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Da nascente ao copo: Como o DF garante água de qualidade desde a captação até as casas

A segunda parte do especial da Agência Brasília que explora como é feito o saneamento básico no Distrito Federal detalha o processo rigoroso de monitoramento e controle da qualidade da água realizado pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), tudo para que o abastecimento potável chegue às casas dos brasilienses. Com o processo de tratamento, a água chega ao consumidor com baixíssima turbidez, sem cor, sem gosto e sem cheiro, dentro de todos os parâmetros de potabilidade | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O Distrito Federal é referência em saneamento básico do país, com 99% das residências abastecidas com água de boa qualidade para consumo. Esse índice é o mais próximo da meta do novo Marco Legal do Saneamento Básico, lei federal que prevê que 99% da população deve ser coberta com abastecimento de água até 2033. Antes de a água chegar à sua torneira, a Caesb monitora a qualidade em todas as etapas: desde a captação da água bruta, passando pelo tratamento, até a distribuição, quando ela chega às casas das pessoas. Esses procedimentos asseguram que a água distribuída atenda aos mais altos padrões de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A gerente do Laboratório Central da Caesb, Alessandra Momesso, explica que o laboratório monitora a água bruta, antes de ser tratada, para verificar se está em condições de ser tratada com eficiência; a água tratada na rede de distribuição, para garantir que chegue com qualidade até o cliente final; e os efluentes, tanto na entrada das estações de tratamento de esgoto (ETE) quanto na saída, quando são devolvidos aos corpos-d’água. “A gente monitora desde parâmetros básicos, como pH, cor, turbidez e cloro residual, os mais visíveis e perceptíveis pela população, mas também fazemos análises microbiológicas, para garantir que a água esteja livre de microrganismos patogênicos”, explica Alessandra. Além disso, também é feita análise mais complexa, como cromatografia, para detectar agrotóxicos e o monitoramento de metais pesados, como alumínio, chumbo, zinco e cobre. “Essas análises são feitas tanto na água bruta quanto na tratada, seguindo o que determina a portaria do Ministério da Saúde, que exige esse tipo de monitoramento semestralmente”. Por conta do cuidado e do processo de tratamento, a água chega ao consumidor com baixíssima turbidez, sem cor, sem gosto e sem cheiro. Além disso, essa água tratada não contém contaminantes como agrotóxicos ou metais pesados e está dentro de todos os parâmetros de potabilidade. O biólogo Bruno Batista, que coordena o Laboratório de Análises Biológicas e Limnológicas da Caesb, ressalta que o local possui reconhecimento em nível internacional e que os processos de análise são avaliados periodicamente pela Coordenação Geral de Acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (CGCRE-Inmetro). Além disso, os resultados das análises são submetidos aos órgãos de controle e fiscalização, como a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) e o Instituto Brasília Ambiental. A água do Lago Paranoá é monitorada semanalmente por meio da coleta de amostras em 10 pontos | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Ao todo, o Distrito Federal possui 12 estações de tratamento de água (ETAs), com capacidades variadas. “O tempo que leva da captação até a distribuição depende muito da distância entre o manancial e a ETA. Por exemplo, se a captação fica a 400 metros da estação, o processo é mais rápido. Mas há casos, como Santa Maria ou Ribeirão Pipiripau, onde a distância