Portaria institui câmaras técnicas para assessorar Central de Transplantes do DF
Com o objetivo de fortalecer o trabalho da Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal (CET-DF) e tornar mais estruturado o processo de decisões técnicas, a Secretaria de Saúde (SES-DF) publicou, nesta terça-feira (18), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), a Portaria Nº 433. A norma institui cinco Câmaras Técnicas (CTs): de coração, fígado, rim, córnea e pele. A medida organiza um fluxo mais sólido para avaliar prioridades e promover segurança e qualidade no processo de doação e transplante. “Essas câmaras permitem análises mais técnicas e transparentes. Elas organizam melhor as discussões e dão mais segurança ao processo, especialmente em situações que exigem avaliação detalhada”, afirmou a diretora da CET-DF, Daniela Salomão. Câmaras técnicas vão apoiar o processo de doação e transplante de órgãos no DF | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF As câmaras técnicas são instâncias colegiadas de caráter consultivo vinculadas tecnicamente à CET-DF. Elas são responsáveis por apoiar a revisão das normas usadas na inclusão de pacientes nas listas de espera e na distribuição de órgãos e tecidos. Cada grupo é formado por membros titulares e suplentes indicados pelas equipes habilitadas, além de membros natos previstos no regimento. Entre suas atribuições estão a emissão de recomendações técnicas, a análise de procedimentos científicos e tecnológicos, a sugestão de estudos sobre eficácia e segurança dos transplantes e o apoio à CET em aspectos operacionais e científicos do processo de doação e transplante. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Aumento no número de transplantes de órgãos leva esperança a pacientes do DF
Quando o telefone tocou pela oitava vez, Ingrid do Carmo, 32 anos, ainda não tinha certeza, mas a sua vida mudaria a partir dali. Um novo fígado chegava. Era o órgão que diminuiria o mal-estar e as limitações, permitindo que o mundo voltasse a ser grande. “Foi um misto de alívio, medo e gratidão”, conta. “Hoje, vivo uma outra fase. Consigo pensar em fazer uma viagem, voltar a estudar, trabalhar”. Ingrid do Carmo (D) fez um transplante em dezembro do ano passado: “Depois do novo fígado, esses sintomas passaram. A equipe do ICTDF e a minha família fizeram toda a diferença. Sem eles, eu não seria nada” | Foto: Acervo pessoal Em 2021, Ingrid foi diagnosticada com hepatite autoimune e iniciou o tratamento no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Depois de dois anos, a terapia deixou de ser eficaz. “Passei a me sentir muito mal, não conseguia mais trabalhar, então fui encaminhada ao ICTDF [Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal]”, lembra. “Logo na primeira consulta, os médicos confirmaram que eu precisava de um transplante com urgência. Foi um choque”. O transplante veio no final de dezembro de 2024, e o passado foi virando o que deveria ser: memória e não presença. “Todos os dias eu vomitava”, relata Ingrid. “Vivia enjoada, sempre amarela, sempre mal. Depois do novo fígado, esses sintomas passaram. A equipe do ICTDF e a minha família fizeram toda a diferença. Sem eles, eu não seria nada. São pessoas iluminadas”. Transplantes no DF [LEIA_TAMBEM]De janeiro a junho deste ano, a Secretaria de Saúde (SES-DF) realizou 424 transplantes, um aumento de quase 4% em relação ao mesmo período do ano passado. Os procedimentos envolvem órgãos e tecidos - rim, fígado, coração, córneas, pele e medula óssea -, sendo executados em unidades como o Hospital de Base (HBDF), Hospital Universitário de Brasília (HUB) e o ICTDF - este por meio de contrato com a pasta. A rede pública de saúde da capital vem se destacando - e com exclusividades no DF. O transplante de pele, por exemplo, é feito apenas no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Já o de medula óssea pediátrico autólogo - no qual são utilizadas células-tronco do próprio paciente - é disponibilizado no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). Doação No âmbito do DF, a coordenação dessas atividades é feita pela Central Estadual de Transplantes (CET-DF). Sua atuação abrange tanto a rede pública quanto a particular. Entre as responsabilidades do setor, estão gerenciamento do cadastro de potenciais receptores, recebimento