As cooperativas de catadores de recicláveis, juntamente com os garis, estão na linha de frente da limpeza pública do Distrito Federal e lidam diariamente com vários tipos de resíduos. No caso da coleta seletiva (que deveria receber apenas materiais como plástico, papelão, metal e isopor, por exemplo), muitas vezes os descartes vêm acompanhados por seringas, produtos químicos, materiais cortantes e inflamáveis, além de resíduos eletrônicos e baterias. Todos estes resíduos citados geram riscos de acidentes também aos catadores que atuam nos galpões de reciclagem e nas Instalações de Recuperação de Resíduos Sólidos (IRRs) do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Para garantir a segurança desses trabalhadores e minimizar os riscos, o SLU iniciou mais uma série de capacitações em segurança do trabalho para os catadores de materiais recicláveis das cooperativas que possuem contratos com a autarquia. Nesta terça-feira (18), a iniciativa aconteceu na IRR de Brazlândia, com a Associação dos Catadores e Recicladores de Brazlândia (Acobraz) e seguirá até abril nas demais unidades localizadas no Paranoá, em Ceilândia, no SCIA/Estrutural, no SIA e na Asa Sul.
Para garantir a segurança desses trabalhadores e minimizar os riscos, o SLU iniciou mais uma série de capacitações em segurança do trabalho para os catadores de materiais recicláveis das cooperativas que possuem contratos com a autarquia | Fotos: Divulgação/SLU-DF
De acordo com o gerente de Segurança do Trabalho do SLU, Allyson Silva, as capacitações são voltadas para as equipes das cooperativas que atuam na coleta seletiva, incluindo as que atuam nas IRRs. “Os pontos abordados nesses treinamentos abrangem a identificação dos riscos ambientais nas IRRs, quais são os possíveis acidentes de trabalho, como evitá-los e como agir de forma segura, rápida e eficaz caso os acidentes ocorram. Além disso, questões sobre uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) também serão discutidas”, disse. O gerente de segurança do trabalho do SLU também ressaltou que um dos diferenciais das capacitações oferecidas em 2025 é a distribuição da cartilha elaborada para reforçar as informações apresentadas nos treinamentos, permitindo que os catadores tenham um material de consulta e orientação contínua.
Uma das participantes da capacitação que ocorreu em Brazlândia foi a catadora de recicláveis da Acobraz Maria Júlia Santana, de 54 anos, que reconheceu a importância das orientações. “Esse é um trabalho muito bonito e a gente precisa mesmo desse auxílio. Para mim, a máscara de proteção é muito importante, pois tenho um quadro de asma. As luvas e botas ajudam a gente a se proteger contra cacos de vidros e preservar nossa saúde”, destaca.