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Edição de 60 anos do Festival de Brasília será lançada em entrevista coletiva nesta terça (6)

O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chega ao marco dos seus 60 anos em 2025 com muitas novidades para a edição deste ano, que serão anunciadas na coletiva de lançamento da nova edição, nesta terça-feira (6), a partir das 9h, no hall do Cine Brasília, a tradicional casa do festival mais antigo do país.  Festival de Brasília do Cinema Brasileiro completa 60 anos em 2025 | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Esta edição do Festival de Brasília será realizada de 12 a 20 de setembro. Na ocasião do lançamento, representantes da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), do BRB, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e do Instituto Alvorada, responsável pela produção do festival até 2026, anunciarão o novo formato do festival, com uma mostra inédita, além da extensão do Cine Brasília e a abertura das inscrições dos filmes para concorrerem ao cobiçado Troféu Candango, na mostra competitiva nacional de curtas e de longas-metragens, e ao Troféu CLDF, para produções locais. Serviço Coletiva de imprensa de lançamento do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro - 60 Anos Data: Terça-feira (6) Horário: a partir das 9h Local: Cine Brasília - EQS 106/107 Transmissão ao vivo no canal do YouTube /@festcinebrasilia. *Com informações da Secec-DF  

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Divas do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Marcélia Cartaxo em A Hora da Estrela: troféu de Melhor Atriz em 1985 | Foto: Divulgação Quem viu a cena não se esquece. Foi um ato de emoção que contagiou toda a sala do Cine Brasília naquela 13ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB). O ano era o de 1985 e, de repente, a atriz Marcélia Cartaxo, então com vinte e poucos anos, estava sendo carregada pelo público, de mão em mão, numa intensa e grande corrente de amor, até ao palco. Lá, ao lado da cineasta Suzana Amaral, era coberta de flores, abraços e aplausos que duraram infinitos dez minutos. “Foi uma coisa inesquecível”, recorda a atriz, emocionada até hoje com a lembrança. “Foi assim que eu entrei no cinema brasileiro, que a vida me definiu enquanto artista, me dizendo que eu ia seguir essa trajetória e que seria para sempre, porque, depois que bebe água artística, nunca mais você consegue sair desse lago.” Tudo isso aconteceu após a sessão do filme A Hora da Estrela, de Suzana Amaral, um marco do cinema nacional e, até então, um dos poucos trabalhos conduzidos por mãos femininas. Baseado em obra homônima de Clarice Lispector, o projeto, protagonizado por Marcélia, narra a história de Macabéa, uma mulher nordestina sonhadora que vive as agruras e peripécias do amor numa cidade grande. O papel, um dos mais marcantes das telonas, consagraria Marcélia com o primeiro Candango de Melhor Atriz no Festival de Brasília. [Olho texto=”“Foi o meu passaporte para a arte”” assinatura=”Marcélia Cartaxo, atriz” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Aquilo realmente me pegou de surpresa, foi um grande acontecimento na minha vida”, relembra a artista. “Nunca tinha vivenciado algo assim, nem no teatro. Foi o meu passaporte para a arte. Ali constatou que realmente a minha carreira profissional seria por meio da arte”. Marcélia voltaria a erguer o Candango de Melhor Atriz por sua atuação no longa Big Jato, de Cláudio Assis, em 2015. Damas do Candango Grandes atrizes nacionais foram premiadas no festival mais importante e antigo do país – uma tradição que empolga o público, convidados e enche de glamour o evento conhecido pelo seu tom político e contestatório. Fernanda Montenegro em A Falecida, de 1966: primeira premiada | Foto: Divulgação A primeira estrela a receber o prêmio de Melhor Atriz no