das notificações de morte encefálica, promoção da organização logística da doação e captação estadual e/ou interestadual, bem como a distribuição dos órgãos e/ou tecidos removidos na capital federal. “Falta cultura de doação. A gente precisa falar mais sobre o assunto, em casa, com amigos, como quem defende o amor à vida” Isabela Rodrigues, chefe do Banco de Órgãos do DF Nesse lado do processo, há um intenso e sensível trabalho, principalmente das equipes responsáveis pela captação dos órgãos. “O momento mais difícil é a entrevista com a família que perdeu alguém”, explica a chefe do Banco de Órgãos do DF, Isabela Rodrigues. “É um instante de luto, de dor profunda. É preciso equilibrar o que deve ser feito, que é esclarecer a importância da doação, e a sensibilidade para não desrespeitar quem está sofrendo”. Apesar da distância ética que impede o contato direto com os receptores, alguns pacientes transplantados procuram a equipe para agradecer. “De vez em quando aparece alguém dizendo que só teve uma chance de viver melhor por causa daquela doação - é emocionante”, conta Isabela. Especialistas e pacientes, contudo, defendem que o sistema de transplantes precisa de consciência coletiva. “Falta cultura de doação”, lembra a gestora. “Às vezes, a pessoa queria doar, mas a família não autoriza porque nunca conversou a respeito. A gente precisa falar mais sobre o assunto, em casa, com amigos, como quem defende o amor à vida”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Simpósio inédito no DF discute avanços e desafios na gestão do sistema de transplantes
No dia 24 de outubro, a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) vai sediar o I Simpósio Brasileiro de Gestão do Sistema de Transplantes. O evento é organizado pela Central de Transplantes do Distrito Federal e pela Escola de Saúde Pública do Distrito Federal (ESP-DF) e tem como objetivo a discussão da gestão da política pública brasileira de doação e transplantes de órgãos e tecidos entre profissionais, executores e gestores dos serviços. O I Simpósio Brasileiro de Gestão do Sistema de Transplantes será realizado na Fepecs, em outubro | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF O presidente do simpósio e da comissão organizadora do evento, Anderson Galante, destaca que a política pública brasileira de doação e transplantes de órgãos e tecidos é uma das mais bem-sucedidas do mundo e explica que “o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), tendo o Sistema Único de Saúde como metassistema, é composto pelos subsistemas de doação, captação e de transplantes, com inputs, process e outputs específicos, através dos quais se relaciona com a sociedade”. [LEIA_TAMBEM]Galante destaca que, diante da complexidade da estrutura, os profissionais da gestão exercem um papel essencial: “É o corpo técnico que planeja estratégias, gerencia equipes, viabiliza ações operacionais, acompanha a prestação dos serviços e avalia constantemente os resultados obtidos”. Neste contexto, a programação do simpósio está dividida em três painéis: Inserção do sistema de transplantes no ensino, Gestão da política pública e Gestão de serviços dos subsistemas. Cada um deles conta com a participação de palestrantes de diversas regiões do país, promovendo um intercâmbio de experiências e boas práticas na gestão do setor. As inscrições para o simpósio já estão abertas e podem ser feitas até o preenchimento das vagas, por meio deste link. A participação é gratuita e voltada a profissionais da saúde, gestores públicos, pesquisadores, estudantes e interessados em aprofundar o debate sobre o tema. Mais informações podem ser obtidas no site do evento. *Com informações da Fepecs
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Distrito Federal registrou recorde de transplantes de coração, fígado e medula óssea em 2024
