UPA do Gama implementa protocolos para aperfeiçoar atendimento em casos de infarto, AVC e sepse
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Gama, no Distrito Federal, está participando do projeto Proadi-SUS, desenvolvido pelo Hospital do Coração em parceria com o Ministério da Saúde. Desde junho de 2024, a unidade recebe apoio técnico para implementar o Projeto Boas Práticas na implementação do protocolo de sepse, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio (IAM). UPA do Gama recebe apoio técnico, por meio do projeto Proadi-SUS, para aperfeiçoar o atendimento em casos de infarto, sepse e AVC | Fotos: Divulgação/IgesDF Segundo o coordenador da UPA do Gama, Otávio Maia, os avanços já são perceptíveis. “Estamos fazendo acompanhamento de indicadores de cada um desses protocolos. Fizemos planos de ação voltados para o treinamento da equipe, mudanças organizacionais e criação de fluxogramas, otimizando o tempo-resposta em cada caso. Isso nos permitiu identificar, diagnosticar e tratar os pacientes de forma mais eficaz”, explica. “Em junho de 2024, a média era de uma hora. Hoje, em janeiro de 2025, conseguimos reduzir para apenas 15 minutos, com o diagnóstico já encaminhado para o cardiologista” Otávio Maia, coordenador da UPA do Gama, sobre a redução no tempo entre a chegada do paciente e o primeiro eletrocardiograma Resultados no atendimento No protocolo de infarto, a redução no tempo entre a chegada do paciente e o primeiro eletrocardiograma foi notável. “Em junho de 2024, a média era de uma hora. Hoje, em janeiro de 2025, conseguimos reduzir para apenas 15 minutos, com o diagnóstico já encaminhado para o cardiologista”, destaca Maia. A implementação do protocolo de sepse também apresentou avanços importantes. O tratamento com antibióticos, que deve ser iniciado na primeira hora, agora está dentro do tempo ideal. “Essa rapidez no atendimento é crucial para a sobrevida do paciente”, enfatiza o coordenador. No caso do AVC, a unidade introduziu uma escala de classificação aplicada pelas enfermeiras para identificar sinais precoces. “Tempo é cérebro. Com essa metodologia, conseguimos agilizar exames diagnósticos e iniciar o tratamento rapidamente, reduzindo sequelas e salvando vidas”, complementa Otávio. Projeto-piloto e expectativas O programa, que é considerado piloto, também serve como modelo para outras UPAs do Distrito Federal. “Nosso objetivo é compartilhar essas boas práticas, transformando os protocolos em um padrão de atendimento em toda a rede de urgência e emergência”, afirma Maia. Na última semana, representantes do Hospital do Coração estiveram na UPA do Gama para apresentar os resultados dos primeiros seis meses do projeto. “Estamos otimistas com os avanços. Esse trabalho conjunto reforça nossa capacidade de oferecer um atendimento mais humanizado e eficiente para a população”, conclui o coordenador. Com a continuidade do projeto, a expectativa é ampliar o protocolo de atendimento para outras unidades, a fim de fortalecer as linhas de cuidado em casos de infarto, AVC e sepse em todo o sistema de saúde pública. *Com informações do IgesDF
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HCB orienta equipe sobre casos de septicemia
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) reuniu profissionais da área assistencial para apresentação do novo protocolo de sepse da instituição. O treinamento foi iniciado na quarta-feira (13), Dia Mundial da Sepse. Médicos, farmacêuticos e a equipe de enfermagem receberam as orientações e também participaram de workshop prático, que segue na quinta (14). “A sepse é uma resposta do corpo a uma infecção grave, é a interação entre a resposta do indivíduo e aquele patógeno, bactéria, vírus que está causando a infecção. É uma das principais causas de mortalidade hospitalar, tanto em adulto quanto em criança”, explica o coordenador médico infectologista e do Serviço de Controle de Infecção do HCB, Bruno Lima. Segundo dados apresentados pelo infectologista Bruno Lima, cerca de 4% dos pacientes internados em unidades comuns e 8% dos pacientes em UTI apresentam sepse | Fotos: Divulgação/ HCB Durante o treinamento, ele apresentou o dado de que, em países desenvolvidos, cerca de 4% dos pacientes internados em unidades comuns e 8% dos pacientes em UTI apresentam sepse durante o período de internação. Por isso, é importante que a equipe sempre leve em consideração a possibilidade dos sintomas apresentados por uma criança ou adolescente serem indicativos de sepse. “A ideia é sempre acelerar o reconhecimento e igualar as condutas em todos os setores. Precisamos prevenir as infecções associadas à assistência e, em caso de sepse, reconhecer e tratar aquele paciente para que ele se recupere o melhor possível”, alerta Lima. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Ao apresentar o novo protocolo de sepse, o infectologista destacou as responsabilidades de cada profissional envolvido no atendimento, especificando questões como os exames necessários, os medicamentos indicados para cada paciente e a forma como é iniciado o protocolo. Ele reforçou, ainda, a necessidade de condutas que previnam a infecção. “Isso é o mais importante; tirar o acesso do paciente que não precisa de um, tirar a sonda vesical do paciente que não precisa de uma — mas também controlar o paciente que precisa do acesso, fazer a manutenção desse acesso, trocar o curativo, higienizar a mão. Tudo isso é primordial e são microdecisões que todos tomam durante o dia”, reforça Bruno Lima. *Com informações do HCB
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