GDF recolhe uísque, vodka e gin sem nota fiscal no fim de semana
O trabalho da fiscalização tributária do Governo do Distrito Federal (GDF) pode ter atrapalhado a preparação de drinks para muitos apreciadores de bebidas no fim de semana. Somente em uma carreta na BR-020, os auditores apreenderam uma carga de 13,5 mil unidades de produtos alcoólicos variados — como uísque, vodka, gin e cerveja. E, para deixar o pacote mais completo, o veículo levava ainda energéticos e água de coco. A base de cálculo (valor das mercadorias) da carga desse caminhão chega a R$ 206 mil, com crédito tributário (imposto e multas) de R$ 123,6 mil. Segundo a Coordenação de Fiscalização Tributária da Secretaria de Economia, é no período da madrugada, em especial nos fins de semana, que contraventores acreditam se encontrar fora do alcance das ações investigativas | Foto: Divulgação/Seec-DF A operação foi fruto de planejamento técnico, com atuação direcionada a pontos sensíveis e horários considerados de maior vulnerabilidade — como madrugadas de fins de semana. Nesses períodos, segundo o coordenador de Fiscalização Tributária da Seec, Silvino Nogueira Filho, muitos agentes econômicos acreditam estar fora do alcance da fiscalização. [LEIA_TAMBEM]O trabalho também resultou em outras autuações expressivas, incluindo a apreensão de 58 mil litros de etanol e 47,8 mil quilos de sorgo a granel. Ambas as cargas estavam sem nota fiscal. O etanol hidratado tem valor estimado em R$ 202 mil, com crédito tributário de R$ 174 mil; o sorgo, de R$ 39 mil. Na manhã de sábado (26), foram recolhidos materiais de vestuário e acessórios com nota fiscal inidônea no valor de R$ 171,6 mil — e multas e impostos de R$ 44,9 mil. Outros materiais encontrados em transportadores, como cosméticos, utilidades do lar e calçados, foram levados ao depósito de bens da Receita do DF. *Com informações da Secretaria de Economia
Ler mais...
DF se destaca como o segundo maior exportador nacional de sorgo de grão para semeadura
O Boletim do Comércio Exterior, em sua quinta edição, apresentando os resultados do primeiro trimestre de 2025, mostra que as exportações do Distrito Federal totalizaram US$ 72,3 milhões, registrando um crescimento nominal de 46,5% em relação ao mesmo período de 2024 e de 4% na comparação com o quarto trimestre do ano anterior. Distrito Federal foi o segundo maior exportador nacional de sorgo de grão para semeadura, totalizando US$ 1,3 milhão | Foto: Divulgação/IPEDF Inédito, o estudo foi elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) a pedido da Secretaria de Relações Internacionais (Serinter-DF), tendo sido divulgado nesta quinta-feira (26). O boletim também mostrou que o destaque deste período foi o querosene de aviação, cujas exportações somaram mais de US$ 19 milhões, representando 27% do total exportado pelo DF. O desempenho reflete o abastecimento de aeronaves no Aeroporto Internacional de Brasília, operação contabilizada como exportação na balança comercial. Além do querosene de aviação, os principais produtos exportados foram carne de galos e galinhas, soja e enchidos de carne. Juntos, esses itens representaram 74,9% do valor total exportado no trimestre. Sorgo No período, o Distrito Federal se destacou como o segundo maior exportador nacional de sorgo de grão para semeadura, com US$ 1,3 milhão, o que equivale a 29,8% das exportações brasileiras desse produto. Minas Gerais ficou em primeiro lugar. A Bolívia foi o principal destino. Isso mostra a importância da produção de sementes no DF, conhecida pela alta qualidade, produtividade e uso de tecnologia. [LEIA_TAMBEM]“Os dados de exportação reafirmam a importância da produção agropecuária no DF”, ressaltou a diretora de Estatística e Pesquisa Socioeconômica do IPEDF, Francisca Lucena. “O setor agrega tecnologia e inovação, compensando as limitações territoriais, e como resultado temos cultivos com alta produtividade e sementes de qualidade sendo exportadas para o resto do mundo. O agronegócio é um dos principais impulsionadores do comércio internacional no DF.” As importações da capital federal somaram US$ 557,4 milhões no mesmo período, um aumento de 66,3% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Esse crescimento ampliou o déficit da balança comercial da capital, que já costuma ser negativa por incluir compras públicas nas importações. Desse total, 84,3% foram produtos farmacêuticos, químicos, medicinais e botânicos. A quinta edição do Boletim do Comércio Exterior do DF também destacou as exportações de outras frutas de casca rija (frescas ou secas, com ou sem casca) para a Bélgica. Apesar do valor baixo, de US$ 1,6 mil, essas vendas representaram 59,7% do total nacional desse item no período. Acesse aqui o Boletim do Comércio Exterior do primeiro trimestre deste ano. *Com informações do IPEDF
Ler mais...