A rede de saúde do Distrito Federal alcançou recorde de transplantes em 2024. Os procedimentos de coração, fígado e medula óssea atingiram, em cada um dos casos, o maior quantitativo dos últimos cinco anos. O empenho das equipes multiprofissionais, aliado à expansão das unidades credenciadas, possibilitou os resultados. Desde 2020, a reposição de órgãos e tecidos têm apresentado tendência de crescimento. As substituições de medula óssea foram as que tiveram o maior acréscimo neste quinquênio: superior ao dobro. Foram 230 transplantes, em comparação aos 103 de 2020. Nove novas instituições tornaram-se aptas a realizar este tipo de procedimento no DF a partir de 2022. Desde 2022, os transplantes de fígado ultrapassam a marca anual de cem procedimentos. Em 2024, foram 128 – sete a mais do que o total de 2023 | Foto: Mariana Raphael/Agência Saúde-DF Foram 35 transplantes de coração alcançados em 2024 – 13 a mais do que os 22 realizados em 2020, registrando um aumento de 60%. Desde 2022, os transplantes de fígado ultrapassam a marca anual de cem procedimentos. Em 2024, foram 128 – sete a mais do que o total de 2023. No DF também são realizados transplantes de rim e córnea pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “É uma conquista que vai além dos números. Cada transplante desses representa uma nova chance de vida a quem estava esperando. Por isso, trabalhamos para expandir a rede e melhorar o acesso aos tratamentos”, assegura a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. “A doação de órgãos é um ato de solidariedade que transforma a vida do receptor e de toda uma família. Nesse sentido, é essencial que continuemos a fortalecer essa cultura em nossa sociedade”, avalia a gestora. Renascimento Lourival Filho, 59, é um dos pacientes transplantados no ano passado. No fim de janeiro, celebrou cinco meses do procedimento hepático a que foi submetido. Da descoberta do tumor maligno, em junho, à reposição do órgão, em agosto, até a alta hospitalar, conta que foi tudo muito mais rápido do que se podia imaginar. “Eu não acreditava que iria conseguir fazer esse transplante. Saía das primeiras consultas meio desanimado, de cabeça baixa. Fui totalmente surpreendido. Em três meses, me tornei uma nova pessoa, com ânimo para mais 60 anos de vida”, celebra o morador de Sobradinho. Foram 35 transplantes de coração alcançados em 2024 – 13 a mais do que os 22 realizados em 2020, registrando um aumento de 60% | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF Os transplantes exigem grande mobilização de profissionais das mais diversas especialidades, integração interestadual de sistemas eletrônicos e efetivação de procedimentos clínicos. Para a realização de 3.647 cirurgias, ao longo desses cinco anos, foram realizados quase 120 mil procedimentos, desde a identificação de doadores e receptores, até o acompanhamento prévio e pós-cirúrgico. Segundo a diretora da Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal (CET-DF), Gabriella Christmann, a quantidade de envolvidos em todo o processo é difícil de ser mensurada. “É impossível realizar este trabalho sem a união de várias pessoas – começando pelos doadores e por seus familiares”, ressalta. Doação Há dois tipos de doadores. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão, desde que não prejudique a sua própria saúde. Para ser doador, em caso de falecimento, não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar sua família do desejo da doação, que só vai acontecer após a autorização dos familiares. Os órgãos doados vão para pacientes que necessitarem de um transplante e estão aguardando em lista única no Estado, gerida pela CET-DF e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes. Para receber um órgão, o paciente deve estar inscrito, respeitando-se a ordem de inscrição, a compatibilidade e a gravidade de cada caso. A CET-DF é responsável pela coordenação das atividades de transplantes no âmbito do DF, abrangendo a rede pública e particular de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Força-tarefa do GDF para transporte de órgãos ajuda a salvar mais uma vida
Quando a missão é salvar vidas, todo esforço é válido e cada segundo conta. Ciente dessas premissas, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem cumprido com louvor uma importante tarefa: a de transportar órgãos para a realização de transplantes. Na sexta-feira (7), toda a agilidade e o zelo se repetiram para trazer de Santa Helena de Goiás (GO) um coração para uma paciente da rede pública de saúde em Brasília. Ação integrada assegura o transporte de órgãos para a realização de transplantes em pacientes da rede pública do DF | Fotos: Vinícius Saiki/Agência Brasília Esse foi o 12º coração transportado pelo Departamento de Trânsito (Detran-DF), somente em 2024, e o 68º desde 2015, ano em que parceria entre o Detran-DF e a Secretaria de Saúde do DF (SES) e outras corporações, como Polícia Militar (PMDF), Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foi firmada. Além dos corações, já foram transportados quatro fígados, um rim e seis córneas. Missão que é cumprida a bordo do helicóptero Sentinela. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Governo do Distrito Federal (@gov_df) Para que os pacientes receptores ganhem uma nova chance, toda a comunicação e o deslocamento devem acontecer de forma muito eficiente. E assim foi feito novamente. Logo que a Central Estadual de Transplantes (CET) da SES foi informada que havia um coração compatível com um paciente de Brasília, o Detran-DF foi acionado para realizar o transporte da Base Aérea de Brasília para o Hospital das Forças Armadas (HFA). Esse trajeto leva cerca de cinco minutos. Um breve momento que faz toda a diferença, uma vez que o tempo de isquemia do coração, ou seja, o tempo entre a retirada do órgão do doador e o transplante no receptor, é de no máximo quatro horas. A integração dos órgãos do GDF é essencial para salvar vidas, segundo o chefe do ICTDF, Fernando Atik O chefe do Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF (ICTDF), Fernando Atik, destaca que é fundamental o tempo entre a captação e o transplante ser o menor possível. “O uso das forças especiais do governo, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Detran-DF, é absolutamente fundamental. E isso acontece de maneira muito regrada aqui no DF, funciona muito bem”, elogia o médico. Ele detalha que o coração foi recebido por uma paciente com um tipo sanguíneo muito raro e deu novo norte para o tratamento do receptor. “A probabilidade de isso acontecer é mínima. A gente já estava planejando outro tipo de tratamento, como um coração artificial, por exemplo, porque o transplante era uma coisa que não aconteceria. É como se ela tivesse ganhado na loteria, porque apareceu a pessoa certa, no momento certo, em que ela estava precisando. Agora, ela vai ter uma outra vida, é uma história fantástica”, celebra o médico. O chefe da Unidade de Operação Aérea do Detran-DF, Sérgio Dolghi, diz que a tripulação se sente orgulhosa de atuar nesse tipo de missão Poder proporcionar essas “novas vidas” é um trabalho que o Detran-DF tem orgulho em colaborar. “Toda a tripulação fica muito orgulhosa de executar esse tipo de serviço e salvar uma vida”, admite o chefe da Unidade de Operação Aérea do Detran-DF, Sérgio Dolghi. Segundo Dolghi, a aeronave é utilizada em diversas missões do Detran, entre elas a fiscalização e o apoio operacional nas blitze. Além disso, há uma parceria com o Samu, por meio da Secretaria de Saúde, desde 2015. “Por esse termo de cooperação, a gente deu prioridade para utilizar a aeronave do Detran devido às missões de cada força de segurança”, explica. O comandante-geral do Corpo de Bombeiros do DF, coronel Sandro Gomes Santos da Silva, afirma que o papel que a corporação desempenha na complexa rede logística tem ligação direta com a missão da corporação, que é salvar vidas. “Estamos dedicados a melhorar continuamente nossos processos e recursos para garantir que possamos continuar a servir nossa comunidade e contribuir para o bem-estar daqueles que dependem desses procedimentos para sua saúde e qualidade de vida”, ressalta. Segunda chance Dentro da Secretaria de Saúde, a diretora da Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal (CET-DF), Gabriella Christmann, afirma que “o trabalho é proporcionar uma segunda chance de vida”. Para isso, a Central é acionada sempre que há um órgão compatível com algum paciente da região, que, por sua vez, entra em contato com os órgãos necessários para realizar o transporte e o transplante. “Precisamos conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. Sou muito grato à família do meu doador, porque em uma hora de extrema dor ajudaram a salvar oito vidas” Robério Melo, fundador da Associação Brasileira dos Transplantados “É um trabalho que começa na sociedade, termina na sociedade e que depende da sociedade. Doar sem olhar a quem, com a certeza de que está salvando alguém. Sabemos que é um momento de dor para as famílias, mas a vida de outras pessoas pode começar”, afirma. Normalmente, os doadores são pacientes que sofreram morte encefálica em