Zoológico de Brasília firma parceria com Instituto Butantan para pesquisas em herpetologia
O Zoológico de Brasília firmou uma parceria com o laboratório de herpetologia do Instituto Butantan, pela qual receberá apoio em estudos, pesquisas e no compartilhamento de informações voltadas ao setor de répteis. Entre 22 e 24 de setembro, o diretor do laboratório, Sávio Stefanini Sant’Anna, fez palestras e participou de atividades voltadas à coleta de veneno de serpentes mantidas sob os cuidados do zoológico. O material será utilizado em estudos científicos desenvolvidos pelo laboratório. O veneno das serpentes é fonte de substâncias que podem ser transformadas em medicamentos capazes de salvar vidas. A partir dele, cientistas já desenvolveram fármacos utilizados no tratamento de hipertensão, problemas cardíacos, acidentes vasculares cerebrais e até em pesquisas contra o câncer. O material colhido em serpentes do zoológico será utilizado em estudos científicos desenvolvidos pelo laboratório | Fotos: Mardônio Vieira/Zoológico de Brasília “Essa parceria representa um grande avanço para a pesquisa científica e para a conservação da biodiversidade. O Butantan é uma das maiores referências mundiais em herpetologia, e poder contar com essa troca é um orgulho para nós e uma oportunidade de aprendizado contínuo”, afirmou o diretor-presidente do Zoológico de Brasília, Wallison Couto. Sávio Santana destacou que o encontro marca o início de uma relação duradoura: “Esse foi só o nosso primeiro encontro e essa troca de conhecimento e saberes vai ser muito importante tanto para o Zoológico de Brasília quanto para o Laboratório de Herpetologia”. *Com informações do Zoológico de Brasília
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Dia Mundial da Cobra: cartaz ressalta papel ecológico dos ofídios
Nesta quarta-feira (16) é comemorado o Dia Mundial da Cobra e o Instituto Brasília Ambiental aproveita a data para ressaltar o importante papel ecológico que esses animais desempenham no meio ambiente. “Há na cultura popular um receio grande com relação às serpentes. No entanto, elas exercem um papel ecológico fundamental no controle de roedores que contribuem na disseminação de zoonoses. Além disso, colaboram no equilíbrio da cadeia ecológica quando servem de alimento para aves, mamíferos e até mesmo outras serpentes”, explica o biólogo da Gerência de Fauna Silvestre (Gfau) da autarquia, Thiago Silvestre. Ele acrescenta que as serpentes possuem também grande importância para a medicina e prevenção de acidentes ofídicos, por meio do uso do seu veneno para a produção de soros antiofídicos, que são ministrados nos principais hospitais e referências do Distrito Federal. De acordo com estudos científicos, o Cerrado possui em média 117 espécies de serpentes registradas. “Um número alto destes indivíduos configuram-se como não peçonhentos, e acabam sendo mortos por conta do pavor que as pessoas possuem pelos que possuem veneno. Neste sentido, caso encontre uma serpente em ambiente urbano, a melhor forma de lidar é manter a distância e chamar o Batalhão da Polícia Militar Ambiental por meio do telefone 190. Cabe ressaltar que matar indivíduos da fauna silvestre, incluindo as serpentes, configura crime ambiental por meio da Lei 9.605, sujeito a pena de prisão e multa”, adverte Silvestre. De acordo com estudos científicos, o Cerrado possui em média 117 espécies de serpentes registradas | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Outro fator de suma importância, ressaltado pela equipe da Gfau, é a necessidade de educar as crianças, desde cedo, a evitar chegar perto de serpentes. “E também, se possível, orientá-las a identificar as principais espécies, e a chamar um adulto assim que verificar a presença do réptil nas proximidades”, completam. Conscientização Entre as iniciativas do Brasília Ambiental voltadas à conscientização da importância desse animal estão: o lançamento do Cartaz das Serpentes do Cerrado, em 3 de junho, que marcou a abertura da Semana do Meio Ambiente e o Dia Nacional da Educação Ambiental; e a sinalização da moradia de uma cobra da espécie jararaca na Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae), onde as cobras são muito presentes em números e espécies. A moradia fica a 90 metros da administração da Estação. O cartaz integra a coleção Eu Amo Cerrado, desenvolvido pela Unidade de Educação Ambiental (Educ) da autarquia. A coleção visa a levar informações