Nas asas da imaginação de Roger Mello
“Eu desenho desde sempre, mas em Brasília, quando eu tinha uns 9 anos, fui aluno da Escola de Criatividade da Biblioteca Infantil 104/304 Sul e foi lá que eu vi que o que eu gostava de fazer”

“Eu desenho desde sempre, mas em Brasília, quando eu tinha uns 9 anos, fui aluno da Escola de Criatividade da Biblioteca Infantil 104/304 Sul e foi lá que eu vi que o que eu gostava de fazer”
O publicitário escreve uma ode à capital federal e diz: ora, as outras cidades não têm horizonte, usam nomes para endereços, têm o céu picotado. “Brasília é meu ponto de partida”, fala
Repórter-pioneiro descreve seu olhar de deslumbramento sobre a alvorada da “capital da esperança ”, antes mesmo de sua construção
Metade da vida de Isabela Colepicollo foi vivida em Brasília, a cidade que a bailarina sente como seu verdadeiro lar
Herdeiro do parque de diversões que corta o horizonte do centro da capital, o empresário nascido e criado em Brasília contempla o passado e projeta o futuro
O ano era 1967 e o livreiro veio do Rio de Janeiro para Brasília com 17 anos. Arranjou emprego numa livraria do Hotel Nacional. O resto é história, muita história… que ele conta nessa carta de amor
Artista plástico e servidor público (quando não está pensando em arte), ele já pintou o céu, os monumentos, os ipês e até as placas de Brasília. Ah, e também a Brasília não tão óbvia
Publicitária de 25 anos se enche de amor quando chega ao Eixo Monumental, o “coração de Brasilia”. E confessa que “os olhos travam” no encontro do azul celeste com a Catedral
Diretor teatral homenageia em versos a cidade em que vive e na qual promoveu a maioria de seus espetáculos. “Te amo, mãe querida”, diz, em trecho da poesia
Argentina, ela deixou Buenos Aires em 1957 para tentar a vida aqui. Viu os primeiros ipês na W3, andou de jipe no que seria o Lago Paranoá e abraçou o sonho coletivo de construir a nova capital do Brasil
Francisco Joaquim de Carvalho, que completa 60 anos neste sábado (11/4), chegou em 1975 à Universidade de Brasília. Lá, vendeu livros, fez gerações de amigos e deu lições de vida
O empresário do ramo atacadista conta que o que mais gosta em Brasília é a estrutura que a cidade oferece nas áreas de saúde, educação e segurança. “É a melhor do país”, diz
Servidora pública criada entre o Cruzeiro e o Plano Piloto, ela diz que, sim, o brasiliense, é um povo diferente. “Aqui a privacidade é preservada e os amigos são para toda a vida.”
Os amigos dessa atriz e psicóloga são, basicamente, colegas de profissão. Hoje, ela se considera “do Plano”, por causa da vida vivida na 416 Sul e na 102 Sul, por exemplo
Mineiro de Araxá, o criador da Pizzaria Dom Bosco, uma das mais tradicionais da capital, viu a cidade nascer e se considera candango. “Brasília me deu tudo.”
O professor e crítico de cinema e HQs diz que é difícil pensar num brasiliense mais típico do que ele. “Discreto, pacato, gosto de pensar que tenho apreciação estoica da vida”, apresenta-se
E eis que o cineasta chegou aqui, em 1970, quando, conta, a nova capital já dobrara a esquina da história, deixando para trás a epopeia de JK
Grafiteiro nascido em Ceilândia, ele conta que Brasília ajuda na sua construção como artista. “Desejo não ter que sair daqui, mas que eu possa levar as coisas boas para fora”, confessa
Publicitária, ela abraçou o Quadradinho com toda a vontade e intensidade do mundo. Aqui, fez um milhão de amigos, ampliou a família e encontrou o amor
A professora declara seu amor à cidade, contando o que viveu, o que amou, o que aprendeu. “Minha melancolia inicial e meu recolhimento foram se iluminando com esse sol desinibido e franco”
O dramaturgo baiano visitou a capital pela primeira vez em 1995 e se apaixonou. Anos depois, o destino o traria novamente à cidade. Então, a paixão virou amor com direito a muitas cenas felizes
Autor de sete livros sobre a capital (o oitavo está em gestação), defende que a cidade é a maior realização coletiva do povo brasileiro. “Brasília é minha obsessão.”
