Novo acordo de cooperação favorece pesquisas na agropecuária
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e a Universidade de Brasília (UnB) formalizaram, nesta quinta-feira (4), um acordo de cooperação para fortalecer a inovação agropecuária no Distrito Federal e Entorno. A parceria integra o Parque Científico e Tecnológico da UnB e visa a estabelecer linhas de ação conjuntas para impulsionar pesquisa, modernização do campo, desenvolvimento de tecnologias e iniciativas voltadas à agricultura familiar. A reitora da UnB, Rozana Reigota Naves, entre o vice-presidente da FAPDF, Paulo Freitas Nunes; o presidente da Emater-DF, Cleison Duval; e o diretor do Parque Científico e Tecnológico da UnB, Renato Alves Borges: “Iniciativas como esta têm o potencial de reacender o desejo de construir um futuro melhor, pois aproximam a universidade de oportunidades reais de transformação” | Foto: Divulgação/Emater-DF O acordo reflete a união entre a expertise acadêmica e os conhecimentos práticos da extensão rural. A UnB, reconhecida também pela produção e formação científica, e a Emater-DF, com ampla capilaridade nas comunidades rurais, passam agora a compartilhar tecnologias, infraestrutura, dados, recursos humanos e projetos estratégicos na área de inovação agropecuária. “Esse acordo abre portas para desenvolvermos tecnologias, validarmos pesquisas, criarmos startups e buscarmos soluções para demandas que chegam todos os dias do campo” Cleison Duval, presidente da Emater-DF O acordo prevê uma incubadora de startups agtechs, eventos voltados ao ecossistema de inovação e o desenvolvimento de pesquisas aplicadas, com foco na transferência de tecnologia, automação, sustentabilidade e empreendedorismo rural. iniciativa também reforça a importância da pesquisa integrada com a prática no campo, especialmente em temas como automação, monitoramento de solo, manejo sustentável e processos de agregação de valor aos produtos. Busca de soluções [LEIA_TAMBEM]“O produtor precisa de soluções práticas, e muitas delas já existem dentro da universidade; só precisamos aproximar esses mundos”, ressaltou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. “Esse acordo abre portas para desenvolvermos tecnologias, validarmos pesquisas, criarmos startups e buscarmos soluções para demandas que chegam todos os dias do campo. A Emater-DF já atua com pesquisa aplicada e validação de variedades da Embrapa, e agora teremos ainda mais condições de expandir esse trabalho.” Durante o evento de formalização do acordo, a reitora da UnB, Rozana Reigota Naves, lembrou que a parceria representa uma oportunidade concreta de aproximar inovação, pesquisa e formação profissional. “Vivemos uma queda preocupante na procura por vagas no ensino superior, um fenômeno nacional”, apontou. “Parte disso decorre da falta de perspectiva dos jovens. Iniciativas como esta têm o potencial de reacender o desejo de construir um futuro melhor, pois aproximam a universidade de oportunidades reais de transformação”. Durante a solenidade, além de técnicos da Emater-DF, professores da UnB e representantes do Governo do Distrito Federal (GDF) e parlamentares, estiveram presentes o vice-presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) Paulo Freitas Nunes, e o diretor do Parque Científico e Tecnológico da UnB, Renato Alves Borges. *Com informações da Emater-DF
Ler mais...
Workshop de Pavimentação Urbana será realizado neste mês
Nos dias 9 e 10 deste mês, a Novacap promove o 2º Workshop de Pavimentação Urbana. O evento será em sua sede, no Setor de Áreas Públicas, Lote B, Epia. No ano passado, cerca de 400 engenheiros, arquitetos, técnicos e estudantes de todo o Brasil participaram do encontro. Para este ano, as inscrições gratuitas já estão abertas no Instagram da Novacap. Assim como no workshop do ano passado, o deste ano tem entre os principais objetivos fortalecer parcerias para desenvolver obras sustentáveis | Foto: Divulgação/Novacap Com o tema “Novacap: O berço da engenharia urbana”, o encontro coloca em pauta debates sobre drenagem, regularização de áreas, gerenciamento de riscos, questões ambientais e inovações tecnológicas em pavimentação. [LEIA_TAMBEM]A programação conta com palestras sobre os desafios no Sol Nascente/Pôr do Sol, o uso de sistemas inteligentes de gestão de ativos e a evolução do pavimento de concreto no Distrito Federal, além de discussão sobre soluções mais sustentáveis para a infraestrutura urbana. “O 2º Workshop de Pavimentação Urbana reafirma o nosso compromisso em buscar inovação, compartilhar conhecimento e fortalecer parcerias que resultem em obras mais sustentáveis e eficientes”, lembra o presidente da companhia, Fernando Leite. Além do caráter técnico, o workshop também tem um viés solidário: os participantes inscritos deverão doar alimentos não perecíveis, que serão destinados a campanhas de arrecadação. *Com informações da Novacap
Ler mais...