FBCB foi Fernanda Montenegro, com o filme A Falecida, do cineasta Leon Hirszman. Baseado em texto de Nelson Rodrigues, o longa, uma pérola do Cinema Novo, foi exibido quando o evento ainda se chamava Semana do Cinema Brasileiro e o prêmio era uma placa e não a estatueta em si, que apareceria mais tarde. “Tenho uma história minha por aí de que é impossível esquecer”, comentaria Fernanda Montenegro, anos depois, em uma entrevista ao jornal Correio Braziliense. “É um festival que cuida do cinema brasileiro. Respeita e é resultado da produção em cinema nacional.” Joana Fomm, a eterna vilã Perpétua da novela Tieta (1989), é outra diva consagrada na telona pelo Candango. Ela é a campeã em participações no Festival de Brasília, no qual concorreu oito vezes ao prêmio de Melhor Atriz – reconhecimento que chegou em 1990, com o drama Césio 137, de Roberto Pires. Irreverência Em 1982, a musa Vera Fischer ganharia nessa categoria com o polêmico Amor, Estranho Amor, de Walter Hugo Khouri. Um dos detalhes que tornou o filme famoso foi o fato de ter no elenco Xuxa, cuja personagem aparecia nua. A ex-apresentadora chegou a anunciar sua presença na premiação, mas não veio. Na 20ª edição da mostra, em 1987, Louise Cardoso, homenageando Leila Diniz, levaria o prêmio no papel da diva rebelde que, por sua vez, perderia a “placa” de Melhor Atriz, em 1966, para a exuberante Helena Ignez, em O Padre e a Moça, de Joaquim Pedro de Andrade. À época, Leila Diniz, uma sensação no festival e na capital, por onde passava, concorria com Todas as Mulheres do Mundo, de Domingos Oliveira, vencedor daquela segunda Semana do Cinema Brasileiro. Helena Ignez em A Mulher de Todos, filme de 1969 | Foto: Divulgação “Para mim o Festival de Brasília significa muitíssimo”, reconhece Helena Ignez, que voltaria a receber o prêmio de Melhor Atriz, três anos depois, em 1969, com o irreverente A Mulher de Todos, dirigido pelo marido, Rogério Sganzerla. “Foram anos seguidos de premiação, eu ainda muito jovem e isso significou muito para mim”, conta ela, que, quando ganhou o segundo prêmio, tinha apenas 27 anos. Helena voltaria a participar do festival nos anos 2000, na condição de produtora e de diretora. Em 1976, Zezé Motta seria outra diva aclamada no palco do Cine Brasília pelo empolgante Xica da Silva, de Cacá Diegues. Zezé retornaria ao festival em 2017 compondo o elenco do agraciado filme de horror O Nó do Diabo, dirigido por Ramon Porto Mota, Gabriel Martins, Ian Abé e Jhésus Tribuzi. Multipremiada Musa do cinema contemporâneo brasileiro, a atriz paraense Dira Paes também se tornou recorrente na cerimônia de premiação do Festival de Brasília. Ela conquistou cinco troféus Candango – três na categoria Melhor Atriz e dois como Atriz Coadjuvante. O primeiro foi em 1996, no papel feminino de Corisco & Dadá, filme de Rosemberg Cariry. Sob direção de Cláudio Assis, foram dois prêmios conquistados: em 2002, pela personagem Kika, de Amarelo Manga; e em 2006, no papel de Bela, em Baixio das Bestas. Dira Paes (com Chico Diaz) em Corisco & Dadá: prêmio em 1996 | Foto: Divulgação “O Festival de Brasília é um marco na minha carreira”, comenta Dira. “Foi o lugar onde mais tive trocas com os outros profissionais do cinema. Foi o lugar perfeito para entender os debates políticos, a cultura do audiovisual e sobre estilos, devido à grande diversidade que o evento sempre teve”. Para ela, o Candango trouxe muita alegria, especialmente no seu primeiro ano de participação na mostra competitiva. “Foi um dos momentos mais felizes da minha carreira, era um ano com muitos filmes interessantes, estávamos voltando da retomada do cinema brasileiro e jamais esperei vencer na primeira participação, isso é muito marcante”, conclui. * Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec)

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Obras nordestinas são destaque do 4º dia de Festival de Brasília

