Os candidatos do Distrito Federal que farão o Concurso Público Nacional Unificado (CNU) no próximo domingo (5) estão aproveitando os últimos dias para revisar o conteúdo. Na noite desta quinta-feira (2), cerca de 160 pessoas acompanharam o último aulão preparatório promovido pela Biblioteca Nacional de Brasília (BNB). No total, os espaços públicos reuniram mais de mil candidatos em 24 aulões das mais diversas disciplinas.
A desempregada Gessiane Sipaúba, de 41 anos, viu nas aulas a oportunidade para se preparar sem custos para a prova. Moradora de Taguatinga, ela afirma que acompanhou todas as atividades oferecidas pela BNB. “As aulas foram excepcionais, além de promover a acessibilidade a quem não tem acesso aos estudos. Eu estou desempregada e não teria condições de pagar por uma preparação. Aqui tive aulas muito boas. O que aprendi levo para a vida”, destaca a candidata.
Gessiane Sipaúba: “Eu estou desempregada e não teria condições de pagar por uma preparação” | Fotos: Joel Rodrigues/ Agência Brasília
Além da BNB, outras dez bibliotecas públicas do DF participaram do projeto voltado para os candidatos de nível médio que se inscreveram no bloco 8 do CNU. Sete professores, entre servidores e voluntários, percorreram os espaços públicos levando o conhecimento para os concurseiros das regiões administrativas. Os estudantes tiveram dicas de redação, português, gramática, políticas públicas, matemática e conhecimentos gerais.
Foi para o aulão de redação que a professora de educação física, Mariana Dourado, de 27 anos, resolveu aproveitar a oportunidade para revisar as técnicas. Com uma bebê de 3 meses no colo, ela acompanhava atentamente as dicas repassadas pelo professor. “Moro na Samambaia e não podia perder esse último dia de aula. Estou muito nervosa para a prova, mas me preparei para a minha área e queria muito revisar a redação. Então, mesmo de licença-maternidade e com minha bebê, não podia faltar”, conta a candidata.
Aulas descentralizadas
Joana Melo: “Tivemos muitas pessoas que nunca fizeram concurso, o que é um perfil diferente dos que frequentam bibliotecas normalmente. Mas eles tinham muita vontade de aprender, reforçar o conteúdo e lotaram os aulões”