entre a captação e a ETA é mais longa. Nesses casos, o transporte da água até o início do tratamento leva mais tempo”, explica a coordenadora do Sistema de Produção de Água da Caesb, Cláudia Simões. [LEIA_TAMBEM]Segundo ela, esse controle é feito com base na população atendida. Por exemplo, na ETA de Brazlândia, que atende 62 mil pessoas, há um número específico de pontos de coleta que precisam ser monitorados regularmente. Para isso, o Laboratório Central verifica parâmetros como orgânicos, agrotóxicos e outros que não são detectados na estação, para garantir que a qualidade da água continue adequada até a casa do consumidor. O laboratório também atua como auditor das ETAs: faz análises na saída do tratamento e na rede com o intuito de conferir se tudo está de acordo. No último ano, 99,47% dos resultados atenderam aos padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A Caesb realizou 35.429 ensaios de água distribuída em 2024. Entre eles, foram coletadas, em média, 590 amostras por mês em 400 pontos dos sistemas de distribuição, com cerca de 3 mil análises por mês no total. De 2019 a 2024, a Caesb investiu R$ 1 bilhão na ampliação e modernização dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Para 2025, a companhia pretende intensificar ainda mais esses aportes, dentro de um plano que prevê investimentos de R$ 3,2 bilhões em obras até 2029. As melhorias se concentram em três frentes principais: redução de perdas de água, setorização do fornecimento de água e conversão de gás metano em energia. Programa de balneabilidade do Lago Paranoá “Além do monitoramento semanal, uma vez por mês, fazemos uma coleta completa de barco, passando por 30 pontos diferentes do lago”, diz a gerente do Laboratório Central da Caesb, Alessandra Momesso | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A água do Lago Paranoá é monitorada o ano todo. Esse trabalho é feito pelos técnicos do Laboratório Central da Caesb, que, toda semana, coletam amostras de água recolhidas em dez pontos de pesquisa, distribuídos em torno dos 48 quilômetros quadrados abrangidos pelo lago. Dois tipos de testes são feitos: um para medir o pH (grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade da água) e outro para aferir a quantidade de coliformes fecais (bactéria Escherichia coli) e de algas. O controle segue os critérios definidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que estabelece as condições para que uma água seja considerada própria para banho. Os resultados são divulgados em mapas no site da Caesb, indicando os pontos balneáveis da semana. A população pode consultar antes de usar o lago para atividades recreativas. “Além do monitoramento semanal, uma vez por mês, fazemos uma coleta completa de barco, passando por 30 pontos diferentes do lago. Esse estudo é parte do monitoramento limnológico, que avalia o nível de trofia do lago, ou seja, a tendência a desenvolver vegetações aquáticas como algas e macrófitas”, explica Alessandra Momesso. Segundo ela, é importante monitorar a entrada de nutrientes, especialmente o fósforo, pois o excesso pode causar proliferação de plantas e prejudicar o ecossistema, e quando é identificado o aumento desses níveis, adotam ações de controle, como remoção de macrófitas com embarcações especiais. Alerta à população Se for detectado algum problema grave de contaminação, a Caesb age imediatamente junto à área de comunicação, para informar a população por meio de avisos públicos. Há também atenção redobrada com áreas próximas às estações de esgoto, onde ainda pode haver zonas de mistura. Por isso, não é recomendado o banho próximo a essas áreas, mesmo que o esgoto tratado esteja dentro dos padrões legais.