Café com Canela, um dos concorrentes ao Troféu Candango, foi exibido nesta segunda-feira (18) no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília O terceiro dia de mostra competitiva e quarto dia do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que vai até 24 de setembro, foi marcado pelo olhar de cineastas do Nordeste. Representante de Alagoas, o curta-metragem As Melhores Noites de Veroni, do diretor Ulisses Arthur, deu abertura à mostra principal na noite desta segunda-feira (18). Primeira ficção assinada pelo cineasta, a obra conta a história de uma mulher que aproveita a ausência do marido na estrada para transcender e responder a seus dilemas amorosos. Ulisses Arthur contou que fez o filme baseado em memórias da rua em que morou na infância. “Fui inspirado em relatos de saudade de mulheres de caminhoneiros”, ressaltou. O público do Cine Brasília também teve a oportunidade de conhecer uma perspectiva sobre o recôncavo baiano em Café com Canela, concorrente ao Troféu Candango, exibido na sequência. [Olho texto=”O curta alagoano Noites de Veroni abriu o terceiro dia da mostra competitiva” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Dirigido pela dupla Ary Rosa e Glenda Nicácio, a produção em longa-metragem da Bahia traz o drama de Margarida e Violeta, personagens que se apoiam para superar as dores e os traumas do passado. Nesse formato, é o primeiro filme da carreira dos diretores. A obra deles é composta por curtas-metragens como Dilma (2015), Curta casa (2013) e Tecendo nuvens e retalhos (2012). Concorrente da categoria principal da mostra competitiva, a dupla baiana que assina Café com Canela subiu ao palco acompanhada de membros da equipe. “São personagens urgentes que carregam identidades ancestrais e que aguardavam seu momento de falar, chegou a hora”, definiu a diretora Glenda Nicácio sobre as protagonistas. “Agradecemos a seleção do festival pelo olhar sensível sobre a fé e a força do recôncavo da Bahia”, destacou Ary Rosa. Curtas-metragens abrem 1º dia da Mostra Brasília Exclusiva para cineastas locais, a Mostra Brasília teve início nesta segunda-feira (18). A programação começou pouco antes da competitiva, às 18h30, e o público lotou a sala do Cine Brasília para assistir os concorrentes do 22º Troféu Câmara Legislativa. A programação completa, que vai até 22 de setembro, é composta por 13 curtas e quatro longas que disputam R$ 240 mil em prêmios, distribuídos pelo Legislativo local. O melhor longa-metragem escolhido pelo júri oficial receberá R$ 100 mil, e o melhor longa eleito pelo júri popular, R$ 40 mil. Os outros R$ 100 mil serão divididos entre outras categorias, como melhor fotografia e melhor som. [Numeralha titulo_grande=”R$ 240 mil” texto=”Valor dos prêmios disputados pelos concorrentes da Mostra Brasília” esquerda_direita_centro=”direita”] As obras serão exibidas a partir das 18h30, no Cine Brasília e reprisadas no dia seguinte, sempre às 10 horas, na Câmara Legislativa (Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5). “Estamos muito felizes em participar de uma edição tão emblemática”, disse o diretor Maurício Chades, de Vídeo de 6 Faces, ao se apresentar ao público acompanhado da equipe. Outro que se disse honrado em estar na mostra foi Ramon Abreu, de 1×1, que trouxe uma reflexão sobre a violência contra a juventude negra no País. O diretor Januário Júnior apostou em abordar as consequências sociais de passar pelo sistema prisional. “Representamos uma parte da população brasileira que está sendo dizimada pelo encarceramento”, argumentou. Webson Dias, cineasta que assina Vilão, também retratou a realidade dos apenados de Brasília com a obra de curta-metragem. Danilo Borges e Diego Borges concorrem com Céu dos Teus Olhos. O curta de Danilo Borges e Diego Borges, Céu dos Teus Olhos. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília O cineasta Rodrigo Arajeju apostou na temática indigenista com Tehoka – Som da Terra, dirigida por ele em parceria com Valdelice Veron. “Terra, vida, justiça e demarcação para o povo Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul”, bradou ao público do Cine Brasília antes da apresentação da obra. “Estamos aqui hoje para que a voz desses guerreiros seja ouvida.” Festival tem programação descentralizada Ainda nesta segunda, às 20 horas, os filmes da mostra competitiva foram exibidos gratuitamente no Teatro da Praça (Setor Central de Taguatinga); no Espaço Semente (Setor Central do Gama); no Teatro de Sobradinho; e no Riacho Fundo I (em frente à administração regional). [Olho texto=”Mamata, curta baiano, abre o quinto dia da mostra competitiva do festival” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A reprise gratuita dessas produções será nesta terça-feira (19), às 15 horas, no Auditório 1 do Museu Nacional. Moradores das regiões em que será exibida a mostra competitiva também poderão aproveitar o Festivalzinho, voltado ao público infantil, que teve início hoje e vai até sexta-feira (22). As exibições serão às 9 horas, no Museu Nacional (19 de setembro) e no Cine Brasília (de 20 a 22 de setembro), e às 14h30, de 18 a 22 de setembro, no Gama, no Riacho Fundo I, em Sobradinho e em Taguatinga. Os ingressos serão distribuídos 30 minutos antes de cada sessão. Nesta terça-feira (19), às 21 horas, a Bahia estará novamente representada na competitiva com a exibição de Mamata, curta-metragem de Marcus Curvelo. Na sequência, será exibido o longa Construindo Pontes, de Heloisa Passos, do Paraná. Os ingressos para as transmissões no Cine Brasília custam R$ 12 (inteira). A programação completa do 50º Festival de Brasília inclui ainda mostras paralelas, sessões especiais e o 3º Festival de Filmes Curta-Metragem das Escolas Públicas de Brasília. Edição: Vannildo Mendes

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Longa de Ceilândia concorre a melhor filme do 50º Festival de Brasília

Uma nave aterrissa na capital federal. A bordo, um agente intergaláctico que recebeu uma missão peculiar em 1959. Ele devia descer à Terra e matar o presidente Juscelino Kubitschek no dia da inauguração de Brasília. O diretor Adirley Queirós concorre ao segundo Troféu Candango da carreira com o longa metragem Era uma Vez Brasília. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Perdido no espaço por anos, o protagonista dessa história acaba caindo em Ceilândia, em 2016. Desnorteado, agora ele se encarrega da tarefa de “acabar com os monstros que tomaram o poder no Brasil”, como define o diretor Adirley Queirós, a mente por trás dessa ideia. Aos 47 anos — 40 vividos em Ceilândia —, o cineasta levará um retrato do momento político brasileiro à telona do Cine Brasília (106/107 Sul) durante o 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Representante do DF na mostra competitiva, Era uma Vez Brasília trabalha a perspectiva política do País desde 2015. Em cenários noturnos, com imagens documentadas das manifestações populares de 2016, o diretor apresenta uma construção que não segue uma narrativa temporal, mas com a realidade atual como base. “O Brasil pós-golpe vive um processo nebuloso, uma atmosfera apocalíptica. É isso que queremos materializar”, defende o goiano radicado no DF desde 1975. De acordo com ele, o cenário sombrio onde atua o elenco é uma forma de expressar a ideia de que o sol nunca mais nasceu no País. “Temos clareza sobre o movimento que ocorre no Brasil, em que os direitos das classes populares e da periferia são ceifados”, argumenta. A característica política da obra, no entanto, não tem pretensão de ser militante nem representa movimentos organizados ou de esquerda, como explica o diretor. “O que queremos é contar a história do contexto no qual estamos inseridos.” [Olho texto='”O Festival