Conheça o processo por trás da confecção das placas que orientam e dão identidade à capital federal
Ícones da identidade brasiliense, as placas rodoviárias e de endereçamento são fundamentais para orientar moradores e turistas na capital do país, identificando ruas e avenidas das 35 regiões administrativas que compõem o território do Distrito Federal. Mas você já parou para pensar como essas sinalizações verticais, tão presentes no cotidiano, são fabricadas? A Agência Brasília foi até a Fábrica de Placas, no Parque Rodoviário do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), e revela os detalhes por trás desse processo. Fábrica de Placas produz 7,2 mil sinalizações verticais ao ano, serviço que é executado por 60 funcionários | Fotos: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília A Fábrica de Placas, situada em Sobradinho, é responsável pela confecção de 600 sinalizações verticais ao mês – um total de 20 unidades por dia e 7,2 mil ao ano. Além de fabricar novas estruturas, a autarquia também trabalha para restaurar aquelas que foram de alguma forma danificadas, seja pelo desgaste natural ou por ação humana. O superintendente de Operações do DER, Fábio Cardoso, explica, contudo, que nem todas as sinalizações retiradas pelo órgão de circulação conseguem ser restauradas. “No entanto, elas serão reaproveitadas de alguma forma. Aqui, nós fazemos todo um sistema de recuperação, aproveitando o material daquelas que foram substituídas por desgaste ou acidentes para a confecção de novas unidades”. Ao todo, 60 funcionários, entre servidores e colaboradores terceirizados, se ocupam da produção das estruturas. O serviço é executado em dois galpões diferentes, sendo um destinado à confecção das sinalizações de endereçamento de logradouros e outro para as identificações do eixo rodoviário do DF. Sinalizações restauradas ou novas substituem as que estão desgastadas, segundo o superintendente de Operações do DER, Fábio Cardoso O processo de fabricação é semelhante para ambos os tipos de placas. Primeiro, as chapas de aço industrial adquiridas pelo órgão passam por reforços estruturais, como dobras e soldas. Em seguida, recebem uma camada de pintura a óleo de alta qualidade, com a cor escolhida de acordo com o propósito da sinalização. Por fim, designers gráficos elaboram e imprimem os adesivos refletivos, garantindo a conformidade com os padrões estabelecidos pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). No término do processo, todas recebem uma identificação com o mês e o ano de sua confecção, permitindo ao DER monitorar a qualidade de cada unidade instalada pelas ruas da capital. Atualmente, a autarquia utiliza um sistema próprio de georreferenciamento de todas as sinalizações em funcionamento. Desenvolvido pelos servidores do órgão, o recurso fornece informações atualizadas sobre o estado de conservação e a sua respectiva data de instalação, garantindo eficiência na manutenção e reposição. Ícones da capital As chapas de aço industrial adquiridas pelo DER-DF passam por reforços estruturais, como dobras e soldas. Em seguida, recebem uma camada de pintura a óleo de alta qualidade, com a cor escolhida de acordo com o propósito da sinalização Criado no final dos anos 1970 pelo arquiteto e designer Danilo Barbosa, o sistema de cores utilizado na identificação das placas de endereçamento da capital do país não só facilita a vida dos brasilienses, mas também é um marco reconhecido internacionalmente. Em 2012, o projeto foi incluído no acervo permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa), reconhecimento do design que combina funcionalidade e estética. Um totem azul que identifica a direção das superquadras modelo (107/307, 108/308 Sul) foi escolhido para compor um dos maiores e mais importantes museus do mundo. Danilo Barbosa definiu que cada placa de Brasília deveria ter uma cor e formato calculado para facilitar a orientação na cidade projetada por Lucio Costa e Oscar Niemeyer. Presentes no Eixo Rodoviário, nas entrequadras e em diversos pontos do Plano Piloto, as instalações obedecem ao manual de sinalização interamericano. As verdes são as mais vistas, alinhadas ao lado das vias principais. Elas apontam o caminho a seguir, sempre acompanhadas por setas que indicam direções. Já as azuis ficam estrategicamente localizadas nas superquadras, indicando o local onde se está. As placas marrons indicam pontos turísticos e foram feitas para a Copa do Mundo de 2014. Além das cores, o trabalho desenvolvido pelo arquiteto e sua equipe envolveu a escolha da fonte e, até mesmo, o alinhamento, a altura em que deveriam ser afixadas e a quantidade de informações nelas contidas. O alfabeto adotado é da família helvética, nas versões medium, light, itálica e bold. Essas fontes são utilizadas no Plano Diretor de Sinalização do DF.