Circuito de Ciências 2025 destaca protagonismo da EJA e participação inédita do sistema prisional
A Secretaria de Educação (SEEDF) realizou, na noite de terça-feira (25), a etapa final do Circuito de Ciências 2025. A cerimônia de premiação, no Auditório Neusa França, na sede da pasta, mobilizou escolas das 14 coordenações regionais de ensino (CREs) com projetos de iniciação científica e soluções inovadoras para desafios reais das comunidades escolares e da sociedade. O evento celebrou o protagonismo dos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Neste ano, a temática central foi “Água para quê?”, e os estudantes apresentaram trabalhos que exploraram o recurso natural sob diferentes perspectivas, destacando sua importância para o planeta, para a regulação do clima e para o desenvolvimento das comunidades. Estudantes e educadores ocuparam o Auditório Neusa França, na noite de terça (25), para celebrar os projetos vencedores do Circuito de Ciências 2025 | Foto: Vinicius Gabriel/SEEDF Ciência inclusiva A participação inédita de estudantes do sistema prisional, representados pelo Centro Educacional (CED) 01 de Brasília, foi um dos destaques. Eles foram premiados por desenvolver um projeto sobre tratamento e melhoria da água dentro do presídio. A escola conquistou o 1º lugar na categoria E (2º segmento) e o 2º lugar na categoria F (3º segmento), mostrando que a educação científica pode superar barreiras físicas e sociais. A professora de matemática Luciana Braga, que representou os alunos na premiação, reforçou o papel democratizante do evento. “A educação transforma vidas, e é isso que buscamos fazer no sistema prisional. Trabalhamos com pessoas que vivem à margem da sociedade, e acreditamos que a educação pode chegar até lá e transformar a vida delas. O Circuito de Ciências democratizou o saber no momento em que a ciência entrou no presídio”, disse. [LEIA_TAMBEM]A educadora também reforçou a relevância social das iniciativas: “A maioria dos nossos alunos vêm de comunidades carentes do DF. Por isso, é fundamental ter uma alternativa simples e de baixo custo para o tratamento de água”. Impacto na comunidade O trabalho social também marcou o projeto vencedor da Categoria F (3º Segmento EJA). A estudante Ester Gouveia Pardim, de 18 anos, do Centro de Ensino Médio (CEM) 01 de São Sebastião, integrou a equipe que desenvolveu um sistema de filtração caseira para garantir acesso a água potável. Para ela, o trabalho foi um exercício de empatia e aprendizado com a realidade. “Fizemos uma pesquisa de campo e conversamos com moradores que utilizam água de poços. Queríamos entender a rotina deles e saber se passavam mal por causa dessa água. Ter esse contato com a realidade da nossa comunidade foi muito impactante. Trouxemos amostras e, após o processo científico, ficamos felizes que nosso trabalho deu certo, mas tristes por confirmar que aquelas pessoas consumiam água contaminada”, relatou. Ester reforçou que o projeto oferece uma solução simples e econômica. “Em todas as nossas apresentações, mostramos o quanto nosso trabalho representa empatia”, finalizou a jovem cientista. A professora Luciana Braga recebeu uma premiação em nome dos estudantes do sistema prisional e ressaltou a importância de projetos de baixo custo para o tratamento da água Projetos premiados Categoria D – Primeiro segmento EJA · 1º lugar: Conta fácil: decifrando a conta de água e promovendo o consumo consciente (CEF 03 – Planaltina) · 2º lugar: Plantas medicinais e uso racional da água: sistema eletrônico de irrigação reprogramado para residências e hortas comunitárias (CED PAD-DF – Paranoá) · 3º lugar: Captação de águas da chuva para cultivo sustentável de horta orgânica e demais utilidades (CEF 113 – Recanto das Emas) Categoria E – Segundo segmento EJA · 1º lugar: Ciências e cidadania na EJA: filtro caseiro e Sodis [sistema de desinfecção de água] para melhoria da qualidade da água (CED 01 de Brasília) · 2º lugar: Microplásticos na água: um problema invisível (CEF 113 – Recanto das Emas) · 3º lugar: Alternativas para garantir acesso a recursos vitais (CEF 03 – Planaltina) Categoria F – Terceiro segmento EJA · 1º lugar: Filtração caseira: uma alternativa para o acesso à água potável em uma comunidade de São Sebastião – DF (CEM 01 – São Sebastião) · 2º lugar: Uma alternativa para o tratamento de água (CED 01 de Brasília) · 3º lugar: Profissões aquáticas e botânica (CEM 04 – Ceilândia). *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
Ler mais...