de Brasília se distingue dos outros porque abre uma janela política, tem potência de agregar conhecimento e de se transformar em um espaço de reflexão”‘ assinatura=”Adirley Queirós, cineasta” esquerda_direita_centro=”esquerda”] As gravações, que começaram em 2015, e a produção contaram com recursos de R$ 350 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). A linha de documentário fabular defendida por Queirós é um modelo de construção da realidade por meio de personagens ficcionais. Eles são interpretados por atores de Ceilândia: Wellington Abreu, Andreia Vieira, Marquim do Tropa e Franklin Ferreira. “Propus a eles que criassem uma história para os personagens de forma livre”, destaca o diretor sobre o processo de criação. Será a terceira vez que Adirley Queirós disputa o Troféu Candango no Festival de Brasília. Em 2005, ele levou os prêmios principais dos júris oficial e popular com o curta Rap, o canto da Ceilândia. Em 2014, ele venceu na categoria principal do 47º Festival de Brasília com Branco Sai, Preto Fica (2014), seu segundo longa-metragem. Veterano na competição, o cineasta considera a mostra local a mais importante do País. “O Festival de Brasília se distingue dos outros porque abre uma janela política, tem potência de agregar conhecimento e de se transformar em um espaço de reflexão.” Longa e curta-metragem do DF serão exibidos no mesmo dia A estreia mundial de Era uma vez Brasília ocorreu no Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça, onde recebeu menção especial do júri. No Brasil, a primeira exibição será em 22 de setembro, às 21 horas, no Festival de Brasília. Antes, será exibido outro representante do DF na telona pela competitiva, na categoria curta-metragem: Carneiro de Ouro, de Dácia Ibiapina, a quem o diretor se refere como uma das melhores documentaristas do País. [Numeralha titulo_grande=”22 de setembro” texto=”Exibição do longa e do curta-metragem do DF na mostra competitiva, às 21 horas” esquerda_direita_centro=”direita”] O filme, que também concorre na Mostra Brasília, é um retrato sobre a obra do piauiense Dedé Rodrigues, realizador de audiovisual que produz com poucos recursos e atrai multidões de espectadores em Picos, no sertão do Piauí. Professora e pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB), Dácia orientou o trabalho de conclusão de curso de Adirley, em 2005. Atualmente, a parceria dos cineastas ocorre por meio da participação de ambos no núcleo criativo do coletivo Ceicine, responsável pela produção executiva da obra. Obras de Adirley Queirós projetam Ceilândia para fora do DF Ceilândia é o palco de grande parte da produção cinematográfica de Queirós — composta por oito curtas, um média e três longas-metragens, além de séries para TV. Em A cidade é uma só (2012), ele apresenta a dimensão histórica da região conhecida como Campanha de Erradicação de Invasões (CEI) na década de 1970. A reflexão é sobre o processo de exclusão territorial e social que ocorreu nos arredores de Brasília. Já no aclamado Branco Sai, Preto Fica (2014) o diretor conta a história do Quarentão, antigo centro de atividades onde havia bailes black na região administrativa, o qual ele define como “espaço catalizador da cultura local”. Além de ter levado o Troféu Candango em Brasília, o filme foi premiado em Mar del Plata (Argentina), Ficunam (México) e Viennale (Áustria). No momento, o cineasta trabalha no longa Mato Seco em Chamas, em fase de pré-produção. A ficção, que será produzida com recursos da Agência Nacional do Cinema (Ancine), conta a história de cinco mulheres de Ceilândia que descobrem petróleo no solo da região. “É uma alucinação”, resume o idealizador. Festival terá programação descentralizada As atividades do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro ocorrem de 15 a 24 de setembro e estarão espalhadas por alguns pontos do Distrito Federal. O evento