Distrito Federal se destaca na produção de grãos e cereais e registra a maior safra da história
A produção de grãos e cereais no Distrito Federal bateu um recorde histórico, atingindo a marca de 1.042.328,09 de toneladas em 2024, um salto de 9,32% em relação às 953.498 toneladas da safra do ano anterior. O crescimento é fruto do aumento da área plantada e do número de produtores que investem no plantio das grandes culturas agrícolas. São cerca de 192 mil hectares destinados às grandes culturas no Quadradinho, local de trabalho e fonte de renda para mais de 2,4 mil produtores rurais – grande parte composta pela agricultura familiar. Nos 128 mil hectares de soja e milho plantados no DF, trabalham 1,7 mil agricultores de milho e mais de 900 de soja. O DF tem cerca de 192 mil hectares destinados a grandes culturas | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Dos alimentos produzidos na capital federal, a soja lidera com mais de 380 mil toneladas colhidas, seguida pelo milho comum, com cerca de 272 mil toneladas; milho para silagem, com mais de 112 mil toneladas; e sorgo, com uma produção em torno de 87 mil toneladas. Apoio no crescimento Entre as políticas públicas e incentivos oferecidos para o produtor de grandes culturas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) estão o crédito rural e o acompanhamento feito pelo corpo técnico, além de capacitações oferecidas durante todo ano em diversas áreas. Adriana Nascimento ressalta a importância da Emater-DF na formação de um produtor rural apto para a competição no mercado A engenheira agrônoma responsável pela cadeia de grandes culturas na Emater-DF, Adriana Nascimento, afirma que o papel da empresa pública é oferecer assistência técnica e levar tecnologias para a população, contribuição importante na área de grãos em vista da importância de formar um produtor rural tecnificado, capacitado e com inovações para competir no mercado. “O Distrito Federal possui pequenas áreas se comparado a outros estados, o que traz a necessidade de investir em produtividade. Temos realmente uma média superior aos demais estados produtores de grãos que faz com que o DF se destaque”. A engenheira afirma, ainda, que atualmente o valor bruto de produção agropecuária gira em torno de R$ 6 bilhões e mais de 25% de tudo que é produzido no Distrito Federal é na área de grandes culturas. “Isso é extremamente importante para o Governo do Distrito Federal e para a renda dos produtores, possibilitando culturas competitivas em uma área de produção onde há uma diversificação muito grande, com ótimas condições climáticas”, acrescenta. Legado César Augusto Gelain produz soja, feijão, milho e sorgo Com uma propriedade de 800 hectares no Núcleo Rural Taquara, o produtor rural César Augusto Gelain dá continuidade ao trabalho do pai, que cuida da área há mais de 30 anos. Plantando soja, feijão, milho e sorgo, o agricultor relata que os números de produção fecharam dentro da média em 2024 e cresceram ainda mais em 2025 ー uma média de 80 sacas de soja por hectare. Para ele, o resultado é impacto direto das parcerias com a Emater-DF e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que agregam na profissionalização dos produtores e na busca constante por novas tecnologias em trabalhos que envolvem agricultura de precisão, sementes de qualidade, maquinário avançado, tecnologia de aplicação para plantar e colher no momento exato, boa gestão e consultorias com os agrônomos que acompanham os trabalhadores no dia a dia. “Tudo isso evita perdas e influencia no aprimoramento não só do produtor, mas de uma cadeia inteira. Isso tudo ajuda, também, a produzir mais e enfrentar problemas climáticos, o que faz o DF se sobressair. E a gente cresceu nisso aqui, é o que nos dá o sustento e ficará para as próximas gerações, com nossos filhos”, ressalta César.
Ler mais...
DF se destaca na exportação de carnes, sorgo e morangos frescos
O Boletim do Comércio Exterior do Distrito Federal, divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF), aponta que a capital registrou uma redução de 73,7% no déficit da balança comercial no primeiro trimestre de 2024, atingindo US$ 285,6 milhões, em comparação ao mesmo período de 2023. Essa diminuição reflete uma desaceleração na corrente de comércio internacional da região, com quedas expressivas tanto nas exportações quanto nas importações. As exportações totalizaram US$ 49,6 milhões, o que representa uma queda de 51,8% em valor e 45,6% em volume, enquanto as importações somaram US$ 335,1 milhões, com destaque para as compras públicas do governo federal. O DF é o terceiro maior exportador de morangos frescos do país | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Apesar de responder por uma pequena fatia do comércio exterior nacional (apenas 0,1% das exportações e 0,6% das importações do Brasil), o Distrito Federal tem se destacado em nichos específicos. A capital se posicionou como o terceiro maior exportador de sorgo para semeadura e de morangos frescos, além de ocupar a nona posição nas exportações de carnes congeladas de aves. Por outro lado, o DF ainda tem participação limitada na exportação de produtos como soja e milho, que são de grande relevância para a economia local. A diretora de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF, Francisca Lucena, destacou o papel estratégico do levantamento: “O boletim reforça nosso compromisso de fornecer informações relevantes para tomada de decisões estratégicas no âmbito do DF e será uma ferramenta útil para compreender a posição da capital federal no comércio internacional.” A indústria de transformação foi a principal responsável pelas exportações (78,9%) e importações (99,8%) do DF, com destaque para o aumento nas importações de produtos agropecuários, que subiram 168% em relação ao ano anterior. No entanto, o setor agropecuário representou uma fatia menor nas importações (0,2%) e nas exportações (21,1%). Um dos produtos que se destacou foi a carne suína, com crescimento notável de 267,8% no valor das importações, o que indica uma mudança nas tendências de consumo e comércio do Distrito Federal. A exportação de carne de aves congelada é um dos destaques apontados no Boletim do Comércio Exterior do Distrito Federal | Foto: Arquivo/ Agência Brasília Esse desempenho, no entanto, ainda encontra desafios relacionados à diversificação da pauta comercial. Para a coordenadora de Análise Econômica e Contas Regionais do IPEDF, Adrielli Dias, é essencial aproveitar as oportunidades reveladas no boletim: “Compreender a dinâmica do comércio exterior do DF é fundamental para orientar estratégias de integração internacional, buscando ampliar a competitividade em nichos específicos e superar os desafios estruturais para diversificar a pauta comercial.” O mercado externo do DF também registrou uma alta de 3,72% no índice geral de preços das commodities, com exceção da soja, que sofreu quedas no período. A taxa de câmbio também influenciou esse cenário, com o real se desvalorizando frente ao dólar, o que favoreceu as exportações, mas aumentou o custo das importações. *Com informações do IPEDF
Ler mais...