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02/05/2016 às 21:47, atualizado em 25/05/2016 às 13:02
O novo acordo custará ao governo R$ 4,5 milhões ao ano. A contratada servirá 2,2 mil refeições diárias na unidade
Após dois meses fechado, o Restaurante Comunitário de Planaltina reabriu nesta segunda-feira (2). O serviço esteve suspenso para readequar a licitação e trocar a empresa responsável pela administração da unidade. O contrato emergencial foi substituído por uma ata de registro de preço, firmada com a Sabor Essencial, de Goiás. O novo acordo custará R$ 4,5 milhões ao ano e se refere ao preparo, ao fornecimento, ao transporte e à distribuição das 2,2 mil refeições diárias. A mudança de modalidade de contratação resulta em uma economia de R$ 5 milhões no período.
A contratada tem prazo de 12 meses, renováveis por até 60 meses, para atuar no restaurante — antes, o período era de seis meses. Ela pode utilizar maquinário próprio, contratar pessoal por período maior e implementar estrutura física e de logística que atenda à realidade de cada região. “A partir de agora, a empresa terá mais tempo para explorar a unidade”, destacou o subsecretário de Segurança Alimentar e Nutricional, da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Jefferson Urani.
Com a gestão prolongada, as companhias tiveram de baixar o valor cobrado ao governo de Brasília pelo subsídio pago em cada prato. No modelo antigo, o Executivo pagava mais de R$ 3 por refeição servida. A partir de agora, o repasse médio é de R$ 2,57.
Os 13 restaurantes comunitários do DF funcionam de segunda-feira a sábado, das 11 às 14 horas, e vendem refeições por R$ 3. Antes de a unidade de Planaltina reabrir, ela passou por obras. Foi necessária a troca do piso e do telhado, reparos na coifa, revisão da instalação elétrica e reforma na cozinha.
A retomada do serviço significa um alívio no orçamento de Juscelino Gomes de Lima, de 57 anos. Desempregado há um ano, ele foi ao restaurante hoje em busca de uma refeição balanceada, a um preço acessível. “Ele é economicamente viável para quem é de baixa renda. Se eu fosse a um restaurante comum, pagaria cinco vezes mais pelo almoço”, conta. Segundo Juscelino, a variedade do cardápio é um atrativo também. “Tem arroz, feijão, carne, salada e sobremesa. É tudo de que preciso no almoço.”
Opções variadas
O cardápio é elaborado mensalmente por uma equipe de nutrição da subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional e da empresa contratada. “Procuramos não repetir o cardápio na semana e recebemos sugestões de receitas da população”, afirma a nutricionista da pasta Sharla Braúna Campos. Segundo ela, os pratos são pensados de forma a atender às necessidades alimentares dos frequentadores. “Não exageramos no tempero, por exemplo, porque idosos, crianças, hipertensos e diabéticos procuram o restaurante “, explica Sharla.
A próxima unidade a retomar o funcionamento é a de Itapoã. Fechada desde 20 de fevereiro, a previsão é que as atividades sejam restabelecidas até o fim de maio. A empresa que venceu a licitação desistiu da prestação do serviço. No lugar dela, assume a responsável pelos restaurantes comunitários de Ceilândia, do Gama e de Sobradinho. Além disso, em breve, o Sol Nascente também terá acesso à alimentação subsidiada, uma vez que está em fase adiantada a construção do restaurante do setor.
Licitação
Em Santa Maria, na Estrutural, em São Sebastião, em Samambaia, no Riacho Fundo II e no Recanto das Emas, as administradoras foram contratadas por meio de licitação em gestões anteriores. O valor cobrado para o subsídio nesses casos ficou próximo da média e, como os acordos estão vigentes, não houve necessidade de praticar o novo modelo.
A Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional reforça que essa medida não aumentará o valor de R$ 3 pago pelo cidadão nos restaurantes —, que funcionam, em média, 26 dias por mês, servindo cerca de 312 mil refeições nas 13 unidades.
Restaurante Comunitário de Planaltina
Setor Recreativo e Cultural, Módulo Esportivo, Via WL 1-A/NS
(61) 3389-1372
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