sobre biodiversidade do bioma, despertando a curiosidade e sensibilização do público para a preservação das riquezas naturais. A educadora ambiental do Instituto, Mariana dos Anjos, destaca a importância de a população tomar consciência que as cobras têm papel fundamental para o equilíbrio ecológico do Cerrado. “De forma a mudar o pensamento de tomar esses animais como inimigos e matá-los. Qualquer ação que leve à dizimação deles é muito prejudicial ao meio ambiente”, enfatiza. No que se refere à sinalização da casa da jararaca na Esecae, a educadora ressalta que é uma atitude de valorização e proteção do animal. Ela conta que a moradia, no primeiro momento, foi entendida como a Casa do Tatú. Mas com o trabalho da também educadora ambiental, Clebiane Pereira, de observação do espaço, foi identificada a verdadeira moradora: uma jararaca. A partir daí a casa foi devidamente identificada. Entre as iniciativas do Brasília Ambiental voltadas à conscientização da importância desse animal estão o lançamento do Cartaz das Serpentes do Cerrado | Arte: Brasília Ambiental Dos Anjos explica que a identificação foi importante para o estudo dos hábitos do animal. “Como, por exemplo, se ela fica mais dentro da casa ou se sai para tomar sol, em que horários os deslocamentos dela ocorrem e a duração deles, entre outras informações. Saber esses hábitos é fundamental para orientar os visitantes locais, de forma que nem o animal, nem as pessoas sofram qualquer prejuízo e possam manter uma relação harmônica”, esclarece. Educação Ambiental A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, destaca a relevância da promoção da educação ambiental, especialmente, com relação aos animais silvestres. “Ações que geram o entendimento do papel de cada animal na manutenção do equilíbrio ecológico são fundamentais para despertar a consciência da população sobre a importância de preservar o meio ambiente”, disse. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, lembrou que as ações de educação ambiental levam à transformação de hábitos. “Eu mesmo sou fruto destas ações de educação ambiental, pois eu, que sou um arquiteto urbanista e nunca imaginei que aprenderia tantas coisas relacionadas à área ambiental, após assumir a Presidência do Brasília Ambiental, tenho agora a minha visão de mundo totalmente diferente, transformada. A minha vida hoje é o meio ambiente”. Origem Apesar de a origem da atribuição do 16 de julho ao Dia Mundial das Cobras não ser muito clara, a data é celebrada em todo o mundo como uma oportunidade de se promover uma reflexão sobre a necessidade de conservação das serpentes ao redor do planeta. Cientificamente, a forma correta de nomear o animal é “serpente”. O termo “cobra” é utilizado apenas para se referir às espécies de najas. Porém, no Brasil, popularmente se fala tanto cobra quanto serpente. Algumas cobras típicas do Brasil são: cobra cascavel, coral verdadeira, jararaca-de-alcatrazes, jararaca-ilhoa, jararaca-cruzeira, cobra-verde, falsa coral, jiboia, dentre outras. Existem mais de três mil espécies de cobras espalhadas pelo mundo, sendo que um quarto delas é venenoso. Só no Brasil são cerca de 400 espécies. Apesar do importante papel ecológico delas, muitas espécies encontram-se criticamente ameaçadas de extinção, inclusive algumas brasileiras. As causas são o desmatamento e a caça, além do comércio ilegal das espécies. Por isso, é importante não matar as cobras e preservar seu habitat. *Com informações do Brasília Ambiental
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Acidentes com animais peçonhentos no DF cresceram 34% no 1º semestre
No primeiro semestre de 2023, os acidentes com animais peçonhentos notificados no Distrito Federal cresceram 34%, na comparação com o mesmo período de 2022. Foram notificados, ao todo, 1.904 acidentes, contra 1.176 no ano anterior. A Região de Saúde Norte, especialmente Planaltina, destacou-se como a área de maior ocorrência de acidentes. Os dados são do Boletim Epidemiológico de Acidentes por Animais Peçonhentos no DF, elaborado pela Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), da Secretaria de Saúde do DF (SES). Segundo o documento, a média de notificações em 2022 foi de 45 por semana epidemiológica, enquanto 2023 registrou 73 na mesma periodicidade. Agente de saúde faz inspeção em residência: principalmente em época de chuvas, cuidados devem ser redobrados | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Dos 