Jornalista e atriz, ela viveu a juventude numa época de grande vigor cultural da cidade. “Nunca achei que criaria raízes, mas Brasília me conquistou.”
Para o cineasta, o Setor de Diversões Sul é a cabeça, tronco e cultura da cidade. Sua formação artística surgiu dos cinemas, lojas e festas do point preferido de várias tribos
Auxiliar de serviços gerais da Novacap, ele sente orgulho do trabalho que faz: recuperar plantas e deixar Brasília toda linda, colorida e formosa
Batizada como Maria de Nazaré, ela chegou aqui em 1977. Pensou em desistir no início, mas encarou a realidade, encontrou o amor em Brasília e encanta o povo com as delícias do Pará
Administradora da Pastelaria Viçosa, ela conta que o negócio surgiu na década de 1960, quando os pais, Sebastião e Ivanildes, comeram um pastel na Rodoviária. Eles gostaram e, pronto!, levaram o comércio adiante
Paraense, essa professora tem alguns points preferidos, como o Parque da Cidade, o Jardim Botânico e a Praça dos Cristais. “Lugares espaçosos dão ideia de liberdade, aqui temos esse privilégio”, diz
O historiador brincou com argila no riacho da 413/414 Norte, estudou na Escola Classe 305 Sul, frequentou a Escola Parque e se divertiu, com a família, no Clube Unidade de Vizinhança, entre tantas coisas…
Empresária de 39 anos vibra por proporcionar à filha Sophia as mesmas alegrias que teve, “vivendo num espaço tão privilegiado do Planalto Central”. E nessa onda, a fã de moda até criou uma peça com o nome da capital
Aos 81 anos, essa incrível bailarina ainda continua a ensinar sua arte. E tem muita história para contar sobre sua relação com a cidade, a partir da própria inauguração, em 1960, quando dançou balé em cima do Congresso Nacional
Daniel, o Toys, já pintou mais de mil painéis em 15 anos de carreira. No início, focava no Plano Piloto, “ponto de encontro” do DF. “Agora, quero fazer o caminho inverso, pintar nas regiões administrativas”, diz
Ator da Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo, Siri mora na 308 sul desde 2001 e é habitante do quadradinho desde 1980. Para ele, Brasília é mais que uma cidade fria da política. “É um polo de produção cultural, nos mais variados segmentos.”
A barista conta que, no sobe e desce das tesourinhas, escolheu ficar e fazer da capital seu lar e ganha-pão. “A cidade me apresentou um amor que é sempre o mesmo e sempre novo: o café”, conta
Roteirista, ela veio de São Paulo, mora na 108 Norte e considera o desenho limpo e organizado da cidade, ao mesmo tempo, estranho e sedutor. “Tudo isso embalado por um céu azul imenso”, elogia
Servidora pública, a mulher de 36 anos deu uma chance para a cidade e curtiu “nos melhores lugares que alguém poderia curtir”, tipo Espaço Cultural Renato Russo, bares da Asa Norte, festinhas da UnB…
Para o procurador nacional da Fazenda Alexey Maia, Brasília não foi uma decisão fácil. Ele passou em concurso para um cargo federal. “Sem vaga em Belo Horizonte, fui para Uberaba. E tive Brasília como oportunidade. E achado”, conta
O servidor público aposentado Carlos Cezar Soares Batista, o Cecéu, passa o dias a fotografar a cidade e afirma que o contato com pessoas de várias origens contribuiu para a formação de sua personalidade e no jeito brasiliense de ser
Dono de restaurante, ele acorda às 5h, todos os sábados, para ir ao Ceasa. Tudo o que precisa encontra lá, não traz nada de fora, só o que é importado. “O que é produzível no Brasil se produz em Brasília e com ótima qualidade”, elogia
Cearense, Franklin Moreno chegou em Brasília com um ano de idade. Ele dá aulas de graça para 20 crianças e adultos. E deseja que eles cresçam com vontade de fazer amigos, ter acesso a outras culturas, assim como aconteceu com ele, na cidade