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Fórum Permanente de Educação Ambiental marca o Dia Nacional do Cerrado

No Dia Nacional do Cerrado, celebrado nesta quarta-feira (11), e em consonância com as recentes discussões promovidas sobre as mudanças climáticas enfrentadas no mundo, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), por meio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), realizou o 6º Fórum Permanente de Educação Ambiental. O evento, que teve como tema principal Tecnologias e Inteligência Artificial para a Sustentabilidade, reuniu especialistas e professores para discutir novas abordagens pedagógicas e práticas sustentáveis. O 6º Fórum Permanente de Educação Ambiental incentivou professores a incorporar tecnologias e práticas ambientais às aulas | Fotos: Mary Leal/ SEEDF A programação do fórum incluiu palestras e oficinas sobre agroecologia e metodologias pedagógicas voltadas para a sustentabilidade, com o objetivo de capacitar professores para incorporar tecnologias e práticas ambientais em suas aulas. Além disso, foi apresentado o programa Ibama de Portas Abertas, que visa ampliar a interação entre instituições de ensino e práticas de preservação ambiental. O fórum foi realizado no auditório PrevFogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na Asa Norte. A solenidade de abertura contou com a participação da secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, do coordenador geral do Centro Nacional de Educação Ambiental do Ibama, Vladimir Andrade Nóbrega, e do palestrante e engenheiro agrônomo da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF), Athaualpa Nazareth. “Esperamos que a colaboração e as discussões de hoje inspirem práticas inovadoras nas escolas” Vladimir Andrade Nóbrega, coordenador geral do Centro Nacional de Educação Ambiental do Ibama A secretária de Educação ressaltou a importância do uso das tecnologias para o fortalecimento das políticas públicas e aprendizagem nas escolas. “Este fórum é uma oportunidade valiosa para discutir práticas e projetos de educação ambiental, além de explorar como as tecnologias e a inteligência artificial podem ser aliadas na proteção ambiental, especialmente do bioma Cerrado”, afirmou Hélvia Paranaguá.  Representando o Ibama, Vladimir destacou o papel das tecnologias no enfrentamento dos desafios ambientais. “A parceria com a Secretaria de Educação e a realização deste fórum são cruciais para integrar novas tecnologias ao ensino ambiental. Esperamos que a colaboração e as discussões de hoje inspirem práticas inovadoras nas escolas”, pontuou. “Este fórum é uma oportunidade valiosa para discutir práticas e projetos de educação ambiental”, ressaltou a secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá Palestras e oficinas O fórum proporcionou um espaço para o desenvolvimento e a implementação de estratégias educacionais de proteção e valorização do bioma Cerrado. O engenheiro agrônomo Athaualpa Nazareth, ministrou uma palestra sobre agroecologia e a revolução dos sistemas agroalimentares. “A agroecologia é um conceito que muitas vezes parece restrito ao meio rural, mas tem um impacto direto na vida urbana. Quando falamos de agroecologia, não estamos apenas pensando nos produtores que trabalham no campo, mas também em como isso influencia a nossa alimentação nas cidades”, explicou Nazareth.  O professor do Centro Educacional (CED) Agrourbano Ipê do Riacho Fundo II, Leonardo Hatano, participou do fórum e explicou que aplica os conceitos de agroecologia em sala de aula, envolvendo os alunos em práticas como o uso de bolas de semente para recuperar áreas degradadas.  “Realizamos um evento há alguns anos onde testamos a germinação das sementes lançadas em uma área degradada, promovendo a recuperação do solo. Tudo isso faz parte do nosso dia a dia no agrourbano”, explicou o professor. O professor Leonardo Hatano participou do fórum e explicou que aplica os conceitos de agroecologia em sala de aula, envolvendo os alunos em práticas como o uso de bolas de semente para recuperar áreas degradadas O evento contou ainda com quatro oficinas: • Espaço verde em sala de aula é possível – Ministrada pela professora Iris Almeida, que ensinou a transformar materiais recicláveis em ferramentas educacionais para a criação de hortas e minhocários dentro da sala de aula. • Bombas de Sementes – Ministrada pelo professor do CED Agrourbano Ipê do Riacho Fundo II, Leonardo Hatano, que ensinou os educadores a confeccionar bombas de sementes de argila e húmus, usadas para reverter a degradação ambiental em áreas afetadas. • Geotecnologias como ferramenta pedagógica para prevenção de incêndio florestais – Ministrada pelos servidores do Ibama Elisa Sette e Leonardo Bruno, a oficina teve como base o uso de tecnologias de monitoramento ambiental em sala de aula. • Uso de aeronaves tripuladas e não tripuladas nas atividades do Ibama – Ministrada por servidores do órgão, que destacaram o uso de drones e outras tecnologias no monitoramento e gestão ambiental. *Com informações da Secretaria de Educação

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Novas tecnologias de segurança pública são apresentadas no Sebrae Inova

