Docente da ESP/DF tem trabalho premiado no V Congresso de Biomedicina do Centro-Oeste
O docente da Escola de Saúde Pública do Distrito Federal (ESP/DF) Edejan Heise de Paula teve seu trabalho científico premiado no V Congresso de Biomedicina do Centro-Oeste e I Congresso Brasiliense de Ciências Biomédicas. O evento reuniu pesquisas de destaque do Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Minas Gerais. Com foco no diagnóstico molecular de vírus respiratórios, o estudo realiza uma análise comparativa do custo-efetividade do exame RT-PCR aplicado na rede pública de saúde do DF. Segundo o pesquisador, o reconhecimento do trabalho destaca a importância de um exame essencial para detecção de vírus respiratórios. “Essas análises são cruciais, pois esses vírus representam a principal causa de infecções respiratórias, síndromes gripais e síndromes respiratórias agudas [SRAG], condições que podem levar a óbitos. Pacientes em estado grave dependem da precisão desses exames para a adequada liberação de leitos em UTI e para o direcionamento do tratamento clínico”, explica. A pesquisa comparou a testagem por RT-PCR realizada pela Secretaria de Saúde com a ofertada na rede privada | Foto: Divulgação/Fepecs-DF A pesquisa comparou a testagem por RT-PCR realizada pela Secretaria de Saúde (SES-DF), por meio do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), com a ofertada na rede privada do Distrito Federal. A análise revelou uma significativa otimização de custos na rede pública ao longo do tempo, permitindo a detecção de seis vírus respiratórios relevantes (incluindo covid-19, influenza A e B, VRS, HRV e Adenovírus) a um custo médio de apenas R$ 81,14 para a etapa de amplificação em 2024. Os valores na rede particular variam de R$ 240 a até R$ 1.536 (painel com detecção de múltiplos vírus). Outro diferencial apontado pelo docente é o prazo de entrega do laudo: “Em menos de 24 horas após a chegada da amostra ao Lacen-DF, o resultado está disponível. As amostras analisadas no laboratório são provenientes de toda a rede pública de saúde do DF, abrangendo hospitais regionais, UBSs [unidades básicas de saúde], UPAs [unidades de pronto atendimento], Hospital de Base, Hospital da Criança e até mesmo hospitais particulares que integram o programa Unidades Sentinelas ou que se enquadram nas ações de vigilância ativa”, afirma. Fora da rede pública, a realização do exame no DF apresenta-se de forma restrita na rede particular, sendo as amostras analisadas de forma terceirizada ou enviadas para fora do Distrito Federal. [LEIA_TAMBEM]A conclusão do estudo premiado enfatiza o papel fundamental do Lacen, financiado pelo SUS, como um pilar para o diagnóstico molecular rápido e preciso de diversas doenças respiratórias em toda a rede pública. A capacidade de identificar múltiplos vírus simultaneamente a custos otimizados fortalece as estratégias de saúde pública e o manejo clínico, garantindo um acesso mais equitativo a um diagnóstico de qualidade para a população O trabalho científico foi produzido por uma equipe de profissionais da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciência da Saúde (Fepecs), SES/DF e Fiocruz-Brasília, composta por Edejan Heise de Paula, Farah Camila Murtadha, Tânia Portella Costa, Fernanda Geórgia de Oliveira Andrade Yamada, Grasiela Araújo da Silva e Fabiano José Queiroz Costa. * Com informações da Fepecs
Ler mais...
