-DF), que está totalmente inserida no bioma Cerrado. A localidade enfrenta desafios relacionados ao avanço da produção agropecuária, o que impacta negativamente a provisão de serviços ecossistêmicos responsáveis pela manutenção da água, biodiversidade de fauna, flora e pela sobrevivência humana. Nesse contexto, o estudo busca valorizar os recursos naturais presentes no Cerrado, contribuindo para o desenvolvimento da bioeconomia da região e promovendo a conservação do bioma. *Com informações do IPEDF
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GDF celebra Natal e meio ambiente em parques
São 1.500 mudas e 1.000 sementes disponíveis paras os frequentadores | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília Os frequentadores do Parque Ecológico Olhos d’Água, localizado nas quadras 413 e 414 da Asa Norte, e do Parque Ecológico Águas Claras ganharam um motivo a mais para frequentar os espaços: iniciou-se nesta quinta (17) a ação Natal nos Parques, que está distribuindo 1.500 mudas de plantas e outras 1.000 sementes para os visitantes, além de contar com uma decoração especial contendo mensagens natalinas e imagens celebrando o cerrado e a preservação do meio ambiente. No Olhos d’Água, dois letreiros com os dizeres “Eu amo cerrado” e “Feliz Natal” foram montados ao lado da administração, e a palavra “amo” foi trocada por uma fruta de chichá, espécie símbolo da nossa vegetação nativa. Ao lado dos letreiros, um painel de um lobo-guará está ornamentado com uma touca de Natal, celebrando as festas de fim de ano. Uma tenda também foi montada para abrigar diversos painéis trazendo informações sobre a flora e a fauna nativa do cerrado. A servidora pública Sandra Carvalho, 48 anos, aproveitou os painéis decorativos para tirar fotos do filho Lorenzo junto com seu amigo Vinícius, ambos de 8 anos. Ela elogiou a iniciativa: “Trazer as crianças para esse contato com a natureza é muito importante, além da questão da preservação do meio ambiente e da educação ambiental. Procuramos sempre passar isso pra elas”, afirma. Lorenzo confirma a importância que o assunto tem em sua educação: “Meus pais me ensinaram a plantar, já plantei quatro mudinhas”, conta. Frequentador assíduo do Parque Olhos d’Água, o estudante Ítalo de Souza, 23 anos, aproveitou o fim da sua atividade e, antes de sair do local, pegou uma muda de alecrim. “Achei um bom incentivo para as pessoas conhecerem, já é legal termos um parque no meio da cidade e agora ainda poder levar uma muda pra casa”, afirma. O coordenador do projeto Natal nos Parques e chefe da Unidade de Educação Ambiental do Instituto Brasília Ambiental, Marcus Paredes, explica o significado da iniciativa: “A ideia foi presentear o espírito natalino aos parques de Águas Claras e Olhos D’água, trazendo harmonia entre pessoas e natureza e levando conscientização sobre a importância do meio ambiente”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com o presidente do Brasília Ambiental, Cláudio Trinchão, a intenção do órgão é expandir o Natal nos Parques em 2021. “É um projeto piloto. Se tudo der certo, no ano que vem queremos espalhá-lo por mais parques e com mais estrutura e envolvimento das comunidades, para que elas venham para dentro deles, que elas os abracem, e desenvolver uma sensação de pertencimento”, relata. A iniciativa foi criada pelo Instituto Brasília Ambiental, que administra os dois parques, e a Secretaria do Meio Ambiente, e contou com a colaboração da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Jardim Botânico de Brasília e Administração Regional do Lago Norte, que forneceram mudas para serem doadas.
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