Pela primeira vez, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) participa do Sebrae Inova, que começou na quinta-feira (5) e termina neste sábado (7) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Na edição 2023, a SSP-DF e forças de segurança apresentam as tecnologias implementadas nos últimos anos para a redução da criminalidade e melhor prestação de serviço à população, entre elas a próxima a ser implantada na segunda-feira (9), o SinespCAD. As forças de segurança do DF estão presentes no Sebrae Inova, realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães até sábado (7) | Foto: Divulgação/SSP-DF A participação no evento ocorre por meio da Subsecretaria de Modernização Tecnológica (SMT), responsável por manter o intercâmbio de informações com órgãos da área para o aprimoramento de suas atividades. A abertura ocorreu na noite de quinta (5) com a participação do secretário-executivo da SSP-DF, Alexandre Patury, do secretário-executivo de Gestão Integrada, Bilmar Angelis de Almeida, e da delegada Regilene Siqueira. A SSP-DF apresenta na feira o Programa de Videomonitoramento Urbano (PVU), que atualmente conta com cerca de mil câmeras distribuídas pelo Distrito Federal: a Central de Atendimento e Despacho do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (SinespCAD), uma solução de suporte a serviços públicos emergenciais e projetos de proteção à mulher, permitindo a integração ainda mais eficiente do atendimento de forças de segurança pública e outros órgãos. As câmeras são instrumentos essenciais para o acompanhamento de ocorrências e para o aprimoramento na alocação de policiamento de maneira mais eficiente e estratégica. As imagens são transmitidas em tempo real para o Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob). A alta resolução do sistema de imagens auxilia no acompanhamento de acidentes de trânsito, apoiando as ações para melhoria da mobilidade na capital e do atendimento emergencial realizado pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF). Tecnologias como o Dispositivo de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP) são apresentadas ao público do Sebrae Inova 2023 A tecnologia também auxilia as forças de segurança do DF no combate à violência contra a mulher. No âmbito da SSP, o Viva Flor e o Dispositivo de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP) são medidas cautelares de monitoramento eletrônico acompanhadas pela Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas, por meio do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob). Ambos os programas possibilitam o acionamento remoto de socorro para as mulheres vítimas de violência que registraram ocorrências contra agressores. Todos esses procedimentos e tecnologias, implantados em conjunto, propõem a potencialização da gestão de recursos e a diminuição no tempo de resposta, melhorando o planejamento operacional de todas as equipes de profissionais da segurança pública do DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Nosso objetivo é repensar equipamentos que possam aprimorar as operações das nossas forças, mantendo sempre uma forte ligação com o futuro por meio de abordagens tecnológicas avançadas, promovendo constantemente a inovação digital”, afirmou Alexandre Patury. Combate a incêndios O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal está presente no evento com exposição de detectores de gás a kits de calibração, usados para verificar as condições do local do incêndio e agilizar a avaliação das equipes durante o atendimento de ocorrências. O equipamento realiza uma varredura, identificando possíveis gases nocivos ou não, no ambiente, proporcionando um melhor direcionamento da ação e do tipo de trabalho que o bombeiro deverá executar durante a ação. Detran Digital Na feira do Sebrae Inova 2023, o Departamento de Trânsito do DF apresenta o Detran Digital, uma ferramenta que traz soluções tecnológicas para facilitar o acesso do cidadão aos serviços da autarquia, pelo smartphone. O objetivo é inovar no atendimento ao público. Através do app é possível realizar consultas gerais sobre veículos, solicitar inclusão de gravame, transferência de propriedade, iniciar processo da primeira CNH, consultar empresas credenciadas e infrações, agendar serviços, entre outros. *Com informações da SSP-DF

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Caderno de inovações na agropecuária já está disponível para consulta

Já se encontra disponível, tanto para consulta quanto para ser baixada, o Caderno de Inovações Tecnológicas 2023, documento que a Emater-DF divulga em seus circuitos tecnológicos durante a AgroBrasília 2023, que acontece até sábado (27), no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, PAD-DF, área rural do Distrito Federal. Foto: Divulgação/Emater-DF “Com o avanço das tecnologias desenvolvidas na agropecuária, é possível oferecer soluções aos agricultores para produzir mais e com maior qualidade, sem a necessidade de expansão da terra”, resume o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para esta edição, foram selecionadas seis tecnologias: uso de alimentos fermentados na aquicultura, boas práticas para agregar valor à produção de ovos caipiras, um modelo de reforma de pastagem com consórcio de milho e braquiária, a produção de flores associada ao turismo rural, informações básicas do cultivo de açaí de terra-firme e um estudo de caso de plantio de mandioca com uso de cobertura morta. O espaço da Emater-DF traz ainda outras inovações e propostas produtivas para a agricultura familiar. Neste ano, a empresa leva à feira sete circuitos tecnológicos nas cadeias produtivas de olericultura, bovinocultura, floricultura, saneamento rural e segurança alimentar e nutricional, além do Galpão do Produtor, onde são comercializados produtos da agricultura familiar. Baixe aqui gratuitamente o Caderno de Inovações Tecnológicas 2023.  *Com informações da Emater-DF

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Congresso apresenta uso de tecnologias no tratamento de crianças