Unidade de saúde promove imunização de 486 colaboradores em 10 dias
Com o objetivo de promover saúde e reduzir os riscos de propagação de doenças infecciosas, especialmente os vírus respiratórios, como influenza e SARS-CoV-2, o Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuepi) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) realizou a campanha “Profissional Seguro – Imunização em Dia”, que consiste na vacinação “in loco” dos colaboradores dentro de seus respectivos setores. Além de proteger os trabalhadores contra doenças que podem comprometer sua saúde, essa ação visa também prevenir o aumento da transmissibilidade de microrganismos entre os pacientes internados no HRSM | Foto: Divulgação/IgesDF Ao longo de dez tardes, a equipe conseguiu aplicar um total de 486 doses, sendo 225 vacinas contra covid-19, 215 contra influenza e 46 dTpa, que previne contra difteria, tétano e coqueluche. “Tendo em vista que umas das medidas mais eficazes de prevenção para alguns agravos é a vacinação, resolvemos fazer ação de imunização in loco no intuito de levar as vacinas até os colaboradores. Entendemos que, muitas vezes, o plantão é corrido e nem sempre eles conseguem ir até a nossa Sala de Vacina”, explica a chefe do Núcleo da Vigilância Epidemiológica do HRSM, Larysse Lima. Essa iniciativa fortalece diretamente as ações do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (Nucih), cuja colaboração com o Nuepi visa reforçar a imunização dos profissionais de saúde, reduzindo de forma significativa o risco de transmissão de patógenos no ambiente hospitalar. “Ao priorizar a imunização dos colaboradores, a iniciativa impacta positivamente tanto na saúde dos profissionais quanto na segurança dos pacientes, ao mitigar, através dessa ação, a incidência de infecções hospitalares”, afirma a chefe do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar do HRSM, Aldyennes Carvalho. Segundo ela, além de proteger os trabalhadores contra doenças que podem comprometer sua saúde, essa ação visa também prevenir o aumento da transmissibilidade de microrganismos entre os pacientes internados no HRSM. “Dessa forma, a vacinação fortalece a barreira de proteção coletiva, garantindo um ambiente hospitalar mais seguro e eficiente. Assim, manter a parceria entre os dois núcleos é fundamental para promover um ambiente hospitalar mais seguro, eficiente e resiliente frente a ameaças infecciosas”, ressalta. Após passar em todos os setores do HRSM, a vacinação está disponível na Sala de Vacina, localizada no anexo da unidade. O local funciona de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 14h às 16h30. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Unidades sentinelas de síndrome gripal recebem certificados de excelência
As unidades sentinelas de síndrome gripal que atingiram os objetivos propostos no primeiro semestre de 2023 receberam, nesta quarta-feira (6), uma homenagem da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). A entrega dos certificados de reconhecimento foi realizada pela secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, e pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Divino Valero Martins, em evento ocorrido no prédio do órgão. [Olho texto=”Talvez nós tivéssemos a magnitude da vigilância epidemiológica desse espaço, de tudo que a gente faz hoje e sempre fez. Mas a pandemia trouxe uma reflexão, um olhar diferente, não só no Distrito Federal, mas em todo o mundo”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Quatro das nove unidades obtiveram o indicador “excelente” para o número de coletas semanais, que deve ser igual ou superior a 10: o Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), a UBS 01 de Santa Maria, a UBS 05 de Planaltina e a UBS 12 de Samambaia. As unidades sentinelas monitoram os casos de síndrome gripal por vírus respiratórios de importância em saúde pública em unidades selecionadas e servem como um alerta precoce ao sistema de vigilância, além de contribuir para a composição anual da vacina de influenza. Lucilene Florêncio, destacou a relevância dos alertas emitidos pelas sentinelas, que dão dimensão de sazonalidade, epidemias e surtos pelos vírus respiratórios, auxiliando na organização da rede de assistência à saúde. “Talvez nós tivéssemos a magnitude da vigilância epidemiológica desse espaço, de tudo que a gente faz hoje e sempre fez. Mas a pandemia trouxe uma reflexão, um olhar diferente, não só no Distrito Federal, mas em todo o mundo”, afirmou. A secretária ainda reforçou: “Temos lutado muito pela vacinação e pelo protagonismo do Distrito Federal no Brasil diante de tudo que nós vivemos.” Lucilene Florêncio também aproveitou a ocasião para anunciar que o HMIB começará, em breve, a fazer cirurgia de correção intrauterina fetal de espinha bífida (mielomeningocele) e que o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) será habilitado para o serviço cirúrgico de lábio leporino e fenda