unidades de terapia intensiva (UTIs). Após a confirmação do quadro, é necessário obter o consentimento da família para a doação de órgãos. A distribuição segue critérios rigorosos estabelecidos pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), e a prioridade é dada com base em fatores como compatibilidade sanguínea e tecidual, gravidade da doença do receptor, tempo em lista de espera e urgência do caso. Tudo coordenado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Doença silenciosa Em 2017, Robério Melo sentiu dores semelhantes à de uma gastrite e durante um exame descobriu ter hemocromatose, um distúrbio que faz o corpo absorver muito ferro e acumular a substância danificando órgãos do corpo. A saúde de Robério foi se deteriorando rapidamente e, caso não fizesse um transplante de fígado, ele não sobreviveria. “Meu fígado estava 95% comprometido. No hospital, o médico me deu três dias de vida. No último dia, recebi a notícia que havia aparecido um doador”, lembra Robério. Segundo ele, essa nova chance foi como renascer. Depois de vencer essa etapa na vida, ele decidiu fundar o Instituto Brasileiro dos Transplantados (IBTx) para auxiliar todos os que precisam passar por esse tipo de procedimento. A entidade orienta sobre os trâmites e ajuda os pacientes que precisam com cestas básicas. “Essa logística é muito importante porque quanto maior o tempo de espera, maior é a probabilidade de o transplante dar errado”, ressalta o transplantado. Ele lembra que conversar sobre a doação de órgãos também é fundamental para ajudar a salvar a vida de outras pessoas. “Precisamos conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. Sou muito grato à família do meu doador, porque em uma hora de extrema dor ajudaram a salvar oito vidas.”
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Banco de órgãos e tecidos do DF tem aumento de 11% no número de doadores
O Banco de Órgãos e Tecidos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) registrou em 2023 um aumento de 11% no número de doadores de córnea em relação ao ano anterior. Em 2022, foram realizados 311 transplantes e, em 2023, um total de 336. O banco responde pelo transplante de córneas no DF | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF Mais conhecido como Banco de Olhos, os resultados positivos da instituição refletem o trabalho contínuo de busca de doadores, captação, preservação, avaliação e liberação das córneas doadas. A conscientização dos cidadãos também é um fator importante. “Sem esse serviço, o transplante de córnea não aconteceria no DF. Também, o aumento do número de transplantes depende do aumento de doadores, que podem ser por morte encefálica ou coração parado. Por isso, a importância de sermos doadores”, afirma a diretora da Central Estadual de Transplantes da SES-DF, Gabriella Christmann. As parcerias firmadas com o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) da SES-DF, o Centro Integrado de Operações de Brasília (CIOB) e o Instituto Médico Legal (IML) auxiliaram no aumento das doações. “Além disso, algumas unidades hospitalares também foram mais atuantes nas notificações de óbitos”, afirma a diretora. Duas décadas de serviço [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além dos resultados positivos alcançados em 2023, o Banco de Órgãos e Tecidos tem mais um motivo para comemorar. No dia 27 de janeiro a instituição completa 20 anos de serviços prestados à saúde pública do DF. O banco é responsável pela procura de possíveis doadores para a realização de transplante de córnea em pessoas com cegueira tratável. O processo de doação começa com uma entrevista com os familiares, por meio da qual é explicado o processo e é obtida a autorização por escrito. A doação de córnea somente é possível após o falecimento, ou seja, não pode ser doada em vida, e pode ser captada em até 12 horas após a parada cardíaca. Um doador pode beneficiar até duas pessoas. Familiares e demais profissionais que assistem ao paciente também podem manifestar interesse notificando o Banco de Olhos, que funciona 24 horas. Para isso, é preciso entrar em contato pelos telefones (61) 3550-8869, (61) 99556-9117 (também WhatsApp) ou pelo e-mail bot.crdf@saude.df.gov.br. Saiba mais sobre o transplante de órgãos no DF neste link. *Com informações da SES-DF
