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27/10/2017 às 09:03, atualizado em 30/10/2017 às 19:08
Interligação vai reforçar o manancial que abastece mais de 60% do Distrito Federal. Objetivo é que essa quantidade chegue a 700 litros por segundo no fim das obras
A interligação dos dois principais sistemas produtores de água do Distrito Federal permite a transferência média de 370 litros por segundo do Santa Maria-Torto para o Descoberto. Este abastece mais de 60% do DF e está com o nível do reservatório em 7,9%. O objetivo é transferir 700 litros por segundo.
Esse é mais um dos esforços do governo de Brasília para estancar a crise hídrica na cidade. Entre elas estão o rodízio do fornecimento de água por regiões administrativas, a entrega do Subsistema Lago Norte e as obras, em andamento, do Subsistema Bananal e do Sistema Corumbá.
Iniciada em julho, a interligação tem o objetivo de assegurar que a água nas obras do Bananal e do Lago Norte fiquem metade no Descoberto e metade no Santa Maria. Os dois subsistemas vão aumentar, no fim das obras, a captação do Santa Maria em mais de 1,4 mil litros por segundo.
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“São pequenas adutoras, subadutoras e adutoras de porte razoável que ligam os principais sistemas e fazem o Santa Maria abastecer regiões que antes pegavam água captada no Descoberto”, explica o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice.
Desde agosto, Guará I e II são abastecidos pelo Santa Maria. No início de outubro, Lucio Costa, expansão do Guará e Colônias Águas Claras também migraram do Descoberto para lá. Na semana passada, foi a vez da Candangolândia e de parte do Núcleo Bandeirante.
Nas próximas três semanas, o restante do Núcleo Bandeirante e o Park Way começam a ser abastecidos pelo Santa Maria. Mais adiante, Águas Claras e Vicente Pires deixam o Descoberto.
Enquanto isso, a água captada no Lago Paranoá, por meio do Subsistema Lago Norte, já assegura o abastecimento do Itapoã, Lago Norte, Paranoá, Taquari e Varjão.
Existem pregões em andamento para adquirir equipamentos. Para adiantar o processo, no entanto, o Executivo não esperou as licitações. O governo de Brasília contou com fornecimento de materiais do estado de São Paulo, que recentemente também passou por crise hídrica.
Pouco antes do início das obras, os governadores de Brasília, Rodrigo Rollemberg, e de São Paulo, Geraldo Alckmin, firmaram acordo para a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp) emprestar equipamentos para a Caesb.
Não há uma data definida como prazo final. Segundo a Caesb, alguns equipamentos são muito específicos e não estão disponíveis para pronta entrega. Além disso, a companhia ressalta que serão “diversas ações que paulatinamente levarão a essa marca [de 700 litros de água por segundo]”.
Edição: Paula Oliveira