Cooperativas de catadores participam de capacitação sobre segurança no trabalho
Nesta segunda-feira (24), o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) promoveu uma capacitação dirigida às cooperativas e associações de catadores contratadas para a coleta e triagem de materiais recicláveis. A iniciativa teve como objetivo reforçar práticas de segurança no trabalho, como o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs) e orientações sobre o procedimento formal de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). A capacitação reuniu servidores do SLU, representantes de cooperativas e estagiários do curso de saúde coletiva da UnB | Foto: Divulgação/SLU Durante o encontro, servidores da Diretoria Técnica do SLU e estagiários de saúde coletiva da Universidade de Brasília (UnB) apresentaram rotinas de prevenção e os canais de notificação exigidos pela autarquia. Eles desenvolvem trabalho permanente junto às cooperativas para reforçar práticas seguras e a cultura de notificação. A intenção é transformar os registros em insumo para aperfeiçoar treinamentos, prever mudanças na logística operacional e ajustar exigências contratuais que aumentem a proteção dos trabalhadores. [LEIA_TAMBEM]O SLU criou um formulário específico de CAT para que as cooperativas registrem qualquer acidente, mesmo os de menor gravidade, permitindo a adoção imediata de medidas corretivas — tanto nas orientações de segurança quanto nas cláusulas dos contratos de prestação de serviço. “Essas informações têm que ser preenchidas pela cooperativa no momento em que ocorreu o acidente e imediatamente comunicadas ao SLU”, completou Mendes, lembrou o chefe da Unidade de Sustentabilidade e Mobilização Social do SLU, Francisco Mendes. O SLU mantém atualmente 22 contratos de coleta seletiva e 31 contratos de serviço de triagem no Distrito Federal. A coleta seletiva está presente em 33 regiões administrativas, e todo o material recolhido é encaminhado aos galpões de triagem, onde os catadores separam os recicláveis para comercialização, gerando trabalho e renda. A capacitação faz parte de uma agenda mais ampla da autarquia voltada à qualificação dos agentes da cadeia de reciclagem e à garantia de condições seguras de trabalho, contribuindo para a formalização do setor e a minimização de riscos ocupacionais. *Com informações do SLU
Ler mais...
Pesquisa apoiada pela FAPDF ajuda na busca por espécies resilientes às mudanças climáticas
Na fronteira entre o Cerrado e a Amazônia, um dos biomas mais afetados pelo desmatamento, um grupo de pesquisadores e coletores de sementes se uniu em torno de um mesmo propósito: restaurar ecossistemas degradados de forma sustentável, combinando ciência, tecnologia e conhecimento tradicional. O estudo faz parte da iniciativa Amazônia +10, criada em 2022 para incentivar projetos interinstitucionais de pesquisa sobre sustentabilidade e adaptação climática. Com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), a iniciativa reúne instituições do Distrito Federal, Mato Grosso e Rio de Janeiro em um esforço conjunto pela restauração ecológica da Amazônia mato-grossense. O projeto, intitulado Integrando conhecimentos locais e ciência em busca de soluções para a restauração ecológica frente às mudanças climáticas na Amazônia mato-grossense, é coordenado pela professora Isabel Belloni Schmidt, da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o pesquisador Daniel Luis Mascia Vieira, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, e conta ainda com a colaboração de equipes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). Isabel Schmidt: "Nosso foco é encontrar espécies capazes de resistir às mudanças climáticas e fortalecer as redes comunitárias que fazem da restauração uma fonte de renda e conservação ambiental” | Fotos: Divulgação/FAPDF “A proposta nasceu da vontade de conectar o conhecimento científico com a experiência prática dos coletores de sementes da Amazônia mato-grossense. Nosso foco é encontrar espécies capazes de resistir às mudanças climáticas e fortalecer as redes comunitárias que fazem da restauração uma fonte de renda e conservação ambiental”, explica Isabel Schmidt. Investimento em ciência e sustentabilidade O projeto tem duração de 36 meses e orçamento total de R$ 830 mil, dos quais R$ 110 mil são provenientes da FAPDF. O financiamento permitiu deslocamentos da equipe do Distrito Federal para a região amazônica, aquisição de insumos laboratoriais, coleta de sementes e análise de germinação e plântulas, pequenas plantas em estágio inicial de crescimento. A linha de apoio integra os esforços da fundação para estimular a pesquisa colaborativa entre estados e consolidar o papel do Distrito Federal na agenda de inovação e sustentabilidade nacional. “O apoio da FAPDF foi fundamental para que a equipe de Brasília pudesse atuar diretamente com as comunidades, garantindo o intercâmbio entre ciência e saber tradicional”, reforça Isabel Schmidt. "Apoiar projetos como este é investir em soluções sustentáveis que unem conhecimento local, inovação e conservação — pilares essenciais para o futuro do Cerrado e dos demais biomas do país" Leonardo Reisman, presidente da FAPDF Para o presidente da FAPDF, Leonardo Reisman, o projeto simboliza o compromisso da fundação com a ciência aplicada à sustentabilidade e à valorização dos povos da Amazônia: “A FAPDF acredita que a pesquisa científica deve dialogar com quem vive e protege o território. Apoiar projetos como este é investir em soluções sustentáveis que unem conhecimento local, inovação e conservação — pilares essenciais para o futuro do Cerrado e dos demais biomas do país. Cuidar da ciência é cuidar da vida: das florestas, das águas e do ar que respiramos. É pensar nas próximas gerações e na responsabilidade que temos com o futuro da humanidade”, afirmou Reisman. Sementes que guardam o futuro da floresta A pesquisa parte de uma realidade urgente: o avanço da degradação florestal no chamado Arco do Desmatamento, no norte do Mato Grosso, e a necessidade de restaurar as matas ciliares — faixas de vegetação nativa que protegem rios, lagos e nascentes — e outras áreas de preservação permanente. Para isso, o projeto investiga espécies nativas com potencial de adaptação a cenários climáticos futuros, usando abordagens científicas de ponta, como a modelagem de distribuição potencial de espécies (SDMs, do inglês Species Distribution Models), que indica as regiões onde cada espécie poderá sobreviver diante do aumento da temperatura e da redução das chuvas. As análises incluem atributos morfoanatômicos e ecofisiológicos das plantas — ou seja, características ligadas à estrutura das folhas e tecidos vegetais, à forma como realizam a fotossíntese e à capacidade de resistir à escassez de água. As sementes analisadas são coletadas pela Rede de Sementes do Portal da Amazônia (RSPA), cooperativa de agricultores familiares e organizações locais que atua na produção e comercialização de sementes florestais nativas. Oficina de trabalho junto a Rede de Sementes Portal da Amazônia (RSPA) em setembro de 2025 Durante o estudo, foram realizados testes de germinação e quebra de dormência em diferentes condições experimentais — em laboratório e em casa de vegetação — para identificar o desempenho das espécies e aprimorar técnicas de restauração ecológica. A quebra de dormência é um processo utilizado para “despertar” sementes que permanecem em repouso natural, mesmo em condições favoráveis ao crescimento. Por meio de técnicas controladas, como variações de temperatura, escarificação da casca ou imersão em água, os pesquisadores estimulam a germinação, reproduzindo os fatores que a planta encontraria na natureza. As análises também incluíram o acompanhamento do desenvolvimento das plântulas — pequenas plantas em estágio inicial de crescimento, que surgem logo após a germinação e antecedem a formação das mudas —, permitindo avaliar o vigor e o potencial de adaptação das espécies. Daniel Vieira: "As redes de sementes têm papel essencial na restauração ecológica, pois unem geração de renda e preservação ambiental" “As redes de sementes têm papel essencial na restauração ecológica, pois unem geração de renda e preservação ambiental. Nosso objetivo é oferecer subsídios científicos para que o trabalho dessas comunidades se torne ainda mais eficiente e sustentável”, destaca Daniel Vieira, pesquisador da Embrapa. O método de semeadura direta, que consiste em lançar as sementes diretamente no solo, é uma das principais apostas do grupo. Apesar de mais simples e de menor custo, ele exige rigor técnico para garantir a germinação e o estabelecimento das plantas, especialmente em ambientes com gramíneas exóticas invasoras, espécies de capins trazidas de outros países que se espalham rapidamente e competem com as plantas nativas por luz, água e nutrientes. Por isso, o projeto também testa novas técnicas de armazenamento, beneficiamento e germinação, buscando reduzir as perdas e aumentar a diversidade de espécies utilizadas. Restauração ecológica Além dos resultados científicos já alcançados, a pesquisa mantém foco na continuidade das ações e na disseminação do conhecimento. Com olhar voltado para o futuro, o projeto prevê a ampliação da base de dados na plataforma WebAmbiente, o maior repositório nacional de informações sobre espécies nativas mantido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e pela Embrapa. O estudo também contribui para a elaboração de um catálogo de espécies comercializadas pela Rede de Sementes do Portal da Amazônia O estudo também contribui para a elaboração de um catálogo de espécies comercializadas pela Rede de Sementes do Portal da Amazônia, com informações técnicas, imagens e dados de germinação que auxiliam coletores, restauradores e gestores ambientais. Essas informações fortalecem debates sobre políticas públicas de adaptação climática e restauração florestal, especialmente no âmbito do Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). [LEIA_TAMBEM]Ao articular ciência, conhecimento tradicional e gestão ambiental, o projeto busca consolidar um modelo sustentável de restauração ecológica, capaz de orientar decisões futuras e inspirar novas práticas voltadas à conservação e ao uso responsável da biodiversidade amazônica. Sobre a Amazônia +10 Lançada pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), a iniciativa Amazônia +10 é um programa nacional que fortalece a pesquisa científica voltada à sustentabilidade, conservação e valorização da Amazônia. O programa fomenta projetos interinstitucionais de grande escala, que unem diferentes fundações de amparo à pesquisa (FAPs) estaduais e promovem a cooperação entre universidades, centros de pesquisa e comunidades locais. Ao apoiar iniciativas integradas, a Amazônia +10 busca gerar soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável da região e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. *Com informações da FAPDF
Ler mais...
Conferência internacional no DF debate o papel dos museus da água na adaptação às mudanças climáticas
De 4 a 7 de novembro, Brasília será palco da 6ª Conferência Internacional da Rede Global de Museus da Água, que reunirá especialistas de mais de 40 países para discutir o papel dos museus e instituições culturais na promoção de novos usos da água e na construção de futuros mais resilientes. Sob o tema Adapting to Climate Change: The Role of Museums in Promoting New Water Uses for Resilient Futures, o encontro será realizado no Espaço Cultural Caesb, com organização da Adasa, em parceria com Unesco, Caesb e Global Network of Water Museums. A conferência faz parte do Programa Hidrológico Internacional da Unesco (IHP) e chega ao Brasil em um momento estratégico, às vésperas da COP 30, que ocorrerá em Belém (PA). O evento propõe integrar ações culturais, educacionais e científicas na resposta global à crise climática, com foco em governança participativa da água, educação ambiental e valorização do conhecimento tradicional e indígena. O evento terá abertura oficial dia 5 de novembro e contará com plenárias, mesas-redondas e atividades culturais, entre outras atrações | Foto: Divulgação/Adasa Para isso, contará com sessões plenárias, mesas-redondas, exposições de pôsteres e atividades culturais, abordando temas como educação para a sustentabilidade, patrimônio hídrico, tecnologias hídricas ancestrais e resiliência comunitária. Entre os participantes confirmados estão pesquisadores e representantes de instituições de Portugal, Índia e Holanda. Um dos destaques do encontro será a apresentação do Memorial Internacional da Água (Mina), concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer e atualmente em fase de implantação sob coordenação da Adasa. O memorial, que será construído em Brasília, foi idealizado para se tornar um espaço simbólico e educativo dedicado à valorização da água como patrimônio da humanidade, servindo também como referência internacional para a rede de museus da água das Nações Unidas. O projeto será apresentado em sessão especial pelos diretores da Adasa Rogério Rosso, Félix Palazzo e Apolinário Rebêlo, com participação do presidente da conferência, Eddy Moors. *Com informações da Adasa
Ler mais...