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Volta às aulas terá 120 agentes nas ruas para garantir trânsito seguro
As aulas estão voltando na rede pública e o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) se empenha em garantir um retorno seguro para pedestres e motoristas. Nesta segunda-feira (19), data que marca o início do calendário escolar de 2024, o órgão terá 120 agentes e 60 viaturas distribuídos pelas ruas de todas as regiões administrativas (RAs). Iniciativa do Detran tem como foco o pedestre, mas ações educativas incluirão orientações para os passageiros dos veículos | Foto: Divulgação/SSP-DF O efetivo também será direcionado às imediações de escolas particulares para garantir que o retorno ocorra dentro dos conformes. “Estaremos em peso nas faixas de pedestres, fazendo a fiscalização e garantindo a mobilidade e fluidez do trânsito; o objetivo é cuidar do mais vulnerável no trânsito, o pedestre”, pontua o diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran, Clever Farias. [Olho texto=”“No embarque e desembarque, não estacionem em fila dupla; consigam um local adequado para fazer essa parada” ” assinatura=”Clever Farias, diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O gestor lembra que, desde o início do ano, o departamento tem intensificado ações educativas e serviços de recuperação de faixas de pedestre, especialmente as localizadas próximo às escolas. “Além disso, é preciso reforçar o cuidado com a travessia das crianças, sempre segurando-as pelo punho e não pela mão; e, no desembarque do ônibus, nunca atravessar [a criança] pela frente do veículo, apenas pela parte de trás”, enfatiza. Até o momento, o órgão ajudou a dar cara nova às sinalizações horizontais e verticais no Plano Piloto, Octogonal, Noroeste, Sudoeste, Lago Sul, Lago Norte, Varjão, Fercal, Itapoã, Paranoá, Jardim Botânico, Sobradinho, Águas Claras, Brazlândia, Sol Nascente, Ceilândia e Samambaia. Somado aos cuidados na travessia dos estudantes, estão as precauções que devem ser adotadas no interior dos veículos pelos pais e responsáveis. “Salientamos a obrigatoriedade do uso da cadeirinha, assento de elevação ou bebê-conforto para transporte das crianças”, ressalta Clever Farias. “Outro pedido é que, no embarque e desembarque, não estacionem em fila dupla; consigam um local adequado para fazer essa parada.” Transporte escolar O Detran também vai fiscalizar todos os veículos que prestam serviço de transporte escolar. O objetivo é identificar se a empresa responsável pela atividade está devidamente credenciada e se oferece segurança necessária para os estudantes. Atualmente, há mais de 1,8 mil veículos autorizados e 2 mil condutores aptos a prestarem esse serviço. Atualizada semanalmente, a relação completa pode ser consultada no site do departamento. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além de verificar se a empresa em questão está cadastrada junto ao órgão, é importante que os pais e responsáveis solicitem à prestadora do serviço a autorização de tráfego e que verifiquem a sua respectiva validade. O veículo usado para o transporte deve estar caracterizado como tal, contendo faixas refletivas de identificação e equipamentos de uso obrigatório. Todas as documentações devem ser renovadas a cada 12 a 36 meses. Outro ponto a ser observado pelos pais é a formação do condutor, que deve obrigatoriamente ter passado por um curso específico de transporte escolar, registrado em sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Somente motoristas das categorias D ou E estão autorizados a operar esse tipo de serviço. O Detran adverte: motorista prestador do serviço que não possui autorização para circular está cometendo infração de natureza gravíssima, prevista no artigo 230, inciso XX do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A punição para quem comete este tipo de irregularidade é de cinco pontos na CNH, remoção do veículo e multa de R$ 195,23 multiplicada cinco vezes (total de R$ 976,15).
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