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Parcerias em transplantes são homenageadas com celebração à vida
Secretária Lucilene Florêncio ressalta que o contrato assinado em agosto com o ICTDF vai permitir a realização de até 103 cirurgias cardíacas por mês | Fotos: Tony Winston / Agência Saúde-DF Responsável por 173 transplantes em 2021 e já tendo alcançado a marca de 191 em 2022, o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) homenageou nessa sexta-feira (7) servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal por conta do sucesso do trabalho realizado em parceria. A sétima edição do encontro “Celebrando a Vida” também foi marcado pela presença de transplantados e de instituições que permitiram ao Distrito Federal realizar 577 somente este ano, como Corpo de Bombeiros, Detran, Samu, Polícia Civil e Força Aérea Brasileira. [Olho texto=”“É um exército do bem, que luta contra o tempo para que um órgão possa ser transplantado” ” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “É um exército do bem, que luta contra o tempo para que um órgão possa ser transplantado”, disse a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, uma das homenageadas. A gestora lembrou ainda dos servidores da pasta que atuam para viabilizar os transplantes. “Temos uma equipe em cada um dos nossos hospitais para conversar com os familiares dos doadores”, afirmou. Representantes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Distrito Federal, a médica Larissa Michetti Silva e a enfermeira Vanessa Rocha da Silva foram homenageadas em nome de todos os trabalhadores que atuam na linha de frente para o transporte dos órgãos. “O Samu é um serviço 24 horas e forma a linha de retaguarda para qualquer uma das instituições desse serviço”, explicou Larissa Michetti. “Estamos sempre prontos para o serviço. E é motivador ver a razão de tudo isso”, completou Vanessa Rocha. Cerca de 90% dos procedimentos de transplante e doação de órgãos são realizados pelo SUS Há cinco anos transplantado do fígado, o empresário Robério Melo destacou a realização dos transplantes na rede pública ou em instituições contratadas pelo poder público. “O SUS deu muito certo aqui no Brasil e esperamos que possamos ampliar ainda mais”, relatou. De acordo com a secretária de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Maíra Botelho, 90% dos procedimentos são realizados pelo SUS. “O Brasil é referência mundial em doação e transplantes de órgãos”, afirmou. Contratos [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, ressaltou ainda o contrato assinado em agosto com o ICTDF para realização de cirurgias cardíacas. “Todos os pacientes do DF têm acesso, graças a esse contrato regular”, garantiu. Com validade de dois anos, prorrogáveis por mais três, o acordo prevê a realização de até 103 cirurgias por mês, tanto para adultos quanto pediátricas. O superintendente do ICTDF, Rogério Dalfollo, classificou esse tipo de iniciativa como fundamental para a realização dos serviços. “É de suma importância. Permite que façamos o atendimento à população”, finalizou. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Gestores de transplante de órgãos passam por formação no DF
Brasília, 10 de agosto de 2022 – O Distrito Federal está se tornando um polo nacional de gestores de transplantes de órgãos e tecidos. Em uma iniciativa pioneira no país, a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), da Secretaria de Saúde (SES), ministra um curso de pós-graduação lato sensu em transplantes, cuja primeira turma – com 37 alunos – se forma em três meses. Integrante da primeira turma do curso, Danielly Beatrice (abaixo, à direita), servidora da Saúde do Mato Grosso, afirma: “Esse know how recebido aqui em Brasília foi muito positivo” | Foto: Divulgação Em parceria com a Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs), a Fepecs traz conhecimentos da área para profissionais da saúde de todo o Brasil, em aulas online e visitas técnicas em instituições médicas da capital. São treinados aprendizes como a enfermeira Danielly Beatrice, servidora da Saúde do Mato Grosso, onde ainda não são feitos transplantes. Ela passou uma semana em Brasília para as visitas presenciais. [Olho texto=” “O foco da pós-graduação é instruir como se pode gerir estrategicamente o transplante e como aumentar os números nos estados” ” assinatura=”Anderson