Espetáculo anual de escola no Paranoá é reconhecido como prática exitosa da rede pública
Na última quinta-feira (30/10), a Escola Classe 03 do Paranoá (EC 03) apresentou a peça teatral Peter & Wendy, atividade prevista no projeto “Entre raios e trovões, eis o furacão”. Reconhecida na rede pública de ensino do Distrito Federal, a iniciativa destaca-se por integrar arte, sustentabilidade e tecnologia no processo de ensino e aprendizagem. Apresentação fez parte de um projeto que une teatro, dança e literatura | Foto: Mary Leal/SEEDF “É um projeto que vem sendo desenvolvido desde fevereiro, em que trabalhamos com diversas disciplinas, como português, matemática, geografia, ciências e artes, unindo o conteúdo pedagógico à criatividade da literatura e das artes cênicas” Iara Vidal, professora “Sentimo-nos lisonjeados em ter o nosso projeto aprovado como prática exitosa”, afirmou a vice-diretora da escola, Noelia da Silva Souza. “Essa ação, idealizada pela professora Iara Vidal, faz parte do nosso PPP [projeto político-pedagógico], construído com a participação de pais, professores e servidores. É uma alegria ver que o nosso trabalho está fazendo a diferença.” Em sua segunda edição, a iniciativa reuniu diversas áreas do conhecimento e incentivou a leitura, o teatro, as artes e a dança. “É um projeto que vem sendo desenvolvido desde fevereiro, em que trabalhamos com diversas disciplinas, como português, matemática, geografia, ciências e artes, unindo o conteúdo pedagógico à criatividade da literatura e das artes cênicas”, resume a professora Iara. “O objetivo é construir o aprendizado de forma prazerosa, significativa e integrada à realidade dos estudantes”. Nas aulas de literatura, Iara criou a roda de leitura semanal, em que as crianças exploram livros e levam para casa uma “bolsa mágica” repleta de obras, registrando suas descobertas em cadernos de meia pauta. Já em ciências, a professora abordou o sistema solar de forma lúdica, relacionando o universo fantástico de Peter Pan com conceitos astronômicos. As turmas construíram maquetes e até uma mão biônica, inspirada no personagem Capitão Gancho, unindo sustentabilidade e tecnologia. O espetáculo A parte mais aguardada pelos estudantes, a peça teatral Peter & Wendy, foi preparada durante quatro meses de ensaios e contou com a participação de 30 atores, entre alunos do 2º e do 3º anos, e professores da escola. Durante as aulas de interpretação, dança e teatro, foram abordados temas como inclusão, amizade, cooperação, apoio aos colegas mais tímidos e a valorização de todos os papéis no processo artístico e educativo. [LEIA_TAMBEM]O estudante Pedro Miguel da Silva, de 9 anos, interpretou Peter Pan. Entre cenas cheias de movimento, ele aprendeu muito mais do que atuar. “O que eu mais gostei foi da parte das lutas”, relatou. “A gente passa por muitas aventuras, dança e aprende a perder o medo e a vergonha. Eu aprendi a atuar e interpretar. Também fiz novas amizades, comecei a conversar com colegas com quem eu não falava tanto antes, e isso foi muito legal”. Aylla Ferreira, 9, interpretou Wendy e destacou o quanto a leitura a ajudou a se preparar para o espetáculo: “O que eu mais gostei foi de desenvolver a leitura. Essa foi a minha primeira apresentação grande, de uma hora. Eu gostei muito. Eu aprendi a dançar, a atuar e até a cantar um pouquinho”. Chiara Moraes, 9, interpretou a fada Sininho. “O que eu mais gostei foi de dançar”, disse. “A Aylla e eu viramos amigas. Fiquei muito feliz por ter sido escolhida para ser a Sininho, que era a personagem que eu queria”. *Com informações da Secretaria de Educação
Ler mais...