1.904 acidentes notificados, 1.790 (94%) envolveram residentes no DF e o restante (6%), moradores de outros estados que estavam no DF. Desses, 78,1% representam ocorrências envolvendo escorpiões. “Os acidentes causados por esses animais são os que mais chamam a atenção, representando a grande maioria; o que preocupa é a tendência de crescimento identificada”, explica o biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival) Israel Moreira. Apesar do aumento no número de acidentes, não houve óbito no DF. Foi notificada, contudo, a morte de um adulto, causada por serpente em Goiás. O paciente apresentou complicações sistêmicas, mesmo com o uso de soroterapia. O documento na íntegra pode ser conferido no portal da SES-DF. Com o retorno das chuvas, especialistas afirmam que as ocorrências com escorpiões crescem, enquanto as lagartas lonomia – que queimam e podem provocar hemorragias – começam a aparecer nos pés de manga e de outras árvores frutíferas. Perfis Os dados de acidentes causados por animais peçonhentos no DF foram separados pelas notificações de picadas de escorpião, serpentes, aranhas, abelhas e lagartas. O perfil dos acidentes por escorpião, que representaram 78,1% dos casos, demonstra que 747 (53,4%) ocorreram com pessoas do sexo feminino. Desse total, 714 (51,1%) pessoas são da faixa de 20 a 49 anos e 1.265 (90,5%) residem em área urbana. A maioria dos episódios – 1.236 – é classificada como leve (88,4% do total). Em relação às serpentes, foram 68 acidentes, 50 dos quais (73,5%) com pessoas do sexo masculino, 37 (54,4%) na faixa etária de 20 a 49 anos, 29 (42,6%) residentes em zona rural e periurbana e 30 (44,1%) classificados como acidente moderado e grave, recebendo soroterapia. [Olho texto=”Registros apontam que acidentes com lagartas, no primeiro semestre deste ano, tiveram a maioria dos casos classificada como leve” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Em relação a acidentes envolvendo aranhas, foram notificadas 75 ocorrências entre residentes do DF, sendo 41 (54,7%) do sexo masculino, 38 (50,7%) adultos jovens e a maior parte – 65 casos – entre moradores de áreas urbanas (86,7%). Os acidentes com lagartas, por sua vez, representaram 5,4% (88) do total, sendo 51,1% (45) do sexo feminino, 79,6% (70) residentes de área urbana e a maioria (82) classificada como caso leve (93,2%). Houve ainda notificação de 82 (4,6%) acidentes com abelhas em residentes de área urbana, 43 (52,5%) em pessoas do sexo masculino e 69 (84,2%) classificados como leve. Prevenção Para evitar os acidentes, é necessário um cuidado especial da população com os ambientes de trabalho e residencial, segundo Israel Moreira. A atenção visa eliminar as condições favoráveis de acesso, abrigo e alimentação dos animais peçonhentos. “Quando se elimina um desses componentes, é possível interferir na ocorrência de peçonhentos, reduzindo a exposição ao risco de picadas”, explica o biólogo. O especialista sugere manter os quintais livres de vegetação alta, entulhos e restos de materiais de construção, além de acondicionar o lixo corretamente. Além disso, é recomendável usar telas em ralos e janelas e vedar frestas e vãos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em caso de acidente, deve-se lavar o local da picada com bastante água e sabão, mantendo elevado o membro afetado, e procurar atendimento médico imediatamente. É importante informar ao profissional o máximo possível de características do animal e, se possível e seguro, capturá-lo e levá-lo junto para identificação. Vale ainda retirar acessórios que possam levar à piora do quadro, como anéis, fitas e calçados apertados. Em nenhuma hipótese, afirma o biólogo, deve-se fazer torniquete, garrote ou furar, cortar ou ainda aplicar qualquer substância no local da picada. Para acidentes com cobras, escorpiões ou aranhas, existem soros antivenenos disponíveis na rede pública de saúde. Confira aqui a lista das unidades que disponibilizam esse material. Assistência Em Brasília, a SES disponibiliza os serviços do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), por meio dos números 0800 644 6774 ou 0800 722 6001. As equipes auxiliam com informações sobre os primeiros cuidados. A recomendação é acionar a Dival (160) em caso de escorpiões, aranhas, lagartas e lacraias; o Corpo de Bombeiros (193), se forem abelhas, e o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (190), quando se tratar de serpentes. Se um escorpião for encontrado na residência, é necessário comunicar à Vigilância Ambiental por meio do número 160 ou ainda pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com. Uma equipe será enviada para capturar o animal. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hora de ter cuidado com animais peçonhentos
