Projeto para monitorar grandes mamíferos mapeou 32 espécies no DF desde 2014
O Cerrado é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do país. Em mamíferos, por exemplo, das 650 espécies presentes no Brasil, 194 têm ocorrência por aqui, o que nos deixa atrás apenas da Amazônia e da Mata Atlântica. O Projeto de Monitoramento de Médios e Grandes Mamíferos Silvestres, iniciativa do Instituto Brasília Ambiental, tem, entre outras coisas, o objetivo de mapear e entender o comportamento dos animais | Fotos: Reprodução de monitoramento do Brasília Ambiental Preservar essas espécies é uma tarefa árdua que depende, entre outras coisas, de mapear e entender o comportamento dos animais. Foi com esse intuito que nasceu o Projeto de Monitoramento de Médios e Grandes Mamíferos Silvestres, iniciativa do Instituto Brasília Ambiental, que completa 10 anos em 2024. Tudo teve início com relatos da presença de uma onça-pintada na Estação Ecológica de Águas Emendadas, em Planaltina. O Brasília Ambiental, então, começou o monitoramento e, em 9 de outubro de 2014, fez o primeiro registro oficial da espécie nos limites do Distrito Federal. Animais como tamanduá-bandeira, anta e lobo-guará, flagrados por meio de armadilhas fotográficas, estão entre dez espécies vulneráveis à extinção Desde então, outras 32 espécies, sendo dez vulneráveis à extinção, como tamanduá-bandeira, anta e lobo-guará, foram flagradas por meio de armadilhas fotográficas. Inicialmente restrito à Estação Ecológica de Águas Emendadas, o projeto foi levado também a outras duas unidades de conservação, o Parque Ecológico dos Pequizeiros e a Área de Proteção Ambiental de Cafuringa, graças a uma parceria com a ONG Jaguaracambé, firmada em fevereiro deste ano. “A gente entende que esse é um estudo que deve ser contínuo ao longo do tempo e que ele deve perdurar até a gente conseguir entender a distribuição das espécies no território do DF, bem como identificar os caminhos que elas percorrem entre as unidades de conservação, porque elas não ficam restritas só a um lugar”, afirma Marina Motta, servidora da Gerência de Fauna do Brasília Ambiental e responsável pelo projeto. Marina explica, ainda, que as armadilhas fotográficas contam com bateria e sensor de movimento que faz com que elas capturem uma imagem toda vez que um animal passar pela frente. Hoje, são cerca de 20 espalhadas pelo DF. Os materiais são recolhidos mensalmente. Além de ajudar a fomentar as políticas do Brasília Ambiental, os dados têm servido de base para pesquisas acadêmicas sobre a fauna do Cerrado. “A armadilha fotográfica comprova que a vida existe. A partir daí, a gente vê qual atitude deve tomar para que ela possa se proliferar”, aponta o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. “Esses animais são vulneráveis demais. Eles sofrem muito com atropelamentos, com a caça predatória, e isso nos preocupa muito. Por isso a importância desse trabalho de monitoramento”, acrescenta. Os mamíferos têm papel chave na manutenção do equilíbrio da biodiversidade. Enquanto os carnívoros controlam a densidade de suas presas, os herbívoros agem sobre a flora, no consumo de frutas e consequente dispersão de sementes.
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Equipe do Brasília Ambiental socorre tamanduá-bandeira atropelado
Uma equipe do Instituto Brasília Ambiental foi chamada pelo Corpo de Bombeiros, na manhã desta terça-feira (18), para socorrer um tamanduá-bandeira fêmea com graves ferimentos. O animal foi encontrado por um caminhoneiro na rodovia Presidente Juscelino Kubitschek, estrada que liga as cidades goianas Formosa e Posse. Foi transportado por um tempo no caminhão e repassado para o carro do Corpo de Bombeiros na mesma estrada. Fiscais do Brasília Ambiental cuidam do tamanduá-bandeira, que foi levado ao Hospital de Animais Silvestres do Zoológico de Brasília | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O local onde o animal foi atropelado fica próximo à Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae) e a Reserva Ecológica do Exército, dois espaços ecológicos nos quais há considerável movimentação de animais silvestres. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os servidores da Gerência de Fauna Silvestre da autarquia supõem que o tamanduá tenha sido atropelado por um carro de grande porte, devido à quantidade e gravidade dos ferimentos. “Temíamos que ele não chegasse vivo ao Hospital de Animais Silvestres do Zoológico de Brasília, para onde o levamos”, conta o analista de Políticas Públicas, Igor Fagundes Perfeito, integrante da equipe socorrista. O tamanduá foi prontamente atendido no Zoológico e está em estado de observação, porém sua situação é grave. A fêmea é de grande porte, com cerca de dois metros, incluindo a cauda. Caso sobreviva, é provável que seja mantida no próprio Zoológico ou em algum outro espaço de cativeiro. “Por ser cega de um olho, e depois das muitas fraturas, causadas pelo atropelamento, que devem deixar sequelas, ficará muito vulnerável se for devolvida à natureza”, considera Igor. *Com informações do Brasília Ambiental
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Origamis para proteger animais ameaçados de extinção
Na manhã desta quinta-feira (19), o Brasília Ambiental lançou o livro Cerrado dobrado. A contém instruções de como fazer origamis (dobraduras) de 11 animais ameaçados de extinção: borboleta-ribeirinha, bugio, cachorro-vinagre, lobo-guará, morceguinho-do-cerrado, onça-pintada, pato-mergulhão, pirá-brasília, perereca-de-folhagem-com-perna-reticulada, tamanduá-bandeira e galito. A publicação, que estará disponível nas versões impressa e PDF (baixe-a aqui), é destinada a um público de todas as idades. Dobradura é a tradução da palavra japonesa origami, que significa, literalmente, “dobrar papel”. Quando o papel foi inventado na China, no início do século 2, as dobraduras começaram a existir sempre tendo como inspiração a natureza, em especial a fauna. “O livro foi pensado para divertir e ao mesmo tempo ensinar educação ambiental”, explica o chefe da Unidade de Educação Ambiental do Brasília Ambiental, Marcus Paredes. Durante o lançamento, os servidores do Brasília Ambiental receberam um brinde corporativo contendo o livro Cerrado dobrado, calendário de 2020 e um bloco de notas. * Com informações do Brasília Ambiental
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