O verso da música ‘Anúncio de Refrigerante’, da banda brasiliense Legião Urbana, explica a vida desse jornalista nascido e criado aqui, e que completa 29 anos nesta quarta-feira (11). “Brasília é uma cidade única”, diz
Garçom de um dos bares mais tradicionais da capital, Ademar Lopes de Souza fez a vida na cidade e reclama quando dizem que o morador daqui não é cordial
Professor da Secretaria de Educação há 30 anos, ele foi criado na 108 Sul, frequentou o clube Unidade de Vizinhança e ia à missa na Igrejinha. “Vivi uma infância singular no fim da década de 60”, conta
Guerreira, Tia Carminha (como é conhecida entre os familiares) mudou-se para a capital após casar, criou os três filhos sob os pilotis e ama a cidade. “Não trocaria por nada”, garante
Criador do projeto Eu corro! Você ajuda!, o servidor público mora na cidade há 20 anos. “Brasília me deu meus maiores presentes: meus filhos Ana Luisa e Samuel são nascidos aqui.”
O artista plástico chegou em Brasília antes da inauguração, em janeiro de 1960. Em meio ao pó e ao barulho da construção, ele cresceu, estudou, fugiu do país e, na volta, resolveu viver na capital federal
Designer de joias e publicitária, ela construiu sua identidade junto com a da cidade. “A gente meio que é protagonista de tudo o que acontece aqui”, diz
Hoje aposentado, ele veio com a família para Brasília, em 1964. No início, moraram em um barraco. Resolveram ficar, atraídos pela concepção arquitetônica e urbanística do bairro
Quando Moacyr de Oliveira Filho, o presidente da Aruc, aqui chegou, Brasília tinha meros 17 anos. E foi isso o que o encantou: a chance de ajudar a escrever a história da cidade
Advogada e moradora da Asa Norte, ela considera um desatino alguém falar que os brasilienses são impassíveis. “A minha experiência e a de tantos daqui prova justo o contrário”, diz
A pedagoga deixou São Luís numa Kombi com 10 pessoas há 36 anos para tentar a sorte na capital federal. Aqui, casou, teve filhos e venceu na vida
Dono de um dos carrinhos de sanduíche mais populares da cidade, Landi Inácio de Oliveira construiu a vida graças aos pães e salsichas. “Brasília é uma cidade de oportunidades. Uma maravilha!”, afirma
Nascido no Recife e criado em São Bento do Una, terra de Alceu Valença, o aposentado Carlos Bastos Valença, 67 anos, respira música em Brasília. Desde 1997, os laços com a cidade se tornaram notas musicais e composições
Aos 32 anos, todos vividos no “Quadradinho”, a mestranda em História se dedica ao estudo do movimento sindical local enquanto valoriza os cartões-postais da região
Cantor do bloco Eduardo e Mônica aprecia conhecer novas pessoas no tempo já vivido em Brasília. “Tempo de muito mais momentos bons, felizes e intensos”, confessa
Moradora de Vicente Pires, a estudante considera o pôr do sol candango “espetacular”. “Ser brasiliense é saber andar pelas tesourinhas e, também, qual entrada pegar para cair no Eixão ou Eixinho”, brinca
Filha de nordestinos, a publicitária moradora de Samambaia tem orgulho da trajetória da família no Distrito Federal
Nascida em Porto Alegre, a empresária construiu sua vida em Brasília e adora um café na padaria, um cachorro-quente na esquina, um churrasco em casa. “Brasília tem um jeito legal, um jeito próprio de se viver”, diz
Mineira do interior, ela veio com o marido e os seis filhos para trabalhar na construção de Brasília. Aqui, abriu cantina, montou pensão, fez a vida. E é feliz. “Adoro Brasília, é minha terra. Agradeço a Deus por todas as graças que ganhei aqui”, diz