Pavimentação em bloquetes leva mobilidade à comunidade de Boa Vista, na Fercal
A comunidade Boa Vista, na Fercal, tem se beneficiado com a obra de pavimentação em bloquetes na principal rua da região. Coordenado pela Administração Regional da Fercal, o trabalho está pavimentando mais de 1 km de via — cerca de 7 mil metros quadrados —, sendo executado em parceria com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF). Obas estão sendo executadas com material produzido na Fábrica Social de Pré-Moldados da Papuda | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília A pavimentação utiliza bloquetes de 16 faces, material ecologicamente correto que mantém a drenagem natural do solo e contribui para a sustentabilidade, evitando o acúmulo de água nas vias — problema que a população enfrenta durante o período de chuvas. A Fábrica Social, vinculada à Sedet-DF, é responsável pela confecção dos bloquetes, enquanto as empresas Ciplan e Pedreiras Contagem doaram materiais como cimento, pó de brita e expurgo. [LEIA_TAMBEM]“Os materiais utilizados são da Fábrica Social de Pré-moldados da Papuda, onde 40 detentos do regime semiaberto trabalham de forma rotativa na produção de peças como bloquetes e meios-fios”, detalha o titular da Sedet, Thales Mendes. “Para a Fercal, foram enviados meios-fios, além de bloquetes, que cobrem uma área de aproximadamente mil metros quadrados.” Além do conforto e da mobilidade, a iniciativa também tem caráter social, com 14 reeducandos da Funap-DF que participam diretamente dos trabalhos, supervisionados por servidores da administração local. “Essa obra representa mais do que apenas a pavimentação de uma rua”, ressalta a diretora-executiva da Funap-DF, Deuselita Martins. “É um exemplo de como a união entre o poder público e a iniciativa privada leva dignidade às comunidades e oferece oportunidade de trabalho e ressocialização aos reeducandos que participam dessa ação”. Por sua vez, o DER-DF oferece apoio logístico no transporte. “Estamos sempre prontos para ajudar a população, e este apoio solicitado pela Administração da Fercal é mais uma demonstração da unidade do poder público”, afirma o engenheiro Geraldo Jacinto, chefe do 2º Distrito Rodoviário, responsável pelo local. Valorização local Adão Santana, presidente da Associação Comunitária Rural da Boa Vista, comemora: “Esse trabalho está sendo bem-recebido por todos, porque traz melhorias, valorização dos terrenos e benefícios para o comércio” “São mais de 300 famílias beneficiadas e uma obra feita em parceria, com baixo custo para o governo” Fernando Madeira, administrador regional da Fercal Para o administrador regional da Fercal, Fernando Madeira, a pavimentação marca uma nova fase na região, com mais dignidade, mobilidade e oportunidade. “O projeto interfere diretamente na qualidade de vida dos moradores”, aponta. “São mais de 300 famílias beneficiadas e uma obra feita em parceria, com baixo custo para o governo”. Entre os moradores, a satisfação é visível. O aposentado Adão Silva Santana, presidente da Associação Comunitária Rural da Boa Vista, lembra-se das dificuldades antes das obras começarem: “No tempo da seca, sofríamos com a poeira; na época da chuva, era lama na porta de casa. Esse trabalho está sendo bem-recebido por todos, porque traz melhorias, valorização dos terrenos e benefícios para o comércio”. Morador da Boa Vista há 12 anos, Juan Pablo lembra: “A poeira era um grande problema, tanto para as casas quanto para os comércios, que ficavam muito sujos. Agora, com os bloquetes, a qualidade de vida melhora muito” O comerciante Juan Pablo, morador da região há 12 anos, reforça o impacto positivo: “A poeira era um grande problema, tanto para as casas quanto para os comércios, que ficavam muito sujos. Agora, com os bloquetes, a qualidade de vida melhora muito. Boa Vista está crescendo, e é importante o governo olhar com mais atenção para cá, como tem feito, porque a população aumentou, e a cidade precisa acompanhar esse desenvolvimento”.
Ler mais...