Galante, coordenador do curso” esquerda_direita_centro=”direita”] “O curso superou minhas expectativas”, afirma Danielly. “Quando se fala em algo tão complexo como o transplante, é necessário ter pessoas muito bem-qualificadas à frente desse processo. E esse know how recebido aqui em Brasília foi muito positivo.” O biomédico Anderson de Brito, gerente da Central de Transplantes do Pará – estado da região Norte que, segundo ele, é o mais avançado em transplantes de córnea, rins e medula óssea – também procurava por um aprendizado diferenciado. “As especializações oferecidas no país são voltadas para o lado assistencial, sobre como executar o transplante”, conta. “Esse curso tem como focos a gestão, como gerenciar a doação, a captação e o transplante de maneira eficaz.” O curso A especialização tem a duração de um ano e, segundo o coordenador do curso, Anderson Galante, servidor da Central de Transplantes do DF, há a expectativa de mais uma turma em 2023. O processo seletivo é feito por meio de edital, lançado pela Fepecs. “Nossa ideia foi justamente lançar a proposta de um curso de pós-graduação que forme e instrumentalize gestores estaduais e de outras instituições públicas para a utilização de ferramentas profissionais de gestão, algo que não existia em Brasília e no Brasil”, observa Galante. “Aqui não se vai ensinar a técnica de captação de um órgão ou tecido, sobre como embalá-los, como providenciar a logística”, lembra. “O foco da pós-graduação é instruir como se pode gerir estrategicamente o transplante e como aumentar os números nos estados.” Números no Distrito Federal De janeiro a junho deste ano, segundo dados do Portal InfoSaúde-DF, foram realizados 393 transplantes no DF. O de córnea é o que aparece em maior número, com 174 procedimentos. Além da rede privada, unidades da rede pública de saúde, como o Hospital de Base e o Hospital Universitário de Brasília (HUB), também efetuam transplantes. Conveniado da SES, o Hospital da Criança José Alencar, inclusive, faz procedimentos de medula óssea.
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Saúde inicia curso sobre transplantes de órgãos e tecidos
A Secretaria de Saúde, por meio da Central Estadual de Transplantes do DF (CET-DF), em parceria com a Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), lançou a pós-graduação lato sensu – curso de especialização – em Gestão do Sistema Brasileiro de Transplantes de Órgãos e Tecidos, com público-alvo transdisciplinar, que terá início no próximo dia 25. Curso integra estratégia para tornar o DF o centro formador de gestores em transplantes | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF Foram abertas 40 vagas gratuitas, financiadas pelo Governo do Distrito Federal, com processo seletivo por edital, de modo a contemplar profissionais que atuam diretamente com doação e transplantes no DF, nos estados das regiões Norte e Centro-Oeste, e servidores do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde. O curso despertou o interesse de profissionais de todos os estados e as 40 vagas disponibilizadas foram preenchidas. O autor e coordenador do curso, Anderson Galante, afirmou que há a expectativa de formar a segunda turma no próximo ano e contemplar todos os estados do Brasil, considerando o objetivo de tornar o DF o centro formador de gestores em transplantes. “O DF tem ótimos indicadores de transplantes de rim, fígado, coração, medula, pele, córnea, sendo referência no assunto”, conclui. O curso será on-line síncrono, em tempo real, e com uma carga horária menor na modalidade à distância. As aulas ocorrerão todas as quintas e sextas-feiras à noite durante um ano, contemplando 360 horas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O objetivo é capacitar os profissionais para utilizarem ferramentas de gestão e provocá-los a pensarem criticamente sobre o sistema e, como consequência, potencializar os serviços no DF, na tríade doação, captação e transplante”, explica Anderson Galante, que é enfermeiro e atua na CET-DF. “Não há transplante sem doação e não há doação sem a participação da sociedade. Os gestores têm dever de transpor as paredes das instituições e alcançar a população, esclarecendo-a sobre dúvidas, desmistificando crenças, desfazendo medos para que a comunidade acredite que o processo de doação é seguro no Brasil e é dependente do “sim” dos familiares da pessoa que falece”, enfatiza Galante. Segundo o enfermeiro, com gestão é possível interpretar os percentuais de recusa familiar para a doação de órgãos, mapear os gargalos do processo de trabalho e agir corretamente. Além disso, identificar hospitais que não notificam morte encefálica de pacientes, que são potenciais doadores de órgãos e tecidos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Transplantes de órgãos continuam mesmo com a pandemia