tomará não só o Cine Brasília (106/107 Sul), palco tradicional das mostras, mas passará por outras 11 regiões administrativas. Os nove longas-metragens e 12 curtas concorrentes ao Troféu Candango e a R$ 340 mil em cachês de seleção serão exibidos gratuitamente no: Teatro da Praça (Setor Central de Taguatinga) Espaço Semente (Setor Central do Gama) Teatro de Sobradinho Riacho Fundo I (em frente à administração regional). Moradores dessas localidades também poderão aproveitar o Festivalzinho, voltado ao público infantil. A programação completa inclui também: Mostras paralelas Sessões especiais 3º Festival de Filmes Curta-Metragem das Escolas Públicas de Brasília FestUniBrasília — 1º Festival Universitário de Cinema de Brasília, com curtas dirigidos por graduandos de cinema e audiovisual Painéis, aulas com especialistas (master classes), conversas livres e oficinas Edição: Vannildo Mendes

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Última noite do Festival de Brasília nesta terça (27) é dedicada a premiações

O prêmio para o melhor filme de longa-metragem escolhido pelo júri oficial é de R$ 100 mil, e não de R$ 80 mil, como informado anteriormente. A última noite do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro nesta terça-feira (27) será reservada à entrega dos prêmios e troféus. A solenidade ocorrerá a partir das 19 horas, no Cine Brasília (106/107 Sul), restrita a convidados. Para marcar o encerramento, haverá sessão com o filme Baile Perfumado, vencedor da categoria mais importante da mostra competitiva – melhor filme de longa-metragem – em 1996, na 29ª edição do festival. A soma dos prêmios da mostra competitiva é de R$ 340 mil. O principal, de R$ 100 mil, vai para o melhor filme de longa-metragem escolhido pelo júri oficial. Além das 24 categorias que recebem os Troféus Candangos, também será dada a medalha Paulo Emilio Salles Gomes para o crítico de cinema veterano Jean-Claude Bernardet, em reconhecimento ao seu trabalho. Antes, serão entregues outros 22 prêmios e troféus — a maioria da Mostra Brasília, com os troféus Câmara Legislativa do Distrito Federal. São R$ 200 mil, divididos em 13 categorias. Também há outras premiações oferecidas pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema, pela Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo, pelo Canal Brasil, pelo Centro de Infraestrutura Audiovisual do Rio de Janeiro, pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro, pela Fundação CineMemória e pelo jornal Correio Braziliense. Seminário de fomento para o audiovisual em Brasília Durante o dia, a programação prevê um seminário sobre fomento para o audiovisual em Brasília. Será no salão Caxambu do Kubitschek Plaza Hotel (Setor Hoteleiro Norte, Quadra 2, Bloco E), a partir das 14h30, com acesso livre. A mesa contará com a presença do secretário de Cultura do Distrito Federal, Guilherme Reis; da diretora de Acompanhamento de Programas de Fomento Cultural, da Secretaria de Cultura, Cláudia Rachid Machado; e do conselheiro de Cultura Audiovisual, André Leão. Outro destaque da programação de amanhã (27) é o 3º Encontro Regional do Audiovisual, com duas mesas de diálogo: A Regionalização no Cenário da Produção Audiovisual Nacional, às 14 horas; e Fundação da Entidade Macrorregional Norte-Nordeste-Centro-Oeste, às 15h45. Ambas ocorrerão no salão Leopoldina, do Kubitschek Plaza Hotel (Setor Hoteleiro Norte, Quadra 2, Bloco E), também com acesso livre. Entre as mostras do festival, a única com apresentação de filmes nesta terça-feira (27) é a Cinema Agora!, com duas estreias. Os filmes Não me fale sobre recomeços e Pedro Osmar, prá liberdade que se conquista serão exibidos às 14 horas e às 15h30, respectivamente, no Cine Brasília. Os dois longas terão debates após as sessões, que têm entrada franca. Edição: Raquel Flores

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