O uso de recursos tecnológicos aplicados ao atendimento pediátrico marcou o quarto dia do Congresso Internacional da Criança com Condições Complexas de Saúde. Os participantes da mesa-redonda Tecnologias e a Cura compartilharam, nesta quinta-feira (27), experiências vividas nas instituições onde atuam. O médico Jorge Bezerra, do Cincinatti Children’s Hospital Medical Center (Ohio, EUA), iniciou a programação vespertina com uma palestra sobre organoides humanos em sistemas modelo. O especialista explicou que os organoides – espécie de minitecidos humanos obtidos de forma laboratorial – “podem ser usados para estudar doenças complexas, medir a toxicidade do tratamento e fazer uma medicina individualizada”. Durante o congresso, foram apresentadas as tecnologias de ponta usadas pelo Hospital da Criança de Brasília, que faz exames de diagnóstico de leucemia em nível molecular | Foto: Renato Alves/Agência Brasília O médico Roque Carmona apresentou as iniciativas do Hospital Sant Joan de Déu, de Barcelona, no tratamento da diabetes tipo 1. Acompanhando mais de 700 crianças e adolescentes com a doença, o hospital espanhol criou uma plataforma para monitorar os dados dos pacientes. O algoritmo orienta a equipe quanto à conduta que precisa ser adotada para cada criança, indicando quais precisam ser atendidas a distância e quais precisam de uma consulta emergencial. Carmona explicou que a implementação da plataforma exigiu bastante, tanto da equipe clínica quanto do setor de tecnologia da informação, mas que os resultados foram positivos: “Reduzimos os custos médicos, o número de consultas ao vivo e as visitas à emergência”. [Olho texto=”Exames tradicionalmente vistos em escala de cinza, por exemplo, podem ser beneficiados pela inteligência artificial para que os resultados, ao se tornarem coloridos, facilitem a identificação de lesões” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Também do Hospital Sant Joan de Déu, o radiologista Josep Munuera falou sobre como “as imagens são um componente chave na medicina personalizada”. Ele apresentou o trabalho do hospital espanhol na criação de um banco de imagens médicas que permite a análise quantitativa de dados, trazendo impacto positivo para os tratamentos. Munuera explicou como as novas tecnologias podem ajudar os profissionais de saúde: exames tradicionalmente vistos em escala de cinza, por exemplo, podem ser beneficiados pela inteligência artificial para que os resultados, ao se tornarem coloridos, facilitem a identificação de lesões. As experiências do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) também foram apresentadas. O biólogo Ricardo Camargo, supervisor do Laboratório de Pesquisa Translacional do HCB, expôs casos clínicos e falou sobre as tecnologias de ponta usadas pelo hospital, que faz exames de diagnóstico de leucemia em nível molecular. Ele explicou que o HCB caminha para a medicina de precisão, buscando novas metodologias. “Rumo ao sequenciamento de genes de nova geração, buscamos para nosso laboratório de pesquisa métodos que permitem fluidez”, afirmou. A modernização não implica, porém, abandonar métodos anteriores, explicou: “Cariótipo e PCR ainda são utilizados. Utilizamos essas metodologias que são mais tradicionais e acessíveis e ainda resolvem bastante coisa”. Jac Fressato contou como a experiência com questões de saúde da própria filha o inspirou a criar a robô Laura, primeira plataforma de inteligência artificial gerenciadora de risco do mundo | Foto: Divulgação/HCB A oncologista do HCB Simone Franco apresentou o histórico dos transplantes de medula óssea realizados pelo hospital: de 2019 a 2022, foram 56 transplantes com medula retirada da própria criança. Em 2022, ano em que o hospital iniciou os transplantes com medula de doador, foram realizados 19 transplantes em que a doação foi feita por parentes do paciente. Durante a mesa-redonda, a imunologista do HCB Fabíola Scancetti ressaltou a trajetória da equipe – que, além do tratamento individualizado, tem grande dedicação ao ensino e à pesquisa – e destacou que os profissionais envolvidos no atendimento configuram “tecnologias poderosas” a serviço das crianças. “Quando associamos o cuidado central no paciente com a atenção interdisciplinar, temos uma receita para o sucesso”, disse. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A médica Irene Kazue Miura, do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, abordou os desafios no cuidado de crianças submetidas a transplantes hepáticos. Com casos clínicos e estatísticas, ela explicitou intercorrências pelas quais os pacientes podem passar. “A cirurgia, em si, é a ponta do iceberg. Tem uma gama de complicações que podem acontecer”, alertou. Composta principalmente por médicos, a mesa-redonda teve ainda uma abordagem da tecnologia sob o ponto de vista de um usuário dos serviços de saúde. Jac Fressato, fundador do Instituto Laura, contou como a experiência com questões de saúde da própria filha o inspirou a criar a robô Laura, primeira plataforma de inteligência artificial gerenciadora de risco do mundo. “Decidi pegar o conhecimento que eu tinha das artes de informática e de processos e entender como revisitar processos tradicionais para reduzir a fila dos que não precisam da atenção de alta complexidade”, relatou. Com esse ponto de partida, ele aliou a inteligência artificial à escala de risco de diferentes hospitais, criando um algoritmo que chama a atenção para pacientes que estejam entrando na curva de risco. *Com informações do HCB  

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