Para garantir a segurança de todos os que passariam por transplante e de seus profissionais, o Hospital de Base reforçou as medidas de prevenção contra a covid-19 | Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF Mesmo diante dos transtornos causados em um ano de pandemia, a rede de saúde pública e privada do Distrito Federal conseguiu manter um serviço que a qualifica entre as melhores do País: o transplante de órgãos e tecidos. A Central de Transplantes (CET) do DF, vinculada à Secretaria de Saúde (SES), contabilizou 449 procedimentos entre 1º de março de 2020 e 1º de março de 2021, ciclo do primeiro ano da covid-19. Foram 249 transplantes de córneas, 101 de fígado, 75 de rins e 24 de coração. O Hospital de Base (HB), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) e referência regional em transplantes de córneas e rins, respondeu por 84 (25%) do total de 324 procedimentos realizados nessas especialidades, segundo a CET. [Olho texto=”O Hospital de Base respondeu por 25% do total de transplantes realizados no DF entre 1º de março de 2020 a 1º de março de 2021″ assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A pandemia não paralisou, mas afetou o fluxo normal de atendimento do HB. Para garantir a segurança dos pacientes que receberiam os órgãos e dos profissionais que fariam as cirurgias, medidas de prevenção foram reforçadas. Resultado: o número de transplantes de rins e córneas no Base caiu 12% em comparação com o período de 1º de março de 2019 a 1º de março de 2020, quando foram registrados 96 procedimentos. Mudanças nos cuidados Os transplantes de córneas e de rins seguem normas distintas. Com a pandemia, o Hospital de Base seguiu as recomendações do Ministério da Saúde para que pudesse continuar o atendimento sem pôr em risco a saúde dos pacientes e de seus profissionais. No caso das córneas — que são consideradas tecidos e não órgãos —, os transplantes eletivos ficaram suspensos entre abril e setembro, por recomendação da Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde. Naqueles meses, só foram autorizados os transplantes em que o coração do doador de córneas ainda estava pulsando. Atualmente, essas cirurgias estão ocorrendo normalmente. Em relação aos rins, a Unidade de Nefrologia do HB manteve as cirurgias, mas adotou cuidados específicos, como exames RT-PCR em todos os doadores, tomografia de tórax e isolamento dos receptores. Foram, porém, suspensas as doações de rins de pessoas vivas. “Tudo isso para evitar ao máximo a contaminação pela covid-19”, explica Viviane Brandão, responsável técnica da Nefrologia. Pacientes beneficiados Atualmente, na lista de espera para esses dois tipos de transplantes estão 740 pacientes, dos quais 148 aguardam pelo procedimento no Hospital de Base. A auxiliar administrativa Ana Carolina Soares, 38 anos, saiu da lista em julho do ano passado, quando recebeu um novo rim após passar um ano e nove meses sobrevivendo por meio de hemodiálise. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Foi o segundo transplante de Ana. “Com 15 anos de idade, descobri um problema renal e passei 10 anos na fila”, conta. Ela fez o transplante e, 11 anos depois, ocorreu a rejeição ao órgão. Ana Carolina voltou para a fila até ser chamada para nova cirurgia. “Desta vez, os cuidados foram ainda maiores, principalmente por causa do pico de pico da covid-19”, salientou. Como o corpo de Ana Carolina estava mais debilitado, a adaptação do segundo transplante foi mais difícil. Inicialmente, houve rejeição ao novo rim. Só depois de 44 dias de internação, o organismo dela aceitou o órgão. “A equipe do Hospital de Base fez de tudo para eu não perdê-lo”, conta. “Foi um tratamento intensivo e constante. Sou eternamente grata a todos.” *Com informações do Iges-DF
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