Escolas públicas do DF expõem projetos na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
Estimular o pensamento científico na escola é transformar a curiosidade natural dos estudantes em conhecimento aplicado, investindo na formação de protagonistas capazes de atuar de forma crítica e propor soluções inovadoras para os desafios do presente e do futuro. Entendendo a importância de promover a ciência no ambiente escolar, a Secretaria de Educação (SEEDF) realiza anualmente o Circuito de Ciências. Este ano, os projetos de destaque da etapa distrital, oriundos das 14 coordenações regionais de ensino, estão sendo apresentados ao público na 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). A exposição ocorre no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, até domingo (26); já a exibição dos trabalhos da rede pública de ensino vai até sexta-feira (24). Com a temática “Água para quê?”, o circuito propõe uma reflexão sobre a importância vital dos recursos hídricos para a vida no planeta, a regulação do clima e o desenvolvimento das comunidades. O objetivo é mobilizar a curiosidade dos estudantes da rede pública para a busca de soluções para problemáticas de relevância local e global. O projeto Detetives do Clima une a aprendizagem científica e pedagógica às discussões atuais sobre meio ambiente | Fotos: Felipe de Noronha/SEEDF A Escola Classe (EC) 303 de Samambaia, por exemplo, desenvolveu o projeto Detetives do Clima. A iniciativa partiu da observação dos próprios alunos do 4º ano do ensino fundamental sobre a diferença de temperatura entre a sala de aula e as áreas verdes da escola. “Costumo levá-los para um espaço com muito verde, e eles sempre comentam: 'Tia, podemos ficar aqui mais tempo? Aqui é tão fresquinho'”, contou a professora da turma, Izabelly Sant'Ana. A partir dessa curiosidade, a turma iniciou uma investigação científica. “Peguei um termômetro emprestado na cozinha e perguntei: 'O que será que está acontecendo?'. Comparamos uma sala sem nada em volta, uma com uma planta ao lado e outra próxima a uma área verde, e partimos daí para explicar conceitos como umidade e clima”, detalhou a docente. Segundo Izabelly, o projeto integrou múltiplas disciplinas. “Não damos uma resposta pronta. Incentivamos que os alunos fossem percebendo a diferença. Integramos conhecimentos de matemática, com a construção de gráficos; geografia, com a noção espacial e a posição do sol; e cidadania, que foi a culminância com a escrita de uma carta para a diretora, apresentando possíveis soluções”, explicou. Além de expor no próprio estande, os estudantes tiveram a oportunidade de explorar a feira como um todo “Com a agrofloresta da escola, percebemos que a água é muito importante, porque sem água não tem planta, e sem planta não tem como a gente viver”, afirma a estudante Emanuelly Pereira, de 10 anos. Água como ferramenta para o aprendizado A Escola Classe (EC) 314 Sul também marcou presença no evento nacional, demonstrando como a água pode ser uma ferramenta versátil para o aprendizado científico. O projeto da escola transformou o estande em um pequeno laboratório, onde os alunos-cientistas utilizavam a água como ponto de partida para explorar diferentes fenômenos físicos e químicos. O trabalho foi dividido em três experimentos principais: análise de condução elétrica na água, verificação de pureza e medição de pH. Os próprios estudantes revezavam-se para realizar as demonstrações ao vivo para os visitantes, explicando com clareza os conceitos científicos por trás de cada reação. Projeto da EC 314 Sul mostrou como a água pode ser o ponto de partida para vários experimentos químicos e físicos Uma das “cientistas”, Beatriz Meneguessi, de 11 anos, explicava com propriedade o teste de pH, que utiliza um indicador para verificar a potabilidade da água. “O experimento mostra a mudança de cor. Se a água ficar roxa com o indicador, quer dizer que o pH está bom e ela pode ser bebida”, demonstrou a aluna, aplicando o método científico na prática para o público. Construindo o futuro [LEIA_TAMBEM]Projetos como os da EC 303 Samambaia e da EC 314 Sul provam que a ciência começa na observação do cotidiano, e que investir nessa curiosidade é preparar os estudantes para serem protagonistas, capazes de analisar, questionar e propor soluções inovadoras para os desafios da sociedade. A participação das escolas no Circuito de Ciências e na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia reforça o compromisso da SEEDF com a formação integral. Ao incentivar a iniciação científica desde os anos iniciais, a rede pública de ensino não apenas expõe trabalhos, mas cultiva mentes curiosas e com pensamento crítico, essenciais para o futuro. *Com informações da Secretaria de Educação
Ler mais...
DF participa da COP 30 como referência nacional em sustentabilidade e proteção ao Cerrado
O Distrito Federal está se preparando para marcar presença na COP (Conference of the Parties) 30, em Belém (PA), com resultados concretos que colocam a capital do país no mapa da sustentabilidade nacional. O DF chega ao encontro climático mundial com números que impressionam: redução de 95% no desmatamento do Cerrado em 2024, queda de 66,9% nas áreas queimadas e uma matriz energética cada vez mais limpa e solar. Plano de combate a incêndios florestais reduziu em quase 70% as queimadas entre 2022 e 2024 | Foto: Divulgação A participação do governo local no maior evento climático do planeta não é casual. Representa o amadurecimento de uma política ambiental estruturada, que combina inovação tecnológica, engajamento social e compromisso real com a descarbonização. E vem em um momento estratégico: quando os holofotes globais se voltam para o Brasil, o DF mostra que é possível avançar na agenda verde sem abrir mão do desenvolvimento. “Estamos provando que é possível reduzir drasticamente o desmatamento, investir em energia limpa e modernizar a gestão ambiental com inteligência e tecnologia” Celina Leão, vice-governadora “O Distrito Federal tem demonstrado que sustentabilidade não é apenas discurso, é ação concreta”, reforça a vice-governadora Celina Leão. “Estamos