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terapia comunitária online

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Janeiro Branco: Espaços de convivência ajudam a diminuir a solidão e cuidam da saúde mental

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o isolamento social uma grave ameaça à saúde pública. Além do impacto na saúde mental, a sensação de estar só está associada a doenças cardiovasculares, metabólicas e à mortalidade precoce. A gerente do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) III de Samambaia, Ana Luísa Lamounier, acredita que espaços terapêuticos como os oferecidos nas unidades cumprem um papel fundamental ao oferecer um ambiente de convivência. Francisco José Pereira Júnior, de 62 anos, é paciente do Caps há mais de cinco anos, e utiliza frequentemente o espaço de convivência do centro | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “As pessoas vêm para conversar, se encontrar e formar laços. Esses espaços não são só para cuidados de saúde, mas também para integrar. Muitas vezes, práticas como dança, fotografia ou rodas de conversa não têm o foco na atividade em si, mas no fato de estarem juntos e partilharem experiências, o que torna tudo terapêutico”, explica. O corretor e pintor Francisco José Pereira Júnior, 62, frequenta o Caps III da região administrativa há mais de cinco anos e concorda com a gerente. “Venho aqui para participar das turmas, das conversas e para ver meus amigos, como a dra. Juliana e o Gilson. Eu ajudo na horta e plantei aquela roseira ali para não me sentir tão sozinho”, relata. Ele foi diagnosticado com transtorno bipolar e utiliza frequentemente o espaço de convivência da unidade. Para ele, a solidão é o maior incômodo. Segundo a OMS, o mundo está se tornando cada vez mais solitário, apesar da projeção de 8,09 bilhões de pessoas no mundo em 2025. A instituição considera o problema uma ameaça à saúde pública e novos estudos indicam que os impactos do isolamento vão muito além da saúde mental. Entre as consequências estão diabetes, maior risco de doenças cardiovasculares, demência e a síndrome da fragilidade em idosos — condição caracterizada por perda de peso, massa muscular e força física. Para a gerente do Caps III de Samambaia, Ana Luísa Lamounier, espaços terapêuticos como o Caps cumprem um papel fundamental: “As pessoas vêm para conversar, se encontrar e formar laços” A profissional do Caps III reforça que a socialização é benéfica para todos, inclusive para pessoas introvertidas. A vivência coletiva é utilizada enquanto recurso terapêutico. “Uma pessoa introvertida pode preferir interações mais curtas e com poucas pessoas, mas isso não significa que ela não precise socializar. Ter vínculos de amizade, mesmo em grupos pequenos, faz toda a diferença”. Ela destaca que interações virtuais, como redes sociais e jogos online, não substituem o contato presencial. “A troca que ocorre no convívio pessoal é rica em informações e promove um impacto positivo na saúde. O convívio social diminui o risco de demência e outras doenças. Às vezes, mesmo quando não queremos, socializar faz bem”, conclui. “Eu acho que o amor também pode ser um tratamento muito terapêutico. Ele ajuda a desenvolver habilidades sociais que, quando estamos isolados, acabam se enfraquecendo. Criar vínculos, gostar de alguém, sentir-se apoiado — tudo isso tem um impacto enorme na felicidade das pessoas. Mesmo aqui no Caps, mesmo que o motivo principal da pessoa não seja algo relacionado ao humor, a possibilidade de compartilhar suas experiências é sempre algo muito terapêutico”, explica Juliana Neves Batista, assistente psicossocial da unidade. Onde buscar ajuda Além das unidades dos Centros de Atenção Psicossocial, é possível encontrar auxílio de forma virtual. Promovida pela Gerência de Práticas Integrativas da Secretaria de Saúde (SES-DF), a Terapia Comunitária Online é um espaço seguro, onde as pessoas podem falar das suas questões e receber ajuda profissional. Sempre às 15h de quintas-feiras, o grupo – apelidado de “SUS em casa” – se reúne de forma virtual. Para participar, basta acessar o link da ferramenta Zoom. *Com informações da SES-DF  

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Terapia comunitária online leva saúde mental à população

Promovida pela Gerência de Práticas Integrativas da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), a terapia comunitária online é um espaço seguro, em que as pessoas podem falar das próprias questões e receber ajuda profissional. Sempre às 15h de quintas-feiras, o grupo – apelidado de “SUS em casa” – se reúne de forma virtual. Para participar, basta acessar o link da ferramenta Zoom. A iniciativa é uma parceria da SES com a Associação Brasileira de Terapia Comunitária Comunitária Integrativa, com a ONG Movimento Integrado de Saúde Mental Comunitária do Ceará e com a Universidade de Brasília (UnB). Criada em maio de 2020 devido à alta demanda de serviços voltados para a saúde mental durante a pandemia de covid-19, a iniciativa, usualmente, tem a participação de cerca de 20 pessoas por encontro. A maioria dos presentes é de adultos ou idosos, mas a Referência Técnica Distrital em Terapia Comunitária Integrativa (TCI), Doralice Oliveira Gomes, destaca que qualquer um pode participar das reuniões, sem limite de idade. Além disso, não é preciso diagnóstico ou encaminhamento nem cadastro ou autorização. Desde o início do projeto, mais de 7.300 pessoas já passaram pelos encontros. Algumas permanecem por anos, enquanto outras participam apenas algumas vezes, pois o acesso é livre. Desde 2020, Doralice Gomes trabalha com os grupos de terapia em grupo online, ajudando pessoas que precisam desabafar e conversar sobre seus problemas | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Um dos membros é Mônica**, servidora da SES que entrou no grupo em 2020, buscando acolhimento. “A terapia me deu suporte para continuar trabalhando diante de tantos óbitos de pacientes, de amigos e conhecidos no período complexo da pandemia. A TCI foi a força para superar o medo, as dores do luto, das perdas, tudo que passei. Tive acolhimento como profissional de saúde, pessoa e cidadã”, avalia. Três terapeutas comunitárias, que são profissionais da SES-DF, medeiam os encontros da terapia virtual. A equipe recebeu capacitação de 240 horas – oferecida pela própria pasta ou instituições privadas. Como funciona [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A TCI pode ajudar qualquer pessoa que esteja disponível a compartilhar experiências e a ouvir as dos outros. A sensação de liberdade, acolhimento e autoestima pode reduzir a ansiedade, o estresse, a tristeza, a raiva e, consequentemente, o efeito de várias doenças e dores físicas, assim como melhorar muitos quadros emocionais. Esse tipo de atividade em grupo tem o objetivo de criar um espaço livre, acolhedor e resiliente de troca de experiências de tal forma que as pessoas sejam fortalecidas. A ideia por trás da prática é a intervenção coletiva, ou seja, que cada paciente possa elaborar soluções para os próprios problemas ao ouvir e acolher as experiências dos demais. De acordo com Doralice Gomes, os participantes, ao compartilhar sentimentos, conseguem compreender que há aprendizagem e fortalecimento individual. “Dessa forma, a terapia comunitária também fortalece os laços sociais do grupo” destaca. Para participar, basta acessar a página de Práticas Integrativas em Saúde no site da SES e clicar diretamente no link da reunião da TCI, disponibilizado na aba “Apoio online”. **Nome fictício a pedido da servidora *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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