palatina. O Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), a UBS 01 de Santa Maria, a UBS 05 de Planaltina e a UBS 12 de Samambaia tiveram o indicador “excelente” para o número de coletas semanais, que deve ser igual ou superior a 10 | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Uma das homenageadas, Joelma Batista Soares, gerente da UBS 1 de Santa Maria, falou sobre a importância das equipes sentinelas. “O fato de nós sermos sentinelas e estarmos aqui, sendo certificados, é muito gratificante porque vestimos a camisa. Esse é o grande segredo para que o trabalho seja desenvolvido, para que realmente a gente consiga buscar esses usuários e descobrir qual é a variante que está ali, naquele momento. Antes, a gente falava muito só da covid-19. Hoje, a gente tem mais de 60 variantes. Recentemente, nós descobrimos a éris (nova variante da covid). É essa a resposta que a gente tem do nosso trabalho”, observou. O subsecretário de Vigilância em Saúde, Divino Valero Martins, reforçou a dinâmica do trabalho realizado a partir de dados, projeções e análises críticas. “Tentamos fazer prospecções sobre o que pode acontecer e de que forma podemos nos preparar. Esse é o desafio.” [Olho texto=”“Estamos em um momento em que a covid não desapareceu. O vírus continua a circulação, daí a importância de se manter as coletas para a gente saber qual é o SARS CoV que está circulando, principalmente na metodologia genômica, para sabermos qual é a variante. O vírus SARS CoV-2 apresenta uma série de mutações, vai evoluindo e, em paralelo a isso, temos casos de vírus de outros países. Esses grupos sentinelas ficam de exemplo para instigar outras unidades federadas a fazerem algo semelhante”” assinatura=”Greice Ikeda do Carmo, coordenadora-geral de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para ele, a visão sobre saúde pública mudou bastante nos últimos 10 anos e tem criado uma necessidade, cada vez maior, de ampliar a oferta e a qualidade dos serviços. “As doenças transmissíveis por causa respiratória e a tecnologia nos transportes fizeram com que o mundo globalizado dinamizasse qualquer processo de transmissão numa velocidade muito mais rápida do que qualquer capacidade de resposta que nós tenhamos. Por isso, a vigilância é fundamental, principalmente nesses períodos sazonais de seca e período de influenza. Se foi a época de dizer que tudo é gripe. Identificamos a nova variante da ômicron e fomos o segundo estado a detectar. Isso demonstra nossa sensibilidade e eficiência na rede. Buscar melhorar e ampliar a oferta de serviços, na qualidade daquilo que fazemos é um desafio permanente”, acrescentou. A vigilância sentinela de síndrome gripal (SG) conta com uma rede de unidades sentinelas distribuídas em todas as unidades federadas e regiões geográficas do país. O objetivo é monitorar os casos de síndrome gripal por vírus respiratórios de importância em saúde pública em unidades de saúde selecionadas (unidades sentinelas) e para que sirvam como um alerta precoce ao sistema de vigilância, além de contribuir para a composição anual da vacina de influenza. Preconiza-se a coleta de amostras clínicas de nasofaringe, por semana epidemiológica, de casos de SG atendidos em cada unidade sentinela, para realização do diagnóstico (RT-PCR) e também de estudos complementares (isolamento, resistência, sequenciamento e outros) dos vírus identificados, como influenza, SARS-CoV-2 e vírus sincicial respiratório. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo a coordenadora-geral de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde, Greice Madeleine Ikeda do Carmo, o Distrito Federal é um exemplo em relação à vigilância das síndromes gripais e reiterou a necessidade da continuidade dos testes do tipo RT-PCR. “Estamos em um momento em que a covid não desapareceu. O vírus continua a circulação, daí a importância de se manter as coletas para a gente saber qual é o SARS CoV que está circulando, principalmente na metodologia genômica, para sabermos qual é a variante. O vírus SARS CoV-2 apresenta uma série de mutações, vai evoluindo e, em paralelo a isso, temos casos de vírus de outros países. Esses grupos sentinelas ficam de exemplo para instigar outras unidades federadas a fazerem algo semelhante”, enalteceu. Além do RT-PCR, o Lacen-DF realiza ainda o painel viral ampliado (rinovírus, metapneumovírus, adenovírus e parainfluenza) das amostras coletadas nas unidades sentinelas, o que possibilita um melhor monitoramento dos vírus respiratórios circulantes causadores de síndrome gripal. Atualmente há nove unidades sentinelas de síndrome gripal no Distrito Federal – UBS 02 Asa Norte – UBS 05 Planaltina – UBS 12 Samambaia – UBS 01 Santa Maria – UBS 01 Paranoá (substituída pela UBS 01 de São Sebastião) – Hospital Brasília Lago Sul – Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) – UPA Núcleo Bandeirante – UPA Ceilândia *Com informações da SES-DF
Ler mais...