Aranhas surgem em maior número durante o período das chuvas, quando ficam desabrigadas | Foto: Carlos Eduardo/Zoológico de Brasília Os acidentes com animais peçonhentos são sempre uma preocupação para a população e para a rede de saúde. Neste ano, de janeiro a outubro, foram notificados 2.019 casos pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde (SES). Desse total, a maior parte é de acidentes com escorpiões – 1.535 casos. Em seguida, vêm ocorrências com serpentes – 125 registros no mesmo período. [Numeralha titulo_grande=”2.019″ texto=”casos de acidentes com animais peçonhentos registrados de janeiro a outubro no DF” esquerda_direita_centro=”centro”] O biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) Israel Martins alerta sobre o possível aumento de incidência de escorpiões nas residências para os próximos meses. “No período chuvoso, esses animais entram mais na casa das pessoas porque as galerias de águas pluviais ficam mais cheias, e aí os escorpiões vão em busca de um lugar mais seguro”, explica. Ele também recomenda atenção às aranhas, que podem ficar desabrigadas devido às chuvas. Em 2019, entre janeiro e outubro, foram registrados 1.850 acidentes com animais peçonhentos. Em primeiro lugar, aparecem os escorpiões, com 1.363 ocorrências. Os demais registros foram de acidentes com serpentes (121), lagartas (112), abelhas (96), aranhas (83) e não especificados (75). Todo paciente que vai a uma unidade de saúde em busca de atendimento para esse tipo de ocorrência tem o caso notificado no sistema do Ministério da Saúde e da SES. A partir desses dados, é possível prever o estoque necessário de soros contra os diferentes venenos para assegurar a reposição ao longo do ano nas unidades de saúde da rede. Arte: SES Atendimento Em caso de acidente, a pessoa deve procurar rapidamente a emergência do hospital mais próximo para o atendimento e, se necessário, receber o soro compatível. Apenas o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) não está prestando esse serviço, devido à pandemia de Covid-19. A SES conta também com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) do Samu, referência no atendimento aos pacientes picados, que funciona 24 horas por dia. O Ciatox possui equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros e farmacêuticos que oferecem orientação à população. “O contato com os escorpiões pode ser aumentado por conta das condições ambientais e das moradias humanas”, destaca Israel Soares. O biólogo explica que é importante preservar os inimigos naturais dos escorpiões, especialmente aves de hábitos noturnos – como corujas. Pequenos macacos, quatis, lagartos, sapos, gansos e gansos também ajudam a evitar o surgimento dos escorpiões. “As galinhas não são agentes controladores eficazes dos escorpiões, pois possuem hábitos diurnos, enquanto os escorpiões são noturnos”, alerta. Inspeções Em caso de acidentes com escorpião, aranha, lagarta e lacraia, os números para contato com a Vigilância Ambiental são o 160 e 2017-1344 . Para agendar uma inspeção, deve-se entrar em contato com o e-mail gevapac.dival@gmail.com . Após o agendamento, uma equipe é enviada à residência e faz a coleta dos animais existentes, com buscas em caixas de esgoto, entulhos e outros locais. Já as ocorrências com abelhas devem ser comunicadas diretamente ao Corpo de Bombeiros, pelo telefone 193; e, no caso de serpentes, ao Batalhão de Polícia Ambiental (190). Cuidados básicos Vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha Eliminar fontes de alimentos para os escorpiões, como baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados Evitar queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões Fazer reparos nos rodapés soltos e colocar telas nas janelas Colocar as aberturas dos ralos, pias ou tanques Instalar telas com aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos tapados Manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados Manter limpos quintais e jardins. Em caso de ocorrência, disque 0800-644-6774. · * Com informações da Secretaria de Saúde
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