provando que é possível reduzir drasticamente o desmatamento, investir em energia limpa e modernizar a gestão ambiental com inteligência e tecnologia. Na COP 30, vamos mostrar ao mundo que o Cerrado também é protagonista da agenda climática”. Cerrado protegido O dado mais emblemático vem do coração da missão ambiental do DF: a proteção do Cerrado. Em 2024, o desmatamento do bioma caiu de 638 hectares para apenas 31 hectares — uma redução de 95%, a maior entre todas as unidades federativas do Brasil, segundo o MapBiomas. É um resultado que coloca o Distrito Federal como exemplo nacional de como a tecnologia e a fiscalização podem andar juntas. O segredo? O Sistema Distrital de Informações Ambientais (Sisdia), que integra alertas de desmatamento, imagens de satélite e dados geoespaciais em tempo real. Com 74 indicadores ambientais e mais de 144 mil acessos em 2024, o Sisdia se tornou a espinha dorsal da gestão territorial do DF, permitindo que equipes de fiscalização ajam rapidamente diante de qualquer ameaça ao bioma. “Investimos em inteligência ambiental”, afirma o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. “O Sisdia nos dá olhos sobre todo o território e capacidade de resposta imediata. Isso, aliado ao trabalho incansável das nossas equipes de fiscalização e ao fortalecimento das brigadas, resultou nessa conquista histórica. É a prova de que tecnologia e compromisso fazem a diferença.” Fogo controlado, carbono preservado Outro pilar da estratégia ambiental do DF é o Programa de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif). Com a ampliação do contingente de brigadistas e investimentos em infraestrutura, o programa conseguiu reduzir em 66,9% as áreas queimadas entre 2022 e 2024. A ação tem impacto direto no Plano Carbono Neutro do DF, preservando estoques de carbono florestal e protegendo ecossistemas essenciais para a regulação climática. O Ppcif também conta com inteligência artificial: o projeto Sem Fogo monitora pontos estratégicos com tecnologia de ponta, permitindo a identificação precoce de focos de incêndio e ação preventiva. É a combinação de pessoas, tecnologia e gestão que tem feito a diferença na proteção do Cerrado. Energia solar A transição energética é outra frente de destaque. A inauguração da primeira usina pública de geração fotovoltaica, em Águas Claras, é apenas o começo. Com investimento de R$ 4,1 milhões, a usina abastece 80 prédios públicos, incluindo dez escolas, com energia limpa e renovável. E há mais por vir: projetos em andamento para o Supremo Tribunal Federal (STF), o Aeroporto de Brasília e 400 escolas públicas devem adicionar mais de 16 MWp de capacidade solar ao sistema. Estações de Guariroba e Samambaia Sul do Metrô-DF operam com 100% de energia solar A infraestrutura LED também avança: 60% das vias do DF já contam com iluminação eficiente, gerando economia de 44.760 MWh por ano e evitando a emissão de 2.400 toneladas de dióxido de carbono. No Metrô, as estações Guariroba e Samambaia Sul já operam com 100% de energia solar, um exemplo de mobilidade sustentável na prática. Conexão ecológica Preservar não é apenas evitar danos, é também restaurar. O Dia de Plantar, instituído em 2023, já promoveu o plantio de 30 mil mudas nativas do Cerrado em ações conjuntas com a sociedade civil. Para 2025, o programa hídrico prevê a reforma de bacias hidrográficas e a recuperação de 100 hectares na Bacia do Melchior, investimento direto na segurança hídrica e na conectividade ecológica do território. R$ 57 mihões Total de receitas gerado em trabalhos do Complexo Integrado de Reciclagem em 2024 A portaria conjunta entre a Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) e o Instituto Brasília Ambiental avança na definição de corredores ecológicos, garantindo que a fauna e a flora do Cerrado tenham espaço para se movimentar e se reproduzir. É a ciência a serviço da vida, conectando fragmentos de vegetação e fortalecendo a resiliência dos ecossistemas. A economia circular também ganha força no DF. O Complexo Integrado de Reciclagem (CIR) recebeu mais de 9.800 toneladas de resíduos em 2024, envolvendo 35 cooperativas contratadas pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e gerando R$ 57,4 milhões em receitas. A logística reversa foi ampliada para 170 pontos de entrega voluntária (PEVs), e a coleta domiciliar de eletroeletrônicos se expande pela capital. A regulamentação da Lei de Compostagem Orgânica e o desenvolvimento de um módulo especialista no Sisdia para monitoramento de resíduos em tempo real completam o pacote de ações que transformam lixo em oportunidade, reduzem emissões e fortalecem cooperativas locais. Compromisso com o planeta Ao lado dos demais estados do Consórcio Brasil Central, o DF levará a Belém a mensagem de que o Cerrado é tão vital quanto a Amazônia para o equilíbrio climático do Brasil e do mundo. Berço das águas, o bioma sustenta nascentes, garante o abastecimento hídrico de regiões inteiras e abriga biodiversidade única. “A COP 30 é a oportunidade de mostrar que o Brasil está fazendo sua lição de casa”, pontua Celina Leão. “E o Distrito Federal é prova disso. Estamos reduzindo emissões, protegendo nossa biodiversidade, investindo em energia limpa e, principalmente, engajando nossa população nessa jornada. O Cerrado merece estar no centro da discussão climática, e o DF vai garantir que ele seja ouvido”. [LEIA_TAMBEM]Com um portfólio robusto de ações e resultados mensuráveis, o Distrito Federal vai à COP para participar, inspirar, compartilhar experiências e mostrar que a transformação ambiental já começou. A COP 30 A 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima reunirá líderes mundiais, cientistas, sociedade civil e governos locais para debater ações globais frente à crise climática e reforçar a implementação do Acordo de Paris. Organizada pelo Consórcio Brasil Central, que reúne DF, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins, a COP Cerrados destaca a importância do bioma na agenda climática e sua conexão vital com a segurança hídrica e a biodiversidade brasileira. *Com informações da Sema-DF
Ler mais...