Atenção básica se prepara para combater doenças respiratórias sazonais
Neste período em que a propagação de vírus respiratórios é ampliado, uma força-tarefa é formada para suprir a alta demanda do cuidado infantil. Como forma de contribuir para o aprimoramento da atenção prestada às crianças no Distrito Federal, cerca de 700 enfermeiros e médicos da Atenção Primária à Saúde (APS) participam de oficinas de capacitação para o enfrentamento da sazonalidade de doenças respiratórias. Com aulas ministradas pela médica Fabiana Soares, as oficinas de capacitação para o enfrentamento da sazonalidade de doenças respiratórias visa suprir a alta demanda do cuidado infantil específica da época | Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF O objetivo é capacitar os profissionais para atendimento a tosse, febre, doenças de ouvido e de garganta, de forma integrada. “A Atenção Primária à Saúde é a porta de entrada do SUS. Significa dizer que esses profissionais atuam como um filtro, organizando todo o fluxo de serviço na rede de saúde. Com esta formação, permitimos maior qualificação e segurança no atendimento às doenças respiratórias sazonais. Isso contribui não só para um atendimento de maior qualidade como também para a diminuição da alta pressão assistencial no serviço hospitalar neste período”, explica Julliana Macêdo, referência técnica de pediatria da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF). De acordo com a referência técnica de pediatria Julliana Macêdo, “com esta formação, permitimos maior qualificação e segurança no atendimento às doenças respiratórias sazonais. Isso contribui não só para um atendimento de maior qualidade como também para a diminuição da alta pressão assistencial no serviço hospitalar neste período” As aulas são ministradas visando ampliar a perícia de médicos e enfermeiros na identificação de sinais clínicos da criança, para uma rápida e adequada avaliação: encaminhando os casos urgentes para um hospital ou até mesmo orientando os cuidados e a vigilância dos responsáveis em casa. Segundo a médica de família e comunidade responsável pelo curso, Fabiana Soares Fonseca, a maioria dos casos não são graves. “São sintomas leves que não precisam ser levados ao hospital, à UTI. Isso, inclusive, é algo que reforçamos no curso. É uma transformação cultural que nós mesmos precisamos promover. Assegurar a hierarquização do sistema, além de orientar e transmitir segurança para o paciente acerca de qual é o fluxo adequado a ser seguido no atendimento, é uma mudança que deve vir pelo próprio SUS”, reforça a instrutora. Cerca de 700 enfermeiros e médicos da Atenção Primária à Saúde (APS) participam de oficinas de capacitação para o enfrentamento da sazonalidade de doenças respiratórias Ao todo, foram disponibilizadas 100 vagas para profissionais de cada uma das sete regiões de saúde do DF. A Região Oeste, por exemplo, completou a formação na primeira semana de março. E já é possível sentir os efeitos na rotina das unidades básicas de saúde (UBSs). “O impacto é direto, tanto na agenda médica quanto na qualidade de assistência do paciente. Como a capacitação é feita de modo compartilhado, unindo médicos e enfermeiros, é possível a discussão de casos com mais qualidade e objetividade, com um olhar mais integrado. Isso abrevia o tempo de espera do paciente: aqueles com sintomas leves são analisados e direcionados rapidamente; e os que demandam maior atenção têm o seu lugar garantido em razão dessa otimização”, atesta Daniel Santos, médico de família e comunidade na UBS 5 de Ceilândia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A metodologia ativa empregada na formação possibilita uma rápida aplicação do conhecimento adquirido, seja no atendimento ou na repercussão entre os profissionais. Diversos setores da UBS tiram proveito das técnicas aprendidas. “Tenho uma equipe de três pessoas junto a mim na sala de vacina. Já foi possível compartilhar e aplicar esse conhecimento com minhas colegas. Abre-se um horizonte para nós! A triagem para vacinação deixa de ser estritamente mecânica e passa a ser mais acolhedora. Já recebemos e orientamos mães que vieram para a vacinação com dúvidas e preocupações acerca dos sintomas dos filhos”, declara Raquel Aguiar, enfermeira de família e comunidade na UBS 15 de Ceilândia. As oficinas são realizadas em dois turnos, sempre pela manhã e à tarde, com a intercalação dos profissionais, de modo a não prejudicar o atendimento à população. A previsão é de que até o final de março todas as regiões de saúde tenham